Pov’s Violetta

–Ela?......Como?.. Está o quê? –Eu perguntei confusa, tentando entender se realmente ouvi direito.

–Ela está grávida. –Meu pai disse sorrindo.

–A Angie está grávida e você reclamou de mim e do Leon? –Eu perguntei indignada, ignorando a notícia que acabei de receber, meu pai ficou vermelho, não sei se de vergonha ou de raiva.

–Violetta isso é coisa que se diga? –Ele perguntou ofendido, Angie e Leon observavam tudo de longe.

–Mas é verdade, você reclamou de mim e do Leon sendo que estávamos apenas nos beijando, enquanto você fazia “coisinhas” com a Angie. –Eu disse.

–Eu e ela somos adultos. –Ele disse duro.

–Eu e Leon também. –Eu disse. (N/A Lembrando que os dois têm dezenove anos de idade).

–Com essa idade vocês não sabem nada sobre a vida. –Ele disse apontando para nós dois. Não importa o que façam meu pai sempre continuará o mesmo.

–Como não sabemos nada sobre a vid....-Leon me interrompeu.

–Parabéns Angie! –Ele disse “animadamente”, todos os olhares se atraíram para ele, o olhei confusa tentando entender o motivo de ele ter feito isso. –Achei que isso faria a discussão acabar, e sem contar que nem demos importância pelo fato de você ganhar um irmão. –Ele sussurrou em meu ouvido, completamente envergonhado e eu sorri fraco.

–Leon tem razão, perdi tanto tempo discutindo que nem me importei em lhe dar os parabéns. –Eu disse a abracei Angie. –Parabéns! Me desculpa se não dei tanta importância, a verdade é que eu estou muito ocupada ultimamente, e minha cabeça está a mil por hora.

–É você e o Leon realmente andam “muito” ocupados. –Meu pai disse irônico, e antes que eu pudesse dizer algo Angie se precipitou.

–Leon, pelo o que parece esses dois têm muito a conversar, o que acha de me levar para tomar um café na cantina da universidade? Eu estou precisando relaxar. –Angie disse e Leon assentiu.

–Não brigue com ele. –Leon disse, me deu um beijo na bochecha e acompanhou Angie, só aí percebi que Naty já havia ido em bora.

–E então? –Eu perguntei.

–E então o quê? –Meu pai disse com os braços cruzados e com o olhar bravo sobre mim.

–Pode começar a me tratar como se eu fosse um bebê, vai começar a falar mal do Leon e dizer que ele não é o cert...-Ele me interrompeu com um abraço, obviamente retribui.

–Estava com saudades das nossas discussões diárias. –Ele disse.

–Eu também...

Pov’s Leon

–Quando recebeu a notícia que estava grávida? –Eu perguntei quebrando o silêncio, desconfortável, entre nós.

–Á algumas semanas. –Ela disse sorridente enquanto acariciava a barriga quem nem havia crescido ainda.

–E como Germán reagiu? –Eu perguntei.

–Muito bem, no começo ele ficou meio assustado, mas depois ficou todo bobo com a notícia. –Ela disse.

–Deve ser bom, ser pai. –Eu disse enfiando as mãos no bolso e abrindo um sorriso involuntário.

–Parece que alguém será um ótimo pai futuramente. –Ela disse rindo.

–Espero que sim. E também espero que a mãe de meus filhos seja ela. –Eu disse, Angie sabia que o “ela” se referia a Vilu.

–O amor de vocês é algo muito bonito de se ver. –Ela disse e eu sorri timidamente.

–Acho que o amor que temos um pelo outro é tão forte e que as pessoas são capazes de admirar. –Eu disse sorrindo.

–Sabe? Fico feliz que seja você e não Diego, o escolhido da Violetta. –Ela disse.

–Sempre foi ele o meu escolhido Angie. –Violetta disse aparecendo atrás de nós e me dando um abraço, Germán com a cara torta devido à fala de Vilu se aproximou também.

–Temos que ir. –Germán disse.

–Mas eu não tomei o meu café com guaraná. –Angie disse e eu fiz uma careta, Violetta riu.

–Desejos, começam desde cedo. –Germán disse sem graça.

Pov’s Violetta

Antes de nos despedirmos eu tive uma rápida conversa com Angie, Meu pai ficou encarando Leon, e Leon estava evidentemente nervoso com a situação. Leon tinha medo de duas pessoas no mundo inteiro: De mim e do meu pai. Eu sei os Castillo tocam o terror no Vargas.

–E agora? –Eu perguntei segurando a mão de Leon e fazendo carinho na mesma.

–Agora, nós poderíamos voltar para o seu quarto e continuar “estudando anatomia” – Leon disse rindo.

–Estou começando a achar que meu pai estava certo sobre você. –Eu disse.

–E o que seu pai fala sobre mim? –Ele perguntou bem próximo de meu rosto.

–Que você é má influência para mim. –Eu disse segurando em sua nuca.

–Tenho que concordar. –Ele disse e me beijou, ambos estávamos sorrindo, porém antes do ar faltar Leon parou o beijo, decepcionante.

–Vamos para o seu quarto, não estou afim de ser interrompido. –Ele disse me guiando pelo braço.

–Tirando o fato que você mesmo interrompeu o nosso beijo, tenho que concordar com você. –Eu disse rindo. Fomos em silêncio até o meu quarto, um silêncio confortável, mas como tudo o que é bom dura pouco, Diego apareceu do nada em nossa frente, e como sempre Leon o recebeu super bem.

–O que faz aqui nos incomodando novamente? –Leon perguntou me apertando contra si, era sempre assim na presença de Diego, Leon era inseguro demais em relação a isso, e o pior é que ele tinha razão, pois as minhas atitudes fizeram com que Leon perdesse uma parte da confiança que ele tinha em mim.

–Eu quero conversar com a Violetta, se possível a sós. –Diego disse.

–É uma pena, pois não vai ser possível vocês conversarem. –Leon disse.

–É Diego sinto muito, mas eu estou ocupada. –Eu disse e puxei Leon para sairmos de lá o mais rápido possível.

–Eu juro que qualquer dia desses eu não vou me controlar e... –Eu o interrompi, Leon já estava com os punhos cerrados, cheguei a achar que ele voltaria lá e arranjaria briga com o Diego.

–E nada! Você não vai arrumar briga com o Diego e correr o risco de ser expulso! Entendeu? –Eu disse brava.

–E se brigarmos fora daqui? –Ele contestou-me.

–Você não vai arrumar briga com ele! Conhecemos o Diego, ele vai dar um jeito de se fingir de vitima e você vai acabar se dando mal. – Eu disse apontando o dedo na cara de Leon, eu realmente estava preocupada com a possibilidade de Leon fazer algo de errado.

–Tudo bem, não farei nada. –Ele disse cabisbaixo. Fomos em um silêncio, desta vez desconfortável, até o quarto. Chegando lá no sentamos em minha cama e permanecemos em silêncio, até que Leon se manifestou.

–Percebeu que sempre que o Diego aparece nós acabamos brigando? –Ele disse e eu assenti. – Só não entendo o por quê dessa perseguição dele com você?

–Sabemos que infelizmente ele gosta de mim. –Eu disse apoiando a cabeça no colo de Leon, era bom, era tão aconchegante quanto seus braços.

–Se realmente gostasse ele não teria feito tudo que fez. –Leon disse.

–Pois é, eu só não entendo o por quê dele ter me traído? –Eu disse confusa, Leon parecia desconfortável.

–Eu não queria falar sobre isso, mas já que você insiste. Primeiro que o Diego não te traiu, ele traiu a si mesmo, as traições constantes dele acabaram estragando o plano dele de te usar. E segundo: Não havia amor na relação de vocês. –Leon disse.

–Tem razão, talvez ele apenas queira nos provocar. –Eu disse.

–Finalmente você entendeu. –Leon disse sorrindo e eu o olhei confusa. –Vilu sempre que o Diego aparece nós brigamos, e é isso que ele quer, causar discórdia entre nós dois. –Leon disse.

–Você sempre soube disso, não é? –Eu perguntei.

–Sim, mas achei que você deveria perceber sozinha. –Ele disse me puxando, minhas pernas ficaram uma de cada lado de sua cintura, sorri envergonhada com isso.

–Quer continuar falando do idiot....Diego? –Ele perguntou dando risada e eu neguei. Com pressa ele tratou de me beijar, ferozmente eu diria, ele estava tão afobado que o ar se foi rapidamente, lembrando que mesmo assim os beijos dele não perdiam a graça.

–Isso tudo é saudades? –Eu perguntei e ele riu.

–Claro, a minha namorada praticamente esqueceu-se da minha existência. –Ele disse rindo.

–Quem vê pensa que eu não te dou atenção. –Eu disse e o beijei novamente, apoiei meu peso contra ele, e isso fez com que Leon se inclinasse para trás, batendo as costas no colchão, as mãos dele acariciavam minhas costas e eu bagunçava seus cabelos lisos com cheiro de chocolate, as mãos dele foram em direção às barras de minha blusa.

–Tem certeza disso? –Ele perguntou carinhoso, eu sabia que não estava preparada, e também sabia que ele entenderia.

–Sinto muito...-Eu disse e ele compreendeu, me deu um selinho e sorriu.

–Não se preocupe, vamos esperar o tempo que for preciso. –Ele disse acariciando meu rosto.

–Obrigada. –Eu disse e ele assentiu.

–O que acha se eu for à cantina e pegar algo para comermos? –Ele perguntou animadamente.

–Você só pensa em comer? –Eu perguntei.

–Comer para mim é a segunda maravilha do mundo. –Ele disse.

–E a primeira? –Eu perguntei, achando que a resposta seria dormir.

–Você! –Ele disse rindo. –E respondendo sua pergunta dormir é a terceira maravilha do mundo. Agora eu vou pegar algo para comer. –Ele disse e saiu me deixando extasiada com a resposta que ele deu. Leon deixou a porta aberta e quando eu me levantei para fecha-la algo impediu que eu concluísse meu ato.

–Podemos conversar? –Diego disse empurrando a porta e se sentando em minha cama.

–Saí dai! –Eu disse brava, ele se levantou e se pôs em minha frente, dei “mil” passo para trás querendo manter distância.

–Diego o que você está fazendo aqui? –Eu perguntei tentando manter a calma, eu voaria em seu pescoço e o estapearia a qualquer momento, mas como eu própria disse: Não seria bom arrumar brigas. –Ele ficou quieto e eu perguntei novamente.

–O que faz aqui Diego.

–Eu queria saber a mesma coisa, o que ele faz aqui? –Uma voz grossa perguntou entrando no quarto, Diego se virou e riu debochado ao ver quem era, a expressão da pessoa era de completa fúria e a minha era de desespero.

–Leon?