Beijo Roubado escrita por Estressada Além da Conta


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Não sei de onde saiu essa ideia, mas já que saiu... Boa leitura! XD



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– Está tudo bem, Hebihime-sama? – Margaret questionou preocupada. Não era normal de a Imperatriz Pirata ficar pensativa e... Como dizer? Um pouco explosiva?

– Perfeitamente. Pode ir embora. – Ordenou um tanto rude. A outra saiu e Hancock ficou finalmente só em seu quarto no navio das Kuja. E ao constatar isso, tudo que ela fez foi se jogar na cama e agarrar o travesseiro com força – Maldito... Ele roubou... O beijo que eu estava guardando para o Luffy... – Hancock sentiu as lágrimas em seus olhos. Queria tanto que aquele beijo fosse somente de Luffy! Mas aquele idiota fora lá e o roubara. E ela ainda correspondera! – Maldito seja... Doflamingo!

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Flashback

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– Passem bem então. – Hancock enunciou saindo da sala de reunião onde se encontravam todos os Shichibukai. Logicamente, queria que todos sumissem do mapa, assim facilitaria o lado de Luffy, mas ela não podia dizer aquilo, afinal, continuava sendo um tipo de "empregada" do Governo.

– Arrogante como sempre. – A mulher ouviu Mihawk murmurar para ninguém em especial e ignorou. Afinal, podia ser arrogante o quanto quisesse, já que era a mais bela do mundo e todos a perdoariam. Menos o Luffy, porém ele não estava ali.

Boa andou pelos corredores daquele maldito quartel da Marinha que mais parecia um labirinto. Pelo amor de Roger, como ninguém se perdia naquele lugar? Ela supunha que os marinheiros passavam ao menos um ano de treinamento apenas para conseguir entrar e sair do próprio quartel. Se as prisões fossem assim, não precisariam de tantos guardas. Com esses pensamentos, a Imperatriz continuou andando com sua imperiosidade natural. E isso a impossibilitou de ver quem lhe esperava num dos corredores. De repente, uma mão grande e forte puxou seu braço. Em fração de segundos, a mulher já estava prensada na parede, suas mãos estavam muito bem presas acima de sua cabeça e um corpo masculino havia praticamente se colado ao seu. Hancock abriu os olhos, que tinha fechado graças ao susto, e viu, com surpresa e descrença desmedidas, ninguém menos que Donquixote Doflamingo.

– O que... O que diabos você pensa que está fazendo?! – Ela exclamou irada. Como aquele idiota ousava fazer aquilo com ela, a Imperatriz Pirata?!

– Fique calma, Víbora Rainha. – Pediu com deboche. Era tão divertido fazer Boa Hancock se irritar. E tão fácil – De você, eu só quero uma coisa.

– Pois de você, eu quero duas coisas: Solte-me e vá pro Inferno. – Hancock rebateu.

– Não acho que você esteja em condições de querer algo, não? – Doflamingo comentou casualmente, lembrando-a da situação: Ela segurava suas mãos com a mão direita, enquanto a esquerda se apoiava ao lado da cintura fina dela.

– Se não me soltar, vou te transformar em pedra. – Ameaçou entre dentes. Estava a um passo de cumprir suas palavras, se não fosse a voz grave agora sussurrada em seu ouvido.

– Você sabe muito bem que posso te controlar antes de você sequer mexer a mão, Hancock. – Dito isso, o loiro abaixou um pouco a cabeça e soltou uma risada. A morena estremeceu ao sentir a respiração quente em seu pescoço. Droga. O sorriso de Doflamingo aumentou. De fato, irritar Boa era divertido, porém constrange-la era infinitamente melhor.

– Solte-me de uma vez. – Tentou ordenar, mas sua voz saiu um pouco tremida e levemente ofegante.

– E se eu disser que não? – Ele murmurou e depositou um pequenino beijo no pescoço branco da mulher. Boa fez um esforço sobre-humano para não deixar qualquer som sair por entre seus lábios. Infelizmente, não pôde impedir seu corpo de estremecer por completo.

– P... Pare com isso. – Murmurou, não acreditando que aquilo estava realmente acontecendo.

– Não quero. Já disse que desejo uma coisa, e só vou parar quando conseguir. – Respondeu beijando um pouco mais acima no pescoço dela.

– E o que diabos você quer? – Não sabia de onde tirara forças para perguntar, já que suas pernas estavam um tanto fracas.

– Você vai descobrir, Hancock. – Mais uma lufada chegou até a pele dela e outro arrepio percorreu sua espinha.

– Não me chame de Hancock. Para você, é "Hebihime-sama".

– Teimosa... – Dessa vez, não foi um beijo, e sim uma mordidinha que foi depositada ali. Por mais que tentasse, não conseguiu segurar um minúsculo gemido estrangulado.

Hancock se batia internamente por ter aquelas sensações. Roger, era Doflamingo! DOFLAMINGO! Um psicopata, assassino, sádico, insano, sexy... Epa, epa. Sexy? Onde? Não, definitivamente, aquele homem não era sexy. Não chegava nem sequer ao nível de "Simpático". Afinal, o que ele tinha de bonito? A voz grave e só. Os cabelos loiros eram feios, os óculos eram bregas, as roupas eram horríveis, o sorriso dava medo. Viu? Ele era feio, muito feio. Extremamente feio.

– Isso é música para meus ouvidos. – Doflamingo disse para ela.

– Hã?

– Seu gemido abafado. – Ela corou até a raiz dos cabelos. Ele havia escutado! – Não reprima da próxima vez... Quero ouvi-lo.

– P... Próxima vez...? V... Você acha mesmo que vou deixar ter uma próxima vez? – Tentou se livrar, porém ele apenas enlaçou sua cintura com o braço esquerdo e a trouxe mais para si, se é que era possível – Idiota, me solte de uma vez!

– Não até conseguir o que eu quero... – Sorriu ante o desespero dela. Com certeza, era a primeira vez que alguém a colocava contra a parede. Literalmente. Uma prova? O rosto corado da mulher que todos consideravam impossível de se ter – Aposto que muitos queriam ter a mesma sorte que eu de te ver corada. – O sorriso se intensificou – Pena que mais ninguém vai ver isso tão de perto...

– O que você quer-

Não pôde completar a frase, muito menos o raciocínio. Doflamingo havia tomado seus lábios com os dele numa carícia tentadora. É claro que Hancock já havia beijado um homem, mas nesse caso, o homem era Luffy e ele estava no décimo quinto sono. Mas aquele beijo era diferente. Era quente e voraz. Boa sentiu suas mãos serem soltas e o outro braço dele ir parar em sua cintura, agora a abraçando por completo. Quando isso aconteceu, a primeira coisa que lhe veio à mente foi empurrar o homem. Mas... Aquilo era tão tentador. Sentir os lábios quentes sobre os seus numa dança sensual e apaixonante era, de fato, delicioso. Ela sabia que não deveria fazer aquilo, no entanto, não pôde resistir. Acabou por enlaçar o pescoço do loiro e corresponder. Ele pediu passagem, ela permitiu e estremeceu. Aquilo era errado a seu ver. Entretanto, era tão bom.

Eles ficaram assim por um bom tempo, até o ar acabar. Donquixote se separou dela lentamente, ainda dando leves selinhos nos lábios rosados, como se não quisesse parar a carícia. E não queria mesmo. Ambos estavam ofegantes e Boa parecia um pimentão. Era praticamente o seu primeiro beijo. O beijo que guardara por tanto tempo para Luffy, agora fora roubado por um idiota metido a passarinho.

– P... Por que você fez isso? – Perguntou num sussurro, com a cabeça abaixada.

– Eu disse que queria uma coisa. Só não disse o que era. – Segurou o queixo dela fazendo-a olhar diretamente para ele – Até mais, Hancock. – Dito isso, Doflamingo simplesmente soltou a mulher, virou-se e saiu dali com o seu andar estranho, deixando para trás uma Hancock completamente atônita.

Ao se tocar do que tinha acontecido e do que tinha feito, a mulher ficou colérica. Como ele podia fazer aquilo e ainda sair sem mais nem menos?! Doflamingo não perdia por esperar, ele ia pagar caro! Com Boa Hancock não se brincava!

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Flashback

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– Se algum dia eu voltar a encontrar esse idiota, eu o transformarei em pedra e colocarei no meu quarto em Amazon Lily, como um troféu. – Prometeu a si mesma fervendo de raiva. Como ele ousava roubar um beijo de Boa Hancock?! Doflamingo ia pagar muito caro mesmo por isso. Ah, se ia.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Ou melhor, alguém leu?