I Want You With Me escrita por Quinnie Fabray


Capítulo 16
Sanctuary


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei para escrever esse capitulo, ele foi inspirado nos dois ultimos episódios da sexta temporada de Grey's Anatomy. Se você achou algum episódio de Glee emocionante, assista pelo menos esses dois de Grey's (oque não é recomendável, sempre comessem assistir uma série do inicio) pra você comparar. Eu tenho certeza que você vai se emocionar com as cenas. Esse é provavelmente o penúltimo capitulo.
Boa leitura..... :)



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“Supomos que as mudanças sérias das nossas vidas ocorrem lentamente, com o passar do tempo. Mas não é verdade. As coisas grandes acontecem num instante. Se tornar adulto, se tornar um pai, se tornar um médico. Num minuto você não é, e no outro você é. Pergunte a qualquer médico e ele dirá o momento exato no qual se tornou um profissional. Normalmente não é no dia da formatura. O que quer que seja ninguém esquece. Às vezes, você nem sabe que algo mudou. Acha que você ainda é você, e que a sua vida ainda é a sua vida, mas você acorda um dia e olha ao seu redor, e não reconhece nada, nada mesmo.
[...]
Nunca se esquece o momento em que viramos médicos. Uma reviravolta. De repente, não é apenas mais uma roupinha bonita. Você faz por merecer o jaleco branco. O que talvez não perceba é o momento em que ser um médico muda você.”

– Grey’s Anatomy

“Eu solenemente me comprometo a consagrar minha vida a serviço da humanidade. Darei aos meus professores o respeito e gratidão que merecem. Praticarei minha profissão com consciência e dignidade. A saúde de meus pacientes será minha primeira preocupação. Respeitarei os segredos a mim confiados, mesmo após a morte de meus pacientes. Manterei de todas as maneiras a honra e a nobreza da profissão. Meus colegas serão meus irmãos e irmãs. Não permitirei que considerações de idade, doença, deficiência, crença, origem étnica, sexo, raça, filiação política, nacionalidade, orientação sexual, posição social ou qualquer outro fator interferir entre meu dever e meu paciente. Vou manter o máximo respeito pela vida humana. Não vou usar meus conhecimentos médicos para violar direitos humanos e liberdades civis, mesmo sob ameaça. Faço estas promessas solenemente, livremente e sobre a minha honra.”

–Grey’s Anatomy

Capitulo 16

P:Me desculpe Quinn, mas ela insistiu em vir te ver depois que soube do acidente. – ele parecia se sentir culpado.

B.F:Mamãe eu estava muito preocupada com você. Pensei que nunca mais te veria, eu estava com medo. –a menina estava agarrada a cintura da loira desde que chegaram.

Q:Tudo em meu amor eu estou aqui e não vou a lugar algum. Vem, senta aqui. Eu vou chamar a Rachel, ela vai adorar te conhecer meu amor. –ela foi até a porta do quarto e bateu, pedindo pra entrar.

R:Esta aberta. –a morena estava deitada na cama em posição fetal.

Q:Podemos conversar? Rachel me escuta, eu não quero que você interprete mal essa história. –a diva girou na cama ficando de frente para a Fabray.

R:Eu quero escutar o que você tem a me dizer. Posso demorar pra entender tudo isso, mas vou superar. Não estou falando da menina. Mas sim do porque, qual o motivo de você ter me escondido ela, esse tempo todo? –Quinn estava aliviada por ter a chance de explicar toda essa história, uma parte de sua vida que muitos desconheciam.

Q:Beth é minha filha com o Noah, aquele homem que está com ela na nossa sala. Eu nem sei por onde começar. –a médica levantou-se começando a caminhar pelo quarto.

R:Vocês namoraram? Você amava ele? Ainda ama? –outras perguntas seriam feitas se a outra não a interrompesse.

Q:Não, não... eu nunca amei outra pessoa sem ser você. Não dessa maneira pelo menos. Ele é só um amigo. Que por um capricho do destino, se tornou pai da minha filha. Foi no terceiro ano de faculdade. Nós ficamos bêbados e eu tinha discutido com o meu pai naquele dia. Ele disse coisas horríveis sobre você. Kurt tinha me mandado um e-mail, com as opções de convites do teu casamento com o Finn. Tudo estava acabado pra mim. Eu achava que tinha te perdido pra sempre e transei com o Puck. Nove meses depois eu tive essa menina linda, que é a minha cara. Eu não te contei porque... eu não tinha coragem. Você quer tanto um filho e é... você pode imaginar como foi difícil pra mim. Eu não aceitava a gravidez no inicio, Noah foi um bom amigo nessa época. Ele é um ótimo pai, logo depois do nascimento dela ele casou e concordamos que eles ficariam com ela. –a baixinha abraçou a Fabray.

R:Te amo... e eu acho que temos que ir pra sala. Eu vou adorar conhecer a Beth. Me desculpe por sair daquela maneira. Vai ficar tudo bem.... –elas foram até a sala.

Quinn deixou Rachel com as suas visitas inesperadas e foi para o trabalho. Antes de sair a diva pediu para que a loira ligasse antes de entrar para assistir a cirurgia.

Ben estava no quarto com os seus pais, escutando as explicações para o procedimento. Ele estava com cinco anos de idade e precisava de um coração novo. Era uma cirurgia que não necessitava da presença da neurocirurgiã, mas por pedido dos pais a Dra.Fabray assistiria todo o transplante.

Q:Bom dia, desculpem pelo meu atraso. Como está nosso paciente? – Marley foi a cardiologista escalada como cirurgiã responsável pelo caso do pequeno Ben.

M.R:Só falta um ultimo resultado, do exame que pedi agora a pouco e podemos operá-lo.

Q:Esse é o único paciente na fila de espera aqui? – Marley indicou o quarto da frente.

M.R:Aquela menina é a Lauren, ela tem cardiomiopatia. Ben está na frente dela na fila de espera. O músculo do coração dele não tem forças para bombear uma quantidade normal de sangue. –Tina trouxe os resultados dos últimos exames do menino.

T:Dra.Rose, me entregaram esses exames da Lauren também. Disseram que você devia dar uma olhada, esta marcado como urgente. –Marley verificou os exames dos dois pacientes.

M.R:Eu preciso conversar com os pais da Lauren. Traga-os aqui. –ordenou para a asiática.

Minutos depois as duas famílias estavam numa sala de reuniões do hospital.

D.S:Espera. Como assim ele não vai receber um coração que pertence a ele? Vocês não podem fazer isso, como meu menino vai viver? Eu não permito que isso aconteça... –o pai do garoto estava exaltado, com a possibilidade de “roubarem” o coração novo do seu filho.

M.S:Por que isso agora? Ele está tão debilitado e nós queremos o melhor pra ele. –ela também estava inconformada com a situação, mas estava mais calma.

Q:Eu sei que não é fácil de se entender. O Benjamin está mais estável que a Lauren e o outro coração chagará algumas horas depois. Ele não corre riscos. A menina está morrendo, a cada minuto aqui ela morre um pouquinho. Se coloquem no lugar desses dois pais. –Quinn tentava conseguir o entendimento dos Stevens.

D.S:Essa é a questão aqui Dra.Fabray, nós estamos na mesma situação..... eu preciso sair daqui. Eu não estou concordando com nada, preciso de um tempo pra pensar. –os pais da menina estavam desesperados.

Q:Você não precisa concordar com nada, está tudo bem. Nós só precisamos de duas assinaturas médicas, para atestar que a filha de vocês é um caso de extrema urgência. Eu e Marley já assinamos. Pode fazer o pré-operatório da Lauren, Tina. –a interna pegou o prontuário e foi preparar a garota para a cirurgia.

D.S:Você não tem esse direito de decidir quem vive e quem morre Dra.Fabray. Isso não está certo. Você não pode brincar de Deus. Pode ter certeza que essa decisão vai lhe custar caro. –Dan saiu transtornado com a decisão de Quinn e Marley.

M.R:Você está bem Quinn? –a loira estava parada á quinze minutos, olhando a porta por onde o Sr. Stevens saiu.

Q:Sim eu estou bem, obrigada. Vou fazer uma ligação, quero falar com a Rachel. Ela me pediu pra ligar antes de entrar no centro cirúrgico. Esse transplante pode durar um bom tempo e ela pode ficar preocupada. Eu já vou, pode ir na frente. –a cardiologista estava preocupada, percebeu que a neurologista se abalou com a ameaça.

M.R:Tudo bem Quinn , nós vamos levá-la á sala 04. Te espero lá.... daqui exatas duas horas. –Quinn já estava tentando falar com a atriz e só concordou com a cabeça.

Quinn tentou falar com a morena, mas todas as dez ligações não foram atendidas. Na ultima tentativa a loira deixou um recado.

Q:[ Eu só queria saber como você está. E dizer que... eu amo você.. mas que eu possa dimensionar. Eu sou uma pessoa melhor e mais feliz por ter você em minha vida... eu amo você não esquece. Mesmo tentando acertar minhas escolhas, eu posso ter decidido errado e esses erros podem sair caro... em algum momento. Se um dia eu estiver longe fisicamente, saiba que estarei com você da mesma maneira. Eu sou capaz de enganar a morte para estar ao seu lado, “little star”.]

Quando a Fabray foi para a sala 04, notou que os corredores do hospital estavam vazios. O que era uma coisa estranha, afinal ali era um hospital. Quanto mais ela ia andando e ninguém aparecia, ela foi ficando preocupada. Então quando ela entrou na sala que aconteceria a cirurgia, deparou-se com uma cena aterrorizante.

D.S:A ultima convidada acaba de chegar. Ninguém vai tirar esse coração saudável, que é de direito do meu pequeno Ben. Eu estou disposto a tudo, para não deixar vocês matarem meu filho. Façam o que estava programado desde anos atrás. Dêem ao meu filho o coração novo, que vocês prometeram. –o homem tinha uma arma em punho e ameaçava atirar em quem tentasse encostar, na garota para operá-la. Tina conseguiu terminar o pré-operatório e encaminhou a garota para a sala de cirurgia, quando o Sr. Stevens chegou fazendo ela e a menina de refém....

Q:E como faremos para transplantar um coração , com o teu filho lá no quarto? –ele ponderou e concordou.

D.S:Fácil, vamos subir até o quarto. Todos nós... –além dele, Tina, Quinn, Marley e um anestesista estavam com na sala.

T:E-eu devia ficar co-com ela... –Dan não hesitou em colocar a arma na cabeça da asiática, para enfatizar a sua ameaça.

D.S:Eu não me importo com ela. Vamos agora trazer meu filho pra cá. Ou você acha que eu estou brincando aqui? Pra chegar até aqui, eu não pensei duas vezes antes de atirar em outros médicos, que encontrei pelo caminho. Não me teste. Vamos, agora. –elas se assustaram quando ele gritou as duas ultimas palavras. A cada minuto ele ficava mais agressivo.

Q:Hey tudo bem, nós vamos fazer isso. Estamos fazendo isso. Só mantenha a calma, por favor. –os quatro tomaram a frente, caminhavam quietos para o quarto do menino.

D.S:É uma pena, mas vocês que pediram por isso. A Dra.Rose e os outros dois serão soltos assim que eles fizerem o trabalho deles. Depois eu e a Dra.Fabray acertaremos uma conta, você vai ver como é... vai sentir como é, ter alguém decidindo a tua vida. Eu serei o teu Deus. E como teu Deus, tenha uma única certeza. Você estará morta, até o final desse dia. Porque eu decidi.. – Quinn viu Mercedes de joelhos numa passarela que ligava dois departamentos do hospital, tentando salvar a vida do Dr. Chang. Ele tinha um ferimento a bala no abdômen e seu corpo estava numa poça de sangue. Tinha um rastro de sangue pelo caminho, o que indicava que ela estava tentando levá-lo á um centro cirúrgico. Eles pararam naquela passarela, que tinha os dois lados proteção de vidro como uma parede espelhada. Três andares abaixo havia uma das recepções de emergência, vazia neste momento.

T:Oh meu Deus!!! –Tina se ajoelhou e junto ao corpo quase sem vida dele abraçando-o.

D.S:Volta aqui. Pare de ajudá-la. Eu vou matar você, se não me obedecer. Não o ajude, ele é só mais um desses carniceiros que gostam de cortar as pessoas. –Tina e a Dra.Jones não pararam de reanimar e estancar o sangue, que insistia se esvair pelo ferimento.

D.S:Eu estou mandando vocês pararem.... eu vou atirar, soltem-no –Mercedes parou ao sentir a arma encostar na sua cabeça, mas Tina não parou. Continuou lutando pela vida do seu namorado.

M.R:Pare por favor, ele vai atirar.. –a médica implorou em meio ás lagrimas.

D.S:Você está pedindo por isso... –houve um estrondo de vidro quebrando. O som de um disparo da arma. Tina se jogou por cima do corpo do Mike tentando protegê-lo, Marley gritava, Mercedes chorava calada, o anestesista foi até a parte onde o vidro estava quebrado. Logo abaixo ele viu o Sr.Stevens com sangramento no crânio, o que devia-se á queda e a médica loira ao lado do homem. Ela estava com o rosto virado paro o lado do atirador, com sangramento no crânio também. Uma marca vermelha de um ferimento, do projétil que foi disparado manchava uma grande parte do seu jaleco branco.

“Para a maioria das pessoas, o hospital é um lugar assustador. Um lugar hostil. Um lugar onde coisas ruins acontecem. A maior parte das pessoas iria preferir uma igreja, ou escola, ou sua casa, mas eu cresci aqui. Enquanto minha mãe estava de plantão, eu aprendi a ler na galeria do centro cirúrgico, brinquei no necrotério, colori antigas fichas do pronto-socorro com lápis de cor. O hospital era minha igreja, minha escola, minha casa; o hospital era meu lugar seguro, meu santuário. Eu amo isso aqui. Correção: amava isso aqui.”

–Grey’s Anatomy


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado..kkkkk
Comentem .... ;)
Amo vocês ♥ (não me ameassem)