O Piano escrita por Isabella Cullen


Capítulo 10
Capítulo 10 Sente a música


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meninas, muito feliz por ter leitoras tão participantes e que estão gostando. Esse Edward é um amor meninas, eu realmente amo ele. É um prazer escrever sobre ele. Muito obrigada meus amores!



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Edward era assim, ele estava ouvindo a pior tragédia numa hora e depois estava me contando como foi crucial aprender com um guitarrista americano algumas noções nada elementares da música. A forma rústica dele e até sem técnica ajudou Edward ao que ele disse “ sentir as música”. Quando estávamos almoçando e ele me falou isso eu caí na gargalhada e chamei a atenção de todos ao redor, ele pareceu nem se importar porque riu comigo do mesmo jeito. Foi um almoço maravilhoso. A tarde exploramos um pouco as ruas e a fim de conhecer mais a família com quem eu passaria o natal eu perguntei a ele dos gostos e do jeito deles.

Emmett era uma eterna criança, acho que compraria um Playstation da última geração, Alice para Edward era a rosa que dava no inverno e que conseguia sobreviver a ele, linda e forte. Eles tinham uma ligação especial porque Alice era mais velha e se achava responsável, mas ele disse também que eles compartilham algumas coisas que só ela pode dividir comigo e mais uma vez os olhos dele guardavam muitas informações não ditas. Isso não me incomodava, eu amava o jeito dele misterioso. Esme era a flor mais delicada e mais cheirosa, isso era o que Edward disse da mãe com um sorriso enorme. Brinquei enquanto andávamos por uma pequena rua que ele tinha uma forma de comparar as pessoas muito poética, ele simplesmente me respondeu que tudo era poesia e música.

Quando voltamos para o hotel eu estava cansada e precisava lidar com algumas coisas que queria agir rápido. Ele me deixou na porta do meu quarto com a promessa de que era só ligar que ele viria novamente. A minha vontade foi de pedir para ele ficar, a noite inteira... o resto da minha vida, escondi esses pensamentos com um sorriso tímida e entrei. Sentei no sofá olhando o celular, eu tinha que fazer isso disse a mim mesma, disquei os números e depois de alguns toques ele atendeu.

- Isabella! – a voz de Jasper do outro lado era animada e feliz.

- Oi Jazz não sabia que horas eram em Seattle. Estou em Paris.

- Jean me contou, ele disse que você talvez me procurasse e eu já adiantei algumas coisas sem sua permissão, mas que pensei ser do seu agrado.

Sorri.

- Oh... Jean contou que quero me separar de Jacob?

- Sim, mas ele foi discreto como sempre. Um verdadeiro pai pensando no bem estar da filha.

- Eu queria saber como isso deve ser, não faço a mínima.

- A primeira coisa é você entrar com uma ação, algo simples, mas que vai alertar a ele. Depois vamos ao processo que creio que será a dificuldade visto que ele não quer, Jacob não assinará os papéis e andei investigando há um acordo pré-nupcial.

- Eu não assinei isso. – eu nunca assinei nada dessas coisas.

- Isabella, no cartório de Nova York há um acordo.

- Eu nunca assinei nada disso. Como descobriu isso?

- Um amigo meu quando foi olhar o procedimento para ver se era legal ou não achou anexado, você deve ter assinado no dia pensando que era outra coisa, ele pode ter feito isso a pedido de seu pai.

- Por que você acha isso?

- Essa é a parte mais dolorosa. O acordo não favorece Jacob.

- Mas...

- Ele diz em uma clausula que Jacob deverá além de ser um bom marido para você, deverá não se separar jamais para evitar escândalos e fornecer filhos saudáveis. – Jasper fez uma pausa. – Nenhuma dessas clausulas parecem ter sentido, mas depois de tudo que aconteceu eu acho que seu pai queria que ele nunca te deixasse ou você a ele e que ele garantisse de todas as formas que Jacob te desse filhos.

- Filhos não. Herdeiros.

Eu me lembrei da conversa que tive com minha mãe e meu pai logo depois que o bebê morreu. Algo sobre tratamento, uma história que mamãe perdeu dois antes de mim e isso agora fazia sentido, mais do que nunca. Eles queriam que eu fizesse um tratamento para cumprir essa parte do acordo, para garantir que Jacob cumprisse.

- Isabella eu sinto muito.

- Não é sua culpa Jasper. – falei triste.

- Não é culpa de ninguém, quando se casou estava apaixonada. Queria uma nova vida e não há ser humano que não faria as escolhas que fez.

- Você é um grande amigo. Sempre serei grata a Rose por me apresentar o irmão mais velho.

- Sim, ela está animada com ideia de passar o Natal em Paris, por isso adiantei os papéis, preciso que assine e depois do Natal vamos começar a nossa real luta.

Eu fiquei desanimada. Ele nunca me daria o divórcio sem uma boa luta. Eu não queria isso, queria aproveitar a tranquilidade e a paz.

- Chegam quando?

- Amanhã a noite, Rose tem uma apresentação aqui com a orquestra e isso nos prendeu um pouco. Jean achou melhor ela não cancelar, Rose fechou um contrato com uma orquestra a pouco tempo e precisa mostrar além de suas naturais habilidades a responsabilidade de ser a pianista principal. A foto dela está em destaque no site.

- Eu imagino como ela deve estar divina.

- Eu sou irmão, sou suspeito. – ele riu.

- Obrigada por me atender e providenciar tudo. É ótimo saber que o Natal será com vocês também.

- Será um lindo Natal.

Sim, seria. Eu queria pensar quando desliguei que seria uma nova vida e muito boa também, tomei um banho com calma, não liguei para Jacob e suas loucuras, isso poderia esperar de qualquer forma. Dormi pensando no que Edward estava fazendo e uma música invadiu meus ouvidos. Ele não gostava de hotel, no entanto, ele com certeza estava no hotel. Sorri, quis acreditar que era por minha causa.

Acordei bem e com vontade de tocar, o dia seria maravilhoso. Coloquei um vestido leve, sapatilhas pretas e uma bolsa um pouco maior para acomodar as partituras sem nenhuma dificuldade, eu queria fazer compras depois do ensaio. Quanto tempo eu e Edward levaríamos para conseguir cumprir a agenda de ensaios de hoje? Eu acreditava que tempo nenhum. Quando abri a porta lá estava ele encostado na parede em frente e assim que viu me deu aquele sorriso. O meu sorriso.

- Bom dia linda. – ele disse em francês.

- Bom dia. Vamos tomar café aqui no hotel?

- Não... já te falei, nada de previsível. – eu sorri e vi a mão dele estendida. Ela era maior e segura. Peguei sem pensar e sentir o calor que ela emanava, Edward era o homem mais excitante que eu já havia conhecido. O toque dele era sensual e mágico. Descemos e então novamente o carro já estava a nossa espera, ele dirigiu tranquilamente, sem música, só nós. Ele parou num pequeno restaurante que estava fechado e eu olhei para ele.

- Está fechado.

- Para o público.

Quando ele saiu para abrir a porta percebi algumas pessoas dentro, mas não conseguia imaginar o que estava acontecendo. Ele pegou na minha mão e me ajudou a sair do carro, estava um sol gostoso e agradeci por estar de vestido. Uma mulher abriu a porta para nós cumprimentando Edward e ele conversou alguns instantes com ela enquanto eu olhava o restaurante, era pequeno e aconchegante, não tinha muitas mesas e dava um ar tão caloroso.

- Vamos?

- Não está fechado?

- De maneira nenhuma. – ele disse sorrindo.

Edward me levou numa mesa no fundo, sentamos um do lado do outro e essa proximidade me fez arrepiar, se ele percebeu foi muito discreto, ficamos olhando o cardápio com tantas seleções de comida que me fez comer de tudo um pouco.

- Já escolheu?

- Estou indecisa...

- Muitas opções não é mesmo?

- Tenho vontade de experimentar tudo. – falei rindo. Edward acenou para a moça que estava só esperando nosso sinal para nos atender, ela chegou com o papel de pedido e olhei confusa. – Pode nos servir uma quantidade pequena de um pouco de tudo?

- Claro, o menu de degustação.

- Sim.

Eu ainda estava admirada vendo ele naturalmente pedir tudo que tinha ali.

- Simples assim? – perguntei a ele. Com um sorriso magnífico ele respondeu.

- Simples assim.

Ri daquilo e enquanto esperávamos eu e ele conversamos sobre o tempo, gostos pessoais, a vida no geral. Com ele a conversa fluía, algo além do natural.

- Nova York... a melhor época?

- Definitivamente! – respondi enquanto me servia de um pão delicioso.

- Morou sozinha?

- Tinha Rose que tinha o apartamento dela, mas que ficava mais lá do que no dela. Juntamos nossas solteirices e solidão eu acho.

- Ela toca bem como você?

- Ela toca maravilhosamente bem e é linda. Rose parece uma atriz de cinema e acho que se não fosse o pai dela teria sido. Ela ama o teatro.

- Certos pais querem pianistas, outros não.

- Outros não. – bebi o suco de manga que veio com alguns pães. – Agora isso não importa.

- Não, estamos atrasados para o ensaio. Vamos?

- Sim.

Eu estava cheia, comi numa quantidade que nunca havia comido antes e estava mais feliz ainda com a companhia durante o café da manhã. E como eu tinha previsto eu e Edward tocamos numa sintonia que deixou o maestro admirado. Erámos um, nos comunicando com olhares, respondendo com sons... fazendo música.

"Põe toda a tua alma nisso, toca da maneira como sentes a música!" – Frederic Chopin


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Notas finais do capítulo

Então meninas... me digam o que acham... Sentiram a música? Na próxima o Edward vai aprontar algo que vai deixar nosso corações acelerados! Ele é cheio de surpresas!