Crônicas Do Olimpo - O Último Olimpiano escrita por Laís Bohrer


Capítulo 17
Viagem no tempo através dos sonhos


Notas iniciais do capítulo

Galera, desculpem a demora, contra tempos, provas e tá vindo ai a minha feira de ciências T.T VIDA CRUEL...
Parei, vamos ao esperado capítulo? Saudade da Meg?



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Quando eu vi Hansel ele estava fazendo um lanche na sala de estar. Ele estava vestido para batalha com uma camisa blindada feita de casca de árvore e nós retorcidos, com sua clava de madeira e sua flauta de bambu pendurados em seu cinto.

O chalé de Deméter tinha rapidamente armado um bufê completo nas cozinhas do hotel – tudo desde pizza até sorvete de abacaxi. Infelizmente,Hansel também estava comendo a mobília. Ele já tinha mastigado o estofamento de uma cadeira extravagante e agora estava roendo o descanso de braço.

- Ah, cara...- gemi para ele. - Esse lugar é emprestado, ok?

- Béé - baliu ele - Foi mal, Megan... É que... é a mobília de Luís XVI. Deliciosa. Além disso, eu sempre como mobília quando estou...

- ...nervoso? - sugeri. - Sim, eu sei, então qual é o problema?

Ele bateu os cascos nervosamente no chão.

- Ouvi falar sobre a batalha na ponte, Jake está...

- ...Bem? Sim - acrescentei - Ele está descansando nesse momento.

Hansel respirou fundo.

– Isso já é uma coisa boa. Eu preparei a maioria dos espíritos da natureza na cidade... bem, aqueles que me ouvem, pelo menos... – Ele esfregou a testa. – Eu não tinha a mínima ideia que pinhões podiam doer tanto.

Eu dei uma risada curta me sentando em uma cadeira ao seu lado.

- Um dia eles vão te reconhecer como o próximo senhor da natureza. - eu disse.

- Hum... - ele olhei com desânimo para seus próprios cascos de jegue. - Não acha que está viajando, Megan?

- Talvez... - eu disse. - Mas quando isso acontecer, vou te jogar um ótimo "eu te avisei!".

Ele suspirou, mas conseguiu me dar uma meio sorriso.

- De todo jeito, nós vamos ajudar o máximo que conseguirmos.

Ele me falou sobre os combates que tinha visto. A maioria deles estava cobrindo a parte superior da cidade, onde nós não tínhamos semideuses suficientes. Cães infernais haviam aparecido em todos os tipos de lugares, fazendo viagens na sombra para dentro das nossas linhas, e as dríades e sátiros estiveram lutando contra eles.

Um jovem dragão aparecera no Harlem, e uma dúzia de ninfas da floresta morreu antes do monstro ser finalmente derrotado.

Enquanto Hansel falava, Thalia entrou na sala com duas de suas tenentes. Ela assentiu para mim de modo severo, saiu para conferir Jake, e voltou para dentro. Ela escutou enquanto Hansel completou seu relatório – os detalhes ficando cada vez piores.

- Nós perdemos vinte sátiros contra alguns gigantes no Forte Washington – ele disse, sua voz tremendo. – Quase metade dos meus parentes. Espíritos dos rios afogaram os gigantes no final, mas...

Thalia pós o arco em seu braço.

- Megan, achei que gostaria de saber, as forças de Cronos ainda estão se reunindo em cada ponte e túnel. E Cronos não é o único Titã. Uma de minhas Caçadoras avistou um homem enorme numa armadura dourada agrupando um exército na costa de Nova Jersey. Eu não tenho certeza de quem ele é, mas ele irradia poder que nem um Titã ou um deus.

Eu me lembrei do Titã dourado dos meus sonhos – aquele no Monte Otris que tinha irrompido em chamas.

- Certo... - eu disse. - Vamos para as notícias boas?

Thalia deu de ombros.

– Nós lacramos os túneis de metrô para dentro de Manhattan. Minhas melhores preparadoras de armadilhas tomaram conta disso. Além disso, parece que o inimigo está esperando anoitecer para atacar. Acho que Luke – ela se segurou – quero dizer, Cronos precisa de tempo para se regenerar após cada batalha. Ele ainda não está confortável com sua forma atual. Está tomando muito de seu poder deixar o tempo mais devagar em volta da cidade.

Hansel assentiu.

– A maioria das forças dele são mais poderosas à noite, também. Mas eles estarão de volta após o pôr do sol.

Processei tudo aquilo mentalmente.

- Aham, e alguma notícia dos deuses?

Thalia balançou a cabeça.

– Eu sei que Lady Ártemis estaria aqui se pudesse. Atena também. Mas Zeus ordenou que elas ficassem ao seu lado. A última vez que escutei, Tifão estava destruindo o vale do Rio Ohio. Ele deve alcançar os Apalaches por volta de meio-dia.

- Em resumo temos dois dias até que ele chegue até Nova York... - eu disse.

Beckendorf se aproximou de nós pigarreando. Ele permaneceu lá tão silenciosamente que quase esqueci que ele estava na sala.

- Megan, tem mais uma coisa - disse ele - – O jeito que Cronos apareceu na Ponte Williamsburg, como se soubesse que você estava indo para lá. E ele transferiu suas forças para os nossos pontos mais fracos. Logo que partimos, ele mudou a tática. Ele quase nem tocou o Túnel Lincoln, onde as Caçadoras estavam fortes. Ele buscou o nosso lugar mais fraco, como se...

- ... Ele tivesse informações. - eu murmurei completando a frase de Beckendorf por mais que odiasse quando alguém cortava a sua fala. Eu lembrei do que Cronos havia dito para mim na ponte "Não se pode contar com os amigos" - O espião.

Thalia franziu o cenho.

- Espião? Que espião?

Eu os encarei.

- Escutem, na batalha na ponte Cronos mencionou algo sobre um espião e Luke sempre falava sobre um espião entre nós, tudo o que sabemos é que esse mesmo vai estar usando um amuleto com um pingente... Uma foice. - expliquei. - Um dispositivo de comunicação, ou algo assim.

Eles se entreolharam.

- Isso é mal - disse Thalia. - Muito, muito mal.

- Ei, espera, isso significa que pode ser qualquer um de nós? - perguntou-me Beckendorf.

Eu assenti.

- Qualquer um mesmo? - ele deu um olhar suspeito para Thalia que quando o percebeu o fuzilou com seus olhos azuis elétricos, Beckendorf desviou.

– Mas o que nós podemos fazer? – perguntou Hansel. – Revistar todos os semideuses até encontrar um amuleto em forma de foice?

Todos eles olharam para mim, esperando uma decisão. Eu não podia demonstrar o quanto me sentia em pânico, ainda que as coisas parecessem sem esperança. Olhei para o canto, filhos de Apolo feridos e com expressões tristes ao invés de radiantes como normalmente... Lembrei de Annie caindo da ponte, e depois sendo engolido pelo mar.

Estremeci, eu não ia deixar mais ninguém cair por minha causa.

- Continuaremos lutando - eu disse - E manteremos isso entre nós, se os outros souberem que há um espião entre nós vamos começar a suspeitar uns dos outros, vamos acabar nos matando e nosso exército se desfaz, e isso é vantajoso para Cronos, ele destrói o Olimpo e os deuses e perderemos a guerra.

- Em resumo... - começou Hansel - Nós vamos morrer.

- Hum... "Perder a guerra" já está bom, Hansel... - disse Thalia.

Beckendorf tossiu.

- Megan está certa, não podemos ficar obcecados com esse espião. Se nós suspeitarmos uns dos outros, vamos apenas nos separar mais.

- Isso é a última coisa de que precisamos... - murmurou Thalia. - Bem, líder, o que faremos agora?

Eu olhei para o resto dos semideuses na sala e disse:

- Galera, vocês todos foram incríveis noite passada. Eu não poderia pedir um exército mais corajoso. Vamos nos revezar nas vigias. Descansem enquanto podem. Nós temos uma longa noite à nossa frente.

Os semideuses balbuciaram em concordância. Eles seguiram seus caminhos separados para dormir ou comer ou consertar suas armas.

Thalia tocou meu braço.

- Megan, você também. Nós vamos manter um olho nas coisas. Vá deitar. Nós precisamos de você em boa forma para hoje à noite.

Eu assenti sem discutir com ela. Achei o próximo quarto e desabei na cama com dossel. Pensei que estava muito ligada para dormir, mas meus olhos fecharam quase imediatamente.

No meu sonho, vi Nico di Angelo sozinho nos jardins de Hades. Ele tinha acabado de cavar um buraco num dos canteiros de Perséfone, o que eu achei que não faria a rainha muito feliz.

Ele despejou um cálice de vinho dentro do buraco e começou a entoar um cântico.

– Deixe os mortos sentirem o gosto de novo. Deixe-os ascender e pegar esta oferenda. Maria di Angelo, mostre-se.

Fumaça branca se acumulou. Uma figura humana se formou, mas não era a mãe de Nico. Era uma garota de cabelos pretos, pele cor de azeitona, e roupas prateadas de uma Caçadora.

– Bianca – disse Nico. – Mas...

Não evoque nossa mãe, Nico, ela alertou.Ela é o único espírito que você está proibido de ver.

– Por que? – ele exigiu. – O que nosso pai está escondendo?

Dor, Bianca disse.Ódio. Uma maldição que se estende até a Grande Profecia.

– O que você quer dizer? – perguntou Nico. – Eu preciso saber!

O conhecimento irá apenas machucar você, não lhe torna-rá sábio. Lembre-se do que eu disse: guardar rancor é um defeito mortal para as crianças de Hades.

– Eu sei disso – disse Nico. – Mas eu não sou o mesmo que costumava ser, Bianca. Pare de tentar me proteger!

Irmão, você não entende...

Nico passou a mão através da névoa, e a imagem de Bianca se dissipou.

– Maria di Angelo – ele disse novamente. – Fale comigo!

Nada aconteceu.

- Mãe! - gritou Nico.

Uma imagem diferente se formou. Era uma cena ao invés de um único fantasma. Na névoa, eu vi Bianca e Nico criancinhas, brincando no saguão de um hotel elegante, perseguindo um ao outro em volta de colunas de mármore.

Uma mulher estava sentada em um sofá próximo. Ela usava um vestido negro, luvas e um chapéu preto com véu que nem uma estrela de cinema dos anos 40. Ela tinha o sorriso de Bianca e os olhos de Nico.

Em uma cadeira ao lado dela sentava um homem largo e oleoso em um terno risca de giz. Chocado, percebi que era Hades. Ele estava se inclinando em direção à mulher, usando as mãos enquanto falava, como se estivesse agitado.

– Por favor, minha querida – ele disse. – Você deve vir para o Mundo Inferior. Não me importo com o que Perséfone pensa! Posso mantê-la a salvo lá.

– Não meu amor. – Ela falava com um sotaque italiano. – Criar nossas crianças na terra dos mortos? Não vou fazer isso.

– Maria, me escute. A guerra na Europa virou os outros deuses contra mim. Uma profecia foi feita. Minhas crianças não estão mais seguras. Poseidon e Zeus me forçaram a um acordo. Nenhum de nós nunca mais deve ter filhos semideuses.

– Mas você já tem Nico e Bianca. Certamente...

– Não! A profecia avisa de uma criança que vai fazer dezesseis anos. Zeus decretou que os filhos que tenho atualmente devem ser levados ao Acampamento Meio-Sangue para treinamento apropriado, mas eu sei o que ele quer dizer. No máximo eles serão vigiados, aprisionados e virados contra o seu pai. Ainda mais provável, ele não vai correr o risco. Não vai permitir que minhas crianças semideusas façam dezesseis anos.

Ele vai achar um jeito de destruí-las, e eu não vou arriscar isso!

– Certamente – disse Maria com seu forte sotáque. – Nós vamos ficar juntos. Zeus éun imbecile.

Eu não pude deixar de admirar a coragem dela, mas Hades olhou nervosamente para o teto.

– Maria, por favor. Eu falei para você, Zeus me deu o prazo máximo de semana passada para entregar as crianças. A ira dele vai ser horrível, e eu não posso escondê-la para sempre. Enquanto você estiver com as crianças, também vai estar em perigo.

Maria sorriu, e de novo era esquisito o tanto que ela parecia com sua filha.

– Você é um deus, meu amor. Você vai nos proteger. Mas eu não levarei Nico e Bianca para o Mundo Inferior.
Hades torceu as mãos.

– Então, há uma outra opção. Conheço um lugar no deserto onde o tempo não passa. Eu poderia mandar as crianças para lá, apenas por um tempo, para a segurança delas, e nós poderíamos ficar juntos. Eu vou construir um palácio dourado para você às margens do Estige.

Maria di Angelo sorriu gentilmente.

– Você é um homem bondoso, meu amor. Um homem generoso. Os outros deuses deveriam vê-lo assim como eu, e ele não o temeriam tanto. Mas Nico e Bianca precisam da mãe deles. Além disso, são apenas crianças. Os deuses não os machucariam de verdade.

– Você não conhece minha família – Hades disse de modo sombrio. – Por favor, Maria, eu não posso te perder.

Ela tocou os lábios dele com os dedos.

– Você não vai me perder. Espere por mim enquanto eu pego minha bolsa. Vigie as crianças.

Ela beijou o lorde dos mortos e se levantou do sofá. Hades observou ela subir as escadas como se cada passo dela para longe o causasse dor. Um momento depois, ele ficou tenso. As crianças pararam de brincar como se tivessem sentido algo também.

– Não! – exclamou Hades.

Mas mesmo os seus poderes divinos foram muito lentos. Ele apenas teve tempo de erguer um muro de energia negra em volta das crianças antes do hotel explodir.

A força foi tão violenta, que a imagem de névoa inteira dissolveu. Quando focou de novo, vi Hades ajoelhado nas ruína, segurando a forma quebrada de Maria di Angelo. Fogueiras ainda ardiam em volta dele. Relâmpagos brilhavam pelo céu, e trovões soavam.

mãe, sem compreender. A Fúria Alectó apareceu entre eles, sibilando e batendo suas asas encouraçadas. As crianças não pareciam notá-la.

– Zeus! – Hades balançou seu punho para o céu. – Vou destruí-lo por isso! Vou trazê-la de volta!

– Meu lorde, você não pode – Alectó avisou. – Você dentre todos os imortais deve respeitar as leis da morte.

Hades ardeu de raiva. Pensei que ele ia mostrar sua forma verdadeira e vaporizar seus próprios filhos, mas no último momento ele pareceu retomar o controle.

– Leve-os – ele disse para Alectó, segurando um soluço. – Limpe as memórias deles no rio Lete e leve-os para o Hotel Lótus. Zeus não irá feri-los naquele lugar.

– Como queira, meu lorde – Alectó disse. – E o corpo da mulher?

– Leve ela também – ele disse amargamente. – Dê a ela os rituais antigos.

Alectó, as crianças e o corpo de Maria se dissolveram em sombras, deixando Hades sozinho nas ruínas.

– Eu o avisei – disse uma nova voz.

Hades se virou. Uma garota num vestido multicolorido estava em pé próximo aos restos fumegantes do sofá. Ela tinha um curto cabelo preto e olhos tristes. Ela não tinha mais que doze anos. Eu não a conhecia, mas ela parecia estranhamente familiar.

– Você ousa vir aqui? – rosnou Hades. – Eu deveria reduzir você a pó!

– Você não pode – disse a garota. – O poder de Delfos me protege.

Com um calafrio, percebi que estava olhando para o antigo Oráculo de Delfos, no tempo em que ela estava viva e jovem.

– Você matou a mulher que eu amava! – esbravejou Hades. – Sua profecia nos levou a isso!
Ele foi para cima da garota, mas ela não recuou.

– Zeus ordenou a explosão para matar as crianças – ela disse – porque você desafiou a vontade dele. Eu não tenho nada a ver com isso. E eu avisei você para escondê-los mais cedo.

– Eu não podia! Maria não deixaria! Além disso, eles eram inocentes.

– Todavia, eles são seus filhos, o que os faz perigosos. Mesmo que você os guarde no Hotel Lótus, você apenas adia o problema. Nico e Bianca nunca vão poder retornar ao mundo para que não completem dezesseis anos.

– Por causa da sua tão famosa Grande Profecia. E você me forçou a fazer um juramento para não ter outros filhos. Você me deixou sem nada!

– Eu prevejo o futuro – a garota disse. – Eu não posso mudá-lo.
Fogo negro acendeu os olhos do deus, e eu sabia que estava vindo algo ruim. Eu quis gritar para a garota se esconder ou correr.

– Então, Oráculo, escute as palavras de Hades – ele rugiu. – Talvez você não possa trazer Maria de volta. Tampouco eu posso trazer uma morte precoce a você. Mas sua alma continua mortal, e eu posso amaldiçoá-la.

Os olhos da garota se arregalaram.

– Você não...

– Eu juro – disse Hades – enquanto minhas crianças permanecerem exiladas, enquanto eu me comportar sob a maldição da sua Grande Profecia, o Oráculo de Delfos nunca terá outro hospedeiro mortal. Você nunca descansará em paz. Nenhum outro vai tomar seu lugar. Seu corpo irá murchar e morrer, e ainda assim o espírito do Oráculo estará trancado dentro de você. Você irá pronunciar suas profecias amargas até que você se desintegre toda. O Oráculo irá morrer com você!

A garota gritou, a imagem enevoada explodiu em pedaços. Nico caiu de joelhos no jardim de Perséfone, sua face branca de choque. Parado à sua frente estava o verdadeiro Hades, elevando-se em suas vestes negras e franzindo as sobrancelhas para seu filho.

– O que exatamente você pensa que está fazendo? – Perguntou a Nico.

Uma explosão negra preencheu meus sonhos. Então o cenário mudou.

Eu via meu velho amigo Daniel Kane, um britânico que guiou a mim, Jake, Hansel e Tyler pelo labirinto no verão passado e atacou o senhor titã do tempo com um Mp4 da Sony azul. 

Ele corria na direção de uma casa de campo enquanto murmurava:

– Oh, deuses – ele disse. - Droga, peguei essa mania também! 

Ele saltou os degraus do pórtico, respirando com dificuldade. Um homem parecido com Daniel o aguardava, imaginei que fosse seu pai, ele olhou por cima do Wall Street Journal.

- Pai... - Daniel ofegou - Temos que voltar para Nova York.

A boca de seu pai se contorceu, como se ele estivesse tentando se lembrar de como sorrir.

- Voltar? Como assim, Dan? Nós acabamos de chegar!

- Está acontecendo alguma coisa, eu sei disso.

Sr. Kane dobrou seu jornal.

– Sua mãe e eu estivemos planejando essas férias por um longo tempo.

– Não estiveram não! Vocês dois odeiam a praia! Vocês apenas são muito teimosos para admitir.

- Daniel escute bem o que eu vou...

- Não vou escutar, eu estou dizendo que tem alguma coisa acontecendo em Nova York, será que pode ouvir você dessa vez? A cidade inteira... não sei o quê exatamente, mas está sob ataque.

Sr. Kane suspirou.

- Acho que teríamos escutado algo desse tipo nos jornais.

- Não esse tipo de ataque, escute velho... - disse ele e o Sr. Kane o olhou feio, mas Daniel ignorou. - Você já recebeu alguma ligação desde que chegamos aqui?

O pai dele franziu a testa.

– Não... mas é final de semana, no meio do verão.

Daniel bufou.

- Corta essa... Você sempre recebe ligações - insistiu. - Você precisa admitir que isso é estranho.

O pai dele hesitou.

– Nós não podemos apenas ir embora. Nós gastamos muito dinheiro.

- Escute, pai... Minha amiga Megan precisa de mim agora...

- Megan... - Sr. Kane suspirou - De novo essa menina nos assuntos...

- É sério, pai! Preciso entregar uma mensagem. É vida ou morte.

– Que mensagem? Do que você está falando?

– Não posso lhe dizer.

– Então você não pode ir.

Daniel fechou os olhos como se esforçasse para ficar calmo.

- Pai, me deixe ir e eu faço um acordo com você.

Sr. Kane puxou uma cadeira e se sentou, como um homem que parecia entender de acordos.

- Estou escutando...

- Eu vou para o colégio militar de outono como o senhor quer, mas vai ter que me deixar ir. Não vou nem reclamar e eu prometo não explodir banheiros ou jogar insetos nas professora. Mas você precisa me levar de volta para Nova York agora.

Ele ficou em silêncio por um longo tempo. Então ele abriu seu telefone e fez uma ligação.

– Douglas? Prepare o avião. Nós estamos partindo para Nova York. Sim... imediatamente.

A cena desvaneceu não antes de eu ver Daniel dando um soco no ar. Eu murmurei no meu sonho: Daniel, não faça isso...

Eu ainda estava me debatendo e virando quando Thalia me acordou com sacudidas

– Megan, venha. Já é fim de tarde. Nós temos visitas.

Eu dei um pulo, a cama era tão confortável, e eu odiava dormir no meio do dia.

- Visitas? - repeti. - O que quer dizer com "Visitas"?

Thalia repsirou fundo.

- Ok, primeiro, não surte... Um Titã quer ver você, sob uma bandeira de trégua. Ele tem uma mensagem de Cronos e... Ele não está sozinho.


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Notas finais do capítulo

Esse não foi muuuuuuito lá original, eu estava com pressa galera.



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