Nebulosa escrita por Letícia Silveira, Ray


Capítulo 4
2. IMPRESSIONANDO


Notas iniciais do capítulo

Hey, people! (: Tudo bem?
Hoje veio um capítulo muito fofo. Espero que vocês curtem.
E, repetindo, os capítulos têm mais de uma parte por serem muito compridos. Esse, por exemplo, no Word, tem mais de 20 mil palavras.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/418533/chapter/4

2. IMPRESSIONANDO (parte 1)

Jacob Black, que fazia a sua ronda sozinho, estava perdido em seus pensamentos. Mais um, mais um. Outro membro da matilha havia sofrido imprinting por uma menina da cidade grande, que estava apenas de férias aqui. Collin estava extasiado por tê-la beijado, mas preocupado por não saber como seria o seu futuro. Agora restavam apenas seis lobos sem imprinting: Joshua e Chase (novos membros do bando), Brad, Embry, Seth, Leah (se fosse possível ela tê-lo) e... ele, Jacob.

Isso o angustiava. Leah queria muito ter um imprinting, para esquecer-se de Sam e seguir a sua vida – deixando o "patético passado de ex-namorada idiota que não consegue largar o Alfa" para trás, como ela dizia. A loba até pensara que teria um imprinting pelo filho de Sam, mas... Nada. Suas esperanças estavam esvaindo-se aos poucos, e todos se compadeciam a ela.

Já Jacob não sabia se era isso que ele realmente queria: Me submeter a uma única pessoa? Para depois ela estraçalhar com o meu coração e fugir com um outro alguém? Nem pensar!, reclamava ele mentalmente. Os danos que o amor que ele devotara à Bella foram muitos – desde cicatrizes a mágoas. Ele não possuía mais melhores amigas mulheres. Não se dedicava a nenhuma mulher, por achá-las ingratas.

Quando os Cullen fugiram para o Alaska, após o sonar de um possível ataque da matilha de Sam, Jacob sentiu-se abandonado. Era verdade que, de certa forma, Bella trocara-o pelo seu "monstro sugador de vidas", deixando-o inconsolável e com um ódio mortal pela criança. A sua melhor amiga, provavelmente; estaria morta, deitada em um caixão enterrado na areia, ou fosse como fosse que os Cullen fizessem – eles sempre pareceram muito esquisitos para Jacob. À única conclusão em que o transformo conseguia chegar era que a coisa matara-a – Bella nunca mais voltaria, nem seria dele. Tal pensamento torturava-o, porém ele não conseguia evitar: pensar nela era algo tão... Natural. Após anos restabelecendo-se emocionalmente, nunca conseguira esquecê-la (nem nunca conseguiria), essa era a verdade.

Com tais pensamentos melancólicos, repentinamente, parou de trotar. O cheiro levemente doce fê-lo desviar o seu caminho e trotar para o norte, seguindo um rastro fresco e incomum. Percebeu que seguia em direção aos grandes penhascos de La Push, então deveria ser muito tarde para destroçar qualquer vampiro. Apenas por isso, não uivou para comunicar à sua matilha.

Resolveu averiguar, entretanto, em que direção o possível vampiro seguira. Caso ele tivesse ido em direção à cidade, avisaria os demais.

Incrédulo, visualizou um humano – sim, o cheiro fresco de carne e o som de seu coração batendo normalmente não o enganavam – e um corpo estendido – por mais inerte que estivesse, o leve palpitar de seu coração indicava que não se tratava de um vampiro. Como o seu faro pudera enganá-lo?

Sem dá-lo tempo para raciocinar, o humano percebeu o rufar de suas patas no chão e assustou-se. Pensando que se tratava de um vampiro (Edward talvez, tendo lido a mente de um de seus comparsas), o homem retirou a sua seringa – que, até então, passara-se por despercebida para Jacob – e pegou o corpo da garota novamente, em seu colo. Sem hesitar, jogou-o pelo penhasco e aplicou a seringa em si mesmo, com o resto de veneno vampiresco que ali continha.

Jacob, abestalhado com a cena que presenciara, não sabia como agir. Lembrou-se da cena que vira há anos atrás: sua Bella pulando do penhasco, indefesa e frágil.

O penhasco, em que agora ele se encontrava, era muito mais alto – talvez o dobro –, e, pensando que aquela poderia ser a Bella de alguém – tudo aquilo que você quer e deseja, mas não pode ter –, pulou atrás dela. Afirmaria que ele não pensara nas consequências, mas a atração para fazê-lo era tão forte que não importava.

Após sentir o vento bater em seu corpo por alguns milésimos de segundos de queda, sentiu o que parecia um imã puxando-o para o fundo do mar, onde a mulher encontrava-se adormecida.

Avistou-a e subiu para a superfície – por mais que ele não tivesse tanta necessidade de fôlego. Percebeu, pela primeira vez, ao tê-la no colo, a quão bela era: a face branca e macia, o nariz bem desenhado e pequenino, a boca roxa de frio com o lábio inferior maior que o superior, o cabelo dourado pendia-lhe pelos ombros e costas, enquanto ele caminhava pela areia da praia, no raso do mar. Deitou-a ali e, mesmo intimidado pela sua beleza, aproximou os seus lábios dos dela – o gosto do leve selar de lábios, mesmo possuindo o sal do mar gelado de La Push, era divino. Ele não estava ali, porém, para beijá-la; mas sim reanimá-la.

– Vamos, acorde! Acorde! – Implorava ele, vendo uma necessidade crescente em seu peito de vê-la acordada.

Em um determinado momento, entre lufadas de ar para empurrá-las para o peito dela, Jacob notou que ela não possuía mais batimentos cardíacos – o humano havia injetado veneno vampiresco, letal aos meio-vampiros que não possuíssem veneno, como fora observado1.

Com um arfar devido à dor inexplicável que tomou o seu coração, começou a revezar a respiração boca a boca com massagens cardíacas – as aulas de enfermagem que tivera por dois anos consecutivos foram úteis naquele momento. Seus olhos negros começaram a expelir água – ele não sabia se era por ver alguém morrer em seus braços, devido ao fracasso que fora em salvar uma vida –, e o seu choro parecia ser incessível.

Com as mãos fraquejando por causa das lágrimas que berravam em seu peito para serem libertadas, afastou-se, enxugando-as. Fora em vão, porém. Não havia nada a ser feito, então se sentou e juntou as pernas em frente ao peito. Abraçou os joelhos e chorou incessivelmente, mesmo sem ter motivos para fazê-lo – naquele momento, provavelmente, ganharia de um bebê em uma competição.

Ouviram-se, então, leves batidas vindas do corpo antes morto. Essas se tornaram mais rápidas e urgentes com o tempo, obtendo um ritmo anormal para um humano – mas normal para uma meia vampira.

Renesmee sentiu o seu peito doer levemente – devido à aplicação do veneno naquele local –, assim como uma forte dor de cabeça apossar-se dela e deixá-la zonza. Ela não sabia o que havia sido aplicado em si, porém nem precisaria: o bombeamento do sangue através da massagem cardíaca de Jacob havia eliminado o veneno de vampiro, devido aos seus glóbulos brancos modificados no seu DNA, capazes de combater pequenas doses de veneno, como a recebida.

O lobo, que só então cessou o choro e reparou no barulho do coração da moça, ergueu o rosto inchado e vermelho para vê-la, para ver um par de orbes chocolates fitarem-no intensamente – aquele par, que tanto o encantara em Bella, parecia-lhe muito mais bonito na desconhecida.

Ao fitá-la intensamente, sentiu-se desprender-se do mundo devido aos motivos anteriores. A saúde debilitada de seu pai ou o abandono de Bella já não lhe importavam – agora o seu mundo girava em torno daquela desconhecida que havia recém ressuscitado.

Parecia que milhões de cabos de aço haviam sido conectados à Terra, todos direcionados a ela. Sua vida resumia-se nela, e ele viu que seria o escravo do qual sempre gozara. Afinal, ele sabia em que se resumiam todas aquelas sensações – ele estava tendo um imprinting.


 

Renesmee despertou e começou a cuspir água, afogada devido à quantidade absurda do líquido que engolira ao jogarem-na do penhasco. Viu um estranho encolhido próximo ao mar, sujo de areia nos braços e pernas torneados e com os cabelos molhados e desgrenhados devido ao vento. Tentou aproximar-se; todavia, assim que ele ergueu a sua face, viu-se hipnotizada e perdida em seus olhos negros, profundos e brilhantes – um brilho nunca visto antes por Renesmee, quase que de devoção.

Ela notou que ele possuía maçãs do rosto perfeitamente desenhadas, assim como a boca, que estava entreaberta, com seus lábios carnudos e delineados. A sua mandíbula protuberante dava-lhe um ar quase feroz, deixando-o sexy. Seus olhos puxados apenas embelezavam-no ainda mais.

Ambos fitavam-se intensamente, prendidos em seus próprios mundos, em seus próprios pensamentos, em suas próprias venerações ao outro.

Suspendida por braços morenos e fortes – mas que não pertenciam ao desconhecido –, Renesmee foi erguida para o alto e acolhida em tais membros. O cheiro fresco de ervas poderia ser de apenas uma pessoa – ambos concluíram – Seth.

Ao vê-lo puxando o rosto de Renesmee ao seu encontro para beijá-la, Jacob sentiu uma fúria incompreensível e imensurável crescer em seu peito. Como que por um impulso, levantou-se e puxou Seth para longe de Renesmee, para longe da boca dela.

A mesma estava entreaberta de choque, de confusão e de dor. Um leve gemido escapou por ela, atraindo a atenção de ambos. A expressão irritadiça de Jacob esvaiu-se em segundos para então passar para preocupação exagerada.

– Você está bem? – Renesmee sentiu certo carisma por vê-lo preocupar-se com ela: uma mera desconhecida.

– Jacob, o quê...? – Seth indagou surpreso pelo tom do amigo, que nunca fora de simpatias para com estranhos.

– Dor... – Renesmee murmurou ao sentir um forte aperto em sua cabeça, como se alguém a pressionasse.

Por alguns segundos, a vista tornou-se preta; porém, com a mesma rapidez com que veio, voltou.

– Vamos levá-la daqui. – O tom sério e quase mandão de Jacob não deu alternativas a Seth: ele apenas acatou o seu pedido.

Jacob pegou-a no colo, tentando relevar o desejo crescente de fitar o corpo da desconhecida, que estava coberta apenas por um vestido branco folgado e decotado – sua roupa preferida para caçar. A preocupação, porém, naquele momento, era maior e sobrepôs-se ao desejo.

Levaram-na para casa de Emily, já que ela fizera um curso de enfermagem em Forks, há quatro ano, e, agora, praticava tal profissão. Jacob estirou o corpo de Renesmee sobre o sofá, a qual mal abria os olhos para enxergar algo. O seu corpo clamava pelo calor dos demais corpos, pois a tremedeira e a febre assolavam-na. O suor gotejava sob a sua face pálida, assim como os lábios tremiam como se fossem quebradiços.

Rapidamente, Jacob providenciou panos úmidos enquanto Emily não voltava de suas compras. Apenas Sam estava em casa e, assim que viu o olhar do Black, percebera o ocorrido. Seth era o único que ainda não havia lido os sinais.

Renesmee sussurrava palavras desconexas, enquanto seu corpo tremia de frio sobre o sofá. Jacob lembrou-se do dia da barraca e, com o auxílio da coletividade mental entre os lobos, pareceu ter sido interpretado por Seth.

– Deixa que eu a aqueço.

– Seth, eu posso fazer isso... – A voz de Jacob falhou nos locais em que ele não queria. Machucava-o por dentro não poder ser útil ao seu objeto de imprinting e ver outro fazê-lo não o ajudava.

– Chega, Jacob! Eu não estou entendendo essas suas reações! A namorada é minha, e eu vou tratar dela! – O tom rude de Seth surpreendeu até a Sam, que apenas assistia à cena.

– Nam-Namorada? – O gaguejar de Jacob apenas piorou a situação, pois Seth interpretou-o mal.

– É, por quê? Você acha que todos têm de ser iguais a você: pegar e largar?

– Eu... – Jacob não conseguiu responder a pergunta retórica. Ele sabia que o seu histórico pós-Bella não o ajudaria.

– Não precisa responder, Jacob. Eu vi o seu olhar de cobiça sob a Renesmee. Eu sei que você vai tentar roubá-la de mim, mas... Ha, olha só! Eu a amo e não vou perdê-la para você, ainda mais por causa de um joguinho, uma conquista. – A navalha distinguiu-se no tom de Seth. Não havia o famoso companheirismo pelo qual ele era conhecido, porém ele odiava atos egoístas como os que ele pensava que Jacob estava tendo.

– Seth, eu a amo também. Eu a amei apenas com um olhar. Eu a salvei pensando na Bells... Mas eu já a superei. Totalmente. Eu acredito que errei (e muito) nas minhas atitudes, mas agora eu tenho um motivo para viver: cuidar da minha Nessie e fazê-la feliz. – Seus olhos brilharam ao pronunciar tais palavras.

– Minha? Nessie? Jacob, por favor! Vai me dizer que bebeu muita água do mar e está delirando?!

– Renesmee é um nome muito grande. Então pensei em Rê, Reness, Nesme, Ness, Nessie... – Jacob deu de ombros, sem se deixar afetar pelas palavras carregadas de fúria do amigo.

– JACOB! POR FAVOR, ESCUTE AS SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS! – A força com que Seth puxou as próprias madeixas negras deixara rastros de sua ira.

– SETH, EU SOFRI POR TREZE ANOS POR NÃO SER CORRESPONDIDO! AGORA QUE EU ENCONTREI O MEU IMPRINTING, EU TENHO UM MOTIVO PARA VIVER E SER FELIZ! VOCÊ PODERIA, PELO MENOS, FINGIR QUE ESTÁ FELIZ POR MIM? EU NÃO FALEI EM MOMENTO ALGUM QUE A ROUBARIA DE VOCÊ! VOCÊ É O MEU MELHOR AMIGO, CARA! QUANDO EU DECIDI ME SEPARAR DAS MINHAS RAÍZES, VOCÊ FOI O ÚNICO QUE ME APOIOU! EU TE CONSIDERO COMO UM IRMÃO E SÓ QUERO O MELHOR PARA ELA! – Jacob expressou-se em um fôlego só, acabando por sentar no chão e abraçar os seus braços musculosos em torno das pernas. Com a voz mais calma, prosseguiu diante de um Seth atônico: – Finalmente eu entendo o que aquele sanguessuga queria dizer. Se Bella me quisesse, ele a deixaria vir para os meus braços, apenas para vê-la feliz. E eu vou fazer a mesma coisa pela Ness, Seth. Se ela te escolher, eu não vou ser contra isso. É uma decisão dela, e eu só quero a sua felicidade.

Seth franziu o cenho, confuso com tantas revelações. Porém a principal palavra que cercava os seus pensamentos era o imprinting. Seth sabia a opinião de Jacob sobre o assunto – ele não era a favor, até sofrê-lo. O menor lobo viu-se perturbado: seus sentimentos não se decidiam para qual lado dirigir-se.

– Imprinting? Você sofreu imprinting pela Renesmee?

– Posso simplesmente esquentá-la? – Jacob perguntou, voltando a sua atenção para a trêmula Renesmee.

Seth assentiu com a cabeça, ainda ajustando as suas ideias. Um tremor iniciou-se em seu corpo; pois, sim, ele perdê-la-ia para Jacob. Ele sabia que não havia nada mais forte e intenso do que o imprinting e que Renesmee não resistiria a tanta devoção. Saiu da casa de Sam, fechando a porta abruptamente, causando um alto ruído e deixando o calor tomar posse, transformando-se no pequeno lobo cinza, que um dia fora tão ingênuo a ponto de julgar amar alguém após o primeiro – e último – encontro.

Enquanto isso, Jacob deitava-se ao lado de Renesmee; abraçando-a e acolhendo-a ali, em seu calor. Afagou-lhe os cabelos, enquanto cheirava-os, sentindo o seu singelo aroma de rosas.

Rapidamente, o calor de Jacob tranquilizou-a; o cheiro amadeirado ajudou-a. A lucidez voltou-lhe sorridente, e, como se acordasse de um longo sono, bocejou.

Ao reparar que os braços de Jacob circundavam-na, corou fortemente. O lobo reparou e sorriu ao ver que não era apenas Bella que possuía aquilo, que o mundo não deixara de ter o ato delicado de corar após a "morte" de sua melhor amiga.

Seus olhos encontraram-se novamente, causando arrepios e descargas elétricas em ambos os corpos. Assustada por nunca ter sentido tais coisas, Renesmee levantou-se repentinamente.

– Er... Oi. Sou Jacob, prazer. – Ele apresentou-se, estendendo a mão, o que Renesmee achou um gesto fofo por ele estar envergonhado.

– Renesmee, prazer. Hã... Você viu o Seth?

A pergunta caiu como um balde de água fria em Jacob – ele estava tão perdido em venerá-la que não se preocupara com o desaparecimento do amigo.

– Vou procurá-lo. A Emily já deve estar chegan...

– É ela? – A voz de Renesmee soou apenas como um sussurro, assustada com as marcas em seu rosto. Aproveitando-se da audição humana da mulher, Jacob limitou-se a dizer:

– Ataque de urso.

Pode ter sido um vampiro, pensou Renesmee, mas guardou o pensamento para si, pois não sabia que Jacob conhecia – e muito bem – o seu segredo.

Logo, Jacob saiu e transformou-se no enorme lobo castanho, captando os pensamentos atordoados e melancólicos do companheiro de bando.

Você sabe que ela não precisa me corresponder, pensou o Alfa, sem conseguir conter o tom triste – mas firme – em sua fala.

Você sabe que ela vai, retrucou Seth. Jake, no imprinting, há tanta devoção que não há como negá-lo. Você mesmo me disse isso quando eu me transformei, você mesmo disse isso à Bella...

Mas, com a Nessie, pode ser diferente. Em tudo, há exceções.

Não, você só quer enganar a si mesmo para poder me convencer. Seth encontrava-se irredutível.

Não, eu só...

Jake, eu já tomei a minha decisão. Imagens substituíram as suas palavras, e um Jacob estupefato observou-as.

Não!, trincou a mandíbula ao dizê-lo.

Sim, Jake. Eu vou embora. Vou dar um tempo para você e a Ness ficarem juntos, e, quando eu voltar, ela nem vai se lembrar de mim. Eu quero o melhor para você, cara, e para ela. O destino já lhe disse que a sua felicidade é ao lado dela. Os pensamentos de Seth eram puros e tranquilos, bem diferentes daqueles que se encontravam na sala, no momento da descoberta. Ah, e desculpa por aquilo na casa do Sam.

Tudo bem. Mas eu ainda não acredito que você esteja fazendo isso.

Cara, eu estou bem, é sério. Eu vou espairecer um pouco, tipo o que você fez... Só que eu não vou à Los Angeles... Talvez Vancouver, ou algo assim no Canadá...

Um silêncio formou-se no ar, enquanto Seth continuava a imaginar a sua vida em outro país.

Você sabe que eu não falarei sobre isso com ela. É melhor você dar a notícia. Você pode fazer isso? O pensamento de Jacob quebrara as barreiras do próprio mundo de Seth.

Acho que você não tem o direito de me pedir mais nada depois disso... Mas vai ser duro, meu. Eu descobri que o primeiro beijo dela foi comigo! E ela deve ter uns dezessete anos!

Dezessete? Então eu sou uns doze anos mais velho?, Jacob perguntou, fazendo uma careta ao concluir. Seth não o respondeu, apenas voltou a trotar em direção à sua casa, lugar que abandonaria em poucos dias.

Emily medicava Renesmee, enquanto a mesma apenas observava-a. A beleza exótica dela – assim como a dos demais da tribo Quileute – embelezava-a, tornando a cicatriz quase invisível.

Jason Levy, filho de Samuel Levy e Emily Young, de nove anos de idade, chegou em casa e encontrou uma moça muito bela deitada em seu sofá. Reclamando, cruzou os braçinhos e gritou em busca da mãe:

– Mããee!! Tem uma estranha no meu sofá de descanso!

Emily chegou rapidamente à sala com um remédio para dor de cabeça na mão, o que fora buscar.

– Jay, cumprimente adequadamente a nossa visita. Jason, essa é Renesmee.

– Olá. – A voz de sinos de Renesmee enfeitiçou o garoto, que começiy a encará-la intensamente.

– O-Oi.

Então Samantha, também conhecida por Sammy, a afilhada de Jacob, saiu do seu quarto com uma boneca na mão.

– Mamãe, o Jason roubou o meu boneco ontem e não me devolveu alinda. – Os pequenos olhinhos brilhavam, encharcados pelas lágrimas que não se derramavam.

– Jason, vai buscar o boneco da sua irmã! – Bradou Emily, franzindo o cenho.

– Não. – A fala monossilábica nascera já que o menino ainda fitava Renesmee. Esta resolveu agir:

– Jay, você pode, por favor, buscar o boneco da sua irmã? Por mim? – O bater de cílios era uma arma que ela sabia muito bem como usar; aprendera com Alice, afinal.

O menino saiu correndo e voltou do mesmo modo, com o objeto na mão. Sammy sorriu largamente, limpando o rosto com as costas das mãos e pulou no colo de Renesmee.

Bigada, linda.

– De nada, princesa. – Murmurou Renesmee, passando o dedo delicadamente pela bochecha morena de Samantha.

Jacob adentrou a sala nesse exato momento, com um Seth cabisbaixo ao lado. Sorriu largamente ao ver a cena e imaginou como Renesmee seria carregando o seu filho. Um plano muito ambicioso, mas não impossível para ele.

– Seth! – O alívio fora palpável no tom de voz de Renesmee.

Ela levantou-se do sofá com Sammy em seu colo. Seth aproximou-se e depositou um singelo beijo em sua bochecha, confundindo-a.

– Depois conversamos. – Ele sussurrou, e logo Emily convidou a todos para almoçarem por lá.

Seth estacionava o seu carro em frente ao apartamento de Renesmee, após terem feito a devida refeição na casa de Emily. Fora difícil para deixarem o local, já que Sammy não se largava de Renesmee.

– Obrigada... Por tudo. – Renesmee murmurou, quebrando o silêncio imposto por Seth, que se encontrava com um semblante sério.

Não obtendo resposta, ela bufou e dirigiu a sua mão à maçaneta, a qual puxou. Uma mão quente e morena tomou-lhe as costas de sua mão, fazendo-a virar o rosto para encará-lo.

– O que foi, Seth? – O seu tom cansaço demonstrava a quão irritada com aquela situação ela estava.

Ele não lhe respondeu, o que a enfureceria ainda mais se ele desse-lhe tal oportunidade. Porém Seth puxou o seu rosto brutamente, colando os seus lábios rudemente nos dela.

Surpreendida, sua boca entreaberta deu-lhe passagem para uma língua que parecia querer guardar um pedaço seu consigo. Seth, na verdade, queria apenas um último beijo; mas esse tinha um gosto muito mais amargo do que pensara.

Saudades. Os gostos do doce e do amargo de saudade misturavam-se no beijo.

Renesmee sentiu uma urgência inexplicável de entregar-se ao beijo; deixando de lado a brutalidade deste para, então, aproveitá-lo. Agarrou o cabelo de Seth, puxando-o dolorosamente, dor a qual não podia ser pior e mais insuportável do que a em seu peito.

Seth puxou-a de encontro ao seu corpo, fazendo-a ajoelhar uma perna de cada lado do seu corpo e Renesmee apoiar o seu peso sob o volante, em uma posição um tanto vulgar, mas para a qual eles não se importavam no momento.

A urgência do momento dominava-lhes os corpos, deixando os problemas e as soluções para o lado. Eles só queriam sentir o outro uma última vez – por mais que Renesmee ainda não soubesse, ela sentia isso.

A vontade que ela teve de pousar a mão no rosto de Seth e perguntar, através de seu dom – já que ela não tinha coragem para pronunciar tais palavras: você vai me abandonar?. Ele fora o seu primeiro beijo e, com certeza, era o seu primeiro amor. Seth fora delicado, engraçado e esperto com ela; por mais que não tivesse passado de um encontro.

A mão do lobo dirigiu-se à sua bunda, a qual apertou. Ela gemeu levemente em sua boca, e ele, percebendo a sua falta de fôlego súbita, desceu os seus lábios pela clavícula dela, dando-lhe mordidas e leves raspar de dentes. Renesmee, movida pelo momento, rebolou sobre a ereção no colo de Seth, gemendo no ouvido dele, enlouquecendo-o.

Imprinting. Apenas a vinda dessa palavra repentina em sua mente, fê-lo parar. Ele afastou o seu rosto do dela e ergueu a sua cintura, levando-a para o banco de passageiros.

– O que foi? – Perguntou ela, ofegante.

– Sai. – Sibilou ele. Por mais que Seth soubesse que a culpa não era dela, não conseguiu reprimir a raiva que ele estava devido à maldita mágica que a unira a Jacob.

– Isso é um adeus, não é? – As lágrimas já se derramavam sob a face rosada de Renesmee.

Ele limitou-se a ligar o carro, como se dissesse que estava com pressa. Ela abriu a porta e retirou-se, quase cambaleando por estar atordoada pelo beijo.

Ao entrar no elevador, sentou-se no chão gélido como as suas lágrimas. Não sabia o que fora aquilo tudo, mas era algo próximo do fim.

Após percorrer alguns andares ali, uma vizinha assustou-se ao vê-la e, por ser do mesmo andar, ajudou-a a entrar em casa.

Com a visão embaçada, a meia vampira não distinguia as coisas, apenas deitou-se na cama de casal e adormeceu em meio ao torpor.

Acordou pouco disposta no dia seguinte. A claridade fora a responsável por tirá-la de seu sonho; que, na verdade, não se passara de uma lembrança: quando ela conhecera Seth no luau.

O que a pequena Cullen não sabia era que ela não estava sofrendo devido ao abandono, mas sim por ser a sua primeira decepção amorosa com o seu primeiro amor. O que mais a machucava era o fato de não saber o que ela fizera de errado – foram os seus beijos, os seus toques ou as suas atitudes levadiças?

– Caixa de mensagem. Por favor, deixe a sua mensagem após o sinal.

Era a vigésima terceira vez que ela ligava para Seth e ele não lhe atendia. Deixara algumas mensagens em meio às lágrimas; pedindo, pelo menos, uma explicação.

O mesmo seguira-se por uma semana. A verdade era que Seth planejava tudo para a sua viagem; e, para não tornar tudo mais difícil, não respondera as chamadas de Renesmee. Ele comunicar-lhe-ia apenas no dia anterior à sua viagem, que seria na próxima terça feira. Segunda, eis o dia marcado.

– Está tudo bem, mãe... Não precisa se preocupar, dona Isabella.

– Quantas vezes eu vou ter de dizer que sou apenas Bella?

– OK, mãe. Vou me atrasar para o colégio. Beijos, te amo.

– Também te amo, bebê. Tchau, boa escola.

Renesmee sabia que os seus parentes notaram a súbita mudança em seu tom de voz na última semana. Desde que não tivera mais notícias, o tom de melancolia era o seu favorito e o mais usado diariamente.

Por mais que ela quisesse evitar a preocupação de seus parentes, era inevitável. Por isso, também, Renesmee decidira que não contaria o ocorrido na floresta aos seus pais.

Dirigiu-se à escola quase se arrastando. O peso de sua mochila não era comparável ao de sua consciência. Ela sentia como se tivesse feito algo errado, como se ela fosse a culpada pelo seu próprio sentimento, pelo afastamento de Seth.

No colégio, ninguém pareceu reparar em sua presença, apenas os seus amigos. Passara-se por despercebida devido às roupas – uma blusa larga, mas não cumprida, juntamente com uma calça jeans amarrotada e um tênis da marca All Star –, pois normalmente vestia-se muito bem, como a sua tia Alice ensinara-a.

– O que aconteceu, Rê? – Amy perguntou-a na aula de História Geral, onde aprendiam sobre a Revolução Cubana.

– Me chame de Ness.

– O quê?! – A amiga não conseguiu escutar o sussurro da outra.

– Eu ganhei um novo apelido: Ness. – O singelo sorriso tímido que Renesmee mandou-lhe ao pensar em Jacob concluiu a frase.

Não pedira a ela para chamá-la de Nessie, pois apenas Jacob chamá-la-ia assim.

– OK, Ness, o que aconteceu nesse fim de semana?

– Nada... – A amiga revirou os olhos, e Renesmee tratou de bufar.

– Qual é o nome dele? – Amy sabia que se tratava de um menino.

– Seth.

– Ah, não é o Embry, então?

– Não!!! – Ela arregalou os olhos ao exclamar. – Nós somos apenas bons amigos... Seth é especial... Ou era, não sei. Mas, às vezes, me vejo pensando no amigo dele... – Era verdade: diversas vezes já se pegara pensando em Jacob. O olhar intrigante, o sorriso maroto, a voz que ele ouvira no mesmo dia que fora à praia de La Push com Embry e que a fizera arrepiar-se... – Ai, odeio ser adolescente!

– Espera aí! Você está pegando o amigo do cara que você está a fim?

– NÃO! – A exclamação fora tão alta que atraíra a atenção dos outros alunos e do professor.

– Não o quê, senhorita?

– Eu não acho que poderia ter eclodido uma Terceira Guerra Mundial na Revolução Cubana. – Ela agradeceu mentalmente por já ter estudado tal tópico com o seu pai e por saber sobre o assunto.

– Guarde os seus palpites para si, por favor. Cada um tem a sua opinião, senhorita; o certo é que nunca saberemos como seria aquilo sem voltarmos no tempo. – Voltar no tempo... Será que Renesmee conseguiria reverter a reação de Seth?

– Ness... – Sussurrou Amy depois de um tempo, tentando voltar para o assunto anterior.

– Eu não estou a fim do amigo do Seth. Eu fiquei com o Seth, sim, foi o meu primeiro beijo, foi especial. Eu simplesmente não consigo esquecê-lo, mas ele está se afastando, como se eu tivesse feito algo errado... E, para completar, sinto uma atração tão forte pelo Ja... Quer saber? Eu não vou te atucanar com os meus assuntos. – Ela nunca fora do tipo conversadeira e aberta, mas estava necessitando de um ombro amigo para desabafar sobre Seth, mesmo sem admiti-lo.

– Nossa, Ness! Se você não quiser falar, tudo bem, mas saiba que eu estarei aqui para o que você quiser, OK? Se quer um conselho, fale com esse tal de Seth e pergunte o porquê de suas atitudes.

– Talvez você esteja certa... Mas preciso ver se ele não vai me ignorar.

Amy não lhe respondeu, apenas continuou a fazer as suas costumeiras anotações e rabiscos – pois, na maioria do tempo, distraía-se e começava a desenhar.

No horário do almoço, a bandeja de Renesmee demonstrou como ela sentia-se por dentro: igualmente vazia. Chaz apenas fitou-a, e Will intercalou olhares entre ambos. Renesmee esqueceu o que pensara sobre Chaz desde que conhecera Seth – para, posteriormente, nem lembrar o seu próprio nome ao ver Jacob.

Ela bufou, irritada, traçando desenhos invisíveis com os dedos, sobre o prato. Novamente o Alfa Quileute rondava os seus devaneios – por quê? era a única coisa que ela perguntava-se.

– O que houve?

– Apenas me lembrando de um idiota. – Respondeu ela à pergunta de Brad, que comia uma pizza distraidamente.

– Falando em idiota, pareceu que a Ashley deu uns pegas aquele dia, na praia, no tal de Black. Coitada, ele deve ter se aproveitado dela. – Brad tornou a dizer, balançando negativamente a cabeça.

– O Black? Nossa, ela deve ter tido um enfarto, por isso não veio à aula! – Sarcasticamente, William murmurou; arrancando gargalhadas dos demais à sua volta.

– Fico feliz por ela. Pelo menos, ela realizou o seu sonho. – Renesmee não sabia que aquela fala feria-a por dentro, pois não sabia da verdadeira identidade do "Black".

– E eu fico com pena de mim mesma! Imagina ela passar duas horas no telefone falando como ele é quente, sexy, tem pegada, é mais lindo pessoalmente, tem um tanquinho dois ponto zero e beija super hiper bem! Sério, ela deve ter repetido cada item umas dez vezes, por isso eu os decorei.

– É... Realmente, eu tenho pena de você. – Brad fez uma careta desgostosa ao concluir.

– Como um cara pode ser tanta coisa? Aposto que a Ashley exagerou muiiito nessa fala aí! – Chaz comentou.

– Ei, eu sou tudo isso e mais! Não confia no seu taco, cara? – William rebateu.

O almoço seguiu-se entre brincadeiras e provocações entre os guris, mas o ânimo de Renesmee não melhorou em nada.

Ao terminar a sua última classe, deixou a sala de aula juntamente com Amy. Com a audição aguçada, ouviu algumas conversas paralelas que lhe chamaram a atenção.

– É um cara MA-RA-VI-LHO-SO! Alto, forte, com uma cara linda de bebê...

– Se-Seth? – Renesmee perguntou a si mesmo, sendo escutada por Amy.

– O que tem ele?

Sem respoder, Renesmee disparou porta afora; entrando, na velocidade humana, no estacionamento e procurando por Seth. Avistou-o encostado em sua moto, observando-a calmamente com os seus braços cruzados em frente ao peito.

– SETH! – Exclamou ao pular em seu encontro, abraçando-o com ímpeto, fazendo-o descruzar os braços.

Diversas meninas suspiraram devido ao ato, e Seth riu tristemente por causar tal ato nas demais garotas e por saber que nunca voltaria a vê-lo em Renesmee.

– O que houve? Por que você está agindo assim? O que eu fiz de errado? – Lágrimas já jorravam de seus olhos. Ela afastou-se dele para encará-lo melhor, que também possuía lágrimas contidas.

– Desculpa.

– Pelo quê?

– Por te machucar ainda mais agora. Eu só faço burrada com você, Ness; porque eu te amo. Sei que é meio cedo para dizer isso, mas é a verdade. Só que eu preciso viajar a trabalho por um mês, Ness.

Ele esperou-a absorver a notícia para poder prosseguir. Vendo que isso não aconteceria tão cedo, continuou:

– Eu não quero que a nossa relação, recém-começada, se desgaste pela distância. Eu acho melhor... – Ela não o deixou terminar.

Suas mãos posicionaram-se em suas bochechas, puxando o seu rosto de encontro ao seu. Seus lábios encontraram-se, molhados e salgados devidos às lágrimas.

Mesmo com o colégio inteiro observando-os, eles deixaram-se levar pelo momento, movimentando delicadamente as bocas, traçando cada milímetro do outro, procurando guardar cada detalhe. Sim, era a despedida tão desesperadamente prorrogada por ambos.

Com uma leve mordida no lábio inferior dela, Seth pareceu acordar para a realidade – eles tinham um observador que não deveria estar nada contente naquele momento: Jacob.

Ao lembrar-se do amigo, Seth afastou gentilmente Renesmee, que corou ao olhar em volta. Ela abaixou a cabeça, escondendo-se em meio aos seus cabelos.

Logo, ele pegou-lhe as mãos e depositou leves beijos ali; procurando guardar o aroma e a textura tão únicos que ali continham. Respirou fundo, não encontrando força para prosseguir com o seu próprio plano.

– Ei, psiu. Não tenha vergonha deles. É só um bando de invejosos. Vou sentir a sua falta, Ness.

– Você nem imagina a falta que você fará. – Mesmo com a voz embargada pelo choro, ela tinha de dizer o quanto o amava. – Eu também te amo, Seth.

– Pena que me amar não seja o suficiente. – Sussurrou ele baixinho, em sua orelha.

Ergueu a cabeça e cheirou os cabelos sedosos de Renesmee, enquanto abraçava-a uma última vez.

– Suspeito que nos veremos muitas vezes ainda no futuro. – Seth murmurou, rindo contra as suas madeixas devido à piada interna.

– Eu espero. Mesmo se nós não mantermos nenhum relacionamento, espero sermos bons amigos.

– Amigos... Está aí uma boa opção. Vou sentir a sua falta. – Repetiu ele.

– Espero que saiba o quão importante você foi para mim.

– Eu sei e respeito muito isso. Agora eu preciso ir. Amanhã é o meu voo, e preciso arrumar as minhas malas.

– OK. Tchau, Seth. Te amo. – Ele depositou um pequeno beijo na bochecha de Renesmee e foi-se, montado em sua moto.

Jacob, que observava tudo de longe, não pôde ignorar a dor em seu coração por vê-los beijando-se. Não podia, também, ignorar a boa vontade do amigo – nem em outra reencarnação consegueria devolver o favor que Seth estava prestando-lhe.

O Alfa decide, então, passar em um lugar antes de voltar para casa. O papel e a caneta não queriam deixar-lhe expressar o que ele realmente queria escrever; mas fê-lo de um jeito singelo, simples e educado como ele.

Renesmee, após ver Seth ir embora, caminhou em direção ao seu carro; mas, no caminho, uma menina trombou nela, deixando-a derramar o seu material pelo chão. Em troca de quê? Risadinhas patéticas das amigas? A híbrida não conseguia entender essas atitudes, todavia não pôde ignorar a vergonha e a humilhação que sentia.

Com lágrimas ainda transbordando de seus olhos, entrou em seu carro, socando a direção com força. Seus soluços aumentaram – nunca pensara que seria possível uma relação tão curta, sincera e ardente. Certamente, eram experiências que a marcariam. E, com absoluta certeza, pode-se dizer que já a haviam marcado.

–––––––––––––––––––––––––––

1: Em Amanhecer – obra de Stephenie Meyer –, Nahuel cita que, pela Renesmee não possuir veneno, o mesmo é letal para ela. Por isso, apenas foi adaptado por mim o fato narrado pela Stephenie Meyer para o contexto. Não foi inventada tal informação.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

# NOTA DA LETÍCIA

Novamente sem beta, gostaria de ouvi-los. Críticas, comentários, opiniões são sempre bem-vindos. (:
Beijão e tenham uma ótima semana! Beijos e queijos. ♥