My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco


Capítulo 21
Capítulo 20 - The Labirinth


Notas iniciais do capítulo

Fiquei tão feliz em ver os comentários novamente que decidi postar este capítulo mais cedo como recompensa...
Espero que gostem!!



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Capítulo 20 – The Labirinth

“O Labirinto”

– Violet – julho de 1995 -

Assim que o mês de julho chegou a atmosfera do castelo estava novamente tensa. Todos ansiavam pela terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo.

Minerva finalmente liberou sua sala para treinarmos durante o almoço ou qualquer tempo livre. Alessa, a melhor em azarações, ajudou-me muito durante o tempo livre. Mary, que se dava melhor com feitiços de proteção, também empenhou-se em me ensinar, assim como Sophie que, como uma verdadeira “rata-de-biblioteca”, ajudou-me a conhecer inúmeros feitiços e possíveis obstáculos que eu enfrentaria.

Em poucos dias já dominava a Azaração de Impedimento, feitiço para retardar e obstruir atacantes, o Feitiço Redutor, permitindo-me explodir objetos sólidos no caminho, assim como inúmeros outros que seriam de grande ajuda. Moody, com seus “conselhos de ordem geral”, acabou indicando um livro de feitiços que continha tudo que alguém precisaria para atacar ou se defender.

Vinte e quatro de junho se aproximava e, mesmo sabendo que seria a mais difícil, eu estava extremamente tranquila e confiante. Eu sabia o que enfrentaria, sabia que Voldemort provavelmente estaria me esperando em algum lugar e estava pronta.

Queria provar a todos que merecia estar no Torneio. Queria cumprir a promessa que fiz ao Hagrid e mostrar que uma mestiça pode ser uma vencedora. Queria mostrar à Rita Skeeter que a “garota problemática” poderia sim ganhar, e mais que tudo, queria mostrar a todos que eu era capaz de enfrentar qualquer obstáculo e vencer.

E faria de tudo para que isso acontecesse.

– 24 de junho de 1995 –

– Como está se sentindo? – perguntou Mary durante o café da manhã.

– Confiante. – garanti – É serio, estou bem...

– Está com uma cara de quem vai aprontar algo... – disse Sophie.

– Não sei do que estão falando... – falei tomando meu costumeiro chá gelado.

O café foi realmente uma confusão nas quatro mesas. Por todos os lados os alunos faziam apostas e questionamentos sobre o Torneio. Alguns diziam que teríamos que enfrentar monstros marinhos, outros que precisaríamos encontrar um tesouro no subterrâneo... As hipóteses eram absurdas!

O correio chegou cedo aquela manhã, trazendo uma nova edição do Profeta Diário e inúmeras cartas de Sirius, Sr. e Sra. Weasley e, para minha surpresa, de Narcissa Malfoy.

Boa sorte hoje Violet.” Era tudo que dizia.

– Quem é Narcissa Malfoy? – perguntei às meninas.

– É a mãe do Draco. – respondeu Mary – Por quê?

– Por isso... – falei entregando-lhe o bilhete.

– Estranho... – comentou Sophie.

O restante do dia foi praticamente calmo, especialmente por eu permanecer no jardim com as meninas quase a tarde toda. Rimos, conversamos e até lemos umas para as outras. Nem parecia que eu estava prestes à entrar num labirinto a procura da Taça e provavelmente encontrar Voldemort.

Um pouco antes do jantar resolvi que era o momento de contar tudo a elas. Como eu esperava, Sophie quase teve um ataque, enquanto Mary e Alessa brigavam comigo por esconder algo tão importante por tanto tempo.

– Meninas, não se preocupem comigo... Eu estou pronta, estou realmente pronta para entrar naquele labirinto e vencer! – falei – Eu quero vencer, e eu sei que vou. – garanti.

– Então conte ao seu pai pelo menos...

– Não, ele provavelmente me impediria de entrar...

– Então ao Moody... Ele é auror, pode mandar vistoriar o labirinto antes da prova...

– E deixar que todos pensem que ele fará isso para me dar algum tipo de vantagem? Não. Eu consigo fazer isso sozinha. Além do mais, Voldemort não se arriscaria em vir até Hogwarts com todos esses professores, aurores e membros do ministério por perto... – falei. – Não se preocupem, eu ficarei bem...

Apesar de insistirem, consegui fazê-las prometer não contar à ninguém.

O banquete foi servido exatamente às 6 horas. Ludo Bagman e Cornélio Fudge sentavam-se à mesa dos professores. Bagman parecia bem empolgado, ao contrário de Fudge, que permaneceu sério e calado o jantar todo.

Assim que o teto encantado começou a desbotar de azul para violeta crepuscular, Dumbledore levantou-se.

– Senhoras e senhores, dentro de cinco minutos pedirei a todos que se encaminhem para o estádio de quadribol para assistir à terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo. Os campeões, por favor, queiram acompanhar o Sr. Bagman ao estádio agora.

Suspirei fundo e me levantei. Para minha surpresa, todos da sonserina e grifinória aplaudiram-me, até mesmo Draco. Com o canto dos olhos percebi que Snape não estava mais com os demais professores, o que causou-me certo desconforto. Eu realmente esperava vê-lo antes de tudo isso acabar.

– Boa sorte... – disse Sophie enquanto abraçava-me.

– Tome cuidado... – alertou Alessa, seguida por Mary.

Recebi inúmeros abraços das meninas, assim como Harry, Rony, Hermione e Luna, antes de finalmente deixar o Salão Principal com Cedrico, Fleur e Vitor.

– Violet, venha comigo, por favor... – disse Snape encarando Bagman, que assentiu sorridente.

Severo levou-me pelo mesmo caminho que os campeões seguiam, porém, longe o suficiente para conversarmos.

– Como se sente? – perguntou.

– Estou bem... Um pouco nervosa, mas bem... – garanti enquanto descíamos as escadarias do jardim.

– Você já sabe o que fazer não sabe? – assenti – Se algo acontecer, se não quiser continuar... Não precisa ficar, pode desistir, sabe disso não sabe?

– Quem é você e o que fez com Severo Snape? – brinquei.

– Sou seu pai. – afirmou, deixando-me um pouco sensibilizada – Não me importa se você desistir, o que me importa é você voltar viva para mim... Está me ouvindo? Se algo acontecer a você, não tente continuar...

Cada palavra que saia de sua boa era como uma faca ás próprias ideias. Snape sempre valorizou pessoas corajosas e de fibra, no entanto, ali estava ele, na minha frente, pedindo que eu voltasse viva. Mesmo que isso significasse desistir.

– Eu sei... Mas não vou desistir – garanti – Agora que cheguei aqui, vou até o final. Farei de tudo para vencer e trazer a taça para casa.

– Você é igual a ela nesse quesito... Realmente muito teimosa... – brincou encarando-me nos olhos profundamente – Eu só não quero te perder... Não outra vez... – sussurrou.

– Não vai... – respondi

– Trate de garantir isso. – mandou – Sua mãe, sua avó... Elas ficariam orgulhosas de você... Muito orgulhosas...

Nesse momento coloquei uma de minhas mãos no colar que usava por baixo da blusa. O colar de Eileen Prince.

– E você? – perguntei.

– Eu já sou orgulhoso de você há muito tempo... – sorriu – E o que disse acaba de me deixar ainda mais... – disse puxando-me para um abraço. – Eu sei que você consegue... Só...

– Volte para você. – completei.

– Sim... – concordou apertando-me ainda mais.

– Severo, está na hora. – disse Moody um pouco afastado.

– Tudo bem, vamos lá... – suspirou Snape logo depois de beijar meu rosto.

O campo de quadribol estava totalmente irreconhecível. Uma sebe de seis metros corria a toda volta, e bem na frente, uma abertura para o imenso labirinto escuro. As arquibancadas começavam a se encher, vozes animadas e tensas estendiam-se por todos os lados, e, um momento antes de parar em frente à abertura, percebi que as meninas estavam na primeira fileira logo atrás dos demais professores.

Hagrid, Moody, Minerva e o Prof Flitwick aproximaram-se dos campeões e Bagman, todos usavam grandes estrelas vermelhas e luminosas nos chapéus, exceto Hagrid que carregava a sua nas costas do colete de pele. Snape posicionou-se ao lado da abertura como um verdadeiro guarda-costas.

– Vamos patrulhar o lado externo do labirinto. Se estiverem em apuros e quiserem ser socorridos, disparem faíscas vermelhas para o ar e um de nós irá buscá-los. Entenderam? – disse Minerva antes de receber acenos positivos.

– Podem começar então! – exclamou Bagman animado para os quatro patrulheiros.

– Boa sorte Violet... – disse Minerva docemente.

– Mostre a eles... – lembrou-me Hagrid com um grande sorriso.

Bagman então apontou a varinha para a garganta e murmurou “Sonorus”, dando espaço para sua voz magicamente amplificada ressoar pelas arquibancadas.

– Senhoras e senhores, a terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo está prestes a começar! Deixe-me lembrar a todos o placar atual. – exclamou alegremente – Empatados em primeiro lugar com oitenta e cinco pontos cada, o Sr. Cedrico Diggory e a Srta. Violet Snape, ambos da escola de Hogwarts! – uma chuva de aplausos impediu-o de continuar – Em segundo lugar, com oitenta pontos, o Sr. Vitor Krum, do Instituto de Durmstrang! – mais aplausos – E em terceiro lugar a Srta. Fleur Delacour, da Academia de Beauxbatons!

Assim que virei meu rosto para o labirinto, vi Moody observando-me. Logo que me viu, lançou-me um aceno de boa sorte e um pequeno sorriso diabólico, ao qual retribui.

– Então... Quando eu apitar, Violet e Cedrico! – anunciou Bagman – Três, dois, um...

O apito soou.

Olhei para o lado e encarei Cedrico, que fazia o mesmo. Com um pequeno sorriso compartilhado, entramos na escuridão do labirinto.

As altas sebes erguiam-se como grandes muralhas, extinguindo qualquer raio de luz. Talvez por ser densa ou encantada, assim que entrei no labirinto, todos os sons dos espectadores desapareceu e uma atmosfera gélida tomou conta do lugar. Às minhas costas já não existia mais uma abertura.

– Lumus – murmurei, iluminando o caminho à minha frente.

Andei por cerca de cinquenta metros até a primeira bifurcação. Cedrico, que permanecia ao meu lado, seguiu para a direita enquanto eu fui para esquerda.

O apito soou novamente. Vitor acabara de entrar no labirinto.

Apressei-me pela deserta trilha, virei à direita de novo, porém, mesmo com a varinha iluminando um pouco do caminho, tudo que eu via era o vazio e o silêncio.

O apito soou pela terceira vez, indicando que Fleur também entrara. Todos os campeões estavam em jogo e, mesmo estando sozinha, sentia que alguém me observava. Virei para trás inúmeras vezes, porém, ninguém estava por perto. Cada passo que adentrava o labirinto ficava mais escuro e usurpava ainda mais a sensação de segurança que sentia.

Caminhei mais apressadamente e, com o auxílio de um dos feitiços que aprendi, consegui me direcionar para a trilha correta. Virei para a direita, depois esquerda e direita de novo.

A ideia não era ter obstáculos?

Andei mais um pouco e vi Cedrico fugindo de um dos Explosivins de Hagrid. Estavam enormes. Apressei-me e, assim que fiz a curva vi algo que nunca imaginei que seria aprovado no Torneio. Um dementador de cerca de três metros e meio de altura aproximava-se rapidamente. Pensei no dia mais feliz da minha vida e conjurei o Patrono. Uma enorme águia prateada ergueu-se de minha varinha e inundou o céu escuro.

Contrariando minhas expectativas, o Dementador não fugiu, e sim tropeçou.

– Você não é um Dementador... Falsificação de identidade é crime sabia? - acusei - Ridikulus! - O bicho-papão atingido rapidamente tornou-se pó e desapareceu.

Voltei a caminhar e novamente o frio invadiu o lugar. Assim que virei a bifurcação um grito rompeu o silêncio.

– Fleur? – chamei, porém, sem resposta.

Corri novamente o mais rápido que pude, mas os gritos cessaram e nem sinal da garota loira. Olhei para cima e nem mesmo as tais faíscas vermelhas foram lançadas, estaria ela bem? Por mais que eu me sentisse inquieta com aquela situação, não pude deixar de pensar que, se Fleur estava fora do Torneio, minhas chances eram ainda maiores. A taça estava em algum lugar ali perto, e tudo que eu precisava fazer era encontrá-la.

Só isso... Fácil!

Por mais dez minutos não encontrei nada exceto trilhas sem saída. Um de meus maiores defeitos era a impaciência, que logo dava sinais de vida. Caminhei apressada por outra trilha quando, de repente, gritos ecoaram pelas paredes de sebe.

Segui o som o mais rápido possível e, assim que encontrei a fonte, deparei-me com Vitor preso nas densas paredes e desacoedado.

– Vitor! Vitor! – gritei balançando o corpo desmaiado à minha frente.

– Violet! O que... – começou Cedrico, parando assim que nos viu. – O que vocês estão fazendo?

– Ele foi atacado... – expliquei tentando acordar Vitor. – Vitor!

– Violet, não temos tempo, vamos logo!

– Não vou deixá-lo aqui...

– Ele é o inimigo Violet! - exclamou

– Ele é um ser humano! – rebati.

– Violet ele é de Durmstrang! Você ouviu a Fleur gritando não ouviu? Aposto que foi ele que deu um jeito de tirá-la da jogada!

– Cedrico, você ouviu o que disse?! - gritei.

– Se deixarmos ele aqui, temos mais chances de vencer! Não importa qual de nós vai pegar a taça, será Hogwarts! – insistiu.

– Se ele ficar aqui do jeito que está pode morrer!

– E não é o que merece? Ele me atacou agora pouco! – rebateu

– E você vai deixá-lo morrer por isso?!

– Você não quer vencer?

– Não à esse preço...

– Você que sabe! Eu vou lutar para vencer!

– Lutar não significa matar!! – gritei levantando-me – Depois dizem que a Sonserina é que é traiçoeira... Não é a casa que faz um bruxo Cedrico, ele mesmo que faz a casa. E aqui estamos. Sonserina tentando salvar o inimigo e Lufa-Lufa tentando matá-lo! Nunca pensei que fosse dizer isso, mas você é um idiota Diggory! – falei encarando-o – Você tem duas opções. Ou sai daqui agora e assume que é um covarde que mataria por uma taça, ou me ajuda com Vitor e prova que tem caráter. – falei firmemente – Então, o que vai ser?

Cedrico encarou-me alguns segundos e logo em seguida olhou para Vitor, suspirando.

– Droga. – murmurou - Espero que eu não me arrependa... – falou aproximando-se.

– Finalmente! – ironizei abaixando-me ao lado de Vitor, que mantinha os olhos abertos – Vitor? Você consegue se levantar?

– Não dá... Perdi a varinha e minha perna ta machucada... – gemeu – Não posso continuar. Faz um favor pra mim?

– O quê?

– Me tira daqui... – murmurou.

– Tem certeza? – perguntei. Vitor acenou.

Ergui minha varinha e disparei luzes vermelhas. Em breve algum dos professores viria buscá-lo.

– Não adiantou nada esse discurso todo... – comentou Cedrico.

– Cedrico, se é para falar besteira, fica de boca fechada! – rosnei.

– Posso pedir só mais uma coisa? – disse Vitor massageando a perna machucada – Pega aquela taça e vença esse torneio. De todos você é a que mais merece...

– Pode deixar... – brinquei – Você vai ficar bem?

– Sim... Pode ir... E não se esquece do que eu disse... – sorriu. – Obrigado Violet.

– Satisfeito? – perguntei ferozmente ao Cedrico assim que me levantei – Eu vou pela direita. - avisei cruzado a bifurcação à direita.

O desejo de chegar à Taça primeiro ardia em meu peito como nunca antes. Apertei meu colar por cima da blusa como se buscasse conforto. Sentir aquela pedra sólida e gélida na minha pele era fazia eu me sentir mais próxima de meu pai e de minha avó...

Enquanto seguia por uma longa trilha reta, novamente percebi movimento, virei-me rapidamente e a luz de minha varinha mostrou-me uma criatura extraordinária que Sophie havia me obrigado a estudar. Uma esfinge.

Preciso me lembrar de agradecê-la.

A esfinge tinha o corpo de um enorme leão, grandes patas com garras e um longo rabo amarelado que terminava em um tufo de pelos castanhos. A cabeça, porém, era de mulher. Ela virou os olhos amendoados em minha direção e aproximou-se.

– Você está muito próximo de seu objetivo. O caminho mais rápido é passando por mim.

– E para isso... – sugeri – Preciso acertar um enigma, certo?

– Se acertar de primeira, deixo-a passar. Se errar, eu a ataco. Permaneça em silêncio, e eu a deixarei partir ilesa.

O máximo que pode acontecer é ela me atacar...

– Tudo bem. Qual o enigma?

“Primeiro pense no lugar reservado aos sacrifícios, seja em que templo for. Depois, diga-me que é que desfolha no inverno e torna a brotar na primavera? E finalmente, me diga qual é o objeto que tem som, luz e ar e flutua na superfície do mar?” Agora junte tudo e me responda o seguinte: Que tipo de criatura você não gostaria de beijar? – perguntou com a voz rouca.

Uau... Isso é que é enigma...

– Certo... “O lugar reservado aos sacrifícios”... Um... altar...? Não... Talvez uma ara...? Depois eu volto para essa parte... “A última coisa a desaparecer no inverno e a reaparecer na primavera nas árvores da floresta...” Talvez...galhos...grama...rama... “O objeto que tem som, luz e ar e flutua na superfície do mar”... Essa é fácil... Uma boia...

A esfinge encarava-me com ansiedade, mostrando um belo sorriso de satisfação. Sinal de que eu estava no caminho certo.

– ara...ara..rama... Uma criatura que eu não gostaria de beijar... – à essa altura fechei meus olhos para me concentrar – Uma Ararambóia!

A esfinge sorriu ainda mais, levantou-se e deixou-me passar.

– Obrigada... – sorri gentilmente.

Estou perto... Posso sentir!

Corri o mais rápido que pude até que deparei-me com uma nova bifurcação.

Esquerda ou direita? Esquerda ou direita? Vamos lá...

Não sei como, mas algo me dizia que a direção correta era a direita.

Espero que esteja certa...

Aproximei-me ainda mais e percebi um brilho mais adiante. Andei mais rápido e finalmente a vi. A Taça Tribruxo estava num pedestal logo em frente.

Eu consegui... Cheguei ao centro do labirinto...

Assim que dei o primeiro passo percebi um vulto antecipar-se. Cedrico corria na direção da taça e provavelmente chegaria primeiro. Foi então que vi uma enorme aranha negra pairando sobre sua cabeça, prestes a atacar.

– Cedrico! – gritei – Cuidado!

Diggory virou-se em tempo de desviar da enorme aranha, porém, acabou tropeçando e largando a varinha. A aranha estava se aproximando rapidamente e certamente o engoliria vivo. Olhei novamente para a taça.

Dane-se a Taça!

Corri na direção contrária e apontei minha varinha.

– Estupefaça! – gritei, porém, meu feitiço não obteve resultado algum, apenas a irritou ainda mais. Rapidamente a aranha mudou de direção, tendo a mim como alvo. - Estupefaça! Impedimenta! Estupefaça! – nada adiantava. - Mas que droga Hagrid, tinha que arranjar uma aranha mágica?!

Oito olhos negros e brilhantes aliados a pinças afiadas como navalhas pularam em minha direção, deixando-me presa abaixo do “gentil” inseto. Suas patas dianteiras ergueram-me com exímia facilidade, deixando no ar.

Você não vai me parar!

– Expelliarmus! – gritei.

Dessa vez dera certo. O Feitiço para Desarmar fez a aranha me largar, ou seja, cai cerca de três metros sobre uma perna já machucada.

Maldito senso de caridade!

– Estupefaça! – gritei ao mesmo tempo em que Cedrico.

Ao que parece, os dois feitiços combinados tiveram um efeito muito maior que apenas um jamais conseguiria. A aranha tombou para o lado e esparramou-se pelo chão.

A primeira coisa que fiz foi verificar se meu pingente continuava comigo. Para meu alivio, ali estava ele.

– Violet! – gritou Cedrico – Você está bem? Ela caiu em cima de você?

– O que você acha? – perguntei ironicamente tentando me levantar, porém, minhas pernas não ajudavam muito.

Ambas sangravam, sem contar que a meia-calça que usava por baixo da saia fora toda rasgada, o que causou inúmeros cortes na pele. Olhei para Cedrico. Estava a pouquíssimos metros de distância da Taça, que brilhava e ansiava por um campeão.

– Vai logo... Pega a Taça... Você chegou ao centro afinal... – falei com dificuldade.

Cedrico encarou-me lentamente, depois passou seu olhar à Taça, voltou para mim e suspirou.

– Não. Krum estava certo, você merece vencer... Salvou minha vida, da Gabrielle e a dele... Colocou seus princípios antes do prêmio...

– Não é assim que funciona... Quem chega à Taça primeiro vence... Não estou em condições de participar de uma corrida...

Que droga, ele não pode simplesmente dar alguns passos e pegar a maldita taça?!

– Não... – afastou-se da Taça e observou-me enquanto tentava me equilibrar para levantar – Você me falou dos dragões... Eu teria perdido a primeira tarefa se você não tivesse me prevenido...

– E você me falou sobre o ovo, estamos quites. – falei enquanto rasgava um pedaço da blusa para tentar estancar o sangue.

– Não conta, você já sabia... Você devia ter ganhado mais pontos na segunda tarefa – insistiu – Você ficou para trás para salvar a irmã da Fleur... Eu que devia ter feito isso...

– Pega logo essa maldita Taça! – gritei

– Não. – afirmou pulando sobre a carcaça da aranha e aproximando-se de mim para me ajudar. – Um tempo atrás você me deu duas opções... Fugir e aceitar que era um covarde sem caráter, ou ficar e provar que não era. Eu escolho a segunda opção. Não vou te deixar para trás Violet... – garantiu.

Lufa-Lufa merece a glória tanto quanto Sonserina.

– Os dois. – falei

– O quê? – perguntou enquanto ajudava-me a levantar

– Levamos a Taça ao mesmo tempo. Ainda é uma vitória. Hogwarts. Empatamos.

– Tem certeza?

– Tenho. Nós nos ajudamos não é? Ambos chegamos aqui e ambos temos direito de vencer. Vamos dar a vitória à Hogwarts, juntos. – reafirmei.

– Você é inacreditável... – sussurrou – Tudo bem. Então vamos logo... Não vejo a hora de tomar um bom banho... – brincou

– Eu é que deveria estar fazendo piadas por aqui! – falei

– Então vamos palhaça... – riu enquanto arrastava-me para o pedestal.

Assim que chegamos aproximamos nossas mãos das asas da Taça.

– No três, certo? – falei – Um...

– Dois...

– Três!


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Notas finais do capítulo

Esse foi apenas o aquecimento, a ação de verdade está para acontecer no próximo capítulo.

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Capítulo 21 Hes Back
(...)
— Garota insolente... Não muda nunca não é? - exclamou uma voz fina e irritante logo atrás.
Virei-me imediatamente para a dona da voz e encontrei exatamente quem pensei.
Suas roupas não eram mais simples e sim pomposas. Seus cabelos encaracolados, antes castanhos, agora tingiam-se em preto e adquiriram um comprimento maior que da última vez, quase alcançando sua cintura. Uma mecha branca destacava-se na franja, e um sorriso diabólico enfeitava seu rosto.
— Bella...? - murmurei surpresa.
— Sentiu minha falta sobrinha querida? - disse com sua voz zombeteira.
(...)
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*o* Façam suas apostas, pois próximo capítulo está recheado de revelações.....

NÃO DEIXEM DE COMENTAR! :D