Blue Sky! escrita por Caio V


Capítulo 6
Amigos!


Notas iniciais do capítulo

Famosa Kaah, não sei porque ainda se incomoda com o apelido gentil que te dei u.u' Chalé 03 *-* Azul *-*

Espero que gostem.

(OBS IMPORTANTE: Azul é divino!)



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Não importa se você errou, no amor, sempre existe uma segunda chance.

Não é difícil imaginar o que aconteceu depois, portanto, não vou entrar em detalhes. Eu fui suspenso e Matheus expulso, levaram Mirella para a enfermaria e, obviamente, Poseidon foi demitido.

Cerca de sete horas eu fui para o bar Still com minha irmã. Chegando lá encontramos nossos amigos. Bianca veio nos receber, seus cabelos castanhos escuros estavam soltos e sua testa pálida brilhava de suor, seus olhos azuis estavam abertos e vívidos. Vestia uma jaqueta jeans com uma blusa branca por baixo e uma calça jeans clara.

- Finalmente – ela nos abraçou e saiu correndo para o centro do bar onde tocava músicas eletrônicas e divertidas.

Julliana estava sentada ao lado de Igor, que estava sentado ao lado de Mary, que estava sentada na frente de Laise, que estava ao lado de Caroline, que estava sendo atendida por Danielle. Sim, muita gente.

Laise era a mais baixa entre as amigas. Olhos castanhos, pele morena e cabelos cacheados e levemente cumpridos.

- Chegamos – eu disse apoiando-me na mesa.

- Caio – Juh me abraçou. Apoiou-se no meu braço. – Então, Mirella, em?

Olhei para frente e vi Igor e Marya conversando. Tive uma ideia.

- Eu já volto – sorri maliciosamente para Julliana, ela sorriu de volta. Nossa comunicação não verbal é perfeita.

 - Dani, posso falar com você? A sós – eu disse.

- Não vai me dar outra cantada né? – ela disse meio desorientada. – Você é péssimo nisso.

Andamos até longe deles. Sussurrei algo no ouvido de Danielle e ela sorriu.

- Pode deixar – ela saiu correndo e eu voltei para a mesa.

- O que era? – perguntou Igor.

- Só pedi um favor – eu disse.

Ele me olhou confuso. A música parou repentinamente, Dani me olhou e piscou. Dani subiu ao palco.

- Agora, um pedido especial de um amigo – ela disse. Todos me encararam e eu sorri. – Pombinhos, peguem seus pares e dancem muito.

A música When I Was Your Man, do Bruno Mars. Igor me encarou e me fuzilou com os olhos. Marya levantou e correu até Dani.

- Você é um idiota sabia? – ele disse irritado.

Sorri.

- Vai deixa-la dançar sozinha? – perguntei com uma risada maléfica.

- Eu te odeio – ele murmurou.

Levantou e correu até Marya. Concentrei-me e consegui ouvir.

- May... – ele disse meio sem graça. – você... gostaria de dançar comigo?

- Ahm... É claro – ela disse. Virei para olha-los e os dois dançavam lentamente, a música tocava.

Marya se agarrava aos ombros de Igor, que a segurava pela cintura, seus pés se moviam em sincronia, como se ensaiassem por anos. Igor girou Marya e a tomou de volta em seus braços, os dois sorriam o tempo todo, e eu não pude me conter, acabei deixando escapar um sorriso. Igor e Marya dançavam colados uns ao outro, como se nem mesmo um palito poderia entrar entre os dois, a música acabou, mas logo em seguida começou a tocar A Drop in The Ocean, do Ron Pope, e eles mantiveram o ritmo. Era possível sentir o quanto eles se gostavam em cada passo, era como ver um casal dançando na festa de casamento. Igor girou Marya mais uma vez e quando seus olhos se encontraram, finalmente, depois de anos esperando, seus lábios se tocaram.

Julliana apoiou-se em meus ombros.

- A Dani deu sorte – Bia disse atrás de mim. Alguns de nós gargalhamos.

Nesse momento, ninguém mais dançava no salão, apenas Igor e Marya, todos olhavam para o casal apaixonado dançando no meio do salão, com os lábios entrelaçados em um beijo duradouro.

- Quanto tempo acha que demora para casarem? – perguntou Bianca.

- No mínimo setenta anos – Laise disse. Rimos.

Olhei para a porta e vi Palas, ou Atena, ainda não sei direito, me olhando pela janela. Ela fez um sinal com a mão direita, como se dissesse: venha aqui.

- Já volto – eu disse. Todos me olharam curiosos. Ignorei.

Palas me esperava do lado de fora, paciente.

- Olá, filho de Poseidon – disse ela. Na última palavra ela parecia com desdém, não de mim, do meu pai.

- Senhorita...

- Atena, não estamos mais na escola – ela disse. Assenti. – Você deve ter ouvido a profecia.

- Sim, eu ouvi – eu disse. – Afrodite...

- Eu sei – disse Atena. Ela apontou para um café do outro lado da rua, que estava meio vazio. – Podemos conversar?

- Meus amigos...

- Serei direta – ela disse. Assenti.

Andamos até o café e sentamos em uma mesa isolada.

- Senhora A...

Ela me interrompeu.

- Senhorita.

- Perdão. Senhorita Atena – corrigi. – O que desejas falar?

- A Sabedoria junto com o herói caminhará – disse Atena. Lembrei dos versos da profecia. – Sabe o que significa. Você deve se unir ao meu exército.

- Exército?

- Sim. Creio que conheça as Caçadoras de Ártemis – ela disse. Assenti. – Da mesma forma que Ártemis tem suas caçadoras, eu tenho meus guerreiros. Nem todos são homens, existem algumas mulheres entre nós. Uma delas é minha filha, você logo a conhecerá, seu nome é...

Eu não tenho certeza se ouvi a última palavra certa.

- Mirella – foi o que ela disse. E continuou. – Talvez se conheçam, eu a mandei estudar na mesma escola que você. Afrodite disse...

- Mi-Mirella? – gaguejei.

- Sim, algum problema? – ela perguntou confusa.

- Nenhum – eu disse tomando o controle. Se parar para pensar, não é novidade, ela não me fizera perguntas sobre como eu consegui fazer aquele salto e salva-la na biblioteca. Nem sequer mencionara isso. – Sim, eu a conheço.

- Isso é bom – Atena entregou-me um papel com um endereço escrito. – Vá até lá, amanhã. Depois da escola.

Uma fumaça prateada surgiu na minha frente e a deusa desapareceu. Apoiei meu cotovelo na mesa e segurei minha cabeça com minhas mãos.

- Era só o que me faltava... – murmurei.

- Confuso? – um homem perguntou. Ele era alto e forte, tinha olhos e cabelos lisos, curtos e dourados, pele bronzeada e sem marca alguma. O homem vestia uma regata branca e um short que chegava ao joelho azul. Um estranho calor emanava dele. – Atena faz isso com as pessoas, e monstros, e semideuses, e deuses, e titãs, enfim... ela confundi muita gente.

- Senhor Apolo? – deduzi. Ele sorriu e esticou a mão, apertei-a. Imediatamente o calor tomou conta do meu corpo, era como se eu tivesse me tele transportado de Chicago para... o Sol? – Não veio me chamar para participar do seu exército, veio?

- Exército? – ele pensou por um minuto. – Não, acho que você não se enquadraria, em outras palavras, iria ser torrado pelo Sol.

- Então...

- O que vim fazer aqui? – ele deduziu. Assenti. – Eu soube que um amigo mortal de Dionísio está dando uma festa, ele participou da organização...

- Compreendo.

- Não, ninguém compreende – ele disse. – Não até estar em uma. Que os deuses não ouçam, mas Dionísio não é útil para muitas coisas, porém, se tem uma coisa que ele é útil, e habilidoso, é organizar festas.

- Não acho que deveria falar assim dele – eu disse.

- De fato, não quero que ele me entenda mal, adoro Dionísio, um dos meus deuses favoritos, ele e Hermes são os únicos que não debocham das minhas brincadeiras – disse Apolo com um sorriso maléfico no rosto. – De qualquer forma, eu soube que recebeu uma profecia.

- Sim, recebi.

- Isso é bom, você sabe, eu sou o deus delas – ele disse orgulhoso. Assenti. – Caio, a profecia que você ouviu, ela foi ouvida por todos os olimpianos. Atena e Poseidon foram os que mais se preocuparam. Principalmente Poseidon, afinal ele iria perder um filho para o exército de sua maior rival.

- Isso é ridículo – eu disse.

- Carne imortal, rancor imortal – ele disse. – Deuses não costumam perdoar.

Apolo tirou uma chave do bolso.

- Ei, sabe dirigir? – ele girou a chave no dedo. Assenti. – Vamos dar uma volta.


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Notas finais do capítulo

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