Doce Tormenta escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 31
De certa forma, sempre soube


Notas iniciais do capítulo

Capitulo pequeno mais ta valendo. Espero que gostem e me deem reviews, rs
Infelizmente a história acaba ainda essa semana.
Beijos, Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418930/chapter/31

~~ Nathan ~~

Dois dias já haviam passado desde o dia em que ele a levara, eu estava ficando literalmente louco. Martin ainda não tinha conseguido rastrear o aparelho que Charles usava para se comunicar com Adden. Trice estava muito mal, Adden ainda pior, sentia-se culpado e vivia constantemente preocupado com o estado emocional de sua mulher. Mandei Susan e Peter deixarem a cidade com Ethan, apenas por precaução, Adden e Beatrice se recusaram a ir com eles.

Eu não dormia desde sábado, apenas ficava andando de uma lado para o outro dentro da maldita casa de Melanie. Ontem havia encontrado um envelope na mesa da cozinha, ao que parece Charles também estava atormentando Melanie.

O som do telefone despertou-me de meu devaneio, corri até a sala e o atendi esperando que fosse Martin.

– Alô?

– Gostaria de falar com Melanie Davis. – uma mulher falava ao telefone, sua voz não era familiar.

– Ela ...n-não esta. – respondi, sentindo um aperto no peito.

– Apenas diga a ela para vir buscar sua cadelinha, agora com a morte de James ela precisa ir para casa.

– Cadelinha?

– Sim, ela teve a entrada na clinica no ultimo sábado. Foi atropelada e Melanie a trouxe aqui para James. – a mulher parecia triste, até chegara a fungar ao dizer o nome de James. – Você tem que pega-la ainda hoje.

Dizendo isso ela desligou, deixando-me ainda mais confuso. Sábado? Pegando o telefone novamente disquei o numero de Beatrice, acredito que ela saberia sobre isso. Ela atendeu no segundo toque.

– Alguma noticia? – em sua voz havia esperança.

– Não, nada ainda, apenas estou ligando para perguntar sobre uma cadelinha. Ligaram aqui dizendo que Melanie é a proprietária dela. Há algo que gostaria de me contar a respeito?

– Mel e eu a vimos ser atropelada por algum idiota, então a levamos até o consultório de James e .... – James tinha um consultório? Por que eu não sabia disso?

– Acha que pode ir busca-la? Realmente preciso... – preciso do que? Ficar sentado aqui o dia todo pensando em coisas ruins.

– Claro, vou agora mesmo. – o silêncio tomou a linha, achei que Trice havia desligado, se não fosse por um pequeno soluço dela.

– Trice?

– Sim?

– Seja cuidadosa ok? – não esperei por uma resposta, apenas desliguei.

Me deixei cair no sofá, onde deitei chorando, pensando em todo tipo de coisas ruins. Me odiando, odiando James, Adden, Charles.

Acho que adormeci, sendo despertado pelo som de meu celular. Corri até a cozinha onde o deixei e o atendi desesperado.

– Conseguimos, sabemos de onde as mensagens vinham. Estou indo para lá agora. Aconselho que fique ai Nathan... – foda-se eles tinham a encontrado, eu iria até lá de qualquer maneira.

– Me diga o endereço.

– Nate cara...

– Agora Martin.

– Collins, 1290.

Espera, eu conhecia aquele lugar, aquele era o endereço de Martha, a tia de Mel. Subi a nosso quarto e tirei de dentro do fundo falso de minha gaveta, uma Colt 45. Sai em disparada até a garagem. 5 minutos depois me encontrava em frente a casa onde enterramos Jenna.

Entrei na casa sem ao menos esperar por Martin. Procurei em todos os malditos cômodos, Melanie não estava lá.

Sentei-me na sarjeta, derrotado. Não saber onde ela estava ou como estava, estava me matando.

– Fui egoísta Nate, não te contei que Charles, ele... – ela respirava com dificuldade, seja lá o que quisesse dizer era algo doloroso para ela. – Charles abusava de mim, desde meus 11 anos até a noite em que matou minha mãe em nossa cozinha, eu tinha 14 naquela época . Duas semanas depois Susan e eu descobrimos que tive um aborto espontâneo, estava gravida do meu próprio pai. Não posso ter mais filhos, ele tirou isso de mim, junto de todo o resto, minha inocência, minha mãe, tudo.”

Era impossível não chorar lembrando das palavras dela.

Como um dispositivo, senti um click em minha mente. Sabia onde ela estava, de certa forma sempre soubera. Levantei em um pulo, correndo até meu carro.

Martin atendeu no primeiro toque.

– Sei onde ela esta. – disse enquanto dirigia loucamente até o aeroporto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews?