Zettai Kareshi No Sandman. escrita por Oribu san


Capítulo 8
Capítulo 8: Ainda não é o fim.


Notas iniciais do capítulo

Estou marcado. Neste cap tenho certeza, vc percebera uma grande ausência de luz que é causada pela partida de alguém. Esta história tem por mais que cenas fortes ou tristes, sempre presente um raio de sol ou um doce na esquina, porém este cap vc percebera sua falta.mas não desista só porque tudo esta escuro agora, não quer dizer que o sol não vira no dia seguinte... Não é?



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Desejo feito e desejo realizado. Após a segunda pior noite da minha vida se passar num restaurante, já se faziam dias que Sunahama Ren desaparecera tão repentinamente quanto entrou em nossas vidas.

Negava-me friamente, mas sempre voltava a minha mente a cena imaginada de como Ren teria partido. Na minha cabeça cujo a leitura e o amor pelo cinema tornavam a imaginação mais clara, via a todo momento ele apertado o peito caído na rua até um forte vento o lavar embora na forma de areia. Sempre me acordava pra realidade aí.

Kokoro nesses dias, ficara entronchada pelos cantos numa melancolia penosa e não me permitia tocar seu pelo sem me encarar com olhos que me partiam a alma.

– Ele não vai voltar, Kokoro.

Esfregava os dedos no topo de sua cabeça peluda, tentando convence-la, mesmo assim ela sempre corria para a porta esperando vê-lo sorrir quando ela se abria.

Não importava se era só ela ou eu também, porque de fato não era ele quem entrava com sacolas estranhas.

– Você está horrível.

– Ela se nega a comer, Anny.

– Não é dela de quem estou falando.

Desde que a contei tudo, sobre tudo, ela não largou mais o olho de mim, ainda caçando buracos feitos à balas emocionais.

– Como queria que estivesse? A reunião geral já é amanhã e ainda nem comecei a escrever o discurso de Yamada. Estou com um bloqueio criativo miserável. E sabe o tanto que esse contrato faria por mim? Sabe o tanto de problemas que ele pode trazer se não conseguir?

– Cala a boca!–Não era de seu costume gritar comigo, Então sempre que o fazia, mudava pra algo doce logo em seguida, pondo a mão pequenina sobre meu ombro ou em minha cabeça confusa.–Esse é o seu problema. Você pensa de mais. Fique calmo, tá bem?

Ela me fazia rir. Meu anjo da guarda. Filha das frases perfeitas nos momentos mais oportunos. Uma garota gentil podia tranquilizar o coração e mente da mais profunda fera como eu, Quasímodo ou o King Kong. Não é pra menos que sempre achei a mulher, apesar de tudo, um objeto de admiração e reverência. A deusa da criação, do amor e da sabedoria.

A capacidade que tem, de encontrar acalanto e força pra tudo e em tudo, é algo que só conhece quem mora no coração de uma mulher.

Vendo que analisava seu caráter com um sorriso a muito desconhecido de minhas faces, Anny se envergonha e trata de se por em planos de movimento, fazendo a primeira coisa que dizia e me obrigando a fazer o demais.

– Abra essas cortinas, tome um banho, e vá dar uma volta. Esqueça que você é você só por alguns instantes.–"Não vai te matar sabia?"

Depois de ser empurrado até o banho por alguém menor, trocar de roupas e sair de casa, fui tomado de surpresa por forte vento no rosto me dando bom dia ou cumprimentando por finalmente sair.

Ainda que sem folhas, o parque era lindo nos seus tons de preto nas arvores ou no marrom da grama, onde algumas folhas alaranjadas ainda eram sopradas.

Andando entre elas, acompanhado pela brisa mexendo com meu cachecol, começava a me esquecer de mim e meus problemas quando cruzo duas árvores e vejo o local onde o grande palco da Perfection está sendo montado. Nenhuma alegoria, como faixas, fitas e balões foi colocado ainda, mas se podia perceber o amontoado das cadeira empilhadas junto a um caminhão do outro lado da rua, sendo trazidas ao parque. Seria mesmo um grande evento ao ar livre.

"Yamada vai precisar ter muita coragem pra falar na frente de toda aquela gente."

Me nego a pensar nisso ou em qualquer outra coisa ligada a Perfection nesse momento. Me viro de costas para meus problemas e volto pra o abraço das árvores.

Parecia não ver nada a minha frente que não fosse aquelas grosas linhas de preto em vertical que se sucediam umas após as outras me levando a lugar nenhum, só a calma do nada.

Nem percebo, e, minhas anfitriãs de madeira me levaram para um lugar do passado. Um lugar isolado do parque, perdido entre as muitas árvores e arbustos. Um velho banquinho de pedra, posicionado entre as raízes de um pessegueiro gigante.

– Como você ainda tem folhas?–Pergunto ao primeiro amigo que fiz ao chegar no Japão, passando a mão nas grossas raízes que formavam um "C" ao redor do banco de pedra que já estava lá me esperando sentar.

A forma que as raízes tomavam, cobrindo facilmente minha altura, parecia que iam abraçar o banco e quem se sentasse nele, recostando as costas no tronco de Touya, como apelidei o gigante arvoredo.

– Porque me sinto tão bem quando um abraço me cobre?–Pergunto a ele de olhos fechados, mas Touya apenas balança seus galhos na mesma dança de sempre.–Você não vai me julgar, vai?

Não, ele não o faria.

– Lembra da primeira vez que nos vimos? Você estava exatamente como agora. Humnf... E eu também.

Flava daquele dia em que cheguei. Era só um garoto perdido por aí com duas malas e muitas duvidas do que fazer a seguir. Com exceção das malas, ainda era a mesma pessoa, buscando abrigo nas ramas de alguém que não me julgaria nem diria nada, apenas me escutaria e abraçaria com as raízes.

Busquei a mansidão, deixando as batidas do meu coração se harmonizarem com os movimentos suaves dos galhos e do vento neles. Poderia até ter fundido minha carne a sua madeira assim como o banco, me tornado parte de Touya, se uma cocega em meu rosto não me acordasse.

Percebia só agora, que a touca peruana com a qual estava cobrindo a cabeça e as orelhas, era a mesma que um dia entreguei a meu zettai kareshi.

Tomei uma das trancinhas da touca entre os dedos e permiti que as lembranças me viessem em imagens e sons das pessoas as que pertenciam.

"Ele sai da areia e se apaixona pelo o que considera perfeito"

"Quem é Anny, Olivy-sama?"

"Ele é um sandman, não é?"

"Eu sou Sunahama Ren."

"Porque eu amo o Lenny."

"Vamos fazer amor, Lenny-chan."

"Prazer em conhece-lo, cunhado."

"Eu te amo, Lenny."

"Tire suas mãos dele!"

"Eu te amo." "Eu te amo.""Eu te amo."

Foram as ultimas palavras ditas em lugares e horas diferentes, mas eu nunca as ouvi, só... Escutei. Ver agora sua imagem sorridente flutuando na nevoa e depois sumindo, me fez perceber. Desde que conheci Ren que é a mesma coisa. Ele sempre estava sorrindo pra mim ou fazendo cara de arrependido quando lhe brigava por algo que ele só tentava fazer por mim.

– Quantas vezes você disse isso?

Pensando bem agora. Tudo o que ele tentava fazer... era por mim, mas eu quase nunca lhe estendi um sorriso, agradeci, ou tampouco aproveitei sua presença, assim como os outros faziam.

– Acho que fiz besteira, Touya... Acho? Não.Tenho certeza.–Suspirei subindo as pernas ao banco para abraça-las.–Perdi minha chance meu amigo.

Continuei ali ouvindo seus conselhos sem palavras por um bom tempo, arrumando as ideias devagar, uma a uma, sem pressa, sem correr, sem desesperar, entendendo afinal que era isso o que Anny queria que eu fizesse. Por fim, levantei de uma vez, cortando meu cordão umbilical com a árvore de sabedoria infinita, me virando de frente para ela exclamando convicto para o pessegueiro o que havia aprendido.

– É isso! Não importa a besteira que fiz, nem se ele se foi. O que importa é que o conheci. Tive sorte dele ter estado na minha vida, não importa por quanto tempo. E... O mundo precisa saber que me orgulho disso e aprender com meus erros!

E então saí em disparada pra casa, despedindo-me do meu irmão de galhos que acenava de volta pra mim esperando ver vinha vitória.

Disposto em minha mesa, de frente para o computador, as ideias, fatos e termos do quê e como dizer tudo o que aprendera com Sunahama Ren, não paravam de borbulhar desde o meu amago até a ponta dos dedos rebatendo as teclas do teclado bastante teclante o dia todo.

Não é que eu não soubesse mais escrever, mas sim que sem Ren eu não estava mais escrevendo com meus sentimentos. Percebi olhando para a edição passada da revista em um canto da casa, que todas as respostas que coloquei ali, se aplicavam à mim e à ele. Coisas como.

"Sassori Akyou, 23 anos [...] Mas de que jeito vou saber que ele é o certo?"

"Você vai saber. Se ele for tudo aquilo que você esperou, ou não. Mesmo que ele seja o mais perfeito contrario, se isso te fazer bem e você não se importar, é porquê é o certo."

Devia ter notado isso antes.

Quando terminei de reescrever pela milésima vez aquilo que daria um livro, mas deveria caber em apenas uma folha discursória para Yamada, já passavam das dez da noite e eu estava mais feliz do que estive em dias, portando em uma mão a folha de titulo "Amor perfeito" e na outra o convite prateado de bordas douradas, que me chamava para o grande evento do dia seguinte.

– Onde quer que você esteja agora, Ren, espero que escute isso... e saiba que é pra você.

Na cama, estranhamente confortável, começava a me perder entre o sonho e a realidade, misturando cenas antigas com coisas novas, porém todas envolviam o rosto... e o corpo de Ren. Foi a primeira vez que me toquei pensando nele e juro quase ter podido ouvir sua voz sob os lençóis quando acabei.

No dia seguinte, não podia esperar para que o relógio lerdo da parede me marcasse dez da manhã, a hora de partir. Então fingi não saber, seguindo a hora do relógio sempre adiantado em meu pulso.

– Pronto, são dez horas!

Bem vestido com smoking e gravata borboleta como estive poucas vezes na vida, me dirigi para o parque onde a festa apesar de ser ao ar livre, de gala, já estava armada.

Faixas grandes e fitas de prata recobriam tudo em laços, o tapete vermelho que cortava o exercito de cadeiras brancas perfeitamente alinhadas, cortava também as cores tema, Branco, prata e ouro em todo lugar. Deveria ter dito, dois exércitos de cadeira, pois elas se estendiam numerosas tanto de um lado do tapete quanto do outro, tudo isso afrente do enorme palco mais digno de um show.

Mesmo que não houvessem instrumentos, ainda assim tinha uma cortina vermelha como o tapete e afrente dela, com um bom espaço até o microfone.Só de olhar para aquilo e imaginar que alguém subiria ali pra falar diante de tanta gente que chegava, eu já me punha nervoso.

Não demorou para os carros e táxis começarem a parar do lado de fora do parque Naito, deixando seus elegantes passageiro saírem e se reunirem todos, desde a alta classe e importantes empresários da revista no mundo todo, até os importantes locais e trabalhadores da Perfection Japão. Mas só duas pessoas me preocupavam se já haviam chegado ou não.

Primeira, Yamada que não vi em lugar nenhum afim de pegar seu discurso para Yuu Watase. E a segunda, a própria Yuu.

– Lenny.

Ouço uma mansa voz atrás de mim, evocar-me a atenção. Me viro e deu de cara com a beleza marcante na simplicidade da maquiagem de Sakuhana Anny. Usava um vestido longo e prateado, de alças peroladas que acompanhavam uma bolsinha em suas mãos dadas afrente do corpo enquanto ela se avermelhava olhando pra baixo por um tonto como eu estar de queixo caído e completamente sem palavras. Palavras que só vieram no mesmo instante em que a festa começa e toca sobre nós uma valsa. Me curvo e lhe estendo a mão chamando-a em japonês, algo que seria traduzido como...

– A jovem dama me daria a honra desta dança?

Ela me sorri levemente e a pega iniciando nosso caminhar em mansos giros e rodopios na grama mesmo.Algo do qual nunca serei capaz de apagar da memoria. Assim como paresiamos flutuar um nos consolos do outro, Anny me parecia tal qual uma deusa, mãe de todas as fadas, pairando sobre minha pessoa as vezes tão difícil, como se me compreendesse por justo isso, acalentando-me e me dando um abrigo que tão raramente encontramos em alguém cujo sangue não é o mesmo.

– Como você está?

– Como me pareço?–Respondo à raros olhos gentis.

– Bem.–Se alivia em dizer, me apertando. E então a música acaba, mas continuamos a dançar e conversar, lentos, mas serenos numa paz absoluta.

– A vida poderia ser tão mais fácil. Sabe... Eu poderia ter me apaixonado por você, Anny.

– E eu por você.

– Nossa. Nós teríamos filhos lindos. Um de cada um. Um casal.

– Ele seria meu menino.

– E ela minha princesa.

– Realmente, Lenny. Poderíamos ter sido bem felizes.

– Ahr... Se eu não gostasse de homens.

– Hunf... E eu de mulheres.

Ela debruça a cabeça em meu peito, mas afasto um pouco a minha para olha-la melhor nos olhos que batiam na altura da gravata borboleta do meu traje. Dizendo-a ainda em voz branca.

– Jura, pequena?–"Eu não sabia disso. Desculpe."Seu rir para mim, sem mostrar os dentes mas ainda assim apertando os olhos na face de leve rubor cor de rosa, me revelam algo que "eu" odiava admitir. Eramos iguais.– Mas não circunstâncias atuais, não daria certo.

– Porquê?

– Porque apesar de tudo. Apesar do meu jeito duro.–Inclino seu corpo para trás na tipica cena de cinema que adorávamos. Quando o mocinho dançando com a mocinha, deixa o corpo dela sobreposto sobre um de seus braços.–Nós dois somos a preza.

E então no instante em que o cinema faria o hétero casal se beijar, eu a presenteio mesmo com um beijo, porém em sua testa. Encerrando nossa valsa de dois atos.

– Obrigado pela dança.

– Disponha madame.–Me curvo a ponto final e me vou.

Estava radiante com a clareza que via tudo a minha volta. Parecia para mim, como se minha alma tivesse tomado nova cor. Evoluído tão bruscamente em uma unica noite, de alguém lamentável e auto-sofredor, para alguém entendido. Não em vida, mas em matéria de si mesmo. Entendia agora meus sentimentos, por cada pessoa que já cruzara meu caminho. Tudo por não ter mas medo de admitir que sabia exatamente desde o começo. Nós sempre sabemos, só negamos, não só sobre o amor, mas a amizade, a verdade, e tantas outras coisas simples, complicadas por mentir para nós mesmos.

A reunião não podia se fazer mais reunida, todos em sua maioria já chegaram e tornavam o belo parque numa premiação ao Oscar.

– Quanta gente... Quanta gente.

Suava o porco mentiroso, espreitando e esperando. Espreitando ali por trás de uma fresta entre as cortinas do palco a multidão trajada a rigor, e esperando à mim, que logo me fiz presente surgindo calmamente com sorriso de canto e um ar diferente do habitual. Irônico, confiante e até mafioso se assim quiser chamar.

– Nervoso, Yamada?

– Seu moleque... Onde estava!?

– Calado. Aqui está o que você quer.–Ergo em minha mão a folha com a qual ele teve pesadelos, mas não lhe entrego, porquê vejo a razão dos "nossos" pesadelos subir ao palco para falar com o seu exercito.–Yuu Watase.

Reconheço-a de imediato. Mesmo sem nunca tê-la visto pessoalmente. A mais ninguém poderiam pertencer um andar sobre saltos que nos deixava em alerta, uma roupa digna de uma primeira-dama e um rosto tão severo quanto culto.

A mulher era de uma elegância nata. Daquelas que mesmo se pondo farrapos de um mendigo, ainda era possível ver sangue azul fluir em suas veias e expelida pelos seus poros.

– Olá à todos.–Ela começa sem tocar o microfone que devia ser de uma brava coragem, não tremendo mesmo estando tão perto de vossa realeza.–Hoje nós estamos aqui, mais do que por conta da obrigação habitual. Estamos aqui hoje, por causa de algo... Peculiar. Não achei palavra mais adequada, para isso, já que ao ler uma coluna da revista na semana passada, tive um breve choque.

Todos estavam parados, vendo-a narrar com um ar sem emoções o que não nos deixa saber se ela estava julgando ou apreciando, a menos que ela dissesse.

– Um choque não muito forte, mesmo assim... Interessado. A coluna "amor perfeito", como é conhecida aqui nesse país, estava.... diferente.

– Acho que quis dizer boa, senhora.–Seiga ao seu lado sugere, mas ela o corta em público.

– Não, senhor Tomoiko. Eu quis dizer diferente. Se acaso quisesse dizer boa, eu o teria dito.

– Direto no queixo.–Ouvi alguém ali nos bastidores dizer.

– Continuando. Eu percebi que ela estava diferente do lixo habitual. Por incrível que pareça, parece que após tantos anos, o senhor Yamada finalmente aprendeu como se escreve bem.–Incrível mesmo era o dom que ela tinha de fazer até mesmo um elogio parecer uma critica.– Não pude acreditar muito nisso, mas não haviam provas do contrario. Sendo assim, eu me desloquei até aqui para parabeniza-lo e pedir que nos conte um pouco mais sobre o amor e nos mostrar um pouco desse seu milagre repentino.

As duas palavra final, fez à mim e outras poucas pessoas de mente mais calejadas em estorias, como Anny, perceber que ela havia bolado aquilo tudo como uma armadilha para pegar a verdade. Porém os demais, como Yamada, não se deram conta disso. Ela havia montado uma gaiola de ouro e diamantes para pegar um porco vaidoso.

– Yamada, poderia vir até aqui?–Chamou Yuu Watase e os aplausos se deram, mas ele não aparecia ainda.

– Ande, rapaz. Ela já chamou meu nome, me dê essa folha.

– Não.

– O que disse?

– Eu disse não.–Sorri.– Olhe ao redor, você não pode ser tão burro assim. Ela armou isso tudo só pra pegar você seu velho idiota.–Mesmo eu explicando e ironizando ele parecia não entender.– E.. eu não posso estragar algo tão bem bolado.

Realmente estava admirado com a inteligência da senhora que fazia jus a sua fama de mente brilhante, olhando pra ela mesmo dali onde não podia me ver.

– Do que está falando?–Desconfiava de mim.–O que quer dizer com não poder estragar algo tão bem bolado?

Estendo mais uma vez a folha a sua frente e então a rasgo bem no meio.

– O que está fazendo?! Seu imbecil, vai destruir à nós dois!

Vejo ele se ajoelhar no chão, tentando catar os inúmeros pedacinhos do que antes fora o discurso perfeito. Daí me aguacho e digo a ele uma das muitas coisas as quais já estive farto de engolir.

– Nós dois não. Só você. Como vocês já cansaram de dizer... Eu não sou ninguém. Lembra?

E não sendo ninguém, logo eu não poderia ser destruído pois não haveria o que destruir.

Me virava para ir embora feliz. Mesmo que sabedor dos problemas que acabara de acarretar pra mim, eu estava feliz. Porém, Yamada não parecia estar assim ao se lançar furioso sobre minhas costas que ele julgou estarem desprotegidas, porque de certo ele não deixaria isso assim barato. Mas eu também já contava com isso, me voltando antes dele me acertar, e, de mesmo golpe o segurando contra uma parede atrás das cortinas do palco.

– Não achou que eu ai ser do tipo indefeso pra sempre, achou?–Mais uma vez deixei-o ver bem de perto pelos meus olhos o demônio que trago no peito.–Mesmo sendo passivo eu ainda sou um homem, velhote.

"Obrigado, Jack." Agradeço em mente por um dia ter pelo menos me ensinado a intimidar alguém. "Metade da luta já está ganha, antes mesmo de começar, por que além de me ter como inimigo, meus inimigos ainda tem que vencer o medo que passo, então são dois contra um." Lembro exatamente de entender essa palavras agora. O medo torna um copo d'água um oceano no qual não nos ariscamos mesmo tendo trinta vezes o seu tamanho.

Ainda o prensava contra a parede com meu braço embaixo de seu pescoço quando não percebo que percebida foi a nossa movimentação por quem estava do outro lado da cortina.

– O que está acontecendo aqui, Tomoiko?

– Eu, não sei senhora. Mas garanto que...

– Abra as cortinas.

Ela não dá ouvidos e manda que uma das pessoas nos bastidores as abram. Como que de imediato a ordem é comprida e nos vemos vistos por todo o exercito executivo, administrativo e escravo da Perfetion.

– Yamada. Pode me explicar o que está acontecendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Essa capa foi que eu mais gostei. Foi o rosto que imaginei Ren fazendo. T.Testamos em reta final, já chegou até aqui, não fiquei sem saber o que acontece no final de ZETTAI KARESHI NO SANDMAN o namorado perfeito.



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