"– Fala amiga se abre. Seja o que for, estarei com você. - Apertei sua mão.

– Eu estou grávida Hinata. - Ela me encarou esperando minha reação.

Senti minha boca se abri automaticamente. Eu fiquei a encarando sem reação nenhuma, acho que somente de surpresa.

– Grávida? - Sussurrei. ’’

Eu não estava acreditando no que eu estava ouvindo... Por mais, que eu quisesse acreditar... Sakura está grávida! Céus!

– Por isso eu não queria contar para ninguém... – Ele resmungou, ao perceber minha reação.

– Calma amiga... Eu só estou digerindo... – Respondi a encarando. – Quem é o pai?

– Como assim quem é o pai? É o idiota do Sasuke.

– Idiota? – Outro dia, ela estava o defendendo, e agora o ofendia? Vi-me perdida.

– É... Eu contei pra ele, sobre o bebê... E sabe o que ele disse? – Ela falou chorosa.

Olhei atentamente, esperando-a responder.

– Tire. – Ela falou, e uma lágrima escorreu sobre seu rosto.

– Que idiota... – Eu queria ofende-lo de todos os nomes possíveis...

Como ele pode falar isso para Sakura? Como ele pode a mandar tirar o próprio filho?

Sakura não aguentou e desabou... Eu a acolhi em meu colo, sem falar nada. Nossas amigas voltaram da cozinha assim que ouviram o choro. Ambas estavam preocupadíssimas.

– O que houve? – Disse Ino se aproximando de nós.

– Saky! – Sem perguntar nada, apenas gritando seu apelido. Tenten a abraçou por trás.

Após algum tempinho nesse jeito. Ino pegou uma água com açúcar para ela, e a mesma se viu mais calma.

Ela estava tão perdida... E nós, completamente iradas com o Sasuke.

– Eu disse que ele não prestava... – Tenten sussurra.

– Eu vou matar aquele idiota! Vou castra-lo! – Ino gritava.

– Calma gente. – Pedi. – Isso não está confortando a Saky!

– Tudo bem Hina... Eu quero mais é que ele se exploda! Eu jamais tirarei meu filho! Já decidi! Vou criar sozinha se for preciso.

Aquelas palavras nos encheram de orgulho da nossa amiga. Eu apertei sua mão, e a guiei até minha boca, depositando ali, um beijo.

– Você não o criará sozinha! Tem três melhores amigas... E nós travaremos uma briga para ver quem será a madrinha. – Sorri.

Seus orbes verdes se encheram de lágrimas, todas nós estávamos juntas no sofá. Demos um abraço em grupo nos jogando encima da Sakura, com cuidado é claro.

– Eu amo vocês. – Sakura nos apertou forte.

Passamos a tarde inteira conversando, desviando a Sakura que pensamentos pesados agora. Nós queríamos alegra-la a qualquer custo, e conseguimos.

Dormi na casa da Sakura, junto com as meninas.

(...)

Acordei bem cedo, pelo menos para mim era cedo. Oito horas da manhã, em pleno sábado. O baile de formatura era domingo agora, como eu sabia que o Naruto não ganharia alta até lá, eu estava muito desanimada. Só iria mesmo, para alegrar a Saky, pois estava até desistindo...

Aprontei-me, e sai da casa dela, deixando apenas um bilhete. Dizendo que fui para o hospital ver meu loirinho.

Fui andando até uma cafeteria, que não ficava muito longe. Eu estava com uma vontade de tomar um expresso e comer algumas bolachas... Foi então que eu perdi todo o meu apetite.

Avistei ninguém mais, ninguém menos, que... Sasuke Uchiha! Aquele idiota!

Fui até ele em passos firmes. Peguei o café que ele bebia, e o derrabei em sua roupa.

– Ah... – Gritou. – Isso estava quente! Você é maluca? – Ele se vira para mim.

– Você é um idiota! – Falo com desprezo, só de olha-lo, e lembrar o que falou para a Saky. – Isso é pela a minha amiga.

Separei todas as minhas forças, e dei um tapa bem dado na cara dele. Eu nunca fui do tipo, agressiva. Mas... Ele passou dos limites.

Saí de lá às pressas, e corri para pegar um táxi. Nenhum táxi passava, e eu fiquei com medo dele vim atrás de mim, acertar as contas... Fui então que eu vi o Kiba.

Ele estava com sua moto preta, ele sempre gostou de motos... Atravessei a rua e corri em sua direção.

– Oi. – Falei um pouco ofegante, por causa da corrida.

– Oi... Tudo bem com você? – Ele viu meu estado.

– Na verdade, está. – Sorri. – Você pode me dar uma carona até o hospital... Por favor? – Pedi de uma vez.

– Claro, sobe ai. – Ele me entrega o capacete.

Chegamos até o hospital, e ele me deixou na porta.

– Obrigada Kiba... Devo-te essa. – Agradeci entregando o capacete à ele.

– Não, não deve... – Ele puxa a minha cabeça para perto dele, e sela nossos lábios.

Fico nervosa, ele estava me beijado? Por que ele estava me beijando?

Separei-me bruscamente dele, e o encarei perplexa. Eu não estava entendendo mais nada.

– Vai me dizer que não gostou? – Ele sorriu.

– Não! Eu não gostei! – Disse alterada. – Eu tenho namorado sabia? E eu o amo. Por favor, não faça mais isso. – Me virei e fui andando em direção a porta.

– Me desculpa Hinata, eu não sabia... – Ele gritou.

Virei-me, e apenas dei uma leve olhava para ele. Voltei minha atenção para frente, e adentrei o hospital.

Falo com algumas enfermeiras, e vou até o quarto do Naruto. Ele estava em pé, perto da janela.

– Oi meu amor. – Chego perto dele, mas ele me para.

Fico sem entender nada.

– Maldita hora, que eu fui me levantar para ver se você chegava...

Oh não! Será que ele viu aquele beijo roubado, meu e do Kiba? Se bem que... A janela ficava no ângulo exato.

– Naruto... Não estou te entendendo. – Falei séria.

– Por que deixou aquele cara te beijar? – Ele me fitou.

– Eu não deixei, ele me deu carona, e aproveitou que eu estava perto... Eu juro, eu não deixei. O afastei de mim na mesma hora. – Me defendi de todas as maneiras que eu achava.

Ele nada disse. Apenas voltou para cama, junto ao seu soro. Sentou-se, e depois se deitou.

– Quero ficar sozinho. – Ele sussurrou.

– Como assim Naruto?

– Por favor Hinata. Vai embora. – Ele continuou.

– Não! – Eu não conseguia acreditar que ele estava me culpando pelo aquele beijo.

– Para de ser teimosa. Vai... – Ele continua, mas em nenhum momento é grosso.

– Naruto. – Aproximo-me dele. – Olha pra mim... – Viro o seu rosto com minha mão, fazendo ele me encarar. – Eu te amo! Eu amo você, só você... Mas, se você não acredita em mim... Isso nunca dará certo.

Meu coração se quebrou. Pude ver seu olhar de surpreso, enquanto eu saia do quarto chorando, e às pressas.

Eu queria matar o Kiba! Por que ele tinha que me beijar? Logo agora que minha vida esta indo bem... E por que o Naruto não pode simplesmente acreditar em mim? Eu nunca dei motivos para ele pensar algo a respeito disso.

A falta de confiança que ele depositou em mim agora, me magoou profundamente. Todo mundo do hospital me olhava. Eu corria chorando pelos corredores, até que cheguei à porta. Um táxi passou no exato momento... E eu dei sinal.

Olhei para cima, e vi Naruto, naquela janela, me olhando com um olhar confuso e triste... Logo depois ele fechou a cortina, e aquilo foi pior que um corte em mim.

Entrei no táxi, e pedi pra ele me levar até a rua onde se localizava a casa da Sakura. Agora, era eu quem iria precisar de colo... Que irônico.