S.O.S Me Apaixonei Por Um Assassino Suicida escrita por Anthonieta


Capítulo 17
Eu sou tão mais louca que ele


Notas iniciais do capítulo

Incrível como eu nunca consigo postar na data certa, ultimamente sempre ando postando antes do previsto. Isso é bom, certo? Haha, boa leitura (:



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— Eu não tenho nada para conversar com você, Jason, será que não percebe?

Ele ignorou-me

— Não estou brincando. Venha…. Vamos até àquela praça… como é mesmo...?

— Eu não irei!

— Clarissa — ele tentou manter a calma — você… Olhe para você, o que aconteceu? E que tipo de ligação com Dean você tem…?

Eu o olhei incrédula.

— Como ousa perguntar-me que tipo de ligação há entre mim e aquele outro corrompido? Você sabe muito bem que ele está morando com Gabriela novamente…

— O quê…

— O que é? — quase gritei.

— Gabriela é a sua amiga, não é? — ele coçou o queixo — a que bateu em mim uma vez na….

— Sim, é ela. — bradei impacientemente — Jason… eu estou tão cansada, meu dia… meus últimos dias — me corrigi — não foram dos melhores e…

— Não entendo… — ele interrompeu-me — eles estão… namorando? Digo, Dean e a sua amiga…

— Claro que não! Eles são irmãos… Você sa…

Eu parei instantaneamente quando notei o pavor estampado em Jason.

— Então ele mentiu esse tempo todo…

— Do que está falando? — exigi.

— Por favor Clarissa, venha comigo, precisamos esclarecer algumas coisas e… — ele fitou minhas roupas — que estranho...

Eu assenti, relutantemente. Jason puxou-me pelo braço em direção às escadarias do Tude.

***

Chegando na Não Passe Mais De Quinze Minutos, Jason livrou-se de meu casaco ensanguentado, o que dava-me uma aparência menos derrotada. Era incrível como eu não conseguia sentir medo de Jason, mesmo sabendo que ele havia feito coisas horríveis, e Deus sabe se ainda faz. Maldita cólera que envolve todos os outros sentimentos e sensações.

Jason puxou-me para sentar em um banco de madeira fresca. O céu estava nublado e a praça praticamente vazia. Ele retirou a jaqueta, colocando-a sobre o colo, deixando amostra uma camisa preta onde estava escrito Meu amor por ela é tão cafona quanto minhas bermudas floridas de verão. Ele olhou-me levantando uma sobrancelha.

— Por onde esteve?

Eu tossi.

— Seu querido parceiro de crimes me sequestrou... há dois dias.

Ele olhou-me aturdido, levantando-se rapidamente.

— O quê?

— Eu era uma isca — disse, implantando uma calma que não sabia de onde vinha — Ele queria você… Queria atraí-lo e matá-lo com uma foice de degolar galinhas.

Jason tornou a sentar-se ao meu lado, com a boca entreaberta, passando impacientemente a mão pelo rosto para livrar-se dos fios teimosos que embaçavam sua vista, devido ao vento forte.

— Dean supôs que você seria atraído, sem que ele mencionasse o fato de estar comigo — eu sorri miseravelmente, fitando um filhote de gato preto, que enroscava-se nas pernas do banco de madeira. — ele acreditava que você viria, seguiria as pistas dele, pistas essas que nunca soube nem entendi. Aquele maníaco…

— Miserável. — ele silvou — Eu não sei que diabos de pistas você está falando..

— Não importa — bradei — eu o disse… disse que você jamais iria… nem se houvesse pistas, nem se soubesse..

— Por que pensa assim?

Eu engoli seco.

— Por que eu não pensaria?

Houve alguns segundos de silêncio.

— Ele machucou você? — Jason perguntou-me, ignorando minha pergunta.

Eu sorri fraco.

— Não… se pensar… até que fui bem tratada — suspirei — ele não é pior que você…

Ele virou-se para mim, tomando-me pela mão.

— Não sei exatamente o que ele lhe disse… mas… talvez você não devesse acreditar.

— Eu vi as provas, Jason — forcei a garganta — suas fichas… Eu soube… soube da morte da sua irmã. Sim, aquela mulher no beco…

— Anele… — ele soltou-me e fitou o chão — Ela não era a melhor pessoa do mundo, mas não merecia morrer… Eu deveria ter dado um jeito em Dean. — grunhiu — Ele tomou tudo de mim… Absolutamente tudo que tinha.

Eu o olhei confusa.

— Engraçado… — continuei — ele diz quase o mesmo sobre você.

— Como…

— Eu quero saber a verdade. — exigi — Apenas isso…

Jason assentiu.

— Muito bem. — ele começou, retorcendo-se no banco. Seu cabelo escuro cobria boa parte de seu rosto, dando a impressão dele estar falando sozinho. — Eu tinha apenas quinze anos… Morávamos eu mamãe… Anele e… meu padastro… Dário. — ele tossiu — Ele não era um bom homem, definitivamente, e minha vida era um inferno. Nunca conheci meu pai, quando eu perguntava à minha mãe sobre isso, ela mudava de assunto… — ele pausou — eu sabia que ela não fazia ideia que quem ele era, assim como o de Anele.

— Você tinha seu padastro como um segundo pai… como a maioria tem, então...

— Não... — ele continuou — Aquele… aquele imbecil batia em mim sempre que sentia vontade… dede meus dez anos. Sabe… ele colocava-me para passar recados a seus amigos. Comprar drogas, cigarros, bebidasabsolutamente tudo que não prestava e que podia compromete-lo. Dário… abusava de minha irmã. E minha mãe sabia disso, eu sabia disso, o mundo todo sabia disso. — eu pude perceber que Jason estava esforçando-se demasiadamente para falar. — ninguém fazia nada. Eu deveria ter feito… eu deveria… Mas eu não... eu tinha tanto medo…

— Jason… — tentei manter a calma — se você está tentando culpar seu passado para tudo de horroroso que fez, pode desistir. Não há nada que eu tenha mais repúdio...

Ele negou.

— Por favor… você disse que queria a verdade, então deixe-me continuar. Não quero tirar minha culpa… quero apenas que compreenda, ou que, pelo menos, saiba.

Eu assenti.

— Tudo bem.

— Então… — ele continuou — eu fugi. Saí de casa e fui viver pelas ruas.

— Essa não deveria ser a sua única saída, acredito. — bradei rispidamente.

Ele sorriu fraco.

— De fato, mas foi a que eu escolhi.

— E então…?

— Eu conheci Dean numa festa de rua. Bêbado e jogado pelo chão. Eu literalmente tropecei nele. Ele… – eu posso lembrar disso – deu-me um soco na cara. Eu tentei revidar, mas era magro demais. Logo chegaram mais três caras altos e fortes, segurando-me por trás, prontos para dar-me uma surra… — Jason suspirou — então Dean os mandou parar, segurou-me em meus ombros e disse que menores de idade não eram bem vindos. Eu o implorei por algo para comer… Talvez Dean tenha tido um pouco de pena de mim, ou tudo não passou de seus péssimos interesses. Ele pagou-me comida e algo para beber. Disse-me que se eu confiasse nele, iria levar-me para um lugar confortável e eu ganharia muito dinheiro… Trabalhando.

— Mais uma vez você teve duas escolhas… — eu grunhi — e escolheu a pior delas.

— Eu escolhi porque… Tudo bem, eu poderia ter negado e continuado a perambular por aí, mas o medo pelo futuro foi maior. Então eu aceitei. Dean levou-me até — ele hesitou — um homem, que mais tarde viria a ser meu… nosso magistrado. Eles me treinaram, forneceram-me armamentos, roupas novas, um bom apartamento para morar em Igras e uma falsa e sólida posição de estudante de economia.

Eu balancei a cabeça negativamente.

— Jason Marilio Santi — ele sorriu — Bonito, atraente, inteligente e bem de vida. Não faltava-me belas garotas fúteis para sair, carros bacanas, dinheiro… e sangue. Dean e eu, assassinos seriais, não tínhamos escrúpulos...

Eu tentei conter o fôlego.

— Dean disse que você era um péssimo parceiro. Era… vocês… vocês falam como se tivesse ocorrido algo muito grave, algo que tenha quebrado a ligação de vocês, algo maior que a morte de Anele…

Jason escorou-se no banco.

— Sim. A morte de Anele foi apenas um efeito colateral. Dois anos após a minha fuga, eu retornei para casa – isso é importante – eu voltei… completamente mudado. Eu lembro, minhã mãe chorava todas as noites. Eu batia em Dário, ele batia em mim. Eu disse que se ele encostasse em Anele novamente, o mataria, cortando sua cabeça e a lançando no córrego da esquina — ele puxou o fôlego — mas não havia mais necessidade disso. Anele já tinha entrado para o ramo da prostituição poucos meses depois de eu ter saído de casa. Era impossível continuar ali, não por mim, eu agora pouco me importava, mas por minha mãe, que já estava muito doente... eu não tinha paciência. Então tratei de ir embora, desta vez sem retorno, levando Anele comigo. Morávamos todos juntos, Anele Dean e eu. Eles, com toda a certeza, tinham um caso, mas Dean era ciumento demais para manter relações com uma prostituta. — ele pausou — Certa vez ele foi preso: o cara que ele dizia mais confiar no mundo o traiu – o entregou para a polícia logo após a conclusão do tráfico de algumas garotas idiotas para fora do pais. Não tenho dúvidas de que o policial envolvido ofereceu muito dinheiro pela cabeça de Dean. Todos o queriam. Todos nos queriam.

— Gabriela sofreu tanto com a prisão de Dean. — eu sussurrei horrorizada — nós sabíamos que ele estava envolvido com coisas porcas… mas jamais imaginaríamos isso…

— Claro que não — Jason bufou — há tantas coisas monstruosas envolvidas nas histórias de quem adquire esse tipo de vida… há tantas limitações.

— por favor — vociferei — continue, acabe logo com isso.

Ele assentiu miseravelmente.

— Dean matou minha mãe…

Meu coração acelerou. Eu afastei-me de Jason, sentindo o tremor em minhas pernas. Poderia ter fornecido alguma palavra de reconfortamento, mas não consegui.

— Ele a matou na minha frente. Assim como fez com Anele… Era isso que ele fazia e sempre irá fazer. Se Dean quer vingança, ele não irá te ferir fisicamente de forma alguma. — Jason pausou — ele procurará um jeito de lhe partir da forma mais cruel que encontrar. Procurará suas fraquezas… e ele sabia as minhas… o afeto… a consciência.

Jason puxou suas pernas envolvidas em uma calça preta de couro, as cruzando sobre o banco, apertando suas mãos fortemente contra as têmporas.

— Eu não poderia continuar mais com isso, mas também eu jamais poderia sair. Jamais poderei. Eu escolhi participar disso, obter esse meio. No entanto, não há bifurcações, não há lugar para fugir. É como se tivessem carimbado meu destino. Eu poderia ter parado de cometer qualquer coisa, mas o pesar… aAs lembranças… elas nunca poderão ser apagadas.

— Jason… — comecei calmamente — O que você fez à Dean? Digo, para ele lhe guardar tanto ódio a ponto de querer matá-lo, uma vez que sabe suas fraquezas, e, como você, disse, não precisaria disso… matar você…?

Ele suspirou, fitando-me.

— Você não percebe, Clarissa?

Eu não respondi.

— Não percebe que a partir do momento em que — ele hesitou — em que nos encontramos… em que você tentou montar aqueles planos ridículos – planos esses que eu estava muito bem informado, não me pergunte como – para expulsar-me do Tude, estava correndo perigo?

— Eu…

— Eu tentei te afastar… — ele continuou — Mas você continuou, e eu não pude evitar. Dean é esperto, experiente… e tão maluco — ele hesitou — Eu não sabia que ele estava vivendo no Tude, e ele nunca havia contado-me sobre… Gabriela, sobre ter uma família, ele dizia que era órfão e não possuía parentes… — Jason tornou a segurar minhas mãos, suas órbitas negras invadindo meu rosto, explorando minha alma. Seus olhos eram inocentes e perversos — ele não queria me matar.

Eu levantei-me do banco num solavanco, afastando-me de Jason, andando rapidamente pela extensão da praça.

— Clarissa…

— Oh, me deixe em paz… — não consegui segurar o choro, caindo sobre a grama verde — eu não aguento mais isso. Não quero mais isso. Quero de volta a minha porcaria de vida…

Ele abaixou-se ao meu lado, tocando meus ombros. Eu afastei-me de seu toque.

— Eu jamais queria lhe envolver nisso, Clarissa, mas creio que a culpa não foi somente minha… Eu tentei lhe proteger de todas as formas que pude… Você sabendo ou não. — ele pausou — é claro que eu teria ido até Dean, se soubesse que você havia desaparecido.

— Você não iria…

Jason levantou meu rosto rudemente, cerrando o maxilar.

— Eu estive em seu apartamento… — ele continuou delicadamente — bati em sua porta tantas vezes que nem pude contar… Me senti tão fraco e ridículo. Estava claro que você não queira mais me ver. Eu tinha lhe falado tantas fezes… Ela finalmente entendeu, pensei, ela finalmente entendeu que deve manter-se longe de mim. Eu deveria ter ficado feliz com isso.. A sua segurança, para mim, estava garantida. Mas não foi assim. Eu… eu entrei em crise várias vezes…

— Do que está falando…? — perguntei estupefata.

— Nunca consegui viciar-me em droga alguma, bebida alguma… em absolutamente nada. Mas, como recompensa, sou completamente dependente daqueles malditos remédios... Principalmente quando… Quando não tenho alternativas, quando minha vida está mais abandonada do que de costume… Quando passo horas bebendo e… e os remédios… eu quase nunca lembro de tomar. Então tudo torna-se uma mistura ominosa… e eu já tentei tantas vezes acabar com isso… acabar comigo… eu…

— Jason… — grunhi — você é enojante... sua forma de querer se desculpar...

— Por favor… tente entender…

— Não se faça de vítima, por Deus, eu não posso suportar.

— Eu não sou uma vítima — ele segurou-me fortemente pelo braço, seus olhos explodindo raiva — Clarissa… Eu mato as pessoas. Eu tiro suas vidas e sorrio em meio ao sangue. Eu fico satisfeito, eu comemoro…

Era impossível segurar o choro. O aperto de Jason em meu braço ficando cada vez mais forte.

— Eu as mato, depois passo a madrugada entulhando-me de entorpecentes. E choro como um covarde… porque sou um covarde.

— Pare com isso! — gritei, livrando-me de se aperto.

Ele sentou-se, passando as costas das mãos no rosto, olhando-me como uma criança perdida.

— Pare de fingir ser um lunático ou coisa assim. Você está mentindo para si mesmo, não seja ridículo.

Você está tentando se enganar, Clarissa, eu sou isso que você vê — ele balbuciou ofegante — tente aceitar…

Impulsivamente eu me aproximei dele, ignorando todas as coisas que nem ao menos tinha certeza se eram verdades, o deixando parcialmente surpreso.

— Seu idiota. Eu só quero saber quem é você… — sussurrei — apenas isso. Você não age como quem tenta manter alguém distante. Eu não consigo entender…

Ele limpou a garganta, afastando-se.

— Quando lhe mandei aquela solicitação de amizade no Facebook, assim como mandei para o máximo de pessoas que pude do Tude Empire, estava com medo. Você, assim como eles, deveriam conhecer Jason Marílio Santi, e apenas ele. Eu não poderia levantar suspeitas nem perguntas. É o meu disfarce, Mirium, eu precisava… Eu percebi o quão incomodada você aparentou ficar com o novo vizinho, certifiquei-me de quem era, suas características e tudo mais. Sabia que iria fuçar minha vida… Você vê o quão perigoso isso seri apara mim?

Eu fitei o chão, torcendo a boca.

— Tudo bem… — suspirei — apenas me diga duas coisas, alguém que não faço ideia de quem seja...

Ele assentiu tristemente.

— Qual é o seu nome? Quem é você, afinal?

Ele respirou fundo e passou a mão por toda a extensão de sua cabeça, fitando a grama que enrolava com os dedos indicadores da mão.

— Miguel… — ele hesitou um pouco, olhando-me com uma aparência completamente cansada — Miguel Fernanm é o meu nome de batismo… o que minha mãe deu-me e tudo mais.

Eu tentei conter o espanto.

— Richard Alec… — ele continuou — o que eu usava… anh…profissionalmente… você sabe… Mas eu sou Jason Santi, Clarissa.

Ele passou os dedos finos ao redor de minha boca.

— Aquele que pendura um cigarro crepitando na boca, mas não passa mais de alguns segundos o tragando, porque lhe falta paciência. O que toma remédios controlados, por ser um merda de um doente covarde. — ele sorriu fraco — O que gosta de The Vaccines e canta muito mal…

Eu fechei os olhos, lembrando-me de Jason em seu apartamento.

Cause it’s you… it’s always you. I, i always knew… oh, it’s you… — cantarolei.

Ele sorriu.

— Deveria fazer isso mais vezes. — estremeceu uma careta — Clarissa… Eu sou aquele que gosta de uma garota adoravelmente esquisita e que saltaria de bung jump por ela.

Eu balancei a cabeça negativamente. Estava surpresa demais pra pronunciar palavra alguma. Era tudo absurdo demais, rápido demais…. tão doentio. Tantas informações… e Jason… sempre tão confuso… sempre misturando as coisas – os fatos – coisas sérias com brincadeiras, coisas tristes e horríveis com assuntos românticos e delicados. Isso o tornava impossível de odiar, especialmente porque sou tão mais louca que ele.

— Se você quiser ir… — ele começou — será o certo a fazer. Mas se você quer sinceramente saber o que eu quero, tenha noção de que faz tempo que opto pelo errado. — ele sorriu — a minha decadência começa quando percebo que estou frequentando perfumarias e folheando catálogos de revistas de estética.

Eu sorri sinceramente.

— Eu já repeti tantas vezes… você deveria manter-se longe de mim, Mirium, deveria me deixar, realmente, mas eu não sei se posso com isso… — ele fitou o chão, depois meus olhos — mas entenderei, até porque, com tudo o que aprendi, seria o melhor para mim também.

— Jason…

— Eu estou aqui.. — ele pausou — Eu lhe peço para fazer uma coisa boa… para o seu bem… mas não contribuo com isso, você vê...?

— Hey... — o interrompi, sabendo que se não o fizesse, ele jamais iria parar de falar. Segurei seu rosto, tentando implantar força e seriedade — Eu não poderia lhe deixar… mesmo que talvez não o tenha. Não poderia, de forma alguma, fechar meus olhos para você e essa sua cara azeda, embora isso seria o certo a fazer, como você mesmo disse. — eu pausei — Sempre evirei tanto isso… essa coisa de sentir-se do tamanho de uma ervilha… tão vulnerável.

— É bom ter em mente — ele interrompeu-me — que, se por acaso estiver pensando em manter relações afetuosas comigo, você jamais se adaptaria ao meu mundo asqueroso.

Eu rolei os olhos.

— Oh, cale a boca. Eu não me importo com o que você fazia e se ainda faz... e sei o quanto isso é doentio. Não consigo, de maneira alguma, ver você querendo ceifar sua vida sempre que se olha no espelho e sente nojo do que vê. — eu pausei, percebendo que sua respiração estava acelerada, assim como a minha, que mal podia sentir — Eu gosto de você, Jason Santi, tanto que nem imagina o quanto custa, para mim, lhe dizer isso.


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Notas finais do capítulo

Eu achei esse capítulo tão melodramático, nossa. kkk.