Eu,ela e Minhas Ex-namoradas escrita por Claire_Bartoon


Capítulo 2
Cap. 2 - Sarah


Notas iniciais do capítulo

Pra entenderem o outro lado da história leiam
"Eu,ele e SUAS ex-namoradas" ;p



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“Trim Trim Trim”, esse é meu telefone o “PI PI PI” é o despertador, mas bem, eu escutei o telefone naquela manhã de sábado, ergui a cabeça por alguns segundos procurando o relógio curtindo a ressaca do dia anterior ainda, eram 14 horas, aliais pra ser mais exato eram 14 e 12, quem liga pra alguém as 14 e 12 de um sábado?? Afundei minha cabeça no travesseiro, não eu não iria atender, nada nem ninguém nesse mundo me faria atender ao telefone naquele momento, soltei um suspiro, eu ainda pensava em Anna e nas coisas que ela tinha me dito na noite anterior, eu ainda me sentia culpado, eu sabia que era mesmo.

            “Você ligou pro telefone do David, no momento eu não posso atender mas deixe o seu recado após o sinal que se pá eu até te ligo, valew!”

            Eu escutava minha secretária eletrônica virei meu corpo de costas do telefone e levei meu cobertor até a cabeça fechando novamente os olhos, eu iria pegar no sono novamente rapidinho.

            -“Alô, David?? Aqui é a Sarah, você ta aí?? David, atende o telefone eu sei que você ta aí! David você prometeu que a gente ia sair hoje, alôw!?!”

            Ah, só podia ser peça do destino, era sábado, eu tinha que almoçar com a Sarah. Arregalei os olhos no momento em que a mensagem continuou, eu estava ferrado.

            -“Dante, onde é que você está?? Você não vai me dar o bolo né?”

            Levantei da cama em um pulo enorme me virando bruscamente enfiando a mão no telefone e derrubando tudo o que havia sobre minha mesinha, levei o telefone até a orelha.

            -Sarah!! – comecei rindo sem graça – Oi Sarah, não eu já estou saindo de casa, eu só estou terminando de me ajeitar e já chego aí, eu nunca me esqueceria de você claro que não! – ri mais uma vez antes de desligar. Eu tinha certeza a cada segundo que tinha que arrumar uma secretária pra anotar os meus compromissos eu não dava conta, não mesmo.

            Levantei da cama rapidamente depois do susto quem é que conseguiria dormir? Eu que não. Tomei um banho rapidamente e saí praticamente correndo de casa. Vocês devem se perguntar, quem é Sarah. Bom, em realidade Sarah é minha sobrinha. Aliais, uma linda sobrinha, uma deliciosa sobrinha. Ta me deixem terminar de explicar, eu sou tio da Sarah, eu realmente sou, acontece que eu fui adotado pelos avós dela. Só que quando eu fui adotado os avôs dela já tinham filhos e esses filhos já eram casados, deu pra entender? Ou seja, sim eu tenho pais que são avós e irmãos que são pais. Aliais o pai da Sarah é um terror, eu agradeço por ele nem suspeitar sobre eu e a querida filhinha única dele. Fazer o que eu sempre gostei de riscos.

            Finalmente eu havia chegado, tinha feito a grande proesa de estar ali trinta minutos depois da ligação dela, deixei a moto no estacionamento do restaurante e entrei rapidamente vendo Sarah já sentada na mesa olhando pra mim com cara de brava, me aproximei dela e abri um leve sorriso.

            -Desculpa o atraso! Eu tive que trabalhar hoje de manhã! Acabei perdendo o horário, mas eu não me esqueci de você eu juro! – comecei sorrindo pra ela, Sarah não parecia ser do tipo de garota que ficava brava com alguém, ela não demorou muito pra abrir um enorme sorriso e se debruçar sobre a mesa me dando um leve beijo. Eu correspondi olhando para todos os lados do restaurante, nunca se sabe quem pode estar vendo.

            -Tudo bem, você recompensa depois! – ela comentou sorrindo pra mim. Sarah era loira, tinha um corpo de dar inveja em muitas mulheres, seus olhos eram azuis cor de céu, um azul bem claro muito bem destacados pela maquiagem que ela fazia. Não tínhamos muita diferença de idade, ela tinha apenas dois anos a menos que eu, ou seja, 22.

            -Então, como vai o seu pai? – perguntei chamando o garçom.

            -Eu sei que você tem medo dele David, sei que tem medo dele descobrir o que acontece entre nós, mas não é assim né David, a gente tem um lance legal, para com isso! – começou ela, sempre com aquele mesmo discurso de que eu tinha medo do pai dela, eu não tinha, eu sabia que ele era do tipo que vivia no meio do mato com aquelas idéias antigas de que se ta namorando a filha dele tem que casar e blá blá blá. Olha eu quero deixar claro que eu não tenho medo, tenho pavor dele. O cara é um tipo de ciumento maluco que gritava comigo na adolescência o tempo todo, quando eu era adolescente eu nem ficava com a Sarah, na verdade a gente ficou juntos no fim da adolescência quando ela quis perder a virgindade e eu dignamente a ajudei. Sou um tio legal não sou? Mas desde então eram encontros casuais, eu nunca cheguei a me envolver mesmo com ela, ela tinha os namorados dela eu continuava tento meus casos pelo menos sempre acreditei que era assim.

            -Não tenho medo dele. – eu respondi sem muita confiança

            -Tá.. – ela respondeu rindo da minha cara, eu cruzei os braços meio a contragosto.

            Pedi ao garçom que trouxesse uma cerveja pra mim e uma soda pra ela, até aí tudo normal eu continuava com a minha cara de bravo, pelo menos até ela notar que eu estava com aquela cara.

            -Ah, você não está assim só porque eu disse aquilo pra você!? – começou ela rindo de mim. – Tá bom, David você é o todo poderoso! – disse ela fazendo aquele arzinho sexy só pra me provocar.

            -O todo poderoso, há ta bom! – debochei do que ela tinha dito enquanto olhava para os outros lados.

            - Ah, pelo menos um pedaço de você é sim!! – continuou Sarah me encarando mordendo a própria boca, eu senti um arrepio percorrer o meu corpo, onde ela estava querendo chegar? No instante seguinte eu senti uma pressão sobre o meu DITO CUJO, olhei pra baixo levantando um pedaço da toalha da mesa vendo o pé de Sarah sobre o meu brinquedinho começando a massageá-lo, olhei pra ela um pouco estático e antes que eu pudesse dizer alguma coisa o garçom chegava com as bebidas, fui obrigado a baixar a toalha rapidamente e sorrir para ele numa tentativa frustrada de disfarçar. Será que ninguém mais estava vendo aquela cena? Foi então que eu notei que era aquele típico restaurante onde as toalhas são longas e não dá pra ver exatamente o que tinha em baixo dela a não ser você levantasse a toalha e olhasse.

            Assim que o garçom se afastou eu voltei a encará-la com um ar de “ o que é que você está fazendo??”,  E novamente antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ela derrubou o garfo e foi de propósito, eu sabia que tinha sido porque ela me olhou com a maior cara de safada e soltou um “ops”, assisti Sarah sumir do outro lado da mesa e cheguei a tirar a bunda da cadeira tentando olhar por cima da mesma onde ela havia ido.

            -Sarah! –tentei chamar ela até sentir algo passar por minhas pernas e enfim me puxar, eu cai sentado desastrosamente na cadeira, olhando para todos os lados em seguida, as pessoas me olhavam como se soubessem de tudo, mas em realidade estavam me olhando porque eu parecia quase cair da cadeira naquele momento, voltei a me ajeitar e já podia sentir as mãos dela no zíper da minha calça, eu inclinava mais o meu corpo na cadeira fazendo minha cintura entrar mais pra debaixo da mesa, a toalha ficava exatamente sobre o meu umbigo.Ela já tinha aberto o meu zíper e quando me dei conta as mãos dela já me acariciavam e a língua dela já dançava pelo meu membro.

            Eu tentei, juro que tentei mas meu corpo estremecia toda vez que eu sentia a língua gelada dela sobre o meu membro que agora começava a endurecer. O que ela estava fazendo?? Logo ali no meio do restaurante? Mordi levemente a boca, revirei os olhos e soltei um suspiro.

-Dante?? Você ta legal?? – eu escutei sendo chutado do meu devaneio, quando abri os olhos dei de cara com Marcela parecendo preocupada logo do meu lado, movi a cintura escutando a cabeça de Sarah bater contra a mesa na parte inferior e logo soltar um “ai” baixinho. Eu olhei pra mesa e olhei pra Marcela com os olhos enormes bastante assustado mas rapidamente me dei conta que ela não tinha percebido o que acontecia e o pior é que Sarah depois de bater com a cabeça apenas fez questão de me torturar mais voltando com a boca ali e dessa vez sugando com vontade.

-Eu to ótimo!! – comecei dando um risada nervosa.

- Você ta sozinho?? Ta tudo bem mesmo??

-Não não eu to ótimo! – repeti erguendo a mão pra cumprimentá-la.

-Desde quando você me dá a mão pra me cumprimentar? Levanta aí e me dá um beijo Dante! – ela falou mais séria pra mim, eu já estava ficando mais tenso.

-Não posso eu machuquei o pé! – respondi, foi a coisa mais rápida que eu consegui responder pra ela na verdade. Enfim vi ela se abaixar um pouco e me dar um leve beijo no rosto, eu tentava mover a cintura como em sinal para  que Sarah parasse por um momento, não que eu não estivesse gostando mas sinceramente Mah era uma das minhas melhores amigas assim como Rodrigo e bom estar recebendo um “boquete” enquanto se está falando com um de seus grandes amigos não é lá a situação mais agradável né?

- Você ta almoçando sozinho?? – ela perguntou novamente sorrindo pra mim e o que mais me assustou foi que ela agora se sentava na cadeira onde segundos atrás estava Sarah, eu senti minha respiração parar.

            -NÃO!! – berrei no momento em que ela ia terminar de sentar, movi um pouco o meu tronco pra frente erguendo a mão como se impedisse ela de sentar ali. – Eu eu estou acompanhado! – continuei contendo mais um espasmo de prazer quando Sarah parecia rir de mim e continuava a fazer o serviço dela como ela sabia fazer bem.

            - Eu.. quer dizer ela é meio ciumenta Mah e se você sentar aí ela pode não entender e vai acabar fazendo o maior escândalo aqui no restaurante e aí já viu né? – eu abri um leve sorrisinho amarelo, senti uma gota de suor brotar da minha testa. A Marcela parecia em choque afinal eu nunca tinha estado tão histérico assim, e ainda mais eu tinha gritado um “não “ meio alto no restaurante, mas como eu já conhecia a amiga que tinha ela não pareceu se afetar, apenas abriu um riso e arqueou as sobrancelhas.

            -Você?? Com uma garota? Ciumenta ainda por cima Dante?? – em seguida ela riu. – Há há, até parece. Você já teria dado um pé nela a muito tempo! – continuou, mas sabe naquele momento eu preferia que ela tivesse ficado de boca fechada, e eu até tentei lançar um sinal em vão levanto os dedos aos lábios mandando ela ficar calada, já imaginava a cara de Sarah em baixo da mesa. Não que minha sobrinha fosse totalmente ciumenta mas ela tinha uma possessão sobre a minha pessoa que vou te contar.

            -Pelo menos pelo que você me contou, no sábado passado a garota na qual você ficou na festa da empresa era muito grudenta e você nem sequer atendeu os telefones dela! – eu olhava pra ela cruzando os braços e no instante seguinte eu já tinha pensado “Fodeu”, e o pior que Sarah não pareceu ter piedade de mim porque a mordida que eu levei não foi pouca coisa eu me debrucei contra a mesa derrubando o meu copo sobre ela enquanto tentava conter a lágrima que queria escorrer dos meus olhos. Eu pressionada os olhos fechados como se isso fosse amenizar um pouco da minha dor.

            Pois é minha gente, no sábado passado eu tinha desmarcado justo com a Sarah alegando que iria a um jantar na casa de minha mãe e de meu pai porque fazia muito tempo que eu não os via, e acabei por “coincidência” indo parar na festa da empresa. Inocente não?

            -Tem certeza que está bem?? – ela já disse colocando a mão sobre minhas costas ainda mais assustada do que a primeira vez.

            -Tó ótimo!! – respondi, tinha certeza minha voz estava bem mais fina do que de costume e eu fazia uma força fenomenal.

            -O Rodrigo ta aí, você não quer sentar com a gente??

            Eu neguei com a cabeça quase compulsivamente, eu devia estar ficando vermelho.

            -Pode ir lá almoçar em paz eu passo lá pra me despedir eu prometo!! – eu não olhava pra ela segurava a mesa com as duas mãos e prendia a respiração tentando pensar em qualquer outra coisa pra que fizesse a dor ficar menor.

            - Tem certeza?? Você vai ficar bem?? – ela insistiu mais uma vez e eu agora afirmei com a cabeça e enfim ela se afastou.

            Sarah percebeu o silêncio sobre a mesa e logo saiu de baixo dela me encarando com um rosto vermelho, parecia cheia de ódio, olhei para os lados tentando ver se ninguém havia notado a figura que do nada tinha brotado de baixo da mesa.

            -Garçom por favor me vê um copo de gelo!?!? – eu levantei a mão tentando chamar a atenção de um deles. Ainda não queria dizer nada a ela, não com aquela dor enorme. O garçom chegou com o copo de gelo e passou um pano sobre a mesa já que eu tinha derrubado o conteúdo dele na mesa toda. Assim que ele se afastou eu peguei o copo de gelo levando-o até as minhas calças sentindo um alivio quase que imediato enquanto eu parecia rebolar na cadeira devido o arrepio que o gelo causava ao entrar em contato com a minha pele quente.

            -Eu não acredito que você fez isso David!! – ela começou a falar de forma irritada.

            - EU que não acredito que você fez isso! – respondi um pouco nervoso – Você me mordeu!!! Você quase arrancou um pedaço de mim!!!

            -Eu devia ter feito! Pelo menos mais nenhuma mulher imunda ia te querer!- ela voltou a me responder já com aquele ar ciumento.

            - Pelo amor de deus Sarah a gente não vai discutir isso de novo! – agora eu olhava pra ela bastante sério.

            - Quando você vai me pedir em namoro David? Quando eu vou poder dizer pra todo mundo que você é meu namorado??? Em?

            - O que?? – parecia que ela tinham combinado né? No dia anterior Anna tinha me feito quase a mesma pergunta, eu estava chocado, quer dizer que tipo de palhaçada era aquela? Estavam todas pensando em relacionamento? Cadê a época onde alguém podia simplesmente se divertir??

            - Eu queria poder dizer ao meu pai que eu gosto de você, eu queria David, queria que a gente ficasse juntos sem ter medo de sermos pegos!

            - Não não, Sarah, a gente ta bem como está, estamos curtindo o nosso lance certo? Sem problemas ou complicações você tem os seus namorados eu tenho as minhas garotas e assim vai indo!

            -Como você pode ser tão insensível?- Deus onde foi que eu errei???

            - Eu não estou sendo insensível quero que você veja o meu ponto de vista também! Eu não posso namorar não agora, eu não to em um bom momento, eu não sei porque vocês mulheres precisam tanto de um namorado pra se firmar, porque é que..

            Não tive tempo de terminar de responder e eu já podia sentir o meu rosto molhado, ela tinha jogado o copo de soda inteiro na minha cara e se levantado totalmente revoltada.

            -Eu odeio quando você fala assim! Eu odeio gostar tanto de você David, eu odeio você! – ela começou batendo o pé – Some da minha vida, eu... – ela cerrou os dentes e logo virou as costas e começou a sair do restaurante. Olha que legal agora todo mundo olhava pra mim como se eu realmente tivesse feito a coisa totalmente errada.

            -Puta que o pariu! – esbravejei – E você me tirou da minha cama pra me fazer isso... – sabia que ela não tinha escutado era mais pra mim mesmo do que qualquer outra coisa.

            Peguei o guardanapo de pano sobre a mesa e levei pro meu rosto, me levantei e tive que segurar as calças já que nem pra fechar as minhas calças ela tinha servido naquele dia. Fechei ela rapidamente derrubando a droga do guardanapo, eu estava em crise, estava com raiva, eu estava molhado com o meu Jr. Doendo e tinha sido largado sozinho no restaurante e sabe o que é pior? O Gelo tinha derretido nas minhas calças ou seja, eu parecia que tinha me mijado. Quer  mais pra eu ficar de mau-humor?

            Mas não eu não ia me afetar, muito menos ia ligar pra ela, eu tinha meu orgulho se ela não queria nada comigo então ta ótimo.Passei o guardanapo agora pelas calças desistindo dele logo em seguida. Não ia deixar isso me abalar, caminhei pelo restaurante sendo observado e não demorei muito pra chegar a ala de fumantes, passei meus olhos por ali até visualizá-los.Rodrigo era fumante, por mais que ele soubesse que Marcela odiava cigarros ainda sim ele não tinha parado de fumar.

            -Mah, Rodrigo, será que eu posso almoçar com vocês??

            -MEUS DEUS, o que aconteceu??? – foi ela quem gritou agora ao olhar o meu estado, quer dizer eu devia mesmo estar horrível, ta talvez meu cabelo estivesse um pouco melecado devido a soda e as calças estavam realmente molhadas.

            - Eu falei pra você que ela não ia entender! – comentei antes de ver um garçom chegar com um nova cadeira pra que eu pudesse sentar com eles.- Se eu estiver estragando o almoço romântico eu vou pra casa...

            - Não cara, relaxa!- escutei Digo começar a falar e logo rir da minha cara.- A Mah tava me contando que você estava com uma garota, quem é ela?

            - É uma aí.. – respondi automaticamente, sabia o quanto Digo achava minha sobrinha”gostosa” e falar sobre ela na mesa, na frente de Mah ainda seria muito desagradável.Além do mais ela não sabia do caso que eu tinha com a minha sobrinha né?

            - Eu não acredito que ela te molhou desse jeito só porque me viu conversando com você!

            - Quem me dera só tivesse molhado.. – balbuciei.

            -Como assim?? – foi a vez dele perguntar.

            -Ela chutou o meu.. – apontei pra baixo em direção a minha cintura recebendo um careta instantânea de Rodrigo e um “ui”.

            E por algum motivo que me fez encarar Marcela com um cara de “eu te desprezo” ela começou a rir.

            - Que louca- ela me disse e continuou rindo, maldita mulher que só sabia rir da minha desgraça, mas sabe era impossível ficar bravo com ela.

            - Ta rindo porque não foi com você!

            -Pode apostar! – confirmou mais uma vez .

 

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            Enfim estávamos almoçados, tínhamos passado as duas horas do almoço falando de alguma outra coisa e rindo das loucuras de uma viagem minha e de Rodrigo quando estávamos no fim da faculdade. Marcela parecia abismada com o que a gente falava, como se fossemos de algum outro mundo ou coisa do tipo. Mas como toda a conversa passa rápido eu sabia que logo, logo eles iriam embora e eu ficaria ali sozinho. Que beleza de sábado em?

            -Tem certeza que não quer ir lá pra casa?? – começou Rodrigo.

            -Ta brincando? E atrapalhar o sábado de vocês? Qual é, aproveita a menina aí dando sopa na sua frente Digo. O que tu vai querer com um marmanjo feito eu assistindo vocês dois?

            -Cala a boca Dante! – interrompeu ela antes que o nível da conversa baixasse.

            -Que garota nervosa! – comentei rindo divertido dela, ficava tão bonita quando ela estava brava, era nessas horas que eu achava Rodrigo um cara de sorte, tinha uma garota ótima ao lado dele, linda e que continuava com ele depois de meses desempregado, o que era de fato uma coisa importante e que era digna de coragem, porque por mais amigo que eu fosse amigo do Rodrigo eu achava mesmo que às vezes ele fazia corpo mole.

            -Mais tarde a gente te liga pra ver se marca alguma coisa cara!- ele terminou dando um tapinha no meu braço, eu apenas sorri mais uma vez já havíamos deixado o restaurante, assisti eles entrarem no carro e novamente me peguei imaginando o que eles deveriam estar conversando, seria sobre mim? Sobre o fato de que eu ficaria o sábado sozinho em casa vendo televisão ou olhando alguma coisa pela internet? Até anoitecer e sair novamente pra beber? Será? Talvez eu estivesse ficando paranóico, ou começando a me sentir solitário? A vida de solteiro nem era assim tão boa, não nesses momentos quando você vê seus amigos voltando pra casa acompanhados de alguém e você está ali chupando o dedo. Não eu não estava triste por ter perdido Sarah, eu sentia dentro de mim que aquele não era um adeus realmente concreto é só que eu tinha perdido minha companhia do final de semana e isso sim me deixava revoltado. Bah, não importa, era hora de voltar pra casa.

 


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Notas finais do capítulo

Valew gente o ;P

Reviws em o/



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