My Little Gift ('The Orphan' - Season 2) escrita por Stéfane Franco
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!!
Capítulo 14 – Learning To Swim
“Aprendendo a nadar”
– Violet – 28 de janeiro de 1995 –
– Você não sabe nadar?! – espantou-se Mary.
– Um orfanato não é um lugar onde teoricamente teria piscinas ou lagos...
– Então você tem que aprender. – disse Alessa – E será agora!
– Como assim agora? – perguntei desconfiada.
– Eu sou ótima nadadora, e aposto que essas duas também. – Sophie e Mary concordaram – Então vamos te ensinar a nadar...
– Mas podemos ir ao Lago Negro?
– Quem disse que vamos lá? – falou Sophie.
– Mas...
– Antes de você se aventurar na água, vamos começar com alguns exercícios. – explicou a loirinha. – Mary, você pode ajudá-la com a respiração, Alessa com a força e eu com a parte teórica das sereias...
– Ótimo! Então vocês duas vão para a biblioteca procurar sobre feitiços e sereias enquanto eu começo por aqui... – disse Mary sentando-se sobre a grama “recém-nascida”.
Instantaneamente Alessa e Sophie deixaram-nos sozinhas e foram para a biblioteca. Mary posicionava-se de uma maneira diferente.
– Sente-se como eu... – mandou – Primeiro quero saber qual é a sua situação... Fecha a boca e prende o nariz.
– O quê?!
– Anda logo! – falou
Ainda à contra gosto, fiz o que mandou. Nos primeiros segundos senti-me perfeitamente normal, porém, logo senti a necessidade de respirar, soltando o nariz.
– É... Você está muito mal... – comentou.
– Faz você então! – reclamei.
Mary sorriu, fechou a boca e tampou o nariz. Para minha surpresa, ficou sem respirar por alguns minutos.
– Mary? – chamei, trazendo-a de volta.
– Viu? É fácil. Primeira lição: concentração. Isso vai te auxiliar na hora da prova e talvez até a ajude a se controlar... – riu.
– Certo... Vou ignorar a última parte – ironizei
– Primeiro, faça o que eu mandar... – pediu – Agora, feche os olhos e limpe sua mente.
– Limpar minha mente? Sério? - ironizei
– Sim, agora pare de graça! – brigou – Tente pensar na imensidão do céu... Um dia claro, sem nuvens... Você está numa enorme campina, a grama com orvalho da noite massageia seus pés descalços e a brisa suave do vento acaricia seu rosto... Agora pense que está correndo nesse campo... Você está livre, está feliz... Pouco a pouco você começa a relaxar... Pouco a pouco começa a esvaziar a mente... – disse ela, dando uma pausa.
A sensação realmente era maravilhosa. Quando Mary mandou que eu me sentasse, pensei que seria perda de tempo, mas depois... Senti-me calma e livre. Senti-me nas nuvens!
Não faço ideia de quanto tempo ficamos assim, lembro-me apenas da sensação relaxante e gostosa que me invadia pouco a pouco.
– Agora... Pouco a pouco, pense em alguém que ama nessa campina... Essa pessoa está te chamando... Vá até ela... – sussurrou Mary – Respire fundo e abra os olhos...
Fiz o que pediu, encontrando um grande sorriso em seu rosto.
– Como se sente?
– Bem... Me sinto... calma... – falei
– Muito bem... Esse é o princípio da concentração. Você imagina um lugar maravilhoso, imagina uma situação perfeita e, lentamente, começa a esvaziar a mente... Logo vai estar totalmente concentrada... E isso acalma e relaxa...
– Onde aprendeu isso?
– Minha mãe, como auror, tem dias muito conturbados, então ela aprendeu essa técnica de concentração com alguns trouxas e começou a praticar... – explicou – Em pouco tempo seu humor mudou consideravelmente e decidiu me ensinar... – sorriu.
– Isso realmente funciona... – brinquei.
– Meninas! Voltamos! – exclamou Alessa com diversos livros nos braços, assim como Sophie.
– Vocês trouxeram a biblioteca toda? – debochou Mary.
– Só o necessário. – respondeu Sophie. – Já terminaram?
– Sim... Ela está bem calma...
– Ótimo, agora vamos agitar um pouco as coisas... – disse Alessa. – Violet, levanta.
– E lá vamos nós novamente... – brinquei.
– Eu sou uma ótima professora, então, aproveite – gabou-se ela – Bom, vamos lá. Para nadar você precisa ter fôlego, e mesmo que encontremos algum feitiço para respirar embaixo d’água, precisa estar preparada para qualquer imprevisto. Outra coisa que precisará é força. As correntes marítimas costumam ser fortes, principalmente de manhã e à noite.
– Força eu tenho...
– Exato. Vamos exercitar isso. Eu trouxe esse elástico... Você vai colocar a parte protegida na cintura e tentar puxar, mas, eu e as meninas vamos segurar a outra ponta, dificultando um pouco. – explicou enquanto posicionava o elástico na minha cintura – Eu também trouxe suas luvas de quadribol, assim você não se machuca.
– Tudo bem... Só tenho que puxar?
– Sim.
Logo Alessa, Sophie e Mary posicionaram-se à minha frente numa distância de aproximadamente 2 metros, todas segurando a ponta do elástico. Fiz o mesmo e preparei-me.
Essa parte é fácil!
– Pronta? – perguntou Alessa, recebendo um sinal positivo meu – Então pode começar!
Enrolei o elástico em minhas mãos e puxei. Era mais difícil do que eu imaginava.
– Pode parecer fácil, mas ao mesmo tempo em que puxa o elástico para você, ele faz uma força para o lado oposto. E a elasticidade vai te ajudar a exercitar melhor os “músculos” – explicou enquanto eu puxava.
Ficamos nesse exercício cerca de uma hora, quando finalmente consegui fazê-las avançar três passos.
– Muito bem... – elogiou Alessa. – Como está a respiração?
– Descontrolada – respondi.
– Então vamos começar a mudar isso... – sorriu – O próximo exercício é mais uma brincadeira... Já pulou corda?
– Já... Eu era péssima nisso quando criança... – falei
– Quando eu terminar será ótima nisso... – gabou-se.
– Por que será que não estou confiante? – ironizei.
– Toma... – disse ela, entregando-me uma corda igual à sua. – Vamos começar devagar... Um passo de cada vez...
Durante a próxima hora, ficamos ambas pulando corda. Começamos em um ritmo extremamente lento e aumentamos conforme o tempo. Obviamente, não consegui por muito tempo e tropecei, caindo de cara no chão.
– Tá, chega de pular corda... – riu Alessa.
– Violet, as sereias são criaturas rápidas e traiçoeiras... Portanto, tem que ser rápida. – disse Sophie após se recuperar da crise de risos.
– Isso me anima tanto... – ironizei.
– Se você precisa ser ágil... – pensou Alessa – Já sei! Tenho o exercício perfeito para você! E tem a ver com quadribol... – sorriu.
– E qual é?
– Vamos atirar bolinhas em você... – explicou – E nenhuma pode te acertar...
– Já vou avisando que tenho uma ótima mira... – disse Sophie.
– Essa parte é mais fácil que as outras... Estou acostumada a desviar de balaços...
– Sim, mas dessa vez você não está sobre uma vassoura... E as bolinhas são mais leves que os balaços, logo, são mais rápidas! – vangloriou-se Mary.
– Certo... Vamos lá... – falei.
Nos próximos minutos as meninas passaram tentando me acertar, mas, como tinha experiência no ar, foi mais fácil desviar. Logo proporam um novo desafio: eu deveria fugir delas.
– Mas em quê isso vai me ajudar? – perguntei descrente.
– Você acha que apenas uma sereia vai tentar te impedir? – disse Mary.
– Serão dúzias! Sereias “andam” em bando... – completou Sophie.
– Finja que somos sereias... – disse Alessa – Nós queremos te matar e te servir como jantar para os peixes...
– Eu estou faminta! – completou Mary.
– Acho que eu volto mais tarde... – falei.
– No três você corre – disse Alessa – Fuja o máximo que puder, nós não podemos te segurar por mais de três segundos, ouviu?
– Sim senhora...
– Um...
– Dois...
– Três! – gritou ela.
Fugir de três garotas era mais complicado que desviar das bolinhas. Elas estavam sempre me encurralando, sendo que tivemos que recomeçar a “brincadeira” várias vezes.
O céu ficava cada vez mais escuro, evidenciando a passagem do tempo que resolvemos ignorar.
– Chega! – exclamei deitando no chão frio – Estou quase sem fôlego, minhas pernas estão doloridas e, no geral, estou super cansada...
– Dá para ver... – riu Mary.
– Vamos entrar? Temos que tomar um belo de um banho depois dessa... E amanhã tem aula! – lembrou Sophie levantando-se.
– E vamos continuar treinando... Essa semana ficamos aqui mesmo, semana que vem vamos para a água...
– Espera... Terei que fazer isso todos os dias?!
– Claro que não! Dias intercalados já esta bom... – sorriu Alessa. – Exercício faz bem para a saúde sabiam? – perguntou ela assim que reclamamos.
– Sabe que tudo em excesso faz mal...
– Por isso que vamos fazer uma coisa por dia... Um será apenas para melhorar a respiração, outro para a força e outro para estudar sobre as sereias e possíveis feitiços que poderia usar... Hoje foi apenas um intensivo do quem vem pela frente...
– Onde você aprendeu tudo isso? – perguntei
– Eu cresci no mundo trouxa... Meu pai era bem rígido quanto à isso e acabou me ensinando... – respondeu – Mas não o vejo há anos... E minha irmã é bem parecida nesse quesito... – riu – Agora vamos logo meninas! O jantar é daqui a pouco...
– Minerva –
– O que achou disso? - perguntei
– Ela tem tudo para vencer. – falou Snape com convicção.
Estávamos há horas na varanda do castelo observando as meninas. Violet fez de tudo um pouco e realmente estava progredindo. Snape encarava-a com orgulho, vi em seus olhos a satisfação pessoal como pai.
Embora não admita, ainda, Severo ama a filha. O modo como olha para ela, o jeito que fala dela... Está claro que sente muito orgulho de tê-la como filha... Com certeza faria o que for preciso por ela...
– É melhor entrarmos... O jantar será servido em alguns minutos.
– Violet -
– Se eu tropeçar no caminho, vocês têm que me segurar – falei enquanto entrávamos no salão repleto de pessoas.
– Não seja dramática... – disse Alessa.
– Estou toda dolorida! Você pode estar acostumada com essa maratona de exercícios, mas eu não... Se não estivesse faminta, voltaria agora para o quarto...
– Maratona... Isso me deu uma grande ideia... – sorriu Mary
– Ah não, você também não... – reclamei enquanto sentava-me à mesa.
– Violet, você já soube que... – começou Harry – O que aconteceu com você? Parece que um caminhão te atropelou... - falou
– Um caminhão chamado Alessa Chambers me atropelou irmãozinho... – brinquei – E veio em comitiva com Mary Addams e Sophie Seyfried...
– Palhaça! – retrucou Alessa
– O que vocês fizeram? – perguntou Hermione – Parece que ela vai desmaiar a qualquer momento!
– Nós fizemos uma maratona de exercícios para prepará-la para a próxima tarefa... – explicou Mary.
– Então você já descobriu o enigma no ovo? – perguntou Rony.
– Sim... E agora ela precisa se preparar fisicamente... – disse Alessa – Querem ajudar? Estou pensando em fazer uma espécie de corrida da próxima vez...
– Tô dentro! – disse Rony.
– Eu também... – falou Harry.
– Harry Potter! Até você?! Hermione, socorro!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tadinha da Violet... As meninas foram forçaram bastante...kkkk
O que acharam???
—__________
Capítulo 15 - Nightmare
(...)
Naquele instante, com um aceno do homem, a grande cobra começou a se aproximar. Ouvi novamente a mulher, eu, gritar e chorar, implorar por clemência. Em poucos segundos os longos dentes da serpente cravaram minha pele e rasgaram minha carne.
— Não!!!! Por favor!! - gritava
— Violet... - alguêm chamou.
(...)
—-------------------
Só mais um para a segunda tarefa...!!
Não deixem de comentar :D