A Escolha escrita por Clary Weasley


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Hey peoples!! Como estão??
Eu sei que eu demorei bastante para postar esse capítulo mas é que eu to sem net em casa!! (atualmente estou usando o wifi do meu vizinho)
Mas aqui está ele! Espero que gostem!
Queria agradecer as minhas leitora ^^ pq sem elas eu já teria desistido da história! Eu tenho várias fanfic's começadas, mas essa é a primeira que eu tenho intenção de escrever até o final!
Muito obrigada mesmo, a todas vcs!
Bjs bjs
Boa leitura!



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Aqueles olhos a encaravam fixamente, sem desviar dos olhos dela nem um segundo. Eles eram quentes e vivos, e Lilly correspondeu o olhar durante alguns segundos. Apesar da intensidade, ela podia reconhecer o sentimento de desaprovação e, sobre tudo, curiosidade. Ele a encarava como se buscasse algo, como se buscasse alguma resposta. Lilly, entretanto, não entendeu qual era a pergunta. Porque assim que retribuiu o olhar, ela se perdeu em meio a lembranças, boas e ruins, que vieram à tona.

Fazia dias que ela o evitara olhar nos olhos, sabendo o que aconteceria caso isso acontecesse. Era como se eles fossem ligados por telepatia, porque ela tinha certeza de que estavam passando as mesmas coisas pela cabeça dos dois. Era algo estranho, embaraçoso no mínimo, e ela não conseguia explicar o motivo. Apesar de eles serem tão diferentes, ele sabia o que se passava na cabeça dela, ele a entendia como poucas pessoas conseguiriam entender. E o mesmo acontecia com ela em relação a ele.

Tudo que ela havia evitado fazia tempos, voltava agora. Durante todo o tempo em que estavam separados ela tentou ao máximo não pensar nos momentos que passaram juntos, sabendo o quão seria difícil prosseguir se ficasse se martirizando por algo que não voltaria, por algo que ela não queria que voltasse.

Entretanto, essa troca de olhares aconteceu rápido, em questões de segundos talvez. E antes mesmo de qualquer um dos dois desviar, alguém os interrompeu bruscamente:

–Vamos arrumar isso hoje ou só daqui a um século?

Levou um tempo para que ela se situasse no tempo e espaço, um tempo para que ela saísse daquele oceano azul que eram os olhos dele e voltasse para o salão comunal da Grifinória, que estava uma bagunça; sinceramente, ela não se lembrava de tê-lo deixado assim. Talvez porque ela estava com tanta raiva que nem havia prestado atenção nisso. Ou talvez porque ela realmente não houvesse o deixado ele assim, apenas alguns alunos “engraçadinhos” pioraram as coisa.

Fosse pelo que fosse, estava tudo de pernas para o ar. Até uma janela havia sido quebrada. O estranho é que a janela estava do lado oposto ao que elas brigaram. Definitivamente, alguém havia bancado o engraçadinho ali.

–Vamos começar logo – respondeu ela, finalmente, com um tom de cansaço.

Pouco após começarem a proferir feitiços de reparação, ela sentiu aquele olhar novamente sobre si. Mas, dessa vez, ela decidiu não retribuir, não queria passar por aquela situação embaraçosa novamente. Contudo o olhar continuava a insistir pesadamente, o que fez com que ela se rendesse e o olhasse novamente.

Ao contrário dela, que estava claramente irritada, ele mantinha um ar de divertimento e um sorriso torto em seus lábios cor de cereja. Parecia que ele estava se divertindo ao vê-la tendo que colocar tudo em ordem. Sim, decididamente ele estava se divertindo. O que só fez sua raiva piorar.

Ao notar que ela o estava olhando, ele murmurou algo como “preciso falar com você”. Mas Lilly simplesmente sacudiu a cabeça, negativamente, e voltou ao seu trabalho.

Estava ficando tarde e várias pessoas já desciam para jantar, inclusive ele. Pouco tempo depois, só restara ela e Lucy no salão. Fato esse, que a fez estranhar, afinal, onde estaria Alice? Ela não havia decido para jantar ainda. Alice Longbotton era uma das melhores amigas de Lilly, que fazia parte do trio inseparável: Lilly, Lucy e Alice. Ao menos, era um trio inseparável. Mesmo com personalidades diferentes, elas se davam bem. Alice era a mais animada da turma, estava sempre brincando ou aprontando alguma. Super alto astral, a garota não se deixava abalar por qualquer coisa, sempre conseguia ver o lado positivo das coisas e encontrar soluções para todos os problemas. Era geralmente ela quem dava conselhos quando ela ou Lucy estava com algum problema, principalmente, se esse problema fosse com algum garoto. Mesmo que ela vivesse enrolada com o Zabine. Parecia que ela não sabia seguir os próprios conselhos. Era impossível passar algum tempo com a garota sem que ela lhe arrancasse boas gargalhadas. Alice gostava de atividades ao ar livre, principalmente, de jogar quadribol. É também a capitã do time da Grifinória.

Já a Lucy era a mais vaidosa da turma, gostava de festas, de sair. E estava sempre com seus cabelos ruivos perfeitamente alinhados, unhas bem feitas e com alguma roupa da moda. Passava horas para se arrumar, e as amigas já haviam se acostumado a se acordarem e vê-la quase pronta, uma vez que, ela se acordava 2 horas mais cedo que o necessário para poder se arrumar. Apesar disso, Lucy nunca fora uma garota fútil, que só pensava em aparência. Ela valorizava, sim, a beleza exterior, mas também apreciava a beleza interior. Era uma garota de bom coração, gentil e extrovertida. Gostava de conversar e, na maioria das vezes, estava sempre rindo. Sabe aquelas horas que você não quer ficar bem? Que você só quer colocar tudo para fora e chorar litros de lágrimas? Quando você está quase sufocando? Bem, Lucy sempre fora a garota perfeita para se estar nessas horas, ela te ouvia e te apoiava fosse qual fosse a situação.

E Lilly era o coração da turma, ao contrário de Alice, Lilly preferia um dia chuvoso e frio, para que pudesse passar o dia sentada em frente à lareira, na companhia de um bom livro. Era uma garota brincalhona e amável. Preocupava-se muito com os estudos, entretanto, sabia aproveitar a vida. As pessoas diziam que ela se assemelhava muito, na personalidade, ao seu irmão mais velho, o James, pois sempre fora muito marota e irônica. Gostava de provocar, principalmente, seus primos. Nas visitas que fazia à Toca, ela fazia parte da turma da bagunça. Era também o xodó do seu pai, mas nunca fora uma criança mimada. Apesar das brincadeiras, era obediente e responsável.

Alguém entrou no salão comunal, tirando Lilly de seus devaneios. Estava na esperança que fosse Alice, mas era só uma quartanista, que acenou brevemente e subiu para o dormitório. Estava começando a ficar preocupada: Lilly ainda não havia encontrado Alice hoje. Ficou imaginando que talvez ela não houvesse voltado do passeio ainda, mas logo descartou a hipótese, com certeza a diretora não deixaria que alguém ficasse fora da escola até tão tarde.

Ela e Lucy, finalmente, terminaram de consertar tudo. E Lucy falou, pela primeira vez desde que haviam voltado da sala da diretora:

–O que será que a diretora vai querer que façamos amanhã?

–Não sei. – respondeu, friamente. Não queria conversar com ela, queria ir encontrar Alice agora. E, assim, ela fez. Deu as costas e saiu à procura dela.

Depois de muito tempo procurando, Lilly desistiu, ia somente aos jardins ver se Alice estava lá. E, se não estivesse, voltaria ao salão. Mas ela encontrou Hugo no meio do caminho.

–Onde você estava?- ele nem ao menos esperou que ela respondesse - Eu soube do que aconteceu com você e com a Lucy, mas quando cheguei ao salão vocês já estavam na sala da diretora. Eu ia esperar vocês voltarem, mas o Lysander me chamou pra me contar umas ideias que ele teve e depois já era hora do jantar. Estava preocupado com você.

Lilly não pôde evitar sorrir, esse era o Hugo que ela conhecia.

–Eu estou bem. Eu só... perdi o controle e acabei fazendo burrada.

–O que ela te falou pra te fazer ficar assim? – ele perguntou, se aproximando mais.

Ela não estava a fim de contar tudo a ele, principalmente, porque não queria relembrar aquilo. Então só acenou negativamente com a cabeça.

–Tudo bem, se não quer falar... – ele falou com um tom calmo – Mas então, o que foi que a Minerva disse? Vocês estão muito ferradas?

–Sim, primeiro tivemos que arrumar a bagunça toda que fizemos. E ela também vai contar ao papai e a mamãe – nessa hora Hugo fez uma careta, ele conhecia muito bem os tios e sabia que Lilly certamente estaria encrencada – Ah, sim, também tem outra coisa. Mas ainda não sei o que é. Ela pediu que fôssemos para a sala dela depois do horário de aula amanhã.

–Oh, que droga. Bem, se tiver algo que eu possa fazer...

–Não, acho que não. – eles continuaram em silêncio, até que Lilly lembrou-se o porquê de estar ali e perguntou: - Você viu a Alice?

Um sorriso malicioso brotou dos lábios de Hugo quando ele respondeu: - Vi, sim. Ela está nos jardins. Mas, se eu fosse você, não iria lá agora.

–Por quê? – indagou a garota, confusa.

–Porque ela não está sozinha. O Zabine está lá com ela. – respondeu irônico e ergueu uma sobrancelha, deixando que Lilly tirasse suas próprias conclusões.

–Ah sim- falou, subitamente entendendo o que ele queria dizer. Mas logo depois suspirou, aliviada – Finalmente aqueles dois se entenderam.

–É verdade. Só os dois não tinham percebido que estavam apaixonados um pelo outro.

–Então acho que vou voltar para o salão. Estou morta de cansaço. Você vai também?

–Vou sim.

Os dois seguiram abraçados pelos corredores praticamente vazios conversando sobre o novo casalzinho da escola. Ao chegarem no salão, disseram a senha ao retrato da mulher gorda e entraram.

A primeira coisa que Lilly viu foi o Lorcan, os encarando com um olhar nada saudável. Hugo pareceu notar isso e disse, depositando um beijo no topo da sua cabeça:

–Eu vou me deitar agora, tá? Mas se precisar de alguma coisa, é só me chamar.

–Certo. Boa noite.

–Boa noite.

Assim que Hugo subiu as escadas para o dormitório, o Lorcan foi em direção a ela. Lilly esperou, sabendo que não poderia evitar essa conversa. E seria melhor conversarem agora, com o salão quase vazio, do que amanhã, com uma plateia enorme.

–Oi. – ele disse calmamente.

–Oi. – foi só o que ela respondeu.

–Eu preciso falar com você.

–Isso eu já percebi. E, olha, eu tô cansada, tive um dia cheio. Então, poderia ser breve e ir direto ao ponto?

– Porque você fez aquilo? – Lilly ficou confusa, então ele logo acrescentou: - Brigar com a Lucy, eu digo. Você geralmente é tão calma e, sei lá, nunca desrespeita as regras e tals.

Lilly bufou: - Eu tava irritada, só isso. Bem, era só o que queria me perguntar? Porque, se for, tchau, boa noite.

Ela se virou, mas ele segurou o braço dela:

–Não, não era só isso. Pra falar a verdade, eu nem sei direito o que eu quero falar. Eu só sei que eu quero falar com você. Só isso. – ele falou em tom baixo, como que para si mesmo. - Eu sinto sua falta.

–Lorcan, não começa. Quantas vezes eu preciso te dizer? A gente terminou. Você tem que me esquecer, me deixar em paz.- ela suspirou, cansada: - Isso só piora as coisas.

–Não, Lilly. Eu não quero esquecer. Eu já te pedi desculpas. Várias vezes...

–Esse é o problema – ela o interrompeu bruscamente – Você tá sempre pedindo desculpas. Porque você sempre tem um motivo pra se desculpar.

–Eu sei, Lilly. Eu sei que eu nunca faço nada certo. Que eu sempre te magoei. Mas, poxa, eu to tentando mudar. Eu só preciso de mais uma chance.

–Mais uma chance? Eu já te dei inúmeras chances. Muito mais do que eu achei que era possível. Muito mais do que você merecia. E você sempre as jogou fora. Nunca deu valor. Lorcan, eu cansei disso. – ela disse com a voz um pouco alterada, mas então acrescentou, suplicante: -Por favor, vamos ficar numa boa. Não era pra ser, tá? Nós tentamos, mas não deu certo. Então, vamos deixar isso pra trás. Seguir em frente.

–Não Lilly. Eu sei que eu errei. Que eu não te mereço e que provavelmente você ficaria melhor sem mim. Mas, é que quando se trata de você eu sou egoísta. Porque eu não consigo viver sem você. – ele falou a última frase pausadamente, fechou os e suspirou. Depois de algum tempo ele continuou: - E eu sei que você também sente falta da gente. Ou vai dizer que você não se lembra de nada?

Sim, ela se lembrava de tudo. Ela sentia falta dele. Mas ela não podia admitir isso. Porque se ela o fizesse, tinha certeza de que não conseguiria se segurar e, como nas outras vezes, eles voltariam. Ele a abraçaria, diria que ia ficar tudo bem, que ele iria mudar. Prometeria tudo, prometeria fazê-la feliz e nunca mais magoa-la. E então ela choraria, aquela chama de esperança seria acesa novamente. Mas, assim como ela sabia que isso aconteceria, ela também sabia que ele não cumpriria nenhuma das promessas. Sabia que sairia magoada mais uma vez.

Como ela não respondeu nada ele prosseguiu:

–Acredita em mim. Eu só preciso de mais uma chance.

Ele se aproximou e segurou o rosto dela entre as mãos, fazendo-a olhar diretamente em seus olhos. E, assim que ele o fez, a aconteceu a mesma coisa que de manhã. Ela se perdeu naquele oceano. Era reconfortante olhar nos olhos que ela reconheceria em qualquer lugar do mundo, isso ela não podia negar. Ela conhecia aquela expressão tão bem. Ele estava com os olhos semicerrados, o azul de seus olhos estava mais claro, mais sereno; a testa um pouco franzida. Ela então soube que ele estava sendo sincero. Que cada palavra que saia da boca dele era a mais pura verdade. Ele tentaria mudar. Restava saber se ele conseguiria. Ela, entretanto, não pensou se ele mudaria ou não. Porque ele a tirou de seus pensamentos dizendo:

–Eu te amo, Lilly. – então ele a beijou.

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Notas finais do capítulo

Bem, preciso mesmo que vcs comentem esse capítulo! Porque preciso saber o que vcs acham da Lilly com o Lorcan. O que vcs achariam se eles voltassem? O que vcs acham do Lorcan?

PS: Eu sei que, originalmente, o Lorcan é da Corvinal. Mas tenho umas cenas planejadas e elas se passarão no Salão comunal da Grifinória. Então o Lorcan vai ser da Grifinória nessa história.

PS²: Pra quem não percebeu os olhos que encaravam a Lilly eram do Lorcan.

Bjs Bjs



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