–O quê você quer com o Ruega?-Perguntei a Sophie.

A garota me dirigiu um olhar indagador tentando decifrar meus pensamentos.

Eu odiava aquele olhar.

Sophie estava acompanhada de Jack,seu namorado.Ela havia aceitado o pedido a alguns dias.Não pode-se dizer quê isso me deixou mais aliviada.

Eu não confiava em Sophie.

E deixa-la a sós com o Ruega agora quê estávamos começando a nos dar bem não me parecia uma boa ideia.

Mas como sempre Ruega me ignorou.

–Te vejo mais tarde,Mari!

O encarei incrédula.

–O quê?Você não pode estar falando sério?

–Não ouviu o quê eu disse.Vaza daqui,princesa!-Disse o mercenário.

Lhe dirigi um olhar feroz e sai da sala dando um esbarrão em Sophie.

Passei correndo por Judith e entrei no meu quarto.

Judith bateu na porta.

–Mari o quê aconteceu?

–VAI EMBORA!!!-Gritei arremessando um travesseiro contra a porta.

–Tudo bem.Se quiser qualquer coisa estou na cozinha.-Disse antes de se afastar a passos largos.

Me joguei sobre a cama e comecei a chorar.

Por quê eu não podia mudar meus sentimento por aquele maldito por quê?

***

Allan e Tobias verificavam as armas.

Enquanto cumpriam sua tarefa conversavam para passar o tempo.

Para pessoas quê se odiavam no inicio,os dois haviam se tornado grandes amigos.O cachorro de Melanie,Teko os observavam na entrada da sala de armas.

Os dois amigos discutiam sobre estratégias e sobrevivência.Não havia sobre o quê mais conversar após o apocalipse.

Eles só perceberam a figura atraz deles quando este tocou o ombro de Tobias quê levou um susto.

Melanie riu.

–Tobias você amoleceu heim.Eu já esperava isso do cra de bolacha,já de você...-Disse a garota.

Allan a encarou.

–Como assim já esperava isso de mim?

–Você sabe. Com essa cara de paspalho quê você tem não se espera quê seja inteligente!

–Muito engraçado!-Disse Allan com a cara séria.

–Não foi uma piada!-Disse Melanie.

Allan a olhou irritado depois caiu na gargalhada com Tobias.

–Você não mudou nada,Melanie!-Disse Tobias-Continua a mesma de sempre!

–Eu faço o quê posso...-Disse a garota ruiva.

Nisso ela viu Jack passando de mãos dadas com Sophie.Seu sorriso se apagou.

Por mais quê ele tentasse ela não gostava daquele namoro.Por esperiencia ela sabia quê seu irmão não era muito bom com namoros.

Na maioria das vezes ele acabava magoando suas namoradas quê saiam destruídas do relacionamento ouve uma ou duas quê tentaram se matar.Uma conseguiu.

Ela temia por Sophie,temia quê a amiga saísse ferida do relacionamento.

Afinal,Melanie tinha um carinho por Sophie afinal ela arriscara sua vida para salva-la no navio zumbi.E durante todo esse tempo em quê não sabia o destino da amiga e do irmão sofreu em silencio por muito tempo.

Se aquele namoro terminasse mal,não sabia a quê lado escolher e a quem consolar.

Não falava com os irmão há dias e trocava poucas frases com Sophie,quê parecia magoada a cada gelo quê Melanie dava.

Quando os dois passaram ela virou o rosto pro outro lado e os ignorou.

Depois quê eles sumiram na curva do corredor.

–Você não pode ignorar seu irmão para sempre!-Disse Tobias.

–Quer apostar?-Desafiou Melanie.

A garota se afastou chamou Teko quê a seguiu e se dirigiu a seu quarto.

***

Ruega conversava com Fox sobre o plano de Sophie.

O rapaz de cabelos cacheados de 16 anos não parecia muito confiante em seguir aquela estratégia.

–Ruega isso é muito perigoso!-Disse o rapaz-Mesmo com as informações quê Tobias nos trouxe!

–É mas talvez naquele lugar esteja a ultima esperança da humanidade,Raposa!-Disse Ruega acendendo um cigarro.

–É Fox,merda!Mas talvez lá embaixo também esteja nosso fim-Disse Fox.

–Ou um novo começo,Raposa!-Disse Ruega dando mais um uma tragada.

Fox ajeitou os óculos.

–Você não pode ter certeza!E é Fox,retardado!

–Assim como você também,não pode ter certeza quê lá esteja nossa morte.

–Naõ lá pode estar algo pior quê a morte.Uma morte em vida.Se for para bater as botas prefiro eu mesmo escolher de qual jeito morrer do quê virar jantar de zumbi.

Beto entrou na sala acompanhado de Silena,sua namorada.

–A Judith mandou avisar quê o jantar estar servido!-Disse o rapaz de cabelos pretos.Ele arregalou os olhos ao ver os corpos sobre a mesa.

–Não se preocupe,Beto.Não há chance desses dai voltarem a vida.Como você pode ver estão sem cabeça-Disse Ruega retirando o lençol sobre os corpos do necrotério.

Silena se aproximou dos corpos.Ela tinha cabelos castanhos quase ruivos e era um pouco acima do peso.

Ela encarou os corpos com um brilho doentio no olhar.

–Fascinante!Então estão estudando os errantes?-Disse Silena.

Fox concordou com a cabeça.

Beto encarou a namorada,mas não parecia achar aquilo anormal.

Aquela garota era estranha muito estranha.Até Ruega tinha calafrios ao se aproximar dela.

–Vamos,Silena!-Disse Beto.

–Não,vão na frente!Eu vou ficar mais um pouco!-Disse Silena.

–Está bem!Vamos pessoal!-Disse o rapaz de cabelos pretos.

Ruega e Fox deixaram a sala relutantes.

Não parecia uma boa ideia deixar aquela garota sozinha no necrotério.

***

Três dias esse foi o tempo em quê fiquei trancada em meu quarto.

Nos primeiros dois dias as pessoas vinham até a porta e batiam me incentivando a sair.Eu me recusava.E só deixava Judith entrar para trazer a comida.

No terceiro dia ninguém veio haviam desistido ou era o quê parecia.Nem Judith veio.

No quarto dia a fome falou mais alto e sai.

Assim quê abri a porta percebi quê havia algo estranho.

O ar estava mais frio,a luz havia apagado e as coisas estavam reviradas pelo chão.

Mas havia algo quê percebi na primeira vez quê respirei aquele ar frio.

O cheiro de carnificina no ar.

Caminhei até o refeitório.As mesas estavam caídas e tudo estava espelhado.Pratos,talheres,e bandejas.

Mas havia algo a mais manchando as paredes e o chão.

Havia sangue.

Havia uma trilha de sangue.

Corri até a cozinha e abri a porta.

Eu gritei.

Cai de joelhos sobre o piso de mármore com os olhos lacrimejando.

Já vira cenas fortes mais aquilo superava qualquer coisa.

Judith estava pendurada ao teto com um gancho atravessando seu pescoço,seus braços e pernas haviam sendo devorados e sua mão esquerda estava caída ao lado do fogão.

Não,não,não!Aquilo não estava acontecendo!Começo a chorar.

Nisso ouços gemidos baixos.Havia mais alguém ali.Caminho até atraz do balcão armada com uma frigideira.

Mas a abaixo ao constatar quê era Beto quem gemia.O cara estava em estado de choque,e chorava sem parar.Ele estava encolohido em um canto e nem pareia perceber minha presença.

–Beto!O quê aconteceu aqui?...Beto você sabe quem fez isso?...Diga alguma coisa...O quê esta acontecendo?...Beto...Beto...-Dou um tapa na cara do homem-ME OLHA PORRA!-Beto me encara-Sou eu Mari...Beto por favor me diga quem fez isso...Beto por favor...

O olhar de Beto exalava medo.Ele estaria com medo de mim.

Nisso ele apontou para atraz de mim.Ele não estava me encarando,beto olhava por cima do meu ombro.

Assim quê me viro vejo as presas se fechando,me jogo para traz.Escapei por pouco.Esrgo a frigideira.Nisso sou atingida por algo e caio.

Minhas costas atingem o chão frio,minha cabeça bate no piso de mármore,e meus olhos se reviram.

Tudo começa a escurecer e a ultima coisa quê vejo é um rosto.

Um rosto humano.

NÃO HÁ ESCOLHAS DISPONIVEIS POIS A PERSNAGEM ESTÁ INCAPACITADA NO MOMENTO! LEIAM AS NOTAS FINAIS!