I'm (not) okay, I promise escrita por L Sullivan


Capítulo 2
I can (not) talk about this — pt. 1


Notas iniciais do capítulo

"Eu (não) consigo falar sobre isso - parte 1"

Yoo, pessoal! Como vão vocês? :3 eu vou muito bem, e feliz também ♥
Não vou enrolar aqui porque acho que não tenho muita coisa a dizer, mas gostaria de agradecer pelo comentário e pelo favorito que recebi! They made my day a little more happy *u*
Espero que gostem ♥
(ah, e o Naruto não vai demorar a aparecer não, ok? c:)



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Uchiha Sasuke revirou-se na cama. Duas, três vezes. Até ter certeza de que o sono não voltaria, permaneceu deitado. Fora do apartamento, o dia começava a clarear, o Sol brilhando numa promessa silenciosa de um dia perfeito.


Não para ele.


É. Definitivamente, não para ele.


Sem muito ânimo, o rapaz voltou os olhos para o espaço vazio ao seu lado. Fazia algumas semanas já, se não meses — ele não vinha se importando muito com o tempo nos últimos dias —, mas ainda não se acostumara com aquela estranha sensação de acordar sozinho. Era… Frio. Doloroso. De uma forma, que ele quase não podia impedir seus olhos encherem-se de lágrimas; amargas lágrimas que ele vinha derramando com cada vez mais frequência.


Mesmo assim, não podia evitar. A cada vez que abraçava o próprio corpo, tremendo em angústia, pensava em tudo o que acontecera. Revivia todos os sorrisos, todas as lembranças, todos os beijos. O que muitos acreditavam que tinha de se tornar uma memória para ele, era algo em que Sasuke se agarraria até que não tivesse mais força alguma.


Ele queria de volta. Queria de volta o calor, os toques, a presença sempre sorridente de Naruto em sua vida. Queria de volta seu loiro com pele de surfista, seu rapaz hiperativo e doce, seu namorado romântico e dramático.


Fechando os olhos, Sasuke podia até mesmo imaginá-lo ali. As orbes azuis celestes brilhando ao encará-lo, os dedos macios entrelaçados aos seus. Naruto era sempre o primeiro a acordar, e o observava toda manhã.


Por que fora idiota o suficiente para deixá-lo partir?


xxx


Às três horas da tarde, como ele já esperava, Haruno Sakura apareceu para visitá-lo. Sasuke a teria ignorado de bom grado, não fosse a insistência da garota. E se havia uma coisa que o irritava, era o som estridente da campainha ecoando pelo apartamento.


— O que você quer? — ele resmungou, carrancudo, ao abrir a porta para encarar a moça.


Sakura o analisou da cabeça aos pés; o que não incomodou Sasuke tanto quanto deveria. Ainda estava de pijamas, descalço. Seu cabelo provavelmente não estava lá aquelas coisas, visto que ele nem ao menos encarara seu próprio reflexo no espelho do banheiro. Para um cara que um dia fora vaidoso ao extremo, a ponto de não sair do quarto sem estar impecável mesmo dentro de casa, aquele era um salto e tanto em direção ao desleixo.


— Você está um lixo. — Sakura constatou, entrando assim que Sasuke afastou-se um pouco, lhe dando passagem.


Uchiha sorriu, seco.


— Diga algo que eu ainda não tenha percebido.


Ao menos o sarcasmo não havia morrido, foi o que Sakura constatou. Mas, bem, continuava sendo assustador presenciar Uchiha Sasuke em um estado tão… Deplorável. Ela era amiga dele há anos, e nunca o vira desse jeito. Nem quando terminou com a primeira namorada. Nem quando brigou feio com o irmão mais velho. Nem mesmo quando o Sr. e a Sra. Uchiha sofreram o acidente de carro.


Sasuke era uma muralha. Ele não caía. Nunca. Não importava o quão difícil fosse a situação, o quanto aquilo o estivesse matando; ele jamais se deixava levar pela dor. Agora, Sakura o via caindo aos pedaços, sem ao menos resistir àquilo que corroía aos poucos sua vontade de viver.


Ele estava morrendo. Lentamente, da pior maneira possível. Estava morrendo de amor — um amor rejeitado, sofrido, amargo. Como as coisas fugiram tanto do controle? Como ele se deixou levar dessa forma? Por quê?


Sakura gostaria de ter a resposta para qualquer uma das perguntas que permeavam sua mente desde o momento em que aquele sofrimento pelo término do relacionamento deixou de ser fofo para se tornar algo preocupante. Mas, afinal de contas, havia algo que ela pudesse, realmente, fazer? Sasuke era a pessoa mais cabeça-dura que Haruno conhecia. Ele sangraria sozinho, em silêncio, por mil anos antes de lhe dizer sequer que precisava de um ombro amigo.


Ele não conseguia falar sobre isso.



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Notas finais do capítulo

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