The One With The Birthday Party... escrita por ThEvilqueen
Apesar de ser o primeiro dia nevando, o interior da casa estava quente o suficiente para usar apenas uma camisa leve.
E isso era exatamente o que a loira usava. Apenas uma camisa. Regina encarou-a disfarçadamente. Sentada do outro lado do balcão, ela contemplava a mulher à sua frente. A camisa tinha um estilo um pouco masculino demais e, aparentemente, ela havia sido “roubada” de alguém.
Ela não dava à mínima, estava simplesmente perfeita no lugar em que se encontrava. O tecido cobria somente até pouco antes dos joelhos da loira, revelando sutilmente sua silhueta. A luz vinda da janela próxima a elas também não estava colaborando muito para a discrição do traje.
Deus, como ela é linda...
Quando Emma percebeu que ela era o centro das atenções, dirigiu-lhe um olhar maligno e cruzou os braços na frente do peito.
Regina corou e desviou o olhar.
– Gosta do que vê? - a loira perguntou, sarcasticamente.
– Muito. - ela respondeu ainda fitando o vazio -... Até demais. - E virou-se para olhar Emma.
Ela sorriu de orelha a orelha, andando em sua direção.
– Bem... Nesse caso...
Regina segurou a borda de sua camisa para trazer a mulher mais próxima a ela. Bem... Bem próxima. Emma se viu presa entre as pernas da morena. Seu corpo quase nu tocou a pele macia da esposa e ela estremeceu.
– Aliás, essas são essas roupas de uma mulher casada vestir? – Regina perguntou num tom firme, mas sem deixar de ser cômica – E a propósito, onde é que você arrumou isso??
Emma corou e tentou procurar as palavras certas.
– Nãaao que eu esteja reclamando... – continuou erguendo as mãos.
Ambas riram.
– David esqueceu algumas roupas semana passada, quando ele veio ficar com o Henry aquela noite – ela esperou alguns segundos – Se lembra?
– E como eu poderia esquecer.... – um sorriso quase maldoso surgiu nos lábios da morena.
Emma fez questão de retribuir.
– Você deveria usar isso mais vezes - Regina deu uma piscadinha – Fica bem melhor em você do que no seu pai, isso eu mesma garanto.
Com esse comentário ela ganhou um sorriso da loira e puxou-a contra si, apertando seus lábios nos dela.
O beijo suave foi ficando intenso, e mais intenso... Regina começou a desabotoar a camisa e deslizou suavemente suas mãos para dentro da roupa da loira. Emma retribuiu pressionando os quadris da morena, sentindo sua respiração ficar ligeiramente mais pesada.
A coisa estava ficando quente quando ouviram alguém abrir a porta da entrada.
Tentaram recompor-se o mais rápido possível, mas o menino já estava parado no vão bem à frente delas.
As mulheres se entreolharam visivelmente constrangidas.
“Flagra...” Regina pensou, ficando tão vermelha quanto uma de suas maçãs.
– Ahnnn .. Henry .. A gente estava.. - Emma começou a falar.
– Eu estava ajudando sua mãe a fechar a... Camisa. - Regina disse, engolindo seco.
Emma fulminou a mulher com o olhar. Sério, Regina?? Fechando a camisa?? Que tal brincando de médico? Acho que ele poderia engolir essa melhor...
O garoto riu.
– Tá tudo bem mãe... Ahnn...Mães... Não é como se eu não nem imaginasse a verdade né - ele piscou para elas - Eu já estou de saída.
Regina passou do vermelho para o branco. Emma não conseguiu evitar uma risada. A morena estava começando a abrir a boca para responder, mas Henry já tinha saído. Regina ficou sem saber o que fazer em seguida e virou-se procurando o olhar da loira por ajuda.
A esse ponto, Emma estava se esforçando para não rir... Muito.
A mulher se enfureceu.
– Do que diabos você está rindo?
É isso aí. Agora ela não conseguia segurar mais.
– Emma!!
–Sinto muito... – ela retrucou, enxugando os olhos - Desculpe, querida. Eu só acho que... Talvez devêssemos tentar encarar o fato de que ele não é mais um garotinho.
– O quê? ! Ele tem apenas catorze anos, não era pra ele...
Emma levantou uma sobrancelha. E depois... Ambas. Regina fez seu carinha de cachorro sem dono.
– Não... Talvez a gente devesse só tirar a internet dele... - a prefeita ainda parecia inconformada.
Desta vez a loira soltou uma gargalhada.
– Querida, você não pode impedi-lo de crescer. - disse ela, suavemente.
Regina fitou a esposa e começou a levantar leve e minuciosamente a sobrancelha, daquele jeito. DAQUELE jeito.
– Ei mulher, não diga para mim que eu NÃO posso fazer alguma coisa! - respondeu, sarcasticamente.
– Ohhh não... Perdoe-me, Vossa Majestade... - Emma fingiu uma reverência.
Regina sorriu para ela.
– Estou falando sério. Eu... Eu não sei se estou pronta pra isso. Talvez eu pudesse congelá-lo desse jeito... Tipo, para sempre. - ela deu um sorriso torto.
– Ahh claro, com certeza. E quanto à Helena?
Regina fez uma cara de quem estava tentando lidar com esse dilema.
– Não seria tão mal fazer o mesmo...Seria? - concluiu, sorrindo.
– Claro... E ela seria um bebê para sempre.
Regina concordou com a cabeça de uma forma engraçada.
Como uma resposta de imediato, o choro de um bebê cortou o ar.
Eles se entreolharam.
– Oooou não... - Regina disse comicamente, encarando as escadas para o segundo andar, de onde parecia vir o som.
– Ooou não - ela concordou rindo.
A loira colocou os braços em torno da mulher.
– Vamos lá... Antes que ela acorda toda a vizinhança.
Na metade do caminho escada a cima, Regina parou.
– Alguma chance de que sua mãe vir cuidar dela, para que a gente pudesse fazer aquela viagem de inverno? – era mais uma pergunta retórica engraçada do que propriamente uma pergunta.
– Nooope... – retrucou rindo.
Era bom ver a morena de bom humor e isso fez Emma sorrir novamente.
– Tenha outro filho, eles disseram... Vai ser divertido, eles disseram...
– “Toda a magia vem com um preço...”.
Elas caíram na risada e continuaram a subida.
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