Eu,ela e Minhas Ex-namoradas escrita por Claire_Bartoon


Capítulo 6
Cap.6 - Marcela


Notas iniciais do capítulo

Irrá, mais um!



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Deviam ser umas 22 e 30, eu estava esperando chegar o meu pedido da China Box enquanto mantinha meus pés sobre a mesinha a frente do sofá e curtia um o filme Carga Explosiva 2, típico filme de explosões, perseguições e tiroteio, eu sempre curti filmes de aventura assim. Eu acabava de ver um carro explodir quando escutei a campainha do meu apartamento tocar. Talvez a televisão estivesse muito alta e um dos vizinhos havia ido até ali reclamar, de qualquer forma preferi baixar um pouco a televisão antes de atender a porta.

            Me levantei do sofá, eu estava vestido com um short e um roupão, eu adorava aquele roupão acho que tinha pego essa mania da casa dos meus pais se me deixassem eu ia até pra escola de roupão. Abri a porta do apartamento com um leve sorriso quando me deparei com a pessoa que eu menos esperava no meu apartamento, ainda mais aos prantos.

            -Mah?? – eu arregalei os olhos antes dela me encarar, a maquiagem dela estava borrada, dava pra ver que ela estava há muito tempo chorando escorriam duas faixas pretas uma abaixo de cada olho chegando até as bochechas, a ponta do nariz dela estava vermelha e os olhos também.

            -Dante!! – ela falou antes de me abraçar e afundar a cabeça no meu peito nu e me apertar entre os braços dela voltando a soluçar.

            Eu não tive reação, aliais nem ação eu tive, o silêncio era absoluto ali tirando claro pelo soluço dela, eu podia sentir as lágrimas dela agora contra minha pele e enfim eu a abracei tentando aconchega-la mais ao meu corpo. Agora eu sabia o jantar não tinha dado certo porque com certeza aquele não era um choro de alegria.

            - Acabou... – ela sussurrou entre soluções, o corpo dela tremilicava enquanto tentava recuperar o ar, falar e chorar.

            -O que acabou?? – eu perguntei enquanto afagava os cabelos dela tentando acalma-la.

            -Tudo... – ela começou..- eu e o .... e o... – e antes de terminar de falar ela voltou a se afundar contra o meu corpo e a chorar.

            Ela não precisava dizer mais nada, eu já sabia, talvez soubesse antes mesmo de ter visto meu amigo sair pela porta do meu apartamento aquela tarde. Eu olhei para o corredor, sentia como se meus vizinhos pudessem nos ouvir.

            -Vêm Mah, entra em casa! – disse a ela puxando-a pra dentro de minha casa me soltando dela em seguida e assim pude fechar a porta.

            -Ele tinha começado tudo tão bem, tava tudo tão... tão .. perfeito.. porque.. – ela tinha começado a falar enquanto entrava em casa e andava pela sala um pouco inconformada. – Por que ele tinha que estragar tudo?? Por quê?? Aquele idiota! – ela falava muito mais brava.

            -Mah, para! – eu pedi quando chegava mais próximo a ela e abria os braços pra abraça-la mais uma vez.

            -Não! – ela disse fugindo de mim. – Não, eu não quero parar, eu quero, quero odiá-lo! – ela continuou com raiva – Eu não entendo como pude agüentar tanto tempo aquele estúpido, insensível, vagabundo!! – ela batia o pé e limpava as lágrimas com as mãos e pulsos tentando se mostrar mais forte na minha presença.

            Eu a encarava, deixava-a falar tudo o que queria, eu a deixaria falar exatamente o que quisesse, ela tinha que ser escutada agora não tinha?

            -Como você agüenta? Como o agüentou por toda a faculdade?

            -Ele era um cara legal...- comecei

            -Legal? – ela me perguntou como se eu dissesse o pior absurdo do mundo. – LEGAL?? – ela disse mais alto quase me assustando. – O Rodrigo é um idiota, estúpido, grosso, inútil...

            -Mah! – eu me aproximei dela novamente pra que ela parasse. – Mah para! – eu puxei o pulso dela chamando a atenção dela fazendo-a ficar calada, talvez tivesse percebido que estava “surtando”. – O que foi que aconteceu?

            - Eu, eu estava esperando você, porque você tinha me pedido lembra? – eu apenas confirmei com a cabeça – E ele chegou lá, e eu disse que estava esperando você e em seguida ele disse que ele tinha pedido pra você me mandar aquela mensagem porque tinha medo de que eu não esperasse se fosse ele. O Rodrigo estava lindo sabe? Tinha se arrumado todo, disse que tinha ido me buscar pra fazer uma surpresa, me deu até um buquê de flores! De margaridas! Minhas flores preferidas! – ela falou como se a última parte fosse quase um absurdo.

            -Eu sei.. – respondi puxando-a em direção ao sofá fazendo ela se sentar ao meu lado, eu tinha desistido da televisão, baixei mais ainda o volume enquanto tentava ficar confortavelmente ao lado dela.

            -Eu nunca achei que ele fosse capaz de fazer algo romântico assim sabe? Achei que ele estivesse mesmo arrependido pelo que fez, me levou a um restaurante lindo, disse pra eu não me preocupar que ele mesmo iria pagar e...na hora do jantar, ele foi um completo idiota! – eu olhei pra ela um pouco assustado, não tinha entendido mais nada.

            -Como assim? O que ele disse?

            - Tudo! – ela disse inconformada – Ele disse tudo o que não podia! Me tratou como se eu fosse uma babaca, como se eu precisasse dele pra tudo, como... ele errou o nome do meu cachorro!! – ela falou mais uma vez com raiva.

            - Ele errou o nome do cachorro? – eu fiquei irritado, tinha dito pra ele não errar a droga do nome do cachorro dela.

            -É, eu sei que não deve ser importante pra você, mas, eu adorava aquele cachorro! – ela foi desanimando enquanto falava.

            -É você me contou o quanto chorou quando o Flufy morreu! – respondi abrindo um leve sorriso pra ela.

            Ela me encarou nos olhos e abriu um sorriso enorme como se eu tivesse dito a melhor coisa do mundo, como se eu simplesmente tivesse acabado de salvar a vida dela.

            - Você se lembra!

            -Claro que eu lembro, você adorava falar dele quando a gente se conheceu! – eu falei dando risada da cara dela.

            -Eu queria que ele lembrasse dessas coisas! – ela falou afundando no sofá, foi o tempo de eu escutar o interfone tocar, finalmente o meu pedido havia chegado.

            -Tá com fome mah? – eu perguntei antes de abrir a porta do apartamento pra ir buscar o pedido, mas ela não estava mais na sala, devia ter ido ao banheiro. – Já volto! –gritei antes de sair.

            Quando cheguei a portaria com o dinheiro o porteiro já vinha me pedir desculpas por não ter conseguido impedir Marcela de entrar, ela parecia nervosa e havia entrado correndo no prédio ao mesmo tempo que um dos inquilinos havia saído, eu o acalmei rapidamente, já tinha tido visitas na hora errada antes e tinha pedido a ele que não deixasse que nenhuma de minhas amigas entrasse sem que ele me avisasse antes.

            Eu voltei ao apartamento com a sacola de comida chinesa, haviam três caixas, eu estava com muita fome mesmo e provavelmente sobraria pro meu almoço no dia seguinte. Era uma caixa de frango xadrez, outra de frango empanado e por último e não menos importante o arroz dele. Eu levei as coisas até a cozinha colocando em cima do balcão.

            -Mah? – chamei ela mais uma vez procurando na sacola os biscoitinhos da sorte e separando-os das caixas.

            -Oi... – ela falou e eu ergui o pescoço vendo-a vestida com uma de minhas camisas que ficavam realmente enormes nela. Ela havia limpado o rosto tirando aquele ar abatido, tinha se livrado do vestido como se quisesse ficar mais confortável, ela tinha colocado até mesmo um dos meus shorts, estava super bonitinha, como se fosse um “mano” magricela que usa roupas largadas. Eu abri um sorriso de leve, não me importei dela ter feito isso, ela tinha o direito de se sentir confortável na minha casa.

            -Tá com fome? – perguntei.

            Ela soltou um suspiro olhando para os potinhos e meneou a cabeça.

            -Eu até estou, acabei indo embora antes de comer alguma coisa de verdade, acho que não ia conseguir fazer a digestão mesmo. – continuou – Mas eu não sei se gosto de comer isso aí! – ela apontou levemente para as caixinhas.

            -A qual é, nunca comeu chine in box? – eu fiz uma leve careta pegando os palitinhos e as caixinhas voltando a caminhar até a sala e ela me acompanhou, eu abri a caixa dos frangos empanados e enfim separei um dos palitinhos e ajeitei os hashis nos meus dedos fazendo o movimento de pinça.

            -Eu sempre achei super legal quem consegue comer com esses palitinhos!

            -Depois de um tempo você pega o jeito! – comentei antes de pegar um dos frangos e me virar pra ela. – Toma! – disse fazendo menção de quem iria colocar o frango na boca dela. Ela me olhou com uma leve careta como se não estivesse segura do que fazer. – Anda abre a boca aí mulher!

            -Tá, ta! – ela falou abrindo a boca e comendo o frango empanado lentamente enquanto eu já pegava mais um e levava a minha boca.

            -E então?? – eu ia terminando de mastigar.

            -É bom! – ela falou enquanto puxava o potinho da minha mão e os palitinhos da outra tentando insistentemente segurar os Hashis nas mãos e fazer o mesmo movimento que eu. Soltei um riso divertido dela.

            -Tenta comer com isso! – eu puxei o molho agridoce e entreguei a ela.

            Em seguida eu puxava a outra das caixinhas e abri começando a comer o frango xadrez, aproveitei pra puxar o controle da televisão pra que pudéssemos nos distrair enquanto comíamos né? Ela parecia mais calma isso me deixava mais feliz, tranqüilo.

            Ela mesma tinha optado por não falar mais na noite dela, parecia preferir apenas se distrair e até curtiu terminar de assistir o filme que eu estava vendo. Eu olhava pra ela algumas vezes e pedia um dos frangos empanados pra ela enquanto tentava enfiar o meu hashi no potinho que ela segurava e ria mais quando ela tentava ficar regulando a comida que EU havia comprado, mas pelo menos estava divertido.

            Depois de um tempo a gente já estava explodindo, de verdade, eu estava esparramado no sofá igual a ela com a barriga estourando, os dois estavam olhando o teto quase delirando de dor na barriga e isso porque ainda tinha sobrado bastante comida.

            -Eu vou vomitar! – ela dizia rindo em seguida levando a mão a barriga.

            Eu olhei pra ela de lado e soltei um riso divertido da cara dela.

            -Nem pense em fazer isso perto de mim, nem em vomitar no meu sofá! – comentei empurrando ela levemente e a vi em seguida virar pra cima de mim simulando um “vomito” e fazendo “bléé” – Sai você ow! – comentei segurando ela levemente ainda com um sorriso nos lábios

            Ela riu da minha cara voltando a posição inicial dela e soltou um suspiro.

            -Achei que você tinha passado mal hoje!

            -É, mais ou menos! – comentei desligando a televisão. – Acho que eu só não queria ver a Anna! – comentei como quem não quer nada.

            -Também depois da gritaria de ontem nem eu iria querer ver, apesar de que eu acho que ela tem uma queda por você! – ela comentou rindo divertida da minha cara e me deu um leve tapinha no braço.

            -Ah ta! – eu falei, engraçado ela dizer isso porque Anna parecia dizer a mesma coisa quanto a minha “queda” só que no caso era por Marcela.

            -Ah vai, bem que a Anna é bonita, você podia acabar pegando ela, você tem esse seu jeito de santinho mas eu sei Dante, você deve ter uma tantas garotas afim..

            -Eu?? – olhei pra ela inconformado. – Nunca, eu não, eu sou um garoto sério!

            -Ah certo, você é sim.. – ela continuou de forma irônica. – Exatamente por isso você tem duas mulheres! A Sayuri e aquela outra do restaurante lá, apesar de eu achar que agora você deve ter só a Sayuri né?

            Pobrezinha mal ela sabia que eram quatro.

            -Ah se bobiar nem a Sayuri eu tenho! – comentei soltando um suspiro.

            -Nossa, porque?? – ela pareceu espantada ao perguntar isso.

            -Ah, porque ela começou com aquelas paranóias, falando que eu tava apaixonado por você! E que eu não gostava dela e blá blá blá!Lembra? – eu fui gesticulando e parei com meus olhos nos olhos dela.

            -Gente, que mania que esse pessoal tem! – ela afirmou inconformada ainda. – A gente não pode ter um bom amigo que já vira paixão! O Rodrigo era cheio dessas também, dizendo que você era o meu protegidinho!

            -Affe, fala sério, deve ser por isso que ele foi falar merda pra Sayuri, foi por isso que ela começou com essas paranóias! – comentei olhando pra ela.

            -Eu não acredito ainda que ele foi falar coisa pra ela! – ela continuava ainda chocada.

            -Ah, esquece isso! – comentei – Nada haver, já imaginou, a gente juntos?

            -Né? Nada haver, a gente é tão diferente! – ela disse fantasiando.

            -Né? A gente nem combina, chega a ser engraçado pensar nessas possibilidades!

            -Sim, imagina, eu procurando casamento e acabar me envolvendo com você? Que parece fugir de relacionamento como diabo foge da cruz!

            -Deus me livre, nada de casamento! –comentei rindo divertido. – Seria muito estranho acordar ao lado da mesma mulher, todos os dias! – falei sinceramente.

            -Ah e eu não te imagino como um bom companheiro! Não que você não seja legal e tudo mais né? Mas você entende, você é o Dante!

            -E daí? – olhei pra ela.

            -Ah não sei, questão de confiança Dante, eu adoro você, mas sei lá, acho que nunca ficaria com você! – ela ainda ria da minha cara.

            -Eu também nunca ficaria com você! – respondi a ela com um leve sorrisinho nos lábios e desviei meus olhos dos dela, nós dois permanecemos em silêncio por alguns segundos enquanto nós perguntávamos se aquele era o fim do assunto.

            Eu encarei a televisão apagada, o silêncio era estranho e constrangedor, eu não sabia exatamente o que, mas sentia algo queimar dentro de mim, uma vontade enorme, eu olhei para Marcela e ela me encarou praticamente ao mesmo tempo e então foi automático. No instante seguinte um tinha avançado contra o outro como se fossemos dois selvagens iniciando um beijo forte e voraz, algo extremamente desesperado como se toda nossa vida dependesse disso.

            A gente não estava pensando mesmo, eu podia sentir a mão dela entrar pelos meus cabelos entrelaçando os dedos nos meus fios loiros e puxando-os tentando me levar mais pra ela. Eu podia sentir a língua quente dela em contato com a minha, era algo tão intenso que chegamos a ficar ofegantes e mal devia ter passado 5 segundos que a gente se beijava. Eu abracei sua cintura, o corpo dela escorregava pelo sofá enquanto eu me encaixava por cima do corpo dela desajeitadamente, minha outra mão deslizava pela coxa de minha colega com vontade, como se eu nunca tivesse sentido uma pele de mulher em mãos, eu tinha uma necessidade enorme de tocá-la, era como se eu desejasse isso a anos.

            Em seguida eu senti as mãos dela passar pelo meu roupão me ajudando a tirá-lo, eu nem pensei muito, quando eu me vi estava só com o short e em seguida ergui o corpo puxando Marcela pro meu colo, minhas mãos deslizavam pelo tronco dela puxando a minha camiseta que cobria o corpo dela, nós interrompemos o beijo um segundo pra que eu pudesse tirar a roupa dela e em seguida retomamos com a mesma intensidade, deixei agora que minha mão entrasse por entres os cabelos dela e os puxei, ouvindo de sua boca um gemido delicioso de aprovação. Eu me sentia extremamente satisfeito com ela nos braços, era quase como se eu estivesse realizando algum sonho.

            A mão dela em seguida deslizou pelo meu tórax me arranhando e desceu até o começo do meu shorts, eu já sabia onde tudo aquilo ia acabar e sinceramente não me sentia culpado,eu sabia o quanto meu amigo gostava dela mas naquele instante eu não conseguia pensar em mais nada a não ser a língua dela em contato com a minha, a direção e o rumo que as mãos dela tomavam quando tocavam meu corpo, a forma como a nossa pele se esfregava causando calor devido o atrito de nossos corpos. Eu queria terminar de tirar aquela roupa dela, arrancar aquele sutiã que ela usava, tocar seu sexo, Deus ela estava me excitando de verdade.

            Deixei a boca dela deslizar pelo meu pescoço, abri um sorriso safado sentindo meu corpo arrepiar, soltei um leve suspiro de prazer até escutar a minha mesa começar a vibrar. Abri um dos olhos por cima dos ombros dela, meu celular vibrava enlouquecidamente. Ela tinha interrompido as coisas também olhando por cima do próprio ombro e enfim virou-se pra mim com um leve sorriso.

            -Você não vai atender?? – ela começou me perguntando e em seguida se ajeitou sobre meu colo e pegou meu celular olhando a tela de chamada recebida. – Sayuri! – ela disse me entregando o celular, eu não entendi direito onde ela queria chegar mas ela disse o nome de Sayuri com uma cara de safada, o que me deixou um pouco na duvida se eu deveria ou não atender ao celular. Preferi atender de uma vez.

            -Alô? – comecei e foi como se eu tivesse despertado em Marcela algo que eu nunca imaginei porque ela novamente voltou a se colocar sobre meu colo e a levar a boca até o meu pescoço me causando alguns arrepios, eu senti um frio na barriga, fechei os olhos tentando me concentrar.

            -“David!” – escutei a voz da japonesa do outro lado da linha.

            -Ahm? – respondi enquanto ainda sentia a língua de Marcela pelo meu pescoço e ela foi subindo até  minha orelha roçando a pontinha pelo meu lóbulo me fazendo soltar um riso divertido e arrepiado, eu contraí o músculo do pescoço como se tentasse evitar um pouco o que eu sentia.

            -“Você ta legal??” – ela pareceu escutar o meu riso.

            -Eu to sim! – corrigi rapidamente. – Eu to bem! – continuei e em seguida escutei um riso de Marcela, em seguida ela levou os lábios próximos aos meus ouvidos.

            -Pena que ela não faz idéia de com quem você está né? Dante... – foi isso que Marcela disse ao pé do meu ouvido me fazendo revirar os olhos, a voz dela tinha sido tão provocativa que eu nem tinha escutado direito o que Sayuri me dizia do outro lado da linha.

            -“Eu tenho uma surpresa pra você David!” – ela tentava me dizer ali.

            -Aham... o que?? – perguntei sem dar muita importância já que Marcela agora descia a boca pelo meu peito e passava a língua lentamente em volta dos meus mamilos e me encarava como se me desafiasse a continuar falando com Sayuri.

            -“Eu consegui um emprego novo! Eu consegui! Eu queria ter te contado antes, mas não pude, você não vai acreditar onde é! Adivinha!” – ela continuava, mas eu não conseguia dar importância, Mah começou a mordiscar minha barriga enquanto já estava de joelhos no chão, eu contraia os músculos tentando manter meus arrepios e gemidos dentro de mim.

            -Puxa que legal! – respondi enquanto escorregava no sofá.

            -“Advinha!” – ela repetiu.

            -Adivinhar o que?? – perguntei a Sayuri enquanto mantinha meus olhos fixos ao que Marcela fazia, as duas mãos dela agora dançavam pela minha virilha e subiam pelo meu shorts até encontrar o elástico dele.

            -“Onde é que eu vou começar a trabalha amanha!!” – ela pareceu irritada com a minha distração.

            -Não sei, onde? – falei de qualquer jeito enquanto levei minha mão até os cabelos de Marcela mais uma vez e a puxei pra cima de mim afastando o celular da minha orelha por um instante e lhe dando um novo beijo que eu não consegui resistir. Ela parecia extremamente satisfeita ao ver que eu não havia agüentado muito tempo sem conseguir me controlar. Marcela parecia estar disposta a me tirar do sério, mas o beijo não durou muito e ela se afastou da minha boca e eu levei o celular até a orelha mais uma vez.

            -Legal legal Sá! – respondi sem nem ao menos ter escutado o que ela disse. – Parabéns! – continuei.

            -“Você ta feliz por mim?!” – ela  pareceu animada ao me ouvir falar daquele jeito.

            -Aham, muito! – respondi indiferente – Amanha a gente até comemora depois do seu trabalho ta certo? – eu queria muito desligar aquela droga de celular porque Mah havia se levantado e parecia desfilar na minha frente e brincava com o elástico do short largo que ela usava baixando-o lentamente deixando um pedaço da calcinha de seda preta dela aparecer exatamente como era o sutiã que ela usava.

            -“Bobinho, vou adorar comemorar com você! Desculpa por ter brigado com você o domingo!” – ela disse já puxando outro assunto.

            -Esquece isso Sá, mas agora eu preciso desligar eu tenho umas coisas pra terminar amanha pra minha Chefe, to um pouco ocupado! – disse encerrando a conversa.

            -“Sua chefe é tão mala.. tudo bem, amanha a gente conversa então! Um beijo David!”

            -Um beijo, tchau.. – eu disse rapidamente antes de desligar e largar o celular em alguma reentrância do sofá, no instante seguinte eu já avançava contra o corpo de Marcela abraçando-a com vontade fazendo nossos corpos se chocarem contra a parede da sala ao lado do quadro que minha mãe me dera pra enfeitar o apartamento. Novamente nossas bocas se encontraram e eu puxava as pernas dela prendendo-a contra o meu corpo nossas cinturas agora se encaixavam perfeitamente e eu deixava ela sentir tudo o que ela tinha feito em mim, afinal eu já estava excitado.

            Ela deixou um gemido escapar, ergueu o pescoço apertando mais meu cabelo em mãos, minha boca havia escorregado ao pescoço dela, minhas mãos apertavam as coxas de Marcela firmemente eu a tirei da parede, a sentia cruzar as pernas em minhas costas se prendendo ao meu corpo, eu fui caminhando por entre o apartamento com ela no colo, deixei o corpo dela cair sobre a minha cama, eu a desejava, como nunca havia desejado outra mulher na minha vida. Apoiei uma das mãos na cama enquanto a outra eu usava pra puxar o short que ela usava, Mah parecia querer me ajudar já que ela movia a cintura e as pernas chutando a roupa dela pra longe de seu corpo.

            Foi a minha vez de deslizar a boca pelo corpo dela, minhas mãos agora puxavam as duas alças do sutiãn dela, foi então que eu escutei o telefone começar a toca. Não podia acreditar que isso estava realmente acontecendo. Mah olhou para o lado, meu telefone gritava euforicamente fazendo ela me empurrar de novo rindo da minha cara.

            -Atende! – ela se afastou de mim sentando-se na minha cama.

            Eu revirei os olhos pegando o telefone um pouco furioso, porque raios as pessoas não me deixavam em paz nessas horas? Era quase meia-noite e eu estava tentando saciar minha super vontade.

            -AlÔ? – eu falei um pouco irritado.

            -“Dan... Dante?” – eu escutei uma voz meio assustada do outro lado da linha, mas eu reconheci imediatamente.

            -Sarah!?! – eu me erguia um pouco ficando de joelhos na cama na frente de Marcela, e ela agora começou a deslizar as mãos pelo próprio tronco e enfim levou a mão até o fecho do próprio sutiã. Ela iria tirá-lo e eu estava ali parado no telefone falando com a minha “sobrinha”

            -“Dante eu sinto sua falta eu queria te ver, será que eu poderia ir aí!?” – ela me perguntou.

            -Eu não to em casa! – respondi rapidamente enquanto escutava Marcela rir da minha cara e eu fiquei sem entender.

            -“Como não ta em casa Dante? Eu acabei de te ligar aí!” – ela falou meio sem paciência.

            Eu olhei o telefone fazendo uma careta e voltei a me concentrar.

            -É que eu vou sair, eu vou ver um amigo, a mãe dele faleceu! – eu falei a primeira coisa que se passou pela minha cabeça, eu tava desesperado, a Mah tinha acabado de tirar o sutiã na minha frente, eu admirava os seios arredondados dela, ela tocava-os na minha frente, ajoelhada ali mordendo em seguida os próprios lábios carnudos.

            -“Mas eu queria muito te ver Dante, eu preciso muito te ver!” – continuou ela.

            -Eu prometo passar aí quando sair da casa do meu amigo eu te ligo pode ser? Eu preciso mesmo ir Sarah!

            -“Ta!” – ela disse desanimada – “Mas vêm devagar que meu pai ta em casa!”

            -Eu não tenho medo do seu pai! – falei . – Beijo, tchau! – disse mais uma vez colocando o telefone no gancho e abraçando novamente Marcela fazendo-a cair com violência na cama.

            -Ai.. – ela disse rindo empurrando meu ombro levemente – Medo do pai?? Como assim? – me perguntou curiosa.

            -É, o meu irmão é um pouco ciumento! – eu falei enquanto passava a boca pelo pescoço dela e descia até os seios de Marcela.

            Ela levou a mão até meus cabelos e puxou ele fazendo eu encara-la

            -Você ta pegando a sua sobrinha?? Que safado! – ela soltou mais um riso divertido da minha cara, ela conhecia Sarah, já a tinha visto antes, eu soltei um riso. – Era ela a garota do restaurante??

            - Esquece isso! – eu falei com o corpo sobre o dela e ela se contorcia rindo de mim, me empurrou novamente virando de bruços, eu levei minhas mãos pelas costas dela arranhando e subi até os cabelos de Mah tirando-os da frente da nuca dela e passei a beija-la ali, fui encaixando meu corpo sobre o dela deixando ela sentir a pressão de minha cintura sobre seus quadris.

            Ela estremeceu nas minhas mãos soltando um suspiro de satisfação, eu levei as mãos até a calcinha dela puxando-a pra baixo, ela moveu a cintura permitindo que eu tirasse a última peça de roupa que restava no corpo dela mas antes que eu terminasse de tirar a calcinha dela o telefone começava a tocar de novo, eu realmente não estava acreditando nisso, o telefone tava estragando tudo.Eu vi Marcela afundar a cara no meu travesseiro soltando um suspiro desanimada.

            -Deixa tocar! – eu falei puxando a cintura dela mais uma vez e fazendo a calcinha dela deslizar pelo corpo dela lentamente.

            Ela soltou um riso e olhou pra mim por cima do ombro, eu finalmente tinha deixado ela completamente nua, segurei a calcinha dela em mãos e soltei um riso divertido. Marcela tinha um corpo lindo que eu não tinha reparado antes, e me pergunto como.

            “Você ligou pro telefone do David, no momento eu não posso atender mas deixe o seu recado após o sinal que se pá eu até te ligo, valew!”

-“Dante!! Aqui é a Anna!” – eu perdi o sorriso e encarei minha secretária eletrônica de olhos arregalados e em seguida olhei pra Marcela que parecia estar olhando pra secretária também. – “Eu passei a tarde inteira pensando em você. Me desculpa por brigar com você de verdade, eu te achei tão caidinho de manhã. Se estiver bravo comigo me desculpa eu fiquei com ciúmes de você, você sabe que eu te amo! Me liga.”

Eu fechei os olhos baixando a cabeça e olhei mais uma vez para Marcela e ela fazia um sinal com a mão e me dizia em silêncio “ Três??”, eu forcei um sorriso e ela foi se virando pra mim um pouco desajeitada.

-Nem a Anna você perdoou! – ela começou me empurrando fazendo mais uma vez eu sair de cima dela.

-Não é assim, aconteceu, simplesmente aconteceu! – tentei explicar pra ela, droga o clima tinha acabado quase completamente e eu me sentia um pouco sem graça com a situação.

- Três mulheres?? Como é que você não confunde?? – ela me perguntou ainda inconformada. – Com três mulheres no seu pé como é que você ainda se lembra do nome do meu cachorro?? – ela me encarava seriamente e eu, por minha vez não sabia o que responder, onde ela queria chegar?

-Não sei Mah, eu sou bom em decorar as coisas, sei lá.. – dei de ombros em seguida me sentando na cama e esticando a mão pra puxá-la pra perto de mim. – Mas será que agora a gente pode terminar o que estava fazendo?? – eu a trouxe pra perto do meu corpo e ela não resistiu muito e se sentou sobre o meu corpo abraçando meu pescoço lentamente.

-Eu não consigo acreditar... – ela disse enquanto roçava os lábios nos meus, eu podia sentir os seios dela pressionados contra o meu tórax. O volume do meu Short sentia o peso da cintura dela e o rebolado que agora ela insistia em fazer.

-Esquece isso.. – sussurrei pra ela mordendo aquele delicioso lábio avermelhado e voltei a beija-la, eu tinha gostado do beijo dela, com certeza ele ficaria gravado na minha mente por muito e muito tempo, eu começava a curtir o beijo, ele começava a se agitar, eu abraçava as costas dela, mas como tudo que é bom dura pouco o telefone tocou de novo.

- Ah desisto!! – ela falou me empurrando em seguida com certa raiva e vontade se levantando do meu colo e consequentemente da cama.

-Mah calma!! – eu falei um pouco assustado.

-Calma???  O telefone não parou nem um minuto a cada segundo uma mulher diferente!!

-Você nem sabe se é uma mulher que ta me ligando!! – respondi engatinhando em direção a ela.

 

“Você ligou pro telefone do David, no momento eu não posso atender mas deixe o seu recado após o sinal que se pá eu até te ligo, valew!”

 

-“ Gatinhooo?? ...” – eu desmontei em cima da cama ao escutar a voz de Chris pela secretária eletrônica. – “Eu to com umas saudades de você Gatinho, quando você vai vir me ver em??” – eu olhei pra Marcela novamente e ela me olhava apontando a secretária eletrônica.

-Viu!!! – ela disse pegando a calcinha e se vestindo rapidamente. – Eu não vou ser a quinta mulher!Não vou, eu devo dizer a sexta ou sétima?? – ela falava toda sem paciência. – Olha Dante uma eu suportava, tava disposta, duas eu já achei ruim mas duzentas não vai rolar! – ela continuava a dizer enquanto terminava de vestir o sutiãn.

-“ Eu to louca pra ver você, sentir esse seu corpinho sobre o meu David...”

Eu tentei dizer alguma coisa pra ela, juro eu tentei, mas como eu poderia contra argumentar? No instante seguinte Marcela olhou para a secretária eletrônica enfurecida e partiu pra cima dela pegando meu telefone e começou a gritar.

-Eu sinto lhe dizer querida!! Mas o Dante ta ocupado demais comendo mais umas vinte mulheres pra te dar atenção!

-MAH!! – eu gritei me esticando pra tentar pegar o telefone da mão dela, mas ela desviou.

- Mas não fica triste não meu bem, ele vai procurar um tempinho na agenda dele pra você! – ela disse isso antes de desligar o telefone na cara de Chris e jogar ele contra mim. – Você estragou tudo! – ela falou quase voltando a chorar de novo.

- Eu o que?? – eu estava confuso, não sabia exatamente onde ela queria chegar e nem porque ela me dizia aquilo.

- Era pra minha noite ter terminado ótima! Era pra ser legal e você estragou tudo, vocês homens são tão.. tão desprezíveis!! – ela berrou inconformada comigo, irritada e completamente chateada.

-Mah não faz assim me deixa explicar!! – eu me levantava da cama assistindo a crise histérica dela.

- Não encosta em mim David! – eu nem me aproximei Marcela nunca me chamava de David, NUNCA. Ela tinha terminado de vestir a roupa a qual estava quando havia chegado ao meu apartamento. – Eu não quero conversar com você agora!! – ela disse. – Não quero conversar com ninguém agora! – ela continuou saindo do meu quarto, eu fui atrás dela.

-Eu não te obriguei a fazer nada! – falei gritando logo em seguida. – Você quis me beijar do mesmo jeito que eu!! Eu nunca disse que seria só seu!! – falei irritado, ela estava era tento um ataque histérico de ciúmes só podia.

-Eu reparei bem Dante!! Eu reparei bem nisso você não precisa me informar, porque já deu pra perceber que você não vai ser de ninguém! – ela olhou pra minha cara totalmente irritada. – NUNCA, você vai acabar sozinho, sem ninguém e não me procure quando esse dia chegar, porque deus queira que eu esteja muito bem casada e feliz! Só não sei como pude ser tão burra em achar que você sentia alguma coisa por mim, imagina o Dante, o todo gostoso... gostando de alguém... – ela tinha sido irônica e por um acaso eu não consegui combater a aquele ironismo, me senti realmente mal, ela foi logo saindo do meu apartamento batendo a porta, e eu fiquei encarando a porta de madeira chacoalhar e perder a força que ela tinha usado pra fechá-la. Soltei um suspiro e levei às mãos a cabeça antes de começar a gritar sozinho e a chutar as coisas a minha volta em um acesso de raiva.

Ouvi alguém bater na minha porta em seguida e berrar do lado de fora “Quer parar com o escândalo eu quero dormir, vou chamar a policia!!!”, mas eu estava estressado, tinha dado tudo errado, absolutamente tudo errado e justo comigo que sempre tive cuidado pra que as coisas não saíssem de controle, pra que nenhuma das minhas “namoradas” se encontrassem agora a única pessoa que eu realmente me senti tentado tinha descoberto tudo e me tratava como um perfeito lixo. Eu estava frustrado, tinha magoado Marcela e me sentia muito mal por isso, eu me sentia realmente muito mal por isso.

Voltei a me sentar no sofá cobrindo o rosto com as mãos enquanto eu escutava as palavras dela se repetirem na minha cabeça, eu às vezes me sentia sozinho mesmo, por mais namoradas que eu tivesse muitas vezes desejei ter uma única mulher pra mim, alguém que eu pudesse chamar de minha e que eu fosse só dela. Mas nunca quis me apaixonar, nunca me deixei levar pelo amor ou qualquer coisa do tipo, eu queria muito fazer todas as mulheres felizes só que a cada momento eu reparava que eu não fazia ninguém feliz, todas as 4 garotas que eu saía haviam me ligado aquela noite insatisfeitas de alguma forma, e a última delas a quinta e a garota que por algum motivo habitava minha cabeça nos últimos dias acabara de sair completamente frustrada aos berros do meu apartamento. Noite maldita, eu sentia raiva de mim, sentia-me completamente frustrado com minha situação, preferi deitar na minha cama, eu precisava mesmo dormir e se possível que só acordasse dali a alguns anos porque eu realmente estava precisando esquecer o mundo. Eu precisava esquecer do universo inteiro porque eu já não estava conseguindo acompanhar a confusão que minha vida se tornará aquela semana. Mas naquele momento eu só precisava dormir...só isso.


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Notas finais do capítulo

o> Leiam também o eu ele e suas ex- namoradas! ;P



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