Um novo Romeu, uma nova Julieta escrita por Matheus Cardoso


Capítulo 19
Viajando




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Capítulo 18

Viajando

Julieta

Acordei feliz, no dia seguinte do meu aniversário. No caminho do trabalho, fiquei pensando em como seria legal reencontrar me antigo bairro, escola, amigos depois de cinco anos. Rever Manuela e talvez, o Romeu e o Isaac. Se eles não tiverem em outro estado ou país.

Eu trabalho no décimo andar do prédio e ele tem quinze. Subo e já encontro Anderson, meu chefe.

– Bom dia, Julieta.

– Bom dia, chefe.

– Tudo bom? Como foi seu aniversário?

– Foi bom.

– Ansiosa para a viagem?

– Muito. Estou doida para rever o Rio.

– Que bom! Aqui está a passagem. Esteja no aeroporto amanhã ás 08:40 da manhã.

– Ok. Obrigada.

– De nada. Mas, vamos trabalhar!

– Com certeza!

Logo, mais um dia de trabalho terminava. Saio da sala, correndo e fico apertando o botão do elevador.

De tão entusiasmada para chegar em casa, pego o primeiro ônibus para a minha cidade. Assim que chego em casa, grito:

– Mãe! Pai! Peguei a passagem!

– Que bom, filha!-fala meu pai, da cozinha.

– O senhor já está fazendo a janta, pai?

– Claro. Já são seis horas.

– O quê que é?

– Lasanha a bolonhesa.

– Meu favorito! Cadê a mamãe?

– Está dormindo. Ela têm sentido muitas dores nas costas.

– Ah, está bem.

O jantar ficou pronto ás sete e meia. Ajudei minha mãe a descer as escadas e depois de jantarmos, meus pais vão ver televisão e eu vou ler um pouco, após ficar meia hora lendo, eu decido descansar um pouco.

Acordo ás 22:00, saio do meu quarto e vejo meus pais dormindo na sala com a televisão ligada. Desligo-a e os deixo ali dormindo. Bebo um pouco de água e volto para o meu quarto. Deito na cama e penso:

"Hoje é o meu último dia em São Paulo. Agora, só daqui a três meses."

Na manhã seguinte, meu pai me acorda ás seis horas.

– Bom dia.- ele diz.

– Bom dia... É hoje.

Depois de fazer todas as minhas atividades matutinas, eu me arrumo. Um vestido preto e sandálias douradas.

Meu pai e eu saímos de casa ás seis e meia. Chegamos ao aeroporto ás sete e dez.

– Tchau, filha. Se cuida!

– Tchau! Até agosto!

– Até!

Vou fazer o check-in. Fico meia hora na fila. Vou para outra fila, para despachar minhas malas grandes. Estou com duas grandes e uma pequena. Mais quinze minutos se passaram. Logo depois, vou para a sala de embarque.

Lá, eu passo no detector de metais. Tudo ok. Depois, eu me sento. Olho para o relógio.

"Ah, são oito e dez ainda."

Encosto minhas costas no banco e olho novamente para o relógio. Oito e onze. Da última coisa que me lembro, é o ponteiro menor do relógio se mexendo.

– Menina! Acorda! Seu voo é o 476 do portão 6A?- sou acordada, por uma funcionária.

– Sim...- eu respondo, meio na dúvida. Vejo o número do portão no meu bilhete e é 6A mesmo.

– Ele está quase partindo. Metade dos passageiros já estão no avião.

– Mas, já?! Mas, ainda são...- eu me desespero. Levanto e olho para o relógio. Ele está marcando oito e trinta e oito.

Saio correndo para a fila de entrada do avião. E consigo entrar nele! Assim que acho meu assento, eu me acomodo e termino meu sono.

Novamente, sou acordada por alguém. A aeromoça.

– Senhorita, já chegamos no Rio de Janeiro.

– Ah, obrigada... Por me acordar.

– De nada.- ela diz, dando uma risadinha.

Desço do avião e logo, vou pegar minhas duas malas grandes. Depois, vou para um ponto de táxi. Pego um para o hotel onde vou me hospedar pelos próximos três meses.

Chego no hotel depois de meia hora, passo na recepção para conferir minha hospedagem e pego a chave do meu quarto. Como só vou começar a trabalhar amanhã, deixo minhas malas em cima da cama e vou para a pracinha perto da minha antiga escola. Coloco meus fones de ouvido e no rádio, toca "Love Story" da Taylor Swift, minha música favorita desde os 15 anos. E a música vai tocando...

" Romeo, save me, I've been feeling so alone... I keep waiting for you but you never come... Is this in my head? I don't know what to think He knelt to the ground and pulled out a ring and said..."

Assim que ouço a última palavra, retiro o fone dos ouvidos e eu o vejo sentado em um banco da praça. Era ele... Romeu Mendonça. Meu ex-namorado.


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