E Por Que Não? escrita por Annabeth Prior


Capítulo 3
Quem ela realmente era


Notas iniciais do capítulo

Inspiration turn in me ~



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P.O.V. Annabeth

Sexta-feira.

Festa do pijama da Drew.

Visto roupas simples, pois sei que embora o nome seja "Festa do Pijama", só usamos pijamas para dormir. Coloco uma blusa amarela dos minions e uma calça jeans quase cinza. Arrumo minha mochila e vou lá pra baixo falar com meu pai antes de Thalia vir me buscar.

- Pai - digo enquanto sento no sofá ao lado dele.

- Festa da Drew? - ele levanta uma sobrancelha.

- Exato.

- Bom que você vai, Annabeth.

Sorrio, mas sei que ele só quer que eu não ligue pro Luke ou, talvez, fique no quarto lendo. Um silêncio párea no ar.

- Olhe, não me leve a mal, mas... - ele começa. - Eu estou te achando estranha, minha filha.

- Você já disse - falo sem olhar pra ele.

Ele contrai os lábios.

- Não sei se você entende o que eu digo, mas...

- Entendo, pai - falo meio alterada.

- É disso que estou falando! - ele diz.

- Eu vou ligar para a Thalia, o.k.?

Ele assente.

Ligo para ela.

- Annie? - pergunta.

- Sim - falo nervosa - , quando você vem?

- Estou chegando aí, espera... Só mais um... Cheguei!

Imagino a cara de Thalia sorrindo.

...

Mas quando chego no carro ela está séria e pálida.

- O que houve? - pergunto.

- Ah, nada! - ela responde como se não fosse nada.

- A Piper te mostrou o caminho?

- Sim, sim.

Ela arranca o carro. Thalia não dirige mal. Ela é irritada, pois a cada sinaleira fechada que passamos ela bufa e começa a mexer no cabelo.

- Você sabe que não precisamos participar dos assuntos delas, né?

- Sei - diz ela trêmula.

Ela percebe que vou falar mais alguma coisa e liga o rádio. Está passando uma música de uma daquelas mulheres revoltadas que cantavam rock antigamente.

O semáforo abre e passamos tranquilamente. A música mudou, mas ainda é do mesmo ritmo. Essas músicas são todas iguais.

Começo a mexer no meu celular por não ter nada pra fazer. Thalia me olha rapidamente.

- Pode desligar? - pergunta ela.

- Claro - respondo.

Nessa hora, eu faria qualquer coisa. Estou quase chorando e Thalia está me assustando com seu comportamento estranho. Nunca vi ela assim.

- Piper pediu para entrarmos em que porta? - pergunta Thalia, ainda irritada. - Frente ou Fundos?

- Frente - respondo olhando para o vidro.

Uma lágrima escorre livremente pelo meu rosto. Quando vou secá-la, tem outra escorrendo, de ambos os olhos. E isso se repete muitas vezes. A casa dos McLean é longe. Temos que passar por uma estrada muito longa. Thalia percebe meu choro e para o carro em dos refúgios mais próximos.

- Ei, Annie! - ela faz um esforço com o cinto de segurança para me abraçar pelos ombros. Estou soluçando alto. - O que houve?

Mais um soluço.

- Annabeth! Annabeth! - ela começa a me balançar. Estou imóvel. - Annabeth Chase! Me responda!

- Eu queria lhe perguntar o mesmo, Thalia. Eu pergunto. Mas você não responde!

- Eu... Levaria um bom tempo te contando... É melhor deixar assim...

- Thalia! Me conte!

- Se você não contar pra ninguém!

- Não vou!

Ela engole em seco.

- Quando eu era pequena, eu tinha uns seis anos... Minha mãe, depois de brigar com meu pai, um pouco mais feio do que eles brigavam a princípio, ligou para suas amigas, sabe? Aquelas companheiras, pra tudo? Digo... Tudo?

- Sei sim - respondo meio que sem jeito.

Não gostei do início da história!

- Elas foram beber em uma taberna por aí para falar dos problemas. Só que a minha mãe falou de todos os seus problemas, desde eu e meu irmão atrapalhando o dia dos namorados dela com o meu pai, até as brigas deles...

Thalia me olha esperando por uma reação. Balanço a cabeça afirmativamente.

- Aí, por volta das quatro da manhã - ela continua -, meu pai recebeu uma ligação. Adivinhe de quem era!

- Da sua mãe? - arrisco.

- Não - ela parece triste. - Da polícia. Eles nos informaram que ela estava morta. Ela morreu logo depois de um cara quebrar uma taça cheia de bebida na cabeça dela acidentalmente, enquanto se beijavam. Meu pai não pareceu muito triste, pois havia alguém esperando ele no quarto. Uma amante. Meu pai nunca foi fiel á minha mãe, e ela morreu por ele, pelas brigas. Ainda suspeito de que ele achava que ela era um monte de merda e por isso a traía com mulheres mais bonitas.

- Nossa, Thalia. Eu... - começo a falar.

- Há vezes em que ele diz que sente falta dela. Realmente, ela era uma mulher muito doce e querida e eu não sei o que realmente acontecia entre ela e o meu pai. Só lamento a morte. Acreditando que tudo que meu pai conta é verdade.

- Como você aguenta tudo isso?

- Eu não aguento, eu brigo com meu pai constantemente. Até ele me falar que eu lembro ele a de como a minha mãe era. Aí ele começa a se sentir culpado, mas ele se sente assim porque está na minha frente. É só minha madrasta chegar que ele já muda de ideia e esquece da minha mãe.

Me sinto mal por perguntar tudo isso para Thalia e ela ser tão sincera, sendo que nos conhecemos fazem apenas cinco dias.

- Ei, você é incrível! - digo.

- Ah, eu sei - ela sorri e bate no peito.

- Saiam do carro! - ordena uma voz ao lado de Thalia.

Olho para ela horrorizada, mas meu pai já me disse que nesses momentos devemos nos curvar até a ordem dos outros.

Eu e Thalia abrimos as portas. Há um cara na porta do lado dela, um na minha porta e um na frente do carro. Penso que eles irão sacar o carro e ir embora, mas o cara que está ao lado de Thalia a agarra e diz:

- Pegue essa aí! - ele fala pro cara do meu lado. Ele faz isso.

- Não deveriam estar acompanhadas á essa hora, mocinhas? - diz o da frente.

Estou em pânico. Mas imóvel.

O homem que está comigo em seus braços apenas me vira de frente para ele.

Ele ri.

Então, sinto um cano balançando meu cabelo um pouco acima da nuca.

Há uma arma apontando pra mim.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que vai acontecer? Deem review!