Neko Café - Interativa escrita por Lady Blue


Capítulo 10
Glacê


Notas iniciais do capítulo

Geeent o/
Aqui mais um capítulo pra vocês! Faz um tempão, né? Esse é bem curto, postei por MEGAULTRAPOWER necessidade de postar, e pra deixar vocês curiosos cortei na parte certa! Vejo vocês depois



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Segundo dia de trabalho - 14:47hr AM - Café.

POV Reiko

Já tínhamos passado do meio dia, todas estavam bem animadas bom a popularidade do café, muitas pessoas tinham vindo conhecer, mas a que mais estava feliz com certeza era eu. Eu estava parada no caixa, conversando com a Maya sobre quanto nós já tínhamos faturado quando Junko veio até mim com uma menina de cabelos loiros e olhos um pouco azuis brilhantes, que usava uma roupa de escola branca com detalhes pretos e com um casaquinho de lã branca. Ela me pareceu a coisa mais fofa do mundo depois dos meus ursinhos de pelúcia em forma de porcos. Ela me olhou com seus olhinhos brilhantes e parou ao lado de Junko, do outro lado do balcão. Eu a olhei curiosa e me virei para Junko, que parecia estar feliz, mas meio séria.

– Ela quer falar com você - disse Junko, sem expressão.

– Quer? - perguntei, mas depois vi que era bobo demais fazer aquela pergunta. - Ah, é claro que quer - falei, com uma pausa me virei para cochichar para Junko: - Hmm, mas o que exatamente?

– Eu queria uma vaga no café - ela disse com uma voz que não me deu escolha senão aceitá-la na hora, mas eu tinha que agir decentemente e pensar no assunto.

– Contratada! - exclamei.

– Reiko! - protestou Junko. - Vem aqui, precisamos conversar.

Ela passou para o outro lado do balcão, dizendo à menina para se sentar em uma das mesas e veio falar comigo. Ela parecia um pouco nervosa, como se fosse dizer algo importante sobre a menina. Ela chegou perto de mim para cochichar.

– Reiko, você não acha que está aceitando gente demais, quer dizer, somos seis, é mais do que precisamos! Nós não precisamos mais de empregados.

– Mas ela pode nos ajudar fora do café, precisamos mostrar as pessoas como o café é bom, então ela poderia fazer amostras, é uma das ideias que eu tive para algumas de vocês, mas como vocês não podem sair daqui, ela seria uma ótima ideia.

– Junko, não acha que ela pode dar problemas? Você nem a conhece.

– Você conhece? - perguntei com meus olhos brilhando.

– Não - respondeu Junko, como se já fosse óbvio. Soltei um "ah" desanimado e Junko pareceu confusa. - Olha, só quero que você saiba com quem está lidando, tente conhecer as pessoas antes de contratar.

– Mas eu não conhecia nenhuma de vocês, também, e foi uma ótima escolha! Olha pra ela, ela é tão bonitinha... - Alguma coisa nela me dizia que eu podia confiar naquela garota, mas eu realmente confiava em Junko mais que em mim, talvez ela estivesse mesmo certa. - Eu vou dar uma chance à garota. Talvez amanhã, quarta-feira, só um teste. Vou pedir para ela fazer algumas coisas aqui e lá, e eu posso ver como ela é, combinado?

Junko não pareceu feliz com a resposta, ela realmente estava desconfiando ou sabia de algum coisa que eu não sabia a respeito da garota, algo que eu nem sonhava em saber. Esperava que ela não ficasse chateada se eu admitisse a garota depois do teste. Eu nunca vi nada de ruim em nenhuma das minhas garotas, todas elas foram ótimas escolhas para o café, e eu realmente precisava dela, não podia ser ruim.

Mas, eu poderia ter conhecido Junko em menos de um dia e eu já confiava nela, era algo meu, se afeiçoar rápido, e isso aconteceu com Junko. Eu sentia que podia confiar nela mesmo em tão pouco tempo, alguma coisa no sorriso fofo dela, ou na animação para trabalhar no café, alguma coisa que só ela tinha, que eu não via em mais ninguém. Junko era uma pessoa para se confiar, com certeza. E eu tinha que confiar nela. Talvez fosse a hora de dizer não pelo menos uma vez. Mas eu não poderia.

Segundo dia de trabalho - 18:47hr AM - Café.

POV Mushi

Já tinha se passado muito tempo desde que o café abriu, eu já estava cansada, correndo de um lado para o outro, mas aquilo era muito divertido para parar. As pessoas me tratavam superbem, como se eu fosse alguém da família, as crianças brincavam comigo e algumas pessoas até me elogiavam, eu adorei aquele trabalho.

Estava atendendo uma mesa quando meu celular começou a vibrar no meu bolso. Torci para que ninguém estivesse escutando nada e logo depois de acabar corri para trás do balcão para retornar a ligação. Era minha amiga Kitt. Retornei a ligação e esperei ela atender.

Oi!– ela disse alegre. - Vamos em algum lugar?

– Lugar? Onde? - perguntei, colocando alguns pratos no balcão apenas com uma mão.

Não sei, eu não tenho nada pra fazer, preciso sair de casa, fazer alguma coisa da vida, ver o mundo...

– Sei, mas eu não posso sair agora, estou trabalhando - cochichei.

Trabalhando?– ela ficou dois segundos quieta e voltou a falar ansiosa: - É isso, Nana*, preciso de um emprego! Onde você trabalha? Posso trabalhar com você? Seria uma ótima ideia! Eu não ficaria mais em casa, conheceria gente nova e ainda... sairia de casa! Preciso mesmo de um emprego! Anda, diz, onde você trabalha?

Depois de ela terminar eu ainda fiquei um minuto tentando decifrar o que ela tinha acabado de falar, ela falou tudo tão rápido que eu não consegui entender, apenas a parte do "posso trabalhar com você?".

– Não, não, eu estou trabalhando por indicação de uma amiga, não sei se ela vai te aceitar... Quer dizer, somos muitas...

Como não? Por favor! Fala com sua chefe por mim! Preciso de um emprego, Nana!

– Não sei se posso...

Por favor!– ela disse como uma criança. - Por favor! Por favor!

– Okay! Vou falar com ela, vem aqui amanhã, te passo o endereço depois, é um neko café novo aqui na cidade, sabe pelo menos servir alguém?

Sei, sei, é só perguntar o que quer e depois dar! Uhuul, Nana, obrigada, obrigada, obrigada! Você é demais!

Ela desligou o telefone e eu fiquei com aquela sensação de ter ajudado uma alma boa no mundo, rindo à toa. Quando eu percebi que estava como uma pamonha parada voltei ao trabalho num estalo.

Segundo dia de trabalho - 19:53hr AM - Café.

POV Mey

Fiquei no balcão o resto do dia, sem vontade de fazer nada que não fosse ir para casa. Reiko me disse que o café fecha as oito, e às 7hr e 40min eu já estava dizendo para Tohka ir se aprontando. Alguns clientes ainda estavam no café. Lee-kun ainda estava no café. E eu não estava nada feliz com aquilo.

Tentei ao máximo não ver Lee-kun pelo resto do dia, estava tentando ficar o mais longe dele o possível. Ele não pareceu sair muito da cozinha, então eu não precisava me preocupar em ficar me escondendo, já que ele não iria me ver mesmo. Eu dizia para Tohka ir pegar as tortas e bolos que era pedidos pleos clientes e ela ia com vontade, querendo ver as novas tortas que Lee-kun fazia.

Eu já sabia que Tohka falava com Lee-kun, mas não achei que fosse tanto assim. Eles conversam como amigos. Nós estudamos todos na mesma escola, então é claro que Tohka fala com ele, mas eu não sabia que fosse uma amiga.

Mushi chegou perto de mim e me pediu para pegar o casaco que ela havia deixado na cozinha. Olhei envolta e não achei Tohka, eu teria que ir lá na cozinha buscar. Resmunguei comigo mesma e lembro-me de chamar Tohka de nomes feios na minha mente, por que logo que eu preciso dela, Tohka some?

Limpei meu vestido que estava com um pouco de açúcar e arrumei meu cabelo, que, por ordens da Reiko para todas as meninas, estava preso em um coque. Coloquei uma mecha de lado e fiz o meu melhor sorriso. Fui para a cozinha com o melhor humor possível depois daquele dia estranho e entrei. À esquerda no balcão da parede oposta estavam não só Lee-kun, mas Tohka também.

Segundo dia de trabalho - 19:43hr AM - Café.

POV Tohka

Quando Mey me pediu para ir me arrumar eu fui pegar as minhas coisas, que estavam guardadas em um armário da cozinha junto com as dos outros. Já eram quase oito horas e eu já teria que ir embora. Quando entrei na cozinha Lysander estava terminado de colocar glacê num bolo gigante. Ele parecia bem feliz fazendo aquilo, se virou para ver quem estava entrando.

– Oi - falei. - Fazendo algo importante?

– Um bolo especial - ele disse sorrindo, ele tinha pó para bolo um pouco abaixo do olho.

– Posso ajudar? - perguntei, aproximando-se.

Olhei para o bolo de três andares rosa. Eu nunca teria conseguido fazer um bolo de um andar, ainda mais um de três. Me perguntei se eu poderia ajudar, quando Lee-kun me rodeou pelas costas. Eu olhei para ele, nos meus olhos se podia ver claramente a pergunta: "que diabos você está fazendo?!".

– Olha, pega isso - ele me mostrou o troço com que ele passava glacê no bolo e, com um gesto, me pediu para segurar. Ele colocou minha mão direito na coisa e me aproximou do bolo, eu não tinha a menor ideia do que estava fazendo, parecia que eu estava ali de enfeite enquanto Lee-kun fazia o bolo. Ele me ensinou como se fazia as rosas nos bolos e como se decorava com nomes e outras coisas.

Lee-kun quase me abraçava, ele cheirava a açúcar com morangos. Olhei para ele depois de fazer sozinha uma rosa. Foi quando percebi que Mey tinha entrado na cozinha.


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Notas finais do capítulo

Uhuu, estamos no fim, espero postar bem rápido, mas sem previsão pra esse ano ainda, okay?
Os personagens de hoje são a desconhecida (não citei nomes ainda) e a Kitt (perfeita), ebaa! Bem, não teve capítulo especial pra ninguém e... Só? É, é só :3
Uhuuu, tchaaau gent o/ o/ o/