Slender Man: O lado sombrio da cabana escrita por Clarinha, RenanGil


Capítulo 4
Capítulo 4: O papel


Notas iniciais do capítulo

Esperamos que estejam gostando! Aqui está mais um capítulo para vocês.



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Charlie POV.

Quando ouvimos aquele barulho ensurdecedor vindo de fora da casa, ficamos apavorados! Meu corpo estremecia e eu sentia meu coração bater rápido. No mesmo instante, a única coisa que pensei foi "pegue a faca que está na mesa", e foi o que fiz. Acredito que eu não conseguiria me defender com uma faquinha de refeição, mas não importava.

– Será que é o monstro? - Perguntou Hazel.

– Não sei... - Allan respondeu, porém foi interrompido pelo mesmo barulho, só que mais alto.

Eu e Allan nos olhamos. Fui até a porta e fiz um gesto para que ele me seguisse. Com sussurros, disse a ele que eu iria abrir a porta rapidamente e ele teria que espiar o que havia do outro lado. Contei até três, e puxei a porta em minha direção. Allan olhou para fora e nos olhou com uma feição de alívio.

– São só castores! - Disse Allan

– Graças a Deus! - As meninas suspiraram.

Bem, depois que nos tranquilizamos, decidimos andar pela floresta em busca de alguma coisa que pudéssemos fazer para melhorar o nosso plano de captura. Horas e horas andando e não achamos nada além de madeiras deixadas pelos animais. Resolvemos voltar para a cabana, e quando reparamos, as janelas e portas estavam abertas.

– Era só o que faltava agora. – Disse Débora.

Fomos dando passos sorrateiros até chegarmos na cabana. Quando entramos, continuamos com o mesmo cuidado. Se havia alguém alí, chegar com tudo não seria uma boa ideia. Após entrarmos, fomos vasculhar todos os cômodos. Nada! Fechamos tudo com segurança e nos reunimos na sala.

– O que devemos fazer? - Perguntou Anna.

– Já sei! - Allan exclamou. - Podemos fazer estacas bem pontudas com os pedaços de madeira deixados pelos castores!!

– Boa ideia. Mas eu que não saio da casa à essa hora pra pegar madeira...

– Mesmo assim, como vamos pegar aquele monstro com estacas? - Hazel perguntou.

Allan olhou para todos nós, uma expressão de dúvida surgiu.

– Isso eu já não sei, mas pare de ser negativa!!

Foi então que eu me lembrei que havia redes de pesca que eram de meu tio lá no sótão. Me animei.

– Podemos fazer uma armadilha com redes! Espalhamos pela floresta toda...

– Mas como faremos isso se nem rede temos? - Disse Anna.

– Aí que você se engana! Lembrei que meu tio vivia pescando, e quando chegamos nesse inferno fui verificar o sótão, e vi redes lá em cima.

Hazel murmurou. Todos se entre-olhavam. Todos com feição de remorso. Bem, a noite já havia caído, então Allan foi fazer uma deliciosa sopa de legumes para nós. Anna foi o ajudar, enquanto eu e as meninas ficamos conversando na sala. Digamos que aquela sopa quentinha me deixou com muito sono, então fui deitar mais cedo que o normal.

Anna POV.

Após o susto com os castores, decidimos ir explorar a floresta. Quando voltamos à cabana, algo estava diferente. Notamos que as portas e janelas estavam abertas como se alguém tivesse entrado, aberto tudo e saído rapidamente.

Entramos com todo o cuidado do mundo e olhamos quarto por quarto. Não havia nada ali, nem sequer pistas. Após fechar tudo, nos juntamos na sala para discutir como iríamos pegar aquela "coisa".

– O que devemos fazer? - Perguntei.

– Já sei! Podemos fazer estacas bem pontudas com os pedaços de madeira deixados pelos castores!! - Respondeu Allan, animado.

– Boa ideia. Mas eu que não saio da casa à essa hora pra pegar madeira... - Charlie falou

Charlie era pior que uma criança de dez anos. Tinha medo de escuro, não dormia de porta aberta e chorava se algo errado acontecesse, mas nesse caso a gente dava um desconto, afinal, era um monstro comprido querendo nossos corpos.

– Mesmo assim, como vamos pegar aquele monstro com estacas? - Hazel perguntou.

Allan olhou para todos nós. Percebi que ele não havia pensado nisso antes.

– Isso eu já não sei, mas pare de ser negativa!!

Allan então colocou as mãos no rosto enquanto todos se perguntavam porque ainda não tinham saído daquele lugar quando as coisas estranhas começaram a acontecer. De repente, Charlie grita.

– Podemos fazer uma armadilha com redes! Espalhamos pela floresta toda...

– Mas como faremos isso se nem rede temos? - Perguntei.

– Aí que você se engana! Lembrei que meu tio vivia pescando, e quando chegamos nesse inferno fui verificar o sótão, e vi redes lá em cima.

Bem, era uma ideia que poderia dar certo, mas não acho que o monstro cairia nas armadilhas com rede. A noite caia perante as janelas, então Allan se levantou para fazer a refeição. Fui o ajudar enquanto o resto ficou conversando na sala. Bem, era meu momento de relaxamento, então eu fiquei pensando na noite do acampamento, quando Allan e eu tivemos uma noite...digamos, "quente".

Meus sentimentos por ele estavam a flor da pele, mas eu tinha receio de tudo. Após a janta, Charlie foi para o quarto mais cedo enquanto ficamos conversando. Aquela era noite de Charlie dormir no quarto das meninas, o que me deixava mais feliz. Puxei então Allan para o quarto e ficamos lá, conversando. Eu ficava pensando em tudo que havia acontecido, em tudo que estava acontecendo e em tudo que poderia acontecer. Em tudo que eu imaginava, Allan estava lá, do meu lado! Eu estava me abrindo para ele, como se fossemos mais do que amigos, mas nada era concreto.

– Eu estou com medo... de tudo Allan. - Falei.

Ele me abraçou bem forte. Fiquei deitada em teu peito, escutando sua respiração. Aquilo me deixava mais protegida, calma, quente. Após um tempo, o sono foi nos tomando, e ali em seus braços eu adormeci.

Allan POV.

No dia seguinte, encontrei Anna dormindo descoberta do meu lado. Peguei e puxei o lençol para cima dela, e a lhe dei um beijo em seu rosto. Fui então preparar o café. Chegando na cozinha, me deparei com Débora.

– Ei, o que está fazendo acordada tão cedo?

– Perdi o sono Allan. Não estava com a cabeça muito boa... Enfim, estou fazendo o café.

Que estranho, pensei. Bem, já que minha função já estava sendo feita por outro, decidi então ir chamar o pessoal.

Entrei no quarto das meninas. Charlie estava trocando de roupa, e Hazel estava saindo de lá com uma cara de emburro quando abri a porta.

– Bom dia. - Falei.

Apenas Charlie respondeu, mas eu relevei. Fui ao meu quarto chamar Anna. Quando entrei, ela se virou para mim e deu um sorrisinho.

– Do que você estava rindo? – Perguntei dando uma risada.

– Você. – Anna respondeu.

– Por quê? O que eu fiz?

– Sabe Allan, desde aquela noite no acampamento, eu não paro de pensar na gente. Tudo se tornou tão mágico entre nós, e um inferno lá fora.

– Eu também não paro de pensar em nós Anna...

Foi quando ela se levantou, olhou em meus olhos e disse:

– Ao seu lado eu me sinto bem. Me sinto protegida, me sinto amada...

No mesmo tempo, Anna me deu um beijo na boca bem lento e suave e continuou.

– ... Mas tenho medo de que você não me queira.

– Anna. Eu gosto de você desde o 9º ano! Eu apenas nunca tive coragem, até você chegar em mim.

– Mas, tenho medo que a gente se separe...

Bem, eu havia pensado muito naquilo, e sabia que aquela era a hora certa de fazer.

– Anna. - Disse, pegando em sua mão. - Você quer ser minha namorada, e nunca mais iremos ficar separados?

Anna me abraçou. Percebi seu sorriso que ia de um lado a outro da bochecha.

– Sim! - Respondeu.

Nos beijamos e ficamos lá por um tempo, até sermos interrompidos por Hazel.

– Opa! Desculpa, não queria interromper. Só vim ver porque estavam demorando, eu estou com fome! Daqui a pouco vamos começar a fazer as estacas. - Disse, fechando a porta rapidamente.

Me levantei e fui em direção da porta, pois eu já estava pronto, mas Anna me puxou e me deu um beijo bem molhado. Aquilo estava realmente muito bom, mas tínhamos que ir. Ela então se trocou e eu fui para a cozinha. Todo mundo estava nos esperando, então tomamos o café e fomos preparar tudo.

Chegou a tarde e fui então fazer o almoço, que seria panqueca de carne seca. Quando terminei, fui chamar o pessoal para comer. Após a comilança, continuamos a fazer as estacas e também a armadilha com rede. Nos separamos e as espalhamos na floresta.

A noite caíra e então Charlie foi preparar a janta. Depois, ficamos sentados por um bom tempo conversando na sala até que escutamos barulhos de passos em folhas do lado de fora. Pegamos então as estacas e ficamos na espera. De repente, um barulho de galho estralando, como se alguém tivesse pisado em cima. Aquilo era uma sensação horrível.

Hazel POV.

Antes de dormir, eu e Débora havíamos brigado. Deixamos um clima muito ruim para Charlie, que estava no quarto. Por fim, adormecemos separadas. No dia seguinte, iríamos fazer todas as estacas e a armadilha, então acordamos cedo. Estávamos esperando Allan e Anna, que estavam demorando muito para irem tomar café, então fui os chamar. Quando entrei no quarto, os dois estavam se beijando freneticamente.

– Opa! Desculpa, não queria interromper. Só vim ver porque estavam demorando, eu estou com fome! Daqui a pouco vamos começar a fazer as estacas. - Disse, fechando a porta rapidamente.

Bem, aquilo não era uma cena que eu gostaria de ver sempre, mas eu torcia que desse tudo certo para eles. Enfim, fomos tomar nosso delicioso café da manhã. Depois, passamos tecnicamente o dia todo fazendo as estacas e a armadilha com rede, que distribuímos pela floresta.

A noite caíra e nos unimos para jantar. Estava muito bom a janta que Charlie fez, mas foi uma pena não durar para sempre. Estávamos conversando na sala, quando de repente um som de folhas sendo pisadas surge. Eu estava amedrontada. Peguei minha estaca e a segurei com toda a minha força. Allan e Charlie então fizeram o mesmo esquema, de abrir a porta e um ver o que estava acontecendo. Quando Allan abriu, Charlie olhou com uma cara de espanto para o lado exterior da porta. Então, Charlie esticou sua mão em direção à madeira maciça da porta, e retirou de lá um papel que estava escrito...Sempre observando, sem olhos.

[CONTINUA]


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Aguardem que em breve o quinto capítulo sai. PS.: Deixem Reviews!



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