Ao Coração Que Sofre escrita por Hoberon Ryuji


Capítulo 1
Ao coração que sofre


Notas iniciais do capítulo

É a primeira fic que eu tomo coragem em postar , e confesso que estou nervoso . Desculpem qualquer erro , principalmente de ortografia ( meus erros são lendários ) , e espero que gostem



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Ao coração que sofre - Siegarth

Ecnard Siegarth , o Sieg. O grande Sieg. Aquele que fora premiado pelos Deuses com a imortalidade. Mas será mesmo que isso fora um premio ?
Sieg estava no quartel general da Grand Chase , um grupo de guerreiros que defendiam a terra das forças do mal. Estavam num período sem missões , por isso estavam lá . Desde que Mari havia desaparecido, ele estava deprimido. Nem Dio com suas provocações o incomodava mais.
Perdido em seus pensamentos, lembrava de uma época, de alguns séculos.

Flash back
Após se tornar imortal, Sieg decidiu desaparecer, deixando de existir e se tornando uma lenda. Passou vagando pelo mundo , em cidades e vilarejos, assumindo em cada lugar uma identidade diferente. Quando estavam percebendo que ele não envelhecia, ele desaparecia e ia pra outro lugar .
Quando ele tinha uns 400 anos aproximadamente foi pra um pequeno vilarejo no continente de Aton. Vivia como um camponês , como todos os outros da região.
Num dia de trabalho ele viu: a garota mais bela que vira em toda sua imortalidade. Tinha a pele albina, cabelos prateados e um detalhe incomum. Ela tinha um olho azul e o outro vermelho. Era alta e tinha um corpo delicado , com curvas desenhadas. Porém tinha feições tristes.
Sieg sentiu que seu rosto fosse explodir de tão quente que estava.
– Estou corado ?- Sieg pensava - Vai lá, fala com ela seu paspalho, você já pegou todo o tipo de mulher imaginável , agora vai idiota- Sieg se repreendia mentalmente
Quando ele decidiu ir falar com ela não conseguiu parar e foi direto , deixando a menina confusa.
Os dias se passavam e ele só observava. Ela já tinha percebido e tinha gostado dele. O achava bonito, principalmente seus exóticos olhos prateados. Gostava da cor. Até que um dia ela tomou coragem e se aproximou. Sieg parecia tão feliz e tão desesperado ao mesmo tempo.
– Olá - murmurou baixinho e envergonhada.
Ao ouvir a voz fina, aveludada e constrangida da menina, ele quase perdeu o equilíbrio.
– Oi - respondeu tímido. Sieg se sentia um adolescente abobalhado e apaixonado. Um adolescente de verdade , não o adolescente que ele aparentava ser.
– Prazer, me chamo Branca - a pequenina estendeu a mão para cumprimenta-lo.
– O prazer é meu - estendeu a mão e apertou-a. - Me chamo Ecnard Siegarth.
– Ec... Ec ...- Disse um tanto entusiasmada - Ecnard Siegarth - disse muito feliz - O Ecnard Siegarth, o grande guerreiro imortal, aquele que os meus pais e tantos pais e avós contaram histórias?
–Não este - murmurou o moreno envergonhado - É que meus pais gostavam muito dessa história, e como sou da família Siegarth , eles me batizaram de Ecnard , mas pode me chamar de Sieg.
– Sieg ... eu gosto - Disse com um sorriso no rosto. Um sorriso puro.
Os dias se passaram. Branca e Sieg trabalhavam no campo durante o dia e saiam a noite, as vezes sozinhos e outras com amigos. Sieg estava feliz. Em torno dos séculos que vivera, nunca houve uma identidade que ele tenha gostado. Pela primeira vez em muito tempo, não precisava ser grosso e hostil. Poderia ser o Sieg abobalhado, tímido e que tinha medo de altura.
Numa noite ,seus amigos armaram pra que Sieg e Branca saíssem sozinhos. Estavam numa floresta , sentados recostados numa árvore e admirando as estrelas. Quando Branca rapidamente rouba um selinho de Sieg. Ao olhar pro rosto sem reação do rapaz , ela ficou super envergonhada e fez mensão que iria sair correndo. Porém Sieg não a deixou ir . Quando ela iria começar a se desculpar, ele a beijou. Um beijo carinhoso, porém agressivo e faminto. Quando o ar se fez necessário, quebraram o beijo. Ela com um olhar tímido e ele um tanto sapeca. E voltaram a se beijar de novo.
Os dias se passaram e Sieg e Branca estavam mais felizes do que nunca. Sieg estava apaixonado de verdade. Até que numa situação ele decidiu contar a verdade. Marcou com Branca que durante a noite eles se viriam.
Quando anoiteceu, Sieg foi para o lugar combinado e encontrou Branca esperando-o com um ar impacientemente desesperada. Ela o olhou um tanto espantada. O olhou de cima a baixo e viu as roupas que usava e a espada que carregava. Estava com a roupa do Siegarth.
– Eu gostaria de contar-lhe uma coisa - começou frio - eu ... eu... olha, eu sou o Siegarth, o semi deus. Hoje eu tenho 400 anos de idade. E eu a amo. Você é a única pessoa que eu amei verdadeiramente. Eu te amo. Eu te amo com toda força que eu possa ter.
– Prove-me que é o semi - deus - disse desconfiada.
–ok - Disse seguro - abriu as mãos e chamas roxas surgiram em suas mãos.
– Tudo bem - pronunciou num tom estranho a pequena Branca - Acredito em você.
–Agora eu quero pedir-lhe uma coisa - dessa vez disse timidamente - seja minha esposa. Eu quero casar com você. Quer casar comigo? Se não quiser, tudo bem, mas eu quero muito isso... - Sieg tagarelava com o coração na mão.
Branca calou Sieg com um beijo. Quando o ar se fez necessário, eles se separaram arfando.
– É claro que eu quero, seu idiota - murmurou na orelha do moreno, de forma tímida.
– Você sabe que você envelhecerá e eu não, você morrerá e eu não, e isso se aplica a possíveis filhos e netos - Sieg falava olhando pro chão.
– Mas olhe por outro lado, eu serei uma senhorinha de uns 70 anos que é casada com um garoto de 16 só pra mim. Vou ser a velhinha mais sortuda do mundo - Branca riu sapeca.
– Oh, como eu te amo - Sieg suspirou e começou a beija-la.
– Só isso que eu precisava ouvir - um berro bruto e um som de movimentação de espada em direção a Branca .
Quando Sieg percebeu ele tentou empurra-la , mas não conseguiu. Quando viu ela já estava ferida. Sieg se enfureceu, empunhou a espada e foi em direção ao estranho agressor. Correu. Em seu percurso, a espada passou pelo chão gerando uma energia roxa, e quando atingiu o seu alvo, ele foi lançado contra uma árvore e caiu ferido.
– Por que? - Sieg dirigiu sua fala para o ser que no momento lhe dava nojo .
– Prestígio - Praguejou o homem - Prestígio por ser aquele que derrotou o grande semideus - Suspirou fundo e morreu.
Sieg ignorou a morte daquele inseto e correu segurando as lágrimas pra sua albininha.
– Desculpe-me - lamentou-se a menina - Gostaria de ter mais tempo com você, de ter filhos seus, mas sinto que eu não passo dessa - seus olhos começaram a lacrimejar - Eu te amo...
Os olhos de Sieg começaram a lacrimejar .
– Pode chorar. Não se segure, por favor. Eu quero ver você chorar - falou enfraquecida.
Então não se segurou e despencou. Ele a abraçou fortemente e deu-lhe um beijo. Quando percebeu estava morta.
– Darei-lhe um enterro digno - Disse em prantos. Carregou-a até um lugar escondido e a enterrou. Depois foi até o vilarejo e contou tudo o que aconteceu. Confessou tudo e sumiu.

Fim do Flash back

–Se ela soubesse como faz falta - Pensou triste. Sieg não conseguia descrever o quanto não estava bem. Seu coração parecia não caber no peito.
Desde a morte de Branca, ele não se apaixonou mais, até conhecer Mari. Justamente a inteligência, a inexpressividade e os olhos, um azul e outro vermelho, foi o que fez ele se apaixonar de novo. Porém o sumiço de Mari o fez relembrar tudo o que sentiu na perda.
Desde que ela morreu ele passou a escrever cartas pra ela, como se ela morasse numa outra cidade. Decidiu escrever uma :

Ao coração que sofre , separado
Pela morte do ser amado
Como eu gostaria de poder tocá-la
Como eu gostaria de amá-la.

Escondendo minhas lágrimas para proteger-me
do afeto simples e sagrado
Não me basta só ter seu amor
Queria tê-la por inteiro

Numa nova pessoa reencarnas-te, porém mais uma vez a perco
Estou cansado de perder. Ganhar batalhas e perder pessoas
Sei que um dia todos meus companheiros morrerão.
Mas se soubessem que esse meu jeito
é porque eu não quero me machucar depois!

Minha imortalidade não me é premio
Mesmo sofrendo com isso, me conformo
Sei que não fui criado para ter alguém
Devo ficar na Terra e sangrar
Com o meu coração que sofre

– Eu te amo Branca - lamuriou e foi ao seu quarto tentar disfarçar sua tristeza.
~Fim


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e talvez não sei , quando eu tiver uma boa ideia ( pq grande parte delas fica tosca ) eu posto alguma outra coisa



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