Ciumento escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 1
Nami


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Todas as minhas histórias serão atualizadas aos Sábados. Talvez nas Sextas, mas eu não contaria muito com isso se fosse vocês. De qualquer forma, boa leitura! XD

AVISO 2: Enoooooooooooooooooooorme! E talvez o próximo será maior. XD



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- Eu não acredito nisso! – Exclamei para Kid, que estava deitado com a cabeça em meu colo, enquanto acariciava os fios vermelhos – Você brigou com a sua namorada de novo?! – Isso já estava ficando repetitivo. Meu Deus, esses dois iam acabar se matando! E ia sobrar pra eu pagar o enterro do Romeu ruivo e da Julieta rosada.

- É que eu... Soquei a cara do Portgas. – Ele respondeu, se remexendo para se ajeitar melhor na grama extremamente verde do parque. Eu respirei fundo ou Kid acompanharia Ace com o olho roxo.

- Por qual motivo, senhor Eustass?

- E... Eu não gostei de vê-los conversando... Ainda mais no abraço que aquele sardento filho da... – Tapei a boca dele. Eustass era o tipo de pessoa que quanto mais xingava, ficava com mais raiva. E vê-lo nervoso me deixava nervosa, pois ele descontaria em mim, o que geraria uma briga e isso é algo que eu adoraria evitar naquele momento.

- Calma aí, ruivão. Tenta se acalmar e pare de xingar tanto. De mau humor aqui já basta eu.

- Que aconteceu? – Perguntou levando minha mão de volta para seus cabelos.

- Ontem. Luffy. Eu. Encontro. Furado. Táxi. – Disse de um modo bem resumido, mas sabia que ele entenderia.

- Você foi ao encontro que marcou com o Luffy ontem, mas ele te deu um bolo e você teve que pegar um táxi pra voltar. Mais alguma coisa?

- Estava chovendo e um carro jogou lama em mim.

- Por que não me chamou?

- Pensei que estava com a Bonney e os amigos dela.

- Pois eu não estava. Estava em casa me dando conta de como sou idiota. – Resmungou. Quer o quê? Eu ainda não era adivinha, caramba! Disse isso para ele e o infeliz apenas riu – Você sabe que pode me ligar sempre que precisar, sua pirralha.

- Calado, Nii-san. – Mostrei a língua para ele. Nós éramos irmãos de consideração. Apesar de parecer que eu sou a mais velha às vezes, se é que me entendem – E como assim "dando conta de como é idiota"? Essa função é minha! Eu que tenho que jogar na sua cara que você é um idiota apaixonado e excessivamente ciumento! – Ralhei com ele e o tomate fechou a cara.

- Eu não sou um idiota apaixonado!

- Não, você é um idiota apaixonado e ciumento.

- Não sou ciumento. – Resmungou e eu bufei. Aquilo já estava me irritando! Por que ruivos tinham que ser tão teimosos?! Ah, é, eu também sou ruiva. Mas aquele tomate havia passado dos limites da teimosia!

- Pelo amor de Roger, o Rei dos Piratas do meu livro de aventuras! Kid, você socou o Ace só porque ele abraçou a Bonney! Tá bom que eles já foram namorados, mas é um ato muito exagerado!

- Falou a psicóloga! – Kid me zombou. Quer saber? Desisto!

- Ah, quer saber? Eu desisto! Você é um idiota teimoso que só sabe ver a ponta do seu nariz! Devia se sentir agradecido por ter uma namorada! Você acha que é fácil ver casais em tudo quanto é lugar e se lembrar de que não tem ninguém? Acha que é legal assistir um filme de terror sozinha? Acha divertido jogar videogame só no player 1? VOCÊ ACHA QUE EU NÃO ME SINTO HORRÍVEL EM SABER QUE O MENINO QUE EU GOSTO PROVAVELMENTE ME TROCOU POR OUTRA?! – Eu já estava gritando com ele. Lágrimas vieram aos meus olhos. Eu só queria um namorado que fizesse essas coisas e outras comigo! Era pedir demais? Sempre tive azar com homens, por isso fiquei sem querer namorar por quase dois anos, porém justo quando aparecia alguém perfeito, ele não tava nem aí pra mim – DOBRE A LÍNGUA, EUSTASS, QUE VOCÊ ESTÁ MELHOR DO QUE EU! ACHA QUE EU NÃO VI COMO A BONNEY FICA PERTO DE VOCÊ? ELA TE AMA, SEU RETARDADO! A-M-A! QUAL PARTE DISSO VOCÊ É BURRO O SUFICIENTE PARA NÃO ENTENDER?!

-... Você é mesmo incrível, Nami. – Eustass disse do nada. Eu estou aqui, berrando com ele, e o idiota simplesmente diz "Você é incrível"? Respirei fundo uma, duas, três, quatro vezes, tentando me acalmar – Mesmo tendo tantos problemas, ainda tem paciência para ouvir lamúrias desse idiota aqui. – Quem era esse e o que ele fez com meu irmão mais velho?

-... Okay, me belisca, que isso não pode estar acontecendo. Você? Dizendo tudo isso? Eu acabei parando num universo paralelo, certo?

- Pare de tirar onda da minha cara, caramba! E não é a primeira vez que eu falo assim com você, sua pirralha. – Bufei e sorri.

- E ele está de volta!

- Cale a boca! – Nós rimos. Ele era um idiota ciumento e eu uma idiota encalhada. É, até que não éramos tão diferentes. Olhei em volta e percebi uma moça de cabelo rosa andando até nós com uma carranca inconfundível. Ah, ótimo! Outra ciumenta! Era só o que me faltava. Olhei melhor e vi que ela estava sendo seguida por um rapaz bem alto de cabelo negro, cavanhaque e costeletas. Um dos maiores gatos da escola. Trafalgar Law.

- Meu Deus. – Soltei sem nem perceber. No entanto, não era todo dia que eu via alguém tão bonito assim tão de perto.

- Que foi? – "Kid, faz um favor? Cale a boca. Estou admirando a vista magnífica que Deus me deu.", pensei com meus botões. Kid olhou e viu Trafalgar. Fitou-me com uma sobrancelha erguida.

- O quê?

- Desista. Ele é um idiota irritante. – Bufei. Kid era o tipo de irmão que só aceitava que a irmã tinha alguma chance de ter um relacionamento quando já estivesse com 50 anos e nenhum dos pretendentes fosse de fora da família.

- Não mais do que você, creio eu. – Não ia perder a chance de alfineta-lo. Eustass voltou seu olhar para ele e pareceu, enfim, dar alguma atenção para Jewelry, que agora parava bem na nossa frente.

- Posso saber o que você está fazendo aqui com a Nami, senhor Eustass? – Lógico. Tinha que sobrar pra mim. Segurei a enorme vontade de sacanear a menina dizendo alguma mentira do tipo "Fazendo o que você não foi capaz" ou "Você é cega ou é burra mesmo?". Ao invés disso, levei meu olhar ao moreno que chegava perto. Ele me analisava com os olhos cinza. Desviei o olhar, constrangida.

- Estou conversando com a minha irmã, senhora Jewelry. – Deus, isso ia levar horas. O ruivo se levantou e eles ficaram frente a frente. Não pude resistir ao impulso. Bati em minha própria testa. Por que sempre sobrava pra eu ajudar esses casais em crise?

- Ah, claro! E eu estava plantando elefantes rosados no topo do Everest! – Essa garota vai morrer de tanta ironia. Não que eu possa falar algo.

- Que bom! E quando é que eles vão florescer? – Isso aí, filhote de cruz-credo! Mostra pra ela o que acontece quando se mexa com ruivos!

- Quando você deixar de ser idiota.

- Isso só vai acontecer quando você deixar de ser idiota também.

- ARGH! VOCÊ É MESMO UM SEM NOÇÃO!

- Não grita, cabeça de chiclete! Vai estourar meus tímpanos.

- Por que bateu no Ace?

- Por que o abraçou?

- Não te interessa.

- Digo-lhe o mesmo. – Isso não ia levar horas. Ia levar meses!

- Isso vai levar meses. – Quase pulei de susto ao ouvir a voz de Trafalgar do meu lado. Quando foi que ele sentou ali? Assenti e tentei prestar atenção na briga do casal 20. Tentei. Conseguir já era outros quinhentos. Meu coração pulava, minhas mãos suavam e tinha certeza de que minhas bochechas haviam corado ao menos um pouco – Nós os deixamos aí ou ficamos para ver no que dá?

- Eles podem acabar se matando.

- Eles já estão quase se matando.

- Ponto para você.

- E então?

- Topa um sorvete?

- Fechado. – Ele se levantou e estendeu sua mão, no intuito de me ajudar a levantar. A mão dele era quente. Levantei e fitei o casal. Trafalgar pareceu ler meus pensamentos – Deixe-os aí, eles sabem se entender sem destruir nada... Espero.

- Yosh! Você quem vai pagar! – Comentei animada e comecei a puxá-lo pela mão – A ideia foi sua, então você paga! – Sorri feito criança e continuei andando. Ele logo me alcançou. Pensei que Trafalgar fosse soltar minha mão, mas ele apenas a segurou mais forte. Corei muito com o gesto. Andamos até um senhor com um carrinho de picolés. Peguei um de chocolate. Law pegou um de limão.

- Prontinho, casalzinho. Aproveite enquanto são jovens, mas tenham juízo, sim? – Ele piscou para nós. Só então me toquei que ainda estávamos de mãos dadas. Corei até a raiz do cabelo. Já ia soltar a mão do rapaz e corrigir o senhor, porém meu "acompanhante" foi mais rápido.

- Pode deixar. – Respondeu segurando minha mão com mais firmeza, como se não quisesse que eu fugisse. Minha pele era muito clara perto da dele.

Tirando-me dos meus devaneios, ele se dirigiu a um banco qualquer, não muito longe de nossos amigos. Na verdade, a uma distância segura, caso eles resolvessem acertar as contas no braço. Sentei-me ao lado dele. Finalmente, minha mão foi liberta. Nós abrimos nossos sorvetes. O gosto magnífico do chocolate invadiu minha boca. Era tão bom! Fiz um som de contentamento com os olhos fechados e a boca selada graças ao sorvete que eu quase engoli por inteiro. Muito bom! Ouvi uma risada do meu lado. Tirei o doce da boca e olhei para ele.

- Nami-ya, você parece uma criança. – Ele sorriu de canto. Um sorrisinho torto, mas muito sexy – Veja, até se sujou. – Disse passando o polegar no meu lábio inferior e levando-o até a boca, para então prova-lo – Bom.

-... O... Obrigada... – Gaguejei, abaixando a cabeça. Ele não tinha aquele ar de cavalheiro como o Sanji, ou de brutamontes como o Zoro ou o idiota do Kid, ou de eterna criança como o Luffy. Mas Law era lindo por causa disso. Do jeito calado, provocativo, frio, um tanto sádico e mortalmente sexy que só aquele moreno tinha.

- Levante a cabeça, Nami-ya. Você é bonita demais para ficar se escondendo. – Law murmurou em meu ouvido e eu quase desmaiei. Ele era mortalmente sexy mesmo.


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Notas finais do capítulo

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