Outra Vida escrita por Ariel Dragland


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Baseada na música " Love Story" , Taylor Swift, e meus livros favoritos. ' Julieta Imortal" e " Romeu Imortal", da autora Stacey Jay.



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  ( Porto) Portugal, 13 de julho de 2013.

  Mordiscava os lábios ferozmente. Tic- Tac. Relógio maldito! Os ponteiros pareciam duas lesmas apostando corrida, e o meu nervosismo só aumentava.

  Olhei para minhas botas imundas de lama seca, e como um filme, lembrei-me do quanto batalhei para chegar até nessa salinha de espera. De como minha mãe sempre esteve comigo, me apoiando, e certas vezes,  me julgando pelas escolhas idiotas

  “ – Julieta! Julieta! Volte menina, sua mãe não irá gostar de ver sua veste toda suja de terra! – uma senhora grisalha muito conhecida por mim, gritava. Minha ama.

  -­ Vem brincar, ama! – gritei rodeando uma árvore enorme, levantando a saia do vestido rendado. Sujando minhas meias alvas.”

  - Mary Elizabeth Jonason? – uma voz feminina me despertou daquela lembrança que não era minha.

  - Ah, sou eu! – levantei desengonçada.

  - Entre, querida. – acenou levemente em direção á secretaria.

  Passei as mãos suadas em minha blusa, e entrei na sala. A mulher se sentou atrás da enorme mesa mogno, repleta de papéis e um computador de última geração.

  - Srta. Jonason, me chamo Gertrudes, e como deve saber, sou a representante da escola interna UNAPSI. A Srta enviou seu  histórico , e fez o teste para a bolsa de estudos.

  Apernas confirmei em silêncio.

  - Meus parabéns! A Srta. Foi aprovada!

  Fiquei morgando que nem uma idiota até cair na real.

  - É sério? – perguntei devagar.

  - Claro! – sorriu. – Agora, pegue todos os documentos , leia-os com atenção, e volte aqui no dia 20, no mesmo horário.

  - Oh, Meu Deus! Obrigada!

  Peguei o envelope pardo e fui toda feliz andando em direção á Praça da Liberdade. Eu acho que é esse o nome, apesar de ter crescido em Porto, Portugal, minha mente sempre bagunça com essas memórias estranhas. Já fui em psicólogos, psiquiatras e nada explica essa “ Julieta”, que viaja em “ minhas” lembranças obscuras.

  Ao chegar na praça, me sentei em um banco e deitei de barriga para cima. Batalhei tanto para entrar naquela escola, era o sonho de qualquer um que queira subir na vida.

Tenho dezesseis anos, mas já ralei muito com minha mãe. Meu pai, bom, eu nunca o conheci. Ele é meu herói, pois morreu para salvar outras pessoas. Se chamava Henrique, ele era bombeiro, teve um incêndio em uma escola primária na época, ele morreu tentando salvar uma garotinha, Mellody. Mas ambos não sobreviveram.  E foi por isso que fiz o teste para a UNAPSI, o colégio interno mais caro do país, e eu tenho a oportunidade de estudar com tudo pago!

  Um casal de adolescentes passou correndo no meu lado, ouvi o que o rapaz gritava para a garota.

  - Julieta, vem cá amor! – o garoto dizia.

  “ Oh minha dama! Julieta, amo-te como minha vida, rezarei para que o amanhecer nunca chegue ao nosso alcanço.- as doces palavras saída dos lábios rubros de meu amado, ecoam no meu coração.

 - Como amo-te, meu-“

  Minha cabeça latejou, e tive que respirar fundo. Está ficando cada vez pior! Minha mãe não deixaria eu ir, se soubesse que as lembranças estão mais frequentes que nunca.

  Os médicos diziam que podia ser começo de esquizofrenia, que estou inventado tudo isso. Mas eu sei, eu sinto que não é. A Julieta de minhas lembranças, é sempre comparada por mim, com o Clássico “ Romeu e Julieta”, patético.

  Levantei do banco, e segui rumo ao meu refúgio. 


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Notas finais do capítulo

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