A Mãe Perfeita escrita por Williane Silva


Capítulo 4
QUE VERGONHA!


Notas iniciais do capítulo

gente quem advinha o que aconteçeu com o carro kkkkk. gente meu pc pifou entao os capitulos vão demorar um pouquinho para sair mais nao se preucupem logo logo volta ao normal.



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    Incrível. Já conheci muitas mulheres abusadas petulantes em minha vida, mas Isabella Swan formava uma categoria à parte. Ela que se cuide.

      Eu não tinha um coração mole como Emmett e jamais me deixarei levar por aqueles grandes olhos e aquela boca exótica. Está certo que tive um momento de fraqueza poucos minutos atrás, mas aquilo foi somente um efeito do estresse, do cansaço acumulado.

       Aproveitei que os garotos estavam entretidos com aquela criatura rara, e deixei outro recado na secretaria eletrônica de Tia Enne e, depois fui tirar a roupa em que eu estou metido havia horas, e entrei no chuveiro e procurei relaxar.

     Ao abri a porta de meu banheiro vinte minutos mas tarde, meus filhos estavam esparramados sobre a cama enorme, esperando por mim.

Observei as expressões graves naqueles rostinhos e prendi mais fortemente a toalha na cintura, enquanto caminhei até o closet.

- Vocês já levaram sua amiga até a cabana?

Ben olhou para a claraboia no teto e suspirou melancolicamente.

- Já. Ela estava tão triste. Agora está lá na cabana sem ninguém para lhe fazer companhia.

Erik afofou um dos travesseiros enormes.

- Ela disse que poderemos visita-la amanhã, se você deixar. Você deixa?

- Veremos.- Respondi, usando a típica, expressão paterna que, em suma, significava “de jeito algum”. Procurei cueca e meias em minha gavetas, e observei com o canto dos olhos, que o caçula descera da cama, calçara meus chinelos de quarto e andava de um lado para o outro, tropeçando.

Erik deitou de bruços e começou a balançar as pernas.

- Sabe de uma coisa, papai?

- O quê?

- Estou com fome.

     Eu adorei a mudança de assunto. Para falar a verdade também estou com fome.

- Então é o seguinte: todos vocês vão lavar as mãos, ok? Depois que terminar de me vestir, vamos todos jantar fora, está bem?

Erik saltou da cama.

- Está falando sério?

Ben saltou em seguida.

- Bella pode ir junto?

- Não! Esta é uma refeição familiar.

- Podemos ir ao Pizza Fritza.- pediu Erik.

   Eu suspirei. Erik sempre queria comer Pizza, e sempre no mesmo lugar. Que fosse. Afinal, era minha primeira noite em casa.

- Claro!

- Legal! Vamos lá, Ben!

   Temendo que eu mudasse de ideia, Erik arrastou o irmão mais velho para fora do quarto e, depois de tirar os chinelões de Mike, o puxou pela mão.

    Dez minutos depois estamos os quatros no pórtico, para entar no carro. Foi quando eu vi a porta do carro aberta. Droga, eu pensei, já prevendo problemas. Ao tentar ligar o motor, minha suspeitas se confirmaram. O carro não pegava. Ao deixar a porta aberta, acionei luzes e dispositivos que gastaram toda a bateria do carro.

Ben se agitou no assento ao meu lado.

- Vamos embora, papai!

Os dois menores aumentavam o coro, no banco de trás:

- Vamos embora! Vamos embora!

   Com um suspiro desanimado, eu me virei no banco para dirigir-me aos três garotos:

- Sinto  muito, garotos. A bateria pifou. Teremos que deixar o jantar para outra noite.

Meus filhos me encararam com desaprovação.

- Mas você prometeu!- reclamou Erik.

- Isso foi antes de descobri que o carro não está pegando.

- Estou com fome.-  resmungou Mike, intensificando  às minhas desculpas.

- Eu estou morrendo de fome.- lamentou-se Erik.- O que vamos fazer?

- Eu sei!- resolveu Ben, animando-se.- Vamos falar com Bella. Ela pode nos levar em seu carro e então jantaremos juntos.

- É isso aí!- aprovaram os dois menores.

- Não.- eu disse com firmeza.- Eu vou fazer o jantar.

  Os garotos saíram depois de mim, com expressões desconfiadas.

- E você sabe cozinhar?- Ben instigou.- De verdade?

- Claro. Que tal sanduíches de queixo quente?

- Ok.- concordaram Mike e Erik.

- Argh! Odeio queijo derretido.- Ben fez uma careta e prosseguiu:- Aposto como não teríamos que comer essa droga de queijo derretido se Bella estivesse aqui. Ela, sim, sabe cozinhar de verdade.

 Eu contei a até dez enquanto entravamos em casa.

- Vai ser delicioso, vocês vão ver.

       Foi gostoso no começo. Embora eu não estivesse muito familiarizado com a cozinha, pois em geral a governanta é quem cozinhava, eu encontrei facilmente o queijo, o pão e a margarina, além de um pacote de batatas fritas.

  Eu já tinha fatiado o queijo e comecei a passar manteiga no pão quando o telefone tocou. Ben atendeu falou alguns minutos e dirigiu-se a mim, tristemente;

- É a Srta. Neymam, da agência de babás.

- Otimo.- Sentindo que seria melhor não falar na frente dos meninos, eu avisei:- Vou atender no escritório.

- Sobre o que voc quer falar com ela?- Ben quis saber.

- Uma nova babá. Por favor, desligue assim que eu atender, ok?

- Mas papai...

- Eu já volto.

    Tomando o corredor, eu me dirigi á parte da casa que era meu santuário. Embora as paredes e o carpete tivessem um tom perolado, os detalhes em marinho, dourado e vinho davam um tom inegavelmente masculino à decoração.

- Alô? Srta. Neymam?

   Enne Neymam, uma mulher energética e positiva aos sessenta anos, tomou a iniciativa.

- Sr. Cullen! Que bom que esteja de volta. Tenho certez de que o senhor ficará bastante satisfeito em saber que convenci a Sra. Kiltz a não processá-lo.

Eu me deixei cair lívido sobre a cadeira de couro.

- Poderia repetir por favor?

- Contanto que o senhor faça uma contribuição substancial para a terapia dela, ela concorda em assinar um documento isentando-o de qualquer responsabilidade.

- Responsabilidade? Por quê?

 Enne suspirou do outro lado da linha.

- Pelo colapso nervoso que ela teve. Ainda recusa-se a entrar em detalhes, mas de vez em quando murmura coisas a respeito de aranhas enormes que querem devora-la. Mas tenho certeza de que isso é temporário. Umas poucas sessões com um bom terapeuta e algumas doses de tranquilizante resolverão tudo.- depois de uma pausa, ela prosseguiu:- Talvez seja melhor o senhor chamar um serviço de dedetização, como medida de segurança.

- Ora!- eu por fim exasperei.- Escute, eu é que deveria processa-la. A mulher abandonou minha casa, deixando meus filhos sozinhos! E a senhora nem sequer entrou em contato comigo.

- Ah, não, mau caro! Isso não é verdade. Falei com seu filho, Benjamim...

- Ben.

- Sim, ele mesmo. É um garoto encantador. Ele me assegurou que falara com sua secretaria. Disse que estava aguardando que o senhor ligasse de volta. Não foi verdade?

- Sim, mas...- eu comecei a nadar de um lado para o outro.

- Conforme Benjamim, sua noiva estava com eles e teria o maior prazer em assumir...

- Minha noiva?- parei abruptamente.- Eu não tenho noiva.

Seguiu-se um silêncio constrangedor.

- Mas eu liguei para sua casa, Sr. Cullen, e falei com uma jovem adorável, a senhorita Swan, que assegurou que poderia ficar com os garotos até que o senhor retornasse. Ela foi absolutamente gentil.  Depois do que o seu filho disse, imaginei que... oh, Não! Vocês romperam o noivado, meu caro?

    Eu retesei tanto o maxilar que comecei a sentir dor nos ouvidos.

- A Srta. Swan é uma amiga do meu irmão.- expliquei.

- Oh... muito bem.- ela prosseguiu, como se estivesse embaraçada.- Então imagino que o senhor vai querer uma nova babá, já que não vai se casar.

Eu fechei os olhos.

- Sim.      

- Perfeito. A próxima semana é boa para o senhor?

- Boa para quê?

- Ora, para fazer as entrevistas.

Eu segurei o fone com mais força.

- Que tal amanhã?- era mais uma determinação do que uma pergunta.

- Bem, não acredito que...

- Ótimo, vá em frente.- esforcei-me por manter um tom polido, eu prossegui.- Tenho muito trabalho. Devo estar no Novo México no próximo final de semana e preciso...

- Papai?- Mike assomou timidamente à porta.

- Espere um pouco.- eu cobri o bocal do aparelho e dirigui-me ao caçula:- Estou no telefone, filho. O que você quer?

- Ben perguntou se queijo fica preto.

- Depende. De qual queijo estamos falando?

- O dos sanduíches.

Eu franzi a testa.

- Está ficando preto? Por quê?

- Sei lá...

- Onde está o queijo?

- Junto com o pão.

Eu procurei manter a paciência.

- Onde está o pão?

- Na torradeira.

- Srta. Neymam? Preciso desligar. Espero uma ligação sua ainda pela manhã, a respeito das entrevistas.

- Mas...

   Eu bati o telefone, agarrei Mike e corri para a cozinha. Que mãos me faltava?

    O alarme contra incêndio pôs-se a funcionar escandalosamente assim que eu abri a porta. Imediatamente olhei para o balcão e vi uma substancia gosmenta e gordurosa escapando da torradeira que soltava fumaça.

   Praguejando por dentro, coloquei Mike no Chão, tirei a torradeira da tomada e joguei-a na pia vazia. Então atravessei a cozinha a abri a porta de trás, para que o ar fresco limpasse o ambiente.

Voltei-me para os garotos.

- O que diabos pensam que estão fazendo?!- eu gritei para Ben e Erik, furioso ao perceber  como eles poderiam ter se ferido.

- Ih...- resmungou Erik.- você disse uma palavra feia.

Ben estufou o peito, indignado.

- Mike e Erik estavam com fome e você não saia nunca daquele telefone!

- Não quero saber quanto tempo fiquei naquele telefone! Têm muita sorte por não haverem queimado a casa! Não sabem que não se coloca queijo na torradeira.

O lábio de Erik tremeu.

- Nós só queríamos ajudar.

Bem abraçou o irmão num gesto protetor.

- É isso aí! Como iríamos saber? Nós não temos uma mãe para nos ensinar essas coisas.

   A pungente lógica infantil me desarmou.

Que vergonha! Passo todo esse tempo longe de meus filhos e na primeira oportunidade já saio gritando com eles!

   Antes que eu conseguisse pensar em dizer, Mike olhou para os rostos zangados e começou a chorar.

    Como dominós caindo, os dois irmãos mais velhos em seguida cobriram os olhos e começaram a soluçar.

Ora, droga. O que devo fazer agora?                                                           


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Notas finais do capítulo

espero que gostem desse novo capitulo, novas confusões viram, ainda mais ilarias edward nao espera por esperar. kkkkkkkkkkkkk bjs