New York City escrita por Raiane C Soares


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a super demora..
Obrigada a Jeanmille por ter favoritado.
Explicando porque Quinnie estava na história: depois que descobriu que Rachel se casou com a Santana, se arrependeu de ter deixado o amor da sua vida ir embora e foi atrás. Rachel mandava Quinnie ir embora, mas essa ainda ia atrás. Daí quando Rachel já estava começando a ceder, Quinnie a beijou e Santana viu. Está explicado? Ou está muito estranho e mais confuso ainda?



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Abri meus olhos rapidamente, uma luz branca começou a incomodar meus olhos, os fechei e abri novamente, mas devagar, para me acostumar com a luz. Minha cabeça doía, eu estava confusa, não me lembrava do que havia acontecido. Fechei meus olhos novamente tentando me lembrar de algo. Pensa Santana... Ah! Lembrei-me. Eu estava no vestuário da escola, depois de um treino das Cheerios, ali conheci a linda garota loira dos olhos azuis. Sim, a linda Britt. Abri meus olhos novamente e olhei em volta, provavelmente estava no quarto de um hospital, vi uma mulher sentada em uma poltrona, seus cabelos eram castanhos, acho que já a tinha visto na escola, mas ela era mais baixa.

- Santana! – ela gritou se levantando.

Senti ela me abraçar fortemente. Com um rápido impulso, a empurrei fortemente, quase fazendo-a cair.

- Você enlouqueceu? – gritei.

Seus olhos me encaravam, demonstravam medo, preocupação, arrependimento. Isso mesmo, arrependimento. Mas não sei exatamente pelo que.

- Santana, eu posso explicar tudo, eu...

- Onde estão os meus pais? – perguntei, cortando-a.

- Seus pais? Santana...

Comecei a entrar em desespero, eu queria os meus pais ali, ao meu lado. Puxei a agulha que estava em meu braço esquerdo, puxei o tubinho que estava pendurado em meu rosto e tentei me levantar, um barulho ensurdecedor começou a tocar, vindo da máquina que media meus batimentos.

- Santana, se acalme. – a mulher disse, segurando minha mão.

- Eu quero os meus pais! – gritei, já com as lágrimas nos olhos.

- Santana, meu amor...

- Quem é você? – gritei.

Ela olhou para mim surpresa. De repente dois enfermeiros entraram no quarto, um segurou meus braços e o outro colocou a agulha em meu outro braço e colocou o tubinho novamente em meu rosto.

- Santana, como assim, você não sabe quem sou? – a mulher perguntou.

- Eu... onde está minha abuela? – perguntei em meio a soluços.

- Santana... – ela disse, quase em um sussurro.

Vi seus olhos se encherem de lágrimas, o médico entrou no quarto e a mulher se aproximou dele. Olhei para minha barriga, ela estava grande, não entendia. Sempre mantive minha barriga lisa, para poder entrar nas Cheerios, por que ela estava grande como de uma... grávida?

- Senhora Lopez. – o médico começou. – Lembra-se do que aconteceu ontem?

- Ontem? Eu estava na escola, por quê?

A mulher se sentou, talvez suas pernas tenham enfraquecido. Eu estava ficando com medo, olhei assustada para o médico e tentei me acalmar.

- Senhora Lopez, ontem você sofreu um acidente de carro e...

- Carro? – eu o cortei. – Eu ainda não tenho idade para dirigir.

- Na verdade, a senhora tem 25 anos e...

- Você enlouqueceu? – gritei. – Onde estão meus pais? Eles podem explicar a vocês que...

- Santana, tem mais de seis anos que você não vê seus pais. – a mulher disse.

- O que? Você deve estar brincando comigo!

Tentei me levantar, mas os enfermeiros me seguraram com força, comecei a gritar, fechei meus olhos e senti duas mãos quentes segurarem meu rosto.

- Santana, olhe para mim! – ouvi a voz da mulher.

- O que você está fazendo? – perguntei, assim que abri meus olhos.

- Você tem que se acalmar, não pode entrar em desespero agora.

Eu a empurrei, olhei para a porta e vi Britt olhar para mim assustada, ao seu lado tinha uma mulher ruiva e uma menina.

- Britt, você precisa falar com ela. – a mulher disse.

Assim Britt se aproximou, a menina olhava para mim com as lágrimas nos olhos.

- Sant... – Britt começou. – Você... você está me assustando.

- Não se assuste... – eu disse com a voz calma.

- Não se lembra mesmo do que aconteceu? – ela perguntou, ainda assustada.

- Não sei. O médico me disse que eu sofri um acidente de carro.

Eu já estava calma, aquela menina, que agora tinha um ar adulto me acalmava.

- Você sabe quantos anos tem?

- 15, mas...

- Santana, você está com 25 anos, está grávida e...

- Grávida? – eu a cortei. – Como assim?

Tampei meu rosto com minhas mãos. A confusão aumentava cada vez mais em minha mente, olhei para ela e a vi chorando.

- Sant... Você não se lembra do seu casamento? – ela perguntou, quase em um sussurro.

- Casa... casamento?

- Sim, seu casamento com Rachel.

- Quem é Rachel?

Ela olhou para a mulher assustada de cabelos castanhos, eu segui seu olhar e vi a mulher saindo do quarto rapidamente.

- Santana, acho que é melhor você descansar um pouco. – a mulher ruiva disse.

Concordei com a cabeça, me deitei e senti Britt acariciar meu rosto.

- Quando você acordar, contarei tudo a você, está bem?

Concordei com a cabeça novamente, fechei meus olhos e senti o sono tomar conta de mim.

***

Acordei um pouco tonta, olhei em volta e não vi ninguém, suspirei e fechei meus olhos. De repente comecei a sentir contrações, abri meus olhos e olhei em volta, tinha que chamar alguém. Senti mais uma contração, essa era mais forte, olhei para o lado e vi um controle com um botão vermelho em cima de uma mesinha, o peguei e apertei o botão. Rapidamente uma enfermeira entrou no quarto, senti mais uma contração e gemi de dor. Assim que outras enfermeiras entraram no quarto, vi Rachel entrar rapidamente e colocando uma touca e luvas.

- Senhora Lopez, é agora. – uma enfermeira disse.

O médico entrou rapidamente, já usava luvas, touca e uma máscara, uma enfermeira abriu minhas pernas, olhei assustada para Rachel e ela segurou minha mão.

- Eu estou aqui, amor.

Olhei para o médico, senti mais uma contração e ele olhou para mim.

- É agora, faça força.

Fiz toda a força que pude, apertando a mão da Rachel, que parecia não ligar. Relaxei meu corpo, uma enfermeira olhou para mim, parecia estar preocupada. Logo senti outra contração e novamente fiz força.

- Santana, respira fundo. – ouvi Rachel dizer, tentando me acalmar.

Novamente senti mais uma contração e fiz força.

- Muito bem, senhora Lopez. Já estou vendo a cabecinha. – o médico disse.

Depois de algumas contrações e forças, ouvi o choro do bebê. Relaxei meu corpo, olhei para Rachel que tinha lágrimas nos olhos, continuei segurando sua mão. Assim que me mostraram o bebê, meus olhos se encheram de lágrimas, sorri e beijei sua cabecinha.

- Ele... – olhei para Rachel. – Ele tem olhos azuis...

- Igual aos olhos do pai.

Uma enfermeira saiu com o bebê, outra secou meu rosto que estava absurdamente suado e quando o quarto estava vazio, soltei a mão da Rachel lentamente e suspirei.

- Você é mesmo minha esposa? – perguntei, em um tom confuso.

- Sim... – ela respondeu, já começando a chorar.

A vi saindo do quarto, fechei meus olhos e dormi novamente.


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Notas finais do capítulo

E?
Querem me matar ou eu posso terminar de fazer a fic?



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