– Hey cara, calminha aí!- Luke se afastava de Freddie. – Só quero ver como Sam está, é por isso que todos estão aqui não? Não há porque ficar irritado.

– Mas nenhum dele, tem más intenções com ela!- Freddie retrucou, fazendo com que Luke hesitasse. - Além disso, todos aqui são amigos íntimos dela, e o que você é? Um cara que acabou de conhecê-la!-

– Sim, mas Sam e eu nos damos bem de cara, aposto que ela não iria gostar nem um pouco, se soubesse que você estava impedindo o mais novo amiguinho dela, de vê-la em uma situação com essa, em que ela está? Acho que não né?!- Luke, tinha um jeito de ironizar suas frases, um jeito ameaçador, que Freddie odiara nele.

Luke e Freddie apertavam os punhos, cerravam os cenhos, olhando, ou melhor, fuzilando-se com os olhos até que...

–Saiam da frente! Saiam todos agora!- a voz feminina vinha do corredor, e ecoava em todo o hospital. Até Luke e Freddie pararam sua cerimônia de ódio, para prestarem atenção em quem gritava.

– A senhora não pode simplesmente entrar, tem que ter hora, já que não estamos nem no horário e nem no dia de visitas- dizia uma enfermeira desesperada.

– Senhora Puckett?!- Spencer dizia. – O que a senhora faz aqui? –

– Minha filha sofreu um acidente e está internada neste hospital, o que acha que estou fazendo aqui, seu idiota? –

– Nossa, me desculpa, mas a senhora não é muito de ligar pra a Sam. – Naquele mesmo instante Spencer se arrependeu do que dissera, percebendo que não foi a melhor coisa pra se dizer para Pam Puckett. Um segundo depois Pam estava com o braço no pescoço, de Spencer que lutava pra respirar encostado contra a parede.

– O que foi que você disse? Hein seu babaca? Respeite-me, eu posso não ser a melhor mãe do mundo, mas se minha filha sofre um acidente, eu acho que devo saber como ela está, e, aliás, acabei de saber da notícia do acidente. – disse, saindo de cima de Spencer, ou melhor, sendo tirada de cima de Spencer por Luke e Freddie. – Cadê aquele menino bobo das câmeras, que me mandou a mensagem me avisando do acidente?-

– Acho que ela falou com você- disse Luke olhando para Freddie, Luke tão pouco conseguia segurar o riso, enquanto Freddie revirava os olhos.

– Ah! Aí está você! Me leve até Sam! –

– Senhora, eu já disse que não está no dia de visitas- dizia a enfermeira, que ainda não saíra de lá, cuja presença foi ignorada.

– Mas você ainda esta aí! Por que eu não posso vê-la? Olha o tanto de pessoas que estão aqui, por causa dela! E, aliás, eu sou a mãe da garota! Eu tenho mais direitos do que todos que estão aqui. Eu não preciso de hora marcada para ver minha filha! Ninguém me diz que eu preciso de hora marcada para ver minha filha. – Disse se aproximando da mulher, com um tom bem ameaçador. – Entendeu? –

– Si... Sim. Mas todos que aqui, estão desde que o acidente aconteceu, além do mais só o garoto- apontou para Freddie- entrou já que ele estava presente na hora do acidente e veio a acompanhando na ambulância, por isso só o namorado da garota entrou. - já era, pensou Freddie.

– O QUE?- todos gritaram inclusive a mãe de Sam

– Ah, pelo amor de Deus, vão me dizer que não sabiam disso?- todos se viraram para ver o doutor Meggaer, que estava ali atrás plantado. - Ou pelo menos não desconfiavam, depois do show que tivemos mais cedo?!- Ele revirou os olhos- Bom, ok, só queria dizer que a senhorita Puckett está muito bem, a transfusão de sangue ocorreu com sucesso, ela está agitada por causa da gritaria, quer ver o namoradinho dela, e sua amiga neurótica.

– Wow, wow, wow, esperem aí, quer dizer, que a minha filha Sam está tendo relações amorosas com esse- ela escolheu as palavras- nerd? Como assim? Todos os dias quando ela chegava em casa, fazia um sermão pra mim de todas as coisas, que ela odiava no Fredonho, e agora eles na... namoram? – ela não acreditava.

– Olha acho melhor você conversar com sua filha sobre isso- disse o Dr. Meggaer

– Eu até iria... Se pudesse – e olhou com olhos de um tigre faminto para a enfermeira que permanecia ali.

– Ora, mas quem disse que a senhora não pode? –

– Ninguém em especial, doutor. – olhou novamente para a enfermeira, mas agora com um ar diferente, com um sorriso de malícia no rosto.

– Ah, sim já imagino quem seja- pelo visto o Dr. Meggaer também não ia com a cara da enfermeira, que agora fazia cara feia revirando os olhos. - Mas NINGUÉM AQUI – disse dando uma leve, levantada na voz, provavelmente para irritar a enfermeira. – tem o direito de negar uma mãe a ver sua filha internada! Acompanhe-me, por favor, senhora. –

– Fredonho você está... Ahn... Namorando... Com a Sam?- perguntava Luke desconcertado.

– Oi? Não, quer dizer, eu não sei. – todos o olhavam, agora ele entendia porque Sam não queria ficar com ele.

Pam andava pelo corredor, até a sala onde Sam estava internada.

– Pode ir agora, eu fico aqui. –

– Vou esperar você entrar. –

– Pode ir!

– Ok, mas escute: ela ainda está se recuperando, não faça nada que a assuste, ou algo brusco. – ela assentiu que sim, esperou ele ir, abriu a porta do quarto e:

– Que história é essa Sam de você, minha filha estar namorando um nerd?!-