A Quebradora De Corações e o Capitão America escrita por LadyStormborn


Capítulo 6
Historias da madrugada


Notas iniciais do capítulo

*Espero que gostem.



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-Mark eu não tenho certeza sobre isso.

Era uma cena estranha para mim. Aos meus dezessete anos já estava presa a uma maca e usando uma camisa de força. Tudo ali era altamente programado e a sala havia sido reservada para esse momento. Uma experiência minha e de Mark estava para ser um sucesso, depois de acharmos um pedaço de gosma alienígena na fazenda dos pais dele percebemos que aquela gosma quando se funde com alguma coisa viva as células deles se ampliam e dão poder para a coisa. Nosso primeiro experimento foi meu gatode estimação, Chesser sem querer engoliu um pedaço da gosma e agora suas garras tinham força para conseguir matar um cachorro, não só um cachorro mais um Pitbull. Com sorte o gato me adora e não tentou fazer nada comigo, mais Mark ainda estava com os arranhões de um gatinho doméstico que mais pareciam de um felino selvagem.

A ideia era colocar a gosma em mim e ver como eu me adapto a ela, era arriscado e perigoso sendo apenas dois em uma sala improvisada. Mais nós dois éramos loucos e insanos. Meus pais tinham acabado de morrer, meu irmão era um mulherengo e não tinha nenhuma expectativa para fazer na vida. Então o que eu tinha a perder?

-Calma Lily, estamos perto de fazer uma descoberta que mudara tudo que conhecemos. O projeto Lilith será a porta para sermos reconhecidos mundialmente.

Suas palavras me acalmaram de alguma forma, e antes que ele se virasse para o seu computador de novo, lhe sussurrei;

-Eu te amo Mark.

-Eu também Lily. – O mesmo selou nossos lábios rapidamente.

Chegou a hora de a esperiencia ser concluída e dos nossos futuros mudarem. Nós dois seriamos eternamente felizes juntos. Seriamos donos do mundo.

Mark achou melhor não injetar morfina para que não houvesse efeitos colaterais e nenhum problema possível. Quando o liquido verde entrou em contato com o meu corpo eu apenas pensei uma coisa. Nunca senti tanta dor em minha vida.

-Lily. – Ouvi meu nome ser gritado por Mark antes de apagar.

-Lily!- Gritou Steve ao meu lado, quando abri os olhos percebi que era apenas uma lembrança. A pior de todas. Sentei-me na cama para olhar o rosto assustado do loiro.

-O que esta fazendo aqui?

-Ouvi você gritando, pensei que estava sendo atacada ou algo assim.

-Só foi um pesadelo muito ruim. Desculpe por ter te acordado.

-Não estava dormindo, não precisa se desculpar.

Olhei seria para ele, quando é que ele me contaria isso? E porque depois de três meses morando com ele não percebi isso?

-Quando iria resolver me avisar?

-Não é algo que precise se preocupar. – Se levantou e evitou olhar para mim, observando minhas fotos na estante. Havia três fotos muito importantes para mim. A primeira era um quadro, que estava eu, minha mãe, meu pai e Anthony, eram muito valiosos para mim e eu sempre levava aonde eu fosse. A segunda era uma foto que tirei com a Natasha, Client e Coulson, eles foram meio forçados a fazer isso por causa de uma aposta que haviam perdido. A terceira era uma foto minha e da Jane que Darcy tirou sem nossa autorização, nós duas estávamos abraçadas sorrindo uma para outra depois de um reencontro. Jane e eu nós conhecemos na época que tinha que visitar Mark no Novo México, pra mim ela era a única amiga fora do trabalho. Eu podia contar sempre com ela.

-Não preciso me preocupar? Steve eu tenho uma missão para completar sabia? Cuidar de você.

-Já esta cuidando o suficiente.

-Não estou não. Você esta tendo algum problema pra dormir? Eu posso te dar alguns remédios que eu levo na bolsa...

-Não estou com problemas para dormir Liliam. Já dormi tempo o suficiente.

Percebi que estava magoado, e seu corpo estava soando como se estivesse malhando.

-Onde fi que está todo soado?

Se virou para mim de novo para responder a pergunta.

-Tem uma sala de treinamento para luta no teréo. Toda a noite eu fico treinando lá. Para poder voltar em forma.

-Você está em forma Steve.- Me levantei e caminhei até ele. Percebi que sentia uma necessidade de passar uma confiança ao rapaz de outro tempo que estava na minha frente. – Só faz três meses que você acordou. Não tem necessidade de você já voltar a lutar agora, mais se quiser treinar, por favor, me avise. Se ainda estou aqui e porque preciso ter certeza que ficara bem depois que eu partir.

Steve me deu um sorriso que significava que estava concordando comigo. Como percebi que ele não estava com sono e meus remédios não estava fazendo mais efeito, resolvi terminar minha pesquisa e já lhe perguntar algumas coisas que precisava saber do tempo dele.

Tesseract era minha principal pesquisa.

Sentamos no sofá, ainda vestidos de pijama e sem nos importamos com a intimidade que havíamos chegado.

-Antes que comece a fazer mais uma das suas perguntas invasivas eu vou explicar o porque da minha pesquisa. Depois que meu pai achou o Tesseract perdido no mar, passou a vida toda tentando achar uma explicação para o que ele é, ou sua origem. Ele acabou morrendo e não terminou sua pesquisa. Portanto acho que é meu dever fazer isso pra ele.

-Então o que você já tem?

-Depois que o caveira vermelha, bem... Morreu?- Perguntei incerta sobre o que havia acontecido com ele, só o Steve tinha essa resposta.

-Dissolveu em uma luz branca. - Explicou paciente prestando bastante atenção em mim.

-Isso aí. Dissolveu, todos os arquivos foram apreendidos de sua fortaleza e agora pertencem a S.H.I.E.L.D. Andei estudando sobre o que o Schmidt achava sobre o tesseract e me deparei com...- Abri o arquivo guardado no meu computador e comecei a Ler em voz alta.- “Um objeto feito pelos deuses que pelo destino acabou sendo entregue em suas mãos para que exaltasse sua grandeza sobre todo o mundo.”

-Isso e bem a cara do Schmidt. Enquanto lutávamos ele dizia sobre sermos alem da humanidade, de se unirmos e acabar com esses seres inferiores...

-Não me preocupa ele ser um nazista filho da mãe. O que me intrigou foi o fato de ele ter mencionado “objeto feito pelos deuses”. Procurei saber aonde o tesseract se encaixava na historias dos deuses e tal... Descobri que envolve mitologia Nórdica.

Steve fez uma cara de quem não estava entendendo nada.

-Você não sabe o que é?

-Não. – Respondeu sem hesitar.

-Sabe? Deuses, Odin, Thor, Loki, Bifröst… Não sabe de nada disso.

-Não Lily, não conheço.

-Meu Deus, sua mãe não lhe contava historias antes de dormir não?

-Contava mais não esses tipos de historia, ela contava o mágico de oz, Pinóquio...

-Ta bom. - Eu o interrompi antes que continuasse.- Não preciso saber dos detalhes, continuando a poucas historias que relatam sobre o tesseract na mitologia nórdica. Nada que explique como uma parte dele veio parar aqui na terra, seu poder e ilimitado e pode ser útil de vários meios, serviu para o Zola alimentar todas suas armas sem limitação no seu tempo.

-Quer dizer que o tesseract foi enviado por deuses para a terra.

-Sim, meu pai nunca havia pensando a possibilidade porque ele era ateu. Não acreditava o suficiente, eu no começo achei que era uma loucura mais pensando bem... Qual seria a única explicação para algo tão poderoso?

-A ciência deve conseguir uma explicação mais sensata do que usar a historia do deus do trovão.

-Então você escutou as historias sim! Pra mim, ciência e magia são a mesmas coisas.

-Eu só acredito que existe um Deus. E tenho certeza que ele não usa um martelinho.

-Não zombe de Thor! Quando ele resolver dar uma passadinha na terra eu direi para ele te dar uma surra.

-Tudo bem, quando ele “aparecer” eu faço questão de pedir desculpas a você e a ele.

-Você promete? – Perguntei oferecendo minha mão para selarmos nosso acordo.

-Prometo. - Pegou minha mão e apertou. Ele iria descobrir uma verdade mundial; Eu sempre estarei certa.

- Agora continue falando sobre as historinhas de criança... - Brincou ele com a minha cara.

-Não, se você não acredita não fique zombando tá.

- Tudo bem, quem sou eu para jugar seus deuses.

-Não são meus deuses. Eles existem mais não quer dizer que eu os venero.

-Tudo bem. – Respondeu ainda no tom de brincadeira. Voltei a me concentrar nos meus arquivos da minha pesquisa. Se eu encontrasse alguém... Que soubesse mais do que eu, que me explicasse esse mistério, tenho certeza que iriam acreditar em mim.

-Seu irmão cedeu a diretoria para a secretaria dele você viu?- Disse Steve provavelmente puxando assunto. Olhei por cima do meu nootbook e o respondi;

-Estava mais que na hora, Pepper era a única que realmente se importa com a empresa. Nenhum dos Stark’s que ficar preso a um monte de papelada e falatório.

-Percebi que vocês dois estavam brigando mais nas ultimas ligações.

-E porque eu não quis ir a Expo Stark esse ano. Ele ficou falando que era o legado do nosso pai, que deveríamos estar juntos e que não estou me importando nenhum pouco com o que o papai nos deixou para cuidar. Eu o mandei ir a merda e depois disso nossos telefonemas ficaram mais rápidos e raros do que antes.

-Eu fui a uma feira do seu pai sabia?

-Serio? – Perguntei surpresa, deixei meu nootbok na mesinha central que eu havia comprado a um mês atrás, querendo decorar mais a casa.

-Antes de entrar na guerra eu e meu melhor amigo Bucky fomos acompanhados de duas garotas, quando vimos as intenções de seu pai ficamos maravilhados. Ele havia criado um carro voador e nós disse que depois de vinte anos aquilo era o nosso futuro.

-Acho que foi umas das poucas vezes que meu pai se enganou.

Demos risada ao lembrar do seu incrível jeito Stark de ser.

-Ele foi um homem incrível.

-Eu sei que foi a única coisa que eu queria que ele fosse era um pai incrível.

-Você ira me contar o que aconteceu entre vocês? Ou vai esperar mais tempo para poder me considerar intimo o bastante.

-Nós somos íntimos o bastante. Dividimos o mesmo banheiro até. – Rimos juntos de novo. – Steve, não estou aqui para que você revolva meus problemas, eu preciso resolver os seus.

-Não quero que você me veja apenas como uma missão Lily, já passamos disso. Quero que você saiba que estarei disposto a te ouvir a qualquer hora.

-Tudo bem, mais hoje eu quero ouvir você.

-Você sabe tudo sobre mim.

-O físico, a historia, isso eu sei. Papai vivia me contando historias incríveis sobre você, então sobre o assunto “Capitão America” eu sei sobre tudo. Eu quero saber sobre os sentimentos de Steve Rogers.

-Me pergunte, você sabe que eu sempre te responderei.

-Você e a famosa agente Carter?

-Peggy? Não aconteceu nada demais, eu era apaixonado por ela. Com toda a sua coragem e independência... Ela me encantou na época, foi a ultima pessoa que eu falei antes de aterrisar no gelo. Uma mulher incrível,reconheço, deve ter tido uma vida fantástica.

-Por que era? Ainda não está apaixonada por ela?

-Acho que agora o amor que eu sentia por ela virou uma admiração pela mulher forte que ela era. Não vale a pena passar a vida toda amando uma pessoa que você nunca terá, eu tento todos os dias me conformar com isso e acho que esta funcionando. Alem que sempre existira uma nova chance de se apaixonar de novo, um recomeço.

Olhava encantada para aqueles olhos azuis brilhantes, sorri para baixo e concordei com a cabeça, sentia que meu coração acelerava mais e o ar estava falhando, o que parecia que acontecia muito perto dele. Ele se aproximou mais do meu rosto e automaticamente fiz o mesmo, eu estava me apaixonando pelo Steve Rogers? Serio?

Precisava agir logo, se aquele beijo acontecesse eu sabia que sairia magoada, eu sabia que teria que concertar meu coração de novo. Como uma escapatória levantei rapidamente dó sofá. Aquilo o surpreendeu e falei de pressa;

-Eu sei que esta com problemas para dormir mais meu sono já voltou. – Fingi um bocejo. - Amanha podemos começar seu treinamento, eu posso até ir treinar com você. Mais agora eu estou muito cansada. Até amanha Steve.

Sai sem esperar sua resposta mais quando entrei no quarto eu escutei ele falar;

-Boa noite Lily.

Deitei rapidamente na minha cama tentando tirar aquele homem da minha mente.

Eu sou uma quebradora de corações, eu não me apaixono por ninguém.

Será que não?


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