Isso foi como um chute no estômago de Hermione.

- Como? Quem...? Por que?

- Hermione, ela era um alvo. Os comensais não tem pena, ela foi morta por que seu pai era um “traidor”.

- Ela era filha do Snape – Disse Hermione.

Alvo engoliu em seco, mas assentiu.

- E a mãe dela? Onde está?

- Ela morreu ao dar a luz.

- Então o Snape é pai e viúvo?
- Na verdade... ela não era filha de Severo, era adotada. Veja bem, a mãe de Lauren era uma amiga de Severo. Ela tinha sido abandonada pelo marido e estava na casa de Severo quando o parto começou. Uma medibruxa foi chamada mas não adiantou, era a mãe ou o bebê. Mary deu a vida pela filha, e no leito de morte implorou a Severo que cuidasse da criança. Então ele a registrou como filha e a deixou com a irmã Anne e o marido dela, só não sabia que os comensais destruiriam a casa e matariam os três.

Hermione estava atônita... assustada.

- Por que eu a vi no meu sonho? Eu nunca... – Hermione suspirou – Mas é claro. É pelo mesmo motivo que tenho os outros sonhos: eles não são meus, eu sou apenas uma intrusa nas lembranças do Snape.

- Isso é causado pelo feitiço que você usou para salvar o Severo – Alvo pôs sua mão sobre a de Hermione – Você deu parte da sua alma a ele.

- Dar parte da minha alma foi fácil, difícil é aguentar os efeitos colaterais.

- Minha filha, eu sei que é difícil. Eu queria apenas saber como amenizar ou ajudar você.

- E pode – Hermione falou firmemente – Onde está o Professor Snape?

- Não acho que seja uma boa coisa ele saber que você vive as lembranças dele, muito menos que eu contei tudo a você.

Hermione se levantou.

- Então acho que vou indo, tenho um jantar marcado com um mimado arrogante. Até mais, Diretor.

Hermione o abraçou e da porta disse:

- Diretor, o Sr. pode não ter me ajudado mas eu vou encontrar o professor Snape e resolver isso, é a única forma das coisas voltarem a ser como antes.

Antes que Dumbledore pudesse dizer alguma coisa Hermione sorriu e foi embora.

Andou até os portões e aparatou.

Passou por uma loja e comprou um maço de cigarros.

Quando chegou em casa já eram 20:00h, tinha demorado um pouco mais por que deu uma volta em um parque perto da faculdade.

Colocou um CD no rádio e acendeu um cigarro.

Depois se jogou no sofá.

Estava cansada, com sono e sem a mínima vontade de se encontrar com Max, embora precisasse dele para descobrir onde Snape morava.

Era um fato conhecido pela maioria que Snape e Carmo eram quase amigos.

Deixou para pensar depois.

Não tossiu quando tragou o cigarro, começou a fumar quando entrou na faculdade.

Ninguém sabia, nem mesmo seus melhores amigos. Não era algo de que ela se orgulhava.

Olhou o relógio, precisava se arrumar.

Se levantou e foi para o quarto.

Pegou um par de sandálias estilo gregas brancas, um vestido branco que ia até o joelho e um sobretudo cappuccino.

Tomou um longo banho e depois se arrumou.

Prendeu o cabelo em uma “trança de lado” e se olhou no espelho.

Faltava algo...

Com um aceno de varinha uma fita vermelha se enrolou na sua cintura.

Era isso, faltava um pouco de Lauren nela.

Por fim fez uma maquiagem leve, pouco depois ouviu a campainha.

Apagou o cigarro – o terceiro desde que terminou de se arrumar – e guardou o maço na bolsa, precisava de algo melhor que a companhia de Max.

Abriu a porta.

O garoto estava muito bonito, não podia negar.

Usava uma camisa branca, suéter e calça jeans preta, gravata verde e tênis social preto.

- Nossa, você está linda! – Disse Max entregando um buque de rosas azuis.

- Rosas azuis? Como?

- Liguei pra meio mundo até descobrir um bruxo na Turquia que tentava criar rosas assim, ele não tinha...ai fui pra Índia e um cara tinha.

- Índia? Para, isso só pode ser brincadeira.

- É, mas é um boa história – Disse ele sorrindo – Só queria te dar algo incrível pro primeiro encontro.

- Max, não é um encontro.

- Okay, eu sei. Vamos? – Max lhe ofereceu o braço.

- Vamos.

Hermione trancou a porta e os dois saíram.

- Então, onde vamos?

- Fiz reserva em um restaurante novo de Hogsmead, se chama Toca do Coelho.

- Hum... nunca ouvi falar.

- Tenho certeza de que vai adorar.

- Sei que vou – Hermione sorriu para Max.