Prague delicious escrita por Malu


Capítulo 41
Capítulo 41: Hummingbird Heartbeat.


Notas iniciais do capítulo

Música perfeitaaaaaaaaaa (eu sei que eu falo isso de todas as músicas uhsauhs e-e), mas essa é a minha faixa predileta do álbum Teenage Dream. Okok. AVISO IMPORTANTE: Esse capítulo foi promovido para penúltimo capítulo, porque eu tive que dividir este capítulo. Enfimmm, espero que gostem de verdade!

Boa leitura!

Beijinhos no sweet heart de vocês! ❤️



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Você me faz sentir como se eu estivesse perdendo minha virgindade

A primeira vez toda vez que você me toca

Eu vou fazer você florescer como uma flor que você nunca viu...

Hummingbird Heartbeat - Katy Perry.

***

— MEU DEUS! — gritei.

Mas me lembrei que antes de qualquer gritaria, desespero ou choro, eu precisava pegar a arma que ainda estava no canto da sala.

Bom, eu não sabia atirar, obviamente. E não pretendia matar ninguém.

Sendo assim, corri até a arma. Mas eu estava com um concorrente: Leonard.

Tínhamos duas mulheres brigando compulsivamente, duas pessoas brigando por uma arma, três reféns (com isso, eu quero dizer, amarrados!) e um baleado. Estávamos, visivelmente, em uma ótima situação!

Depois que eu consegui pegar a arma, definitivamente, pra mim; corri até meu pai e desamarrei-o; logo, desamarrei Charlie. Mas é claro que eu NUNCA, nem no inferno, desamarraria Leonard (o filho, é claro, até porque o pai estava solto).

— Obrigada Avery — Charlie me agradeceu.

— Isso não foi nada amores — falei sorrindo —, agora, eu preciso, que vocês consigam amarrar Leonard, o que está solto, e a Maria. Enquanto eu vou lá embaixo ligar para a polícia — expliquei e suspirei, encarei a arma e estendi em direção à Charlie. — Você irá tomar conta disso por enquanto.

Charlie assentiu, e pegou a arma. Este foi pra cima de Leonard, já que Maria estava bastante distraída com minha mãe. Meu pai me fitou, e estreitou os olhos.

— Minha filha, me desculpe mesmo — ele disse e abriu os braços para me dar um abraço.

— Sem problemas. — Deixei ele me abraçar e sorri. — Tá, mas essa melação vamos deixar para depois, porque agora já temos bastante problemas.

— Tudo bem, tudo bem. — E então meu pai foi em direção à mamãe e Maria.

Soltei um risinho, vendo Leonard II gemendo e se remexendo querendo sair. Só para dar uma certificada, fui até ele e abaixei a mordaça.

— Tem alguma coisa a dizer meu bem? — indaguei.

— Sua tia não está doente — ele revelou e tossiu.

Como não está doente?, pensei, Como? Se ela estava aparentemente mal.

— Como?

— Maria, há um pouco mais de um ano, trocou os exames de sua tia por um de outra mulher. Kelly, na verdade, só está com aquela aparência porque ela está fazendo o tratamento errado — contara-me. — Ela não está com leucemia.

— E onde ela está agora? — perguntei.

— AVERY! A CORDA! — Charlie gritou, e eu joguei a única corda que havia, já que a outra estava com Leonard II. — Tá bom, voltando ao foco: onde minha tia está? — perguntei novamente.

— Maria arrumou um jeito de ela ir parar no hospital.

— Muito obrigada. Porém, você continuará amordaçado! — declarei, e coloquei a mordaça em sua boca novamente.

Corri até Bryan, que estava gemendo de dor, ajoelhei-me.

— Amor, como você está? — perguntei.

— Tirando que eu acabei de levar um tiro no ombro, acho que estou bem.

— Você é idiota até quando está ferido — retruquei, revirando meus olhos.

— Eu sempre estive ferido Avery — Bryan disse. Eu não tinha entendido, mas não me esforcei também.

— Bryan, sua mãe não tem leucemia — revelei.

— Mas... AHHHHHHHHHHH — ele berrou. — QUE DOR FILHA DA PUTA! Liga pra porra da polícia antes que eu morra!

Assenti, dando-o um beijo rápido. Corri até a porta.

E agora, visto da porta, a situação estava melhor... Não tão melhor, mas, melhor.

Desci correndo até a cozinha, que era onde ficava o telefone.

Disquei o número da polícia, e solicitei-os; dando endereço.

Voltei para onde todos estavam, levando o telefone, é claro. Sentei-me ao lado de Bryan.

Maria já estava amordaçada e amarrada. Charlie, mamãe e papai estavam conversando sobre o que fazer com os outros três.

— Como está a dor? — perguntei.

— A mesma merda — replicou-me, e soltou mais um gemido.

Sob o sol nós somos uma energia alegre

Vamos polinizar para criar uma árvore genealógica

Esta evolução vem com você naturalmente

Alguns chamam isso de ciência, nós chamamos de química

Esta é a história da ave e das abelhas...

Segurei a mão dele, ele apertou de leve.

— Fica comigo — ele murmurou.

— Eu que tenho que pedir isso para você!

— AHHHHH, isso parece um parto!

— Você nem sabe o que é uma dor de um parto — retruquei.

— E nem você.

— Ah tá, valeu.

Ele suspirou, e se sentiu arrependido por o que falou.

— Ah amor, me desculpa. Não foi minha intenção...

— Não, tudo bem.

Bryan piscou algumas vezes, e disse:

— Avery, não estou me sentindo muito bem. Acho que eu vou... Vou...

— Não! Você não vai nada! Você vai ficar comigo.

Ele sorriu.

— Eu sempre estive com você, eu sempre estou com você, e sempre estarei com você. Independente de qualquer coisa...

Bryan fechou os olhos.

— Ah merda! — sacudi-o, e ele não deu reposta.

Comecei a chorar.

— MERDA! BRYAN! ACORDA, PORRA! — desabei em um choro infinito. — Como você tem coragem de fazer isso comigo? Por quê?! Meu Deus, eu te amo tanto.

Meu pai, minha mãe e Charlie se aproximaram.

— Meu Deus! O que aconteceu minha filha? — indagou mamãe.

Me joguei no colo dela, coloquei minhas mãos sobre meu rosto, ainda chorando.

Charlie e meu pai abaixaram-se perto de Bryan. Charlie colocou dois dos dedos no pescoço de Bryan e disse:

— A pulsação está diminuindo. Precisamos estancar esse sangue, precisamos de um lençol! Antes que ele perca sangue suficiente e morra!

Levantei correndo e fui até o quarto do lado, desforrei a cama, peguei o lençol.

Corri até Bryan, eu e Charlie amarramos o lençol no ombro dele.

Não ver aqueles olhos verdes brilhando estava me matando! Eu continuava a chorar; por mais que me consolassem... De nada adiantava.

Ouvi sirenes de longe, abri um sorriso fraco.

— Já está chegando o socorro filha! — minha mãe alertou, e deu um sorriso afetado.

— Mas e nem esse socorro ajudá-lo? E se eu nunca mais vê-lo? Nunca mais beija-lo... Ou toca-lo. Como será? Como vou viver?

— Avery, ele não vai morrer.

— Mas quem me garante isso? — indaguei, desviei meu olhar da minha mãe para Bryan. — Mãe, minha tia não tem leucemia — contei.

Todos estavam de boca aberta.

— Como? Ela estava fazendo o tratamento para tal.

— Não me pergunte, porque eu não sei. E não sei como ela, de fato, ainda está viva!

Ouvimos a porta do andar de baixo abrir-se. Todos sorriram.

Desci correndo e conduzi os paramédicos e os policiais até o andar de cima.

Você me dá a pulsação de um beija-flor

Abre minhas asas e me faz voar

O gosto de seu mel é tão doce

Quando você me dá a pulsação de um beija-flor

Pulsação de um beija-flor

Horas depois de termos chegado ao hospital; Maria, e os dois Leonard terem sido detidos. Nenhuma porra de médico saia do quarto de Bryan para nos dar alguma notícia! E eu já estava descalça andando de um lado para o outro, sem parar um minuto.

— Avery! — mamãe me chamou de seu jeito manso. — Para um pouco, minha filha.

— Eu não consigo mãe, ninguém traz uma santa notícia!

— Você quer um café? — Charlie me indagou.

— Quero. Mas deixa que eu vou buscar!

Cacei a máquina de café até no inferno. Quando achei-a, solicitei um café expresso. Quando voltei tinha um dos médicos conversando com minha mãe.

— Então doutor, alguma notícia? — perguntei, após tomar um golada de meu café.

O senhor comprimiu os lábios.

— Acabamos agora com a cirurgia para retirarmos a bala alojada no ombro do paciente. Mas ele perdeu muito sangue e...

— Ele está bem? — perguntei, interrompendo-o.

O médico sorriu fraco... Eu não estava com bons pressentimentos.

— Ele precisa de um doador de sangue, mas estamos com o banco de doação quase vazios. E o tipo sanguíneo dele é um pouco difícil de se encontrar — explicara o médico. — Podemos dizer que ele não esteja muito bem. Estamos nos esforçando para encontrar algum doador para ele.

Voltei ao meu desespero inicial.

Assenti, e corri para o colo do meu pai.

meu pai tentou me consolar.

Assenti e me encolhi em seu colo, como se alguma coisa fosse me pegar.

— Sabe, eu vou te levar ao altar. Já pensou nisso? — papai me indagou para me animar.

— Isso se o meu noivo sobreviver né — falei.

Eu não estava afim de conversar com ninguém. Até porque a situação não estava muito favorável. Chamei minha mãe em um canto e perguntei-a:

— Mãe, onde Maria está?

— Presa.

— Sim disso eu sei. Eu quero saber: onde ela está presa?

Mamãe olhou para um lado e para o outro. Eu olhei para o meu pai. Minha mãe deu um meio sorriso e disse:

— Eu vou te levar lá.

E mesmo quando as estações mudarem

Nosso amor ainda permanece o mesmo

Você me dá a pulsação de um beija-flor

Abre minhas asas e me faz voar

O gosto de seu mel é tão doce

Quando você me dá a pulsação de um beija-flor

Pulsação de um beija-flor...

Depois que minha mãe falou com o delegado, ele liberou nós falarmos com Maria, com dois policiais por perto.

Quando eu finalmente olhei para aquela mulher de novo, me subiu um ódio tão grande que se eu pudesse eu a mataria.

Aproximei-me dela, minha mãe também. Estávamos separadas por uma mesa de madeira antiga, Maria se encontrava algemada.

Apoiei minhas mãos sobre a mesa, sorrindo ironicamente, falei:

— Finalmente, não é?

— Finalmente o que minha querida?

— Finalmente você está no seu devido lugar, por mais que eu queira demais te mandar pro inferno!

— Aqui é bem idêntico ao inferno — ela retrucou. — Então, acredito que você esteja satisfeita agora.

— Ainda não! Eu gostaria de ter te visto em uma cama de hospital, quase morrendo! Como seu filho está — esbravejei.

Ela simplesmente riu, como se aquilo fosse normal.

— Agora, tomara que você morra em uma jaula, sua vadia! — vociferei, e cuspi em sua cara.

Passei as costas de minha mão em meus lábios.

— Agora vamos mamãe! — falei e nós caminhamos até a porta.

Maria não resmungou, não respondeu, não fez nada. Simplesmente ficou sentada como já estava.

Quando voltamos para o hospital, meu pai já tinha ido porque ele tinha que ver como Kristen e Peter estavam, coisa e tal. E somente Charlie ficou comigo e com mamãe. — Quando iremos ver titia? — perguntei.

— Ela será liberada amanhã, mas teremos que fazer de tudo para ela não desconfiar que Bryan esteja em um hospital — mamãe amestrou.

— O melhor que faremos será não falar nada sobre isso com ela, melhor explicarmos a ela que não está realmente com leucemia — Charlie opinou.

— Mas se ela estivesse fazendo quimioterapia já estaria morta, né? Mas ela está fazendo, não é? — perguntei.

— A leucemia dela era só necessário tomar remédios, mas ela só passou a tomar isso a pouco tempo. Tipo, pouco mesmo. — mamãe explicou.

— Nossa — murmurei. — Ainda bem.

Eu estava morta de cansada, e nada da porra do médico chegar.

Eu tenho voado milhões de milhas só para achar uma árvore mágica

Uma flor branca com o poder de me dar vida

Você é tão exótico, deixa todo meu corpo tremendo

Constantemente procurando pelo gosto do seu doce...

Duas horas depois, finalmente o médico chegou para nos portar boas notícias; pelo menos eu acho isso.

— Nós conseguimos um doador, e a transfusão de sangue foi feita. E agora o estado dele é normal. O paciente precisará ficar aqui por uma semana, para podermos acompanhar o quadro dele de perto...

— Ele já pode receber visitas? — perguntei apressada.

— Então, ele pode receber visitas. Mas ainda está desacordado. Ele irá retomar a consciência aos poucos.

— Quantas pessoas podem ir? — Charlie perguntou.

— Somente uma. Charlie assentiu.

Mamãe e ele se entreolharam.

— Avery, melhor deixar o Charlie ir vê-lo — mamãe disse.

Fiz minha "carinha de convencimento".

— Deixe a Avery ir, Ellen. Pode deixar — Charlie sorriu com complacência para minha mãe.

— Ah, te amo sogrinho! — falei sorrindo, dando-lhe um abraço, e um beijo estalado na bochecha.

Levantei e fui até o médico. Segui-o por alguns corredores, até chegarmos ao quarto '116'. O médico deixou que eu entrasse, e me explicou que qualquer coisa era para eu chamar.

Bryan estava com alguns fios ligados a ele. E o 'bip' ecoando em minha cabeça.

E se aquele aparelho parasse de produzir esse barulho?

Eu sei, algum dia aquele aparelho parará de tocar para um de nós dois. Parecia egoísmo, mas eu não quero vê-lo indo primeiro do que eu.

Me aproximei de sua cama.

A boca dele estava pálida. Dei-o um beijo rápido. Segurei sua mão.

— Me desculpa — sussurrei, prestes a chorar.

Encostei sua mão em meu rosto.

— Por favor, só não me deixe.

O que eu mais queria era ficar ali com ele.

— Eu te amo — murmurei, e dei um beijo em sua testa.

Soltei sua mão.

E caminhei para fora do quarto.

Minutos depois que eu encontrei o médico, fiz-o uma pergunta:

— Alguém pode ficar com ele, tipo, uma noite?

Sorri fraco.

— Infelizmente por enquanto não.

Assenti, e voltei-me em direção à minha mãe.

Esta me olhou de cima em baixo.

— Minha filha, você não quer ir pra casa não? — mamãe perguntou-me.

— Não — respondi-a rapidamente.

— Mas Avery...

— Não mãe. Eu quero estar aqui quando ele acordar.

Minha mãe continuou a insistir. Depois de algum tempo cedi, e fomos para casa de minha tia, onde minha mãe estava hospedada.

Já eram três horas da manhã. Nós estávamos há horas no hospital; para recebermos somente duas notícias.

Tomei banho e comecei a ajudar mamãe a arrumar a casa.

Charlie ficou de ligar para nós, caso soubesse de alguma e qualquer notícia sobre Bryan.

Quando estávamos terminando de organizar as últimas coisas que faltavam, o telefone de minha mãe tocou.

Eu corri para atender.

— Alô! — atendi, arfando sem me dar o trabalho de ver quem era.

— Avery? Aqui é o Charlie.

— Ah, oi Charlie! Me diz, como Bryan está?

— É, então. Seria bom se vocês viessem para cá.

— O.k, já estamos indo.

Finalizei a ligação e corri ao andar de cima.

— Mãe, temos que voltar para o hospital! — avisei.

— Por quê? Eu estou tão cansada...

— Eu não sei te dizer, Charlie só me disse que seria bom se fossemos para lá.

Você me dá a pulsação de um beija-flor

Abre minhas asas e me faz voar

O gosto de seu mel é tão doce

Quando você me dá a pulsação de um beija-flor

Pulsação de um beija-flor...

— Tudo bem — mamãe murmurou. — Vamos então.

Quando chegamos no hospital, Charlie estava nos esperando na porta. Corri até ele.

— E então, me diz! — falei.

— Melhor você perguntar ao médico. - ele respondeu rapidamente.

Isso não estava me parecendo nada bom...

(...)

Você me ama, me ama

Nunca deixou de me amar

Quando estamos em perfeita harmonia

Você me faz soar como

Como uma sinfonia...


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Notas finais do capítulo

A tia da Avery não está doente, pq sim. auhsuhauhsuahushha... E sim gente, existe um tipo de leucemia que faz o tratamento com remédios (como eu sei disso? Pesquisei auhsuhahus). Entãoooooooooooo, vocês gostaram?

Agora eu tenho que dormir, porque amanhã eu tenho que ir pra batalha ashuahsu!

— esperando as reviews -

Bom é isso!

Boa noite cats.

Beijinhos no coração ❤️❤️❤️❤️❤️



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