Herdeiro Do Fogo! escrita por JL Yújó


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo


Ei, Pessoas!!

Boa Leitura!! ^_^



Xerim!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/420774/chapter/3

Jiraya estava sentado no sofá, em frente à televisão ligada, mas, não prestava atenção no que estava passando. Pensava nas pesquisas que tinha juntado para começar um novo volume de sua série Icha Icha.

Perdido em meio a suas reflexões, assustou-se quando ouviu a campainha.

- Já vou!

Ao abrir a porta, ficou surpreso ao encontrar um guarda do Palácio do Fogo olhando para ele. Como já fizera tantas vezes, educou suas expressões faciais para não demonstrar suas emoções.

- Em que posso ajudá-lo? – indagou em tom neutro.

- Lorde Jiraya Yamaji-sama?

- Sim.

- A Princesa Tsunade-sama convida-lhe a comparecer ao Palácio do Fogo. Se puder acompanhar-me agora...

- Certo. Deixe-me apenas escrever um bilhete aos meus netos para o caso de demorar-me a voltar.

- Certamente, senhor.

Após escrever um bilhete explicando que iria visitar uma velha amiga e anexando-o à geladeira, Jiraya saiu da casa e entrou em uma limusine, até discreta, para os padrões do palácio.

Passou a viagem toda, da casa ao Palácio do Fogo, pensando no que diria a Princesa, sua antiga paixão.

Ela havia sido o motivo principal para deixar a sua cidade natal. Sendo ele o melhor amigo de Tsunade, sabia de tudo o que acontecia com ela e sempre a apoiou e protegeu. Mas, seu coração não suportou ver seu grande amor casar-se com outro para o bem do País, o que o consolou, um pouco, foi saber que ela casaria com o homem que amava. Ficou até o filho do casal nascer, o jovem Minato era a cara da mãe. Ambos eram loiros, mas, os olhos da Princesa são dourados e o do principezinho, atual Rei do país, eram azuis. Talvez, tenha sido por essas características que ficara com Naruto, seu neto lembrava-lhe tanto seu amor da juventude.

- Chegamos, Jiraya-sama. – informou o guarda ao abrir a porta para ele.

- Obrigado.

- É uma honra, senhor. – disse o rapaz fazendo uma leve reverência. – O senhor foi um dos maiores comandantes que já existiu em nosso País.

- Entretanto, não sou mais, garoto. – disse com um sorriso, pondo uma mão amigável no ombro do guarda. – Vamos, não podemos deixar a Princesa esperando, não é?

- Não, senhor. – concordou o jovem retribuindo o sorriso sincero.

Enquanto passava pelos corredores do palácio pôde perceber que, praticamente, nada havia mudado desde a última vez que esteve ali. Seguiu até uma porta enorme, onde o guarda cedeu uma leve batida. Puderam ouvir um “entre”. O guarda abriu a porta e retirou-se, após fazer uma reverência para ambos.

- Há quanto tempo, Jiraya. – disse uma senhora que, para sua idade, estava muito linda. Aparentando ser muito mais jovem.

- Vossa Alteza! – disse tomando uma mão da Princesa e cedendo um suave beijo.

- Ora, pare com isso. Sabe que não gosto desse tratamento ridículo, principalmente, entre amigos.

- Tudo bem. – disse rindo. Ela não havia mudado nadinha. – E então? Como está Minato? Soube que ele teve um filho, deve ser um rapaz por agora. – perguntou animado, o marido de Tsunade havia morrido quando o filho deles estava com dez anos, soube disso tudo por seu compadre Kizashi, quando veio para o enterro da esposa dele. A expressão da Princesa ficou sombria. – O que houve? Disse algo inadequado?

Tsunade andou até a janela da biblioteca, que era onde se encontravam, e apenas olhou o jardim por alguns momentos. Respirou fundo como se estivesse querendo ganhar um pouco de coragem no ato.

- Meu neto... ele... ele... – fechou as mãos em punhos, ao lado do corpo, e fechou os olhos, impedindo-os de derramarem mais lágrimas, do que as que já derramaram nos últimos dezesseis anos. Jiraya não disse nada, imaginado que o garotinho deveria ter morrido. Não imaginava que, as próximas palavras da Princesa mudariam seu mundo e das pessoas mais importantes para ele, para sempre. – Um grupo invadiu o palácio há dezesseis anos e o levou. Passou cinco anos, mas, conseguimos localizá-los, eles se autodenominavam Akatsuki, infelizmente não estavam mais com meu neto.

- Sinto muito, Tsunade. – disse sofrendo pela perda da amiga. – O que aconteceu ao grupo? O que disseram do garoto?

- O grupo? Mandei executar os que capturamos, logo depois de nos falarem onde estava meu pequenino. Mas, alguns ainda conseguiram escapar.

- E então?

- Disseram que pouco depois de o levarem, um dos membros não gostou do jeito que estavam tratando o bebê e o levou embora. Não se sabe para onde, tentamos de tudo para encontrar esse membro que levou meu neto, mas, é como se Deidara houvesse sumido da face da terra! – terminou, não mais contendo as lágrimas. Chorou por alguns minutos, após se recuperar percebeu o silencio na biblioteca, virou-se para seu amigo e ficou surpresa ao encontrá-lo imóvel olhando o nada.

- Jiraya? – chamou vendo-o estremecer um pouco. Sem encará-la perguntou:

- Qual o... qual o nome do seu neto, Tsunade? Quantos anos ele teria agora?

A princesa achou a pergunta estranha, já que todos sabiam o nome do filho do Rei Minato, mas, lembrou-se rapidamente que Jiraya havia se afastado de tudo em Konoha, não completamente é claro, soube que ele havia ficado responsável pela filha do Duque de Cheri.

- É Naruto Uzumaki, pois Minato preferiu usar o sobrenome da esposa, Kushina, e você sabe que era o sobrenome de solteira de minha mãe também, e se... e se ele estiver bem, fará dezessete anos em poucos meses.

- Eu preciso ir! – disse de súbito.

- Mas...

- Retornarei em breve. Passar bem, minha querida amiga. – fez uma breve reverência e retirou-se apressado.

Saiu do palácio, pegando um táxi no portão e chegou a sua casa tão rápido quanto possível. Subiu até seu quarto e começou a pesquisar sobre a Família Real do País do Fogo no computador, depois de alguma insistência na pesquisa conseguiu desenterrar uma foto antiga dos atuais Rei e Rainha do país, mas, o que prendeu sua atenção foi o bebê no colo da Rainha... leu o nome ao pé da fotografia... Kushina. Era o seu Naruto!

Agora ele entendia as palavras do jovem que lhe entregara Naruto: “Eu fiz tudo o que pude... não poderia vê-los machucá-lo, por favor, proteja-o.”

- O que faço agora meu Kami-sama? – disse apoiando a cabeça em ambas as mãos.

000000SSSS00000

Naruto, Sakura e seus novos amigos seguiam para a cantina, era hora do intervalo. Após comprarem seus almoços seguiram para uma mesa.

- Por que é que eles não param de olhar para nós? – Sakura indagou, sua paciência já estava no limite com aqueles olhares.

- Ignore-os. – falou Ino, dando de ombros. – Pior é o nosso Shikamaru, aqui, que está comprometido com a loirinha lá. – apontou Temari com um movimento de cabeça.

- Ouch! Por quê? – Sakura perguntou surpresa.

- Ele é filho e herdeiro do Duque de Kage de Konoha e ela é filha do Rei do País do Vento.

- Continuamos sem entender. – disse Naruto, e Sakura concordou com a cabeça.

- Vejam, é imprescindível que haja mais do que um contrato qualquer para formar alianças entre países. E o modo que encontraram para isso foi através do casamento. Temari sendo filha do Rei do País do Vento, mesmo não sendo a herdeira do trono, ao casar-se com o herdeiro de um Duque do País do Fogo significa que manterá uma linhagem digna, além de trazer sangue novo ao nosso país e assegurar que ambos os países terão uma ligação maior do que um simples papel! – disse como se recitasse as palavras de outra pessoa, o que possivelmente era verdade.

- Parece que ela está falando de um garanhão reprodutor e uma égua parideira, ambos puro sangue. – Naruto disse com uma gota na cabeça, Sakura concordou.

- Não é tão ruim! – Shikamaru se defendeu.

- Não? Então porque você está aqui e ela está lá? – Sakura indagou.

- Eu disse que não era tão ruim, não afirmei ser um mar de flores. – disse rindo. – Eles não gostam muito de nós porque não nos importamos com títulos ou classe social. Preferimos dar valor a uma amizade verdadeira, do quê a uma falsa servidão.

- Puxa, vocês são demais, ttebayo! – Naruto disse com um sorriso.

- E todos vocês são herdeiros de Duques? – Sakura perguntou, mas, de longe se via que a rosada não tinha muito interesse no assunto. Ela continuou a comer seu sanduíche, enquanto Naruto devorava seu rámem.

- Não. Apenas Ino, Sai e eu. – respondeu Shikamaru. – Haku é filho e herdeiro de um conde, assim como Choji, Tenten e Shino. – algo que ele falou chamou a atenção da rosada.

- Ino e Tenten podem herdar os títulos?

- Sim. Mas, também, terão de se casar com quem seus pais escolherem. A única família onde a mulher, mesmo sendo a primogênita, não herda o título é a família Hyuga. – Shikamaru explicou e mostrou o casal de primos. – O pai de Neji Hyuga faleceu quando ele era pequeno, seu tio Hiashi, o então Duque de Byakugan, ficou responsável por sua criação. Quando a esposa dele teve apenas duas filhas, Hinata e Hanabi, ele fez de Neji seu sucessor.

- Que cara mesquinho! – Sakura, praticamente, rosnou.

- É assim que as coisas são por aqui. – quem falou agora foi Haku, em tom de desculpas.

- É verdade. Mas, quantos Duques existem aqui? – Naruto perguntou, para desviar a conversa dos Hyuga, ou não responderia por seus atos... iria até a mesa dos playboys e agarraria a Hinata.

- Sete. – disse Sai, entrando na conversa e chamando a atenção de Naruto de volta. – O Duque de Byakugan da família Hyuga, o Duque de Sharingan da família Uchiha, o Duque de Kokoro no Ido da família Yamanaka, o Duque de Kage da família Nara, o Duque de Kaze no Chakura, onde o atual Duque é o meu avô Danzo Shimura, o Duque de Manji da família Uzumaki e o Duque de Cheri da família Haruno.

Quando terminou de falar Sai acabou recebendo um jato de suco de pêssego na cara. Naruto que comia o rámem engasgou-se e recebeu umas batidas nas costas de Choji, e quase voa por cima da mesa.

- Vocês estão bem? – Ino perguntou preocupada. Depois de tossir um pouco mais Naruto afirmou com a cabeça, Sakura apenas ficou estática. – Sakura-chan?

- Diga-me Sai, quem é o atual Duque de Cheri? – Naruto indagou com a voz um pouco rouca da tosse. Ele olhou de canto de olho para a irmã, que ainda estava quieta. Não se preocupou com a tal família Uzumaki, afinal foi encontrado no País do Redemoinho de onde elas vinham originalmente.

- Não há nenhum. – disse dando de ombros. – Eu ouvi meu avô contar, certa vez, que ele morreu há quatorze anos, mas, que havia deixado uma herdeira que fora levada para fora do país por seu tutor. E como há um herdeiro o título não pode ser passado para outra pessoa, mesmo com a ausência dele!

Sakura levantou-se e saiu com passos rápidos da cantina, foi direto à sala de aula. Naruto saiu em seu encalço.

- Saky-chan...

- ELE ENGANOU-ME TODOS ESSES ANOS! – disse com lágrimas nos olhos.

- Não vamos tirar conclusões precipitadas, nee-chan! – Naruto a abraçou e Sakura retribuiu o abraço. – Venha, vamos para casa falar com o jii-san.

- Mas, as aulas...

- Depois pediremos para alguém nos atualizar, vamos!

- Certo!

Durante todo o trajeto para casa ambos ficaram em silêncio. Assim que abriram a porta Naruto foi logo chamando o avô, mas, não obteve resposta imediata.

- Onde está aquele velho pervertido?! – reclamou, enquanto Sakura seguiu até o sofá e sentou-se.

- Olha como fala, garoto! – ouviram a voz de Jiraya vindo em direção a sala de jantar. Os dois foram até lá. – O que estão fazendo em casa tão cedo? – disse sem se alterar.

- É verdade, jii-san? Eu sou filha do antigo Duque de Cheri? – Sakura disse batendo na mesa fazendo a garrafa de saquê pular. Jiraya estava encarando o copo e não ergueu a vista dele.

- Hai.

- Você só vai dizer isso? Sem nenhuma explicação do porque me ocultou algo tão sério? – Sakura explodiu. Mesmo assim, a única reação do avô foi um suspiro.

- Quando seu pai morreu e me nomeou seu tutor, eu ainda não estava pronto para fixar-me em um lugar. Eu tinha três opções: deixar você com uma das famílias ducais; deixá-la com a Família Real; ou levá-la comigo. Quando você e Naruto se deram tão bem, fiz o que achei que era certo.

Naruto percebeu que havia algo errado com o avô, ele estava tão desanimado.

- Ei, jii-san, você pegou uma gripe ou algo parecido?

Ao ouvir a voz preocupada do neto, Jiraya levantou a cabeça e fixou seus olhos nos dele. “Como não percebi antes? Ele se parece tanto com o Minato!” isso o deixou ainda mais deprimido. Seus olhos ainda estavam vermelhos de chorar... chorar pela dor da perda de sua amada amiga, chorar por perceber que ele mesmo sofreria essa dor em breve quando contasse sua descoberta. Toda sua vida ele se preparou para o dia em que entregaria Sakura para tornar-se uma Duquesa, mas, nunca pensou que perderia o neto amado. Pôs mais saquê no copo e tomou todo de uma vez. Os dois jovens entreolharam-se, mas, nada disseram, quando seu avô estivesse pronto falaria.

Depositou o copo em cima da mesa.

- Sentem-se. O que tenho para falar agora é muito importante! – os dois jovens obedeceram. Olhou primeiro para a neta, pois para si eles sempre seriam isso, seus netos. – Eu espero que você perdoe-me, Sakura. Não tive a intenção de ocultar-lhe nada, queria apenas que você tivesse a chance de ser uma criança e uma adolescente normal. Mas, eu iria contar-lhe assim que atingisse a maior idade, afinal, você terá de assumir suas responsabilidades como Duquesa de Cheri!

- Perdoar eu até perdoou, mas, que história é essa de assumir responsabilidades? – indagou arregalando os olhos.

- Querida, não há mais ninguém para assumir o título além de você!

- Mas... mas...

- Foi para isso que eu a eduquei, Saky-chan. Você é forte, destemida, inteligente, conseguirá desempenhar o papel que pertence-lhe desde que nasceu, de olhos fechados. – disse dando um sorriso, mas, esse não alcançou seus olhos.

- Obrigado, jii-san! – agradeceu apertando as mãos do avô, que estavam em cima da mesa.

- Mas, isso não é tudo. Hoje recebi um convite para ir visitar uma velha amiga, eu fui, nós conversamos e em meio a conversa eu soube de algo que irá mudar nossas vidas. – Jiraya falou a parte seguinte olhando nos olhos do Naruto. – Ela me contou que seu neto foi seqüestrado quando ainda era um bebê. O grupo que o seqüestrou foi encontrado cinco anos após o ocorrido, só que a criança não estava com eles. Ela havia sido levada pouco depois do seqüestro por um dos membros que queria proteger o bebê dos maus tratos que o grupo lhe infligia.

- Mas, o que isso tem haver conosco, jii-san? – Sakura indagou confusa.

- O nome da criança é Naruto Uzumaki.

- Não! – Naruto levantou-se tão de repente que derrubou a cadeira.

- Quem... quem é a sua amiga? – Sakura perguntou pelo irmão.

- A minha... a minha amiga é a Princesa Tsunade-sama, mãe do Rei Minato-sama do País do Fogo.

- NÃO! NADA DISSO É VERDADE! ISSO É SÓ UMA PIADA, NÉ JII-SAN? – Naruto pediu aos berros, mas, quando seu avô virou o rosto para não encará-lo, o pouco de seu mundo que ficará em pé após saber que sua nee-chan era uma Duquesa, desabou sobre sua cabeça. – EU NÃO ACEITO ISSO!

- Pare com isso, Naruto! O que é que tem para aceitar? Você é o Príncipe herdeiro desaparecido e ponto final. – Jiraya o repreendeu.

- Eu não quero sê-lo! – disse quase as lágrimas, sabia que se aceitasse isso poderia perder sua pequena família e mais... sua liberdade.

- Mas, você é! Seus pais têm sofrido muito por não tê-lo junto de si, Naruto. Sua avó, também. Eles são sua família...

- Vocês dois são minha família!

- Sim, Naruto, mas, eles também, são! – Jiraya disse aproximando-se do neto e o abraçando. – Sakura e eu estaremos sempre com você, mago-chan!

Sakura aproximou-se deles e os abraçou.

- Eles já sabem, digo, minha avó, meus... pais?

- Não. Quando percebi de quem Tsunade-sama falava, corri para casa e apenas para ter certeza procurei uma foto do Príncipe que desapareceu. – foi até o armário e pegou um papel A4 com uma imagem impressa nele.

Entregou para Naruto, que ficou observando o pequeno bebê sorridente nos braços de um homem loiro, ao lado deste havia uma ruiva muito bonita. Os três pareciam estar muito felizes. Mas, o que chamou a atenção do Naruto foi a semelhança do bebê consigo mesmo. Devolveu o impresso para o avô e disse sem erguer a cabeça.

- Por favor, não fale nada, ainda. Eu gostaria de absorver essa notícia um pouco antes de ter de encarar alguns desconhecidos, mesmo sendo minha... família.

- Tudo bem, Naruto. Entretanto, terei de falar com eles ainda esta semana ou serei tido como traidor da coroa!

- Eu entendo. Dê-me ao menos até o fim de semana!

- Certo.

Naruto subiu para seu quarto jogando-se no meio da cama de barriga para cima, fechando os olhos. Alguns minutos depois, sentiu o colchão ao seu lado afundar. Ele foi mais para o canto, para que sua irmã pudesse se ajeitar melhor. Ambos ficaram em silêncio encarando o teto, até Sakura falar.

- Quem diria, né?

- O quê? – indagou, olhando curioso para a irmã.

- Que dois encrenqueiros seriam material para Duquesa e Príncipe! – disse rindo e Naruto acabou rindo também.

- É verdade. O mundo anda meio louco ultimamente!

- Você quer dizer “louco e meio”.

- Sim. – tornaram a rir, era isso o que realmente gostava na irmã, ela poderia animá-lo quando ele estava tão perdido quanto agora. E ele sabia que ela estava retirando essas forças dele. Resolveu mudar de assunto. – Tenho algo para falar, mas, é segredo.

- Essa família tem tantos, a qual você se refere? – disse sarcástica.

- Sim, mas, esse é novo! – fez um pouco de suspense, sabia que sua irmã estaria se roendo por dentro para saber. Quando ela ia dizer algo, um xingamento, na certa, Naruto falou: - Eu beijei Hinata Hyuga, hoje, quando fomos procurar o caderno do professor velhote.

Naruto se segurou para não rir da expressão de sua nee-chan, Sakura estava boquiaberta e de olhos arregalados.

- Conte-me tudo e não me esconda nada! – disse sentando-se na cama e encarando o irmão com um olhar determinado. Então só restou a ele contar tudo até o momento em que entraram na sala de aula. – Puxa! Mas, será que ela já está comprometida?

- Não! Deu para sentir que Hinata é do tipo de pessoa que leva a sério suas responsabilidades, se estivesse comprometida com outro não teria permitido que a beijasse.

- Senti um leve tom de possessividade no ar, nii-chan? – provocou.

- Oras, é claro... que sim! – disse e voltaram a gargalhar. Pouco depois Naruto ficou sério de repente e encarou a irmã. – Mas, sem brincadeira, Saky-chan, eu realmente senti algo diferente ao beijá-la, foi como se eu estivesse... completo, entende?

- Nem um pouco. – respondeu, séria também. – Mas, tenha a certeza de que sempre lhe apoiarei, não importa a decisão que você tomar... mesmo que eu tenha de aturar uma cunhada patricinha.

- Ela não é patricinha! – defendeu à Hyuga.

- Para o seu bem, nii-chan, espero que não, por que se essa garota for como aquela ruiva sem noção eu te estrangulo! – Naruto arrepiou-se, tanto pela ameaça da irmã, que sabia que cumpriria, quanto imaginar-se com alguém como a garota que empurrou Haku e depois armou o maior barraco no pátio do colégio.

- Se ela for igual àquela barraqueira, eu mesmo me estrangulo, ttebayo! – Naruto respondeu.

Ambos passaram à tarde assim, jogando conversa fora, mas, não falaram sobre suas famílias biológicas. Os três jantaram como sempre, conversando animadamente, nem parecia que haviam tido uma conversa, de mudar vidas, mais cedo. Fizeram sua higiene e foram dormir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo


Mais um Cap. postado! ^_^


Quantas emoções!! Vixi! rsrs!


Xerim!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Herdeiro Do Fogo!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.