Rivais... Ou Amantes? escrita por HeyLuce


Capítulo 44
Ah, o amor... "final"


Notas iniciais do capítulo

Tô chorando.
Preciso de uma caixa de lenços urgente. Minha nossa, parece que foi ontem que eu comecei a escrever essa fic. E agora é o fim.
Nossa, tô sensível hoje. Que nojo de mim, sai.
AAAHH, A QUEM EU QUERO ENGANAR? MEUS FEELINGS ESTÃO MACHUCADOS.
Eu juro que se pudesse escreveria pra sempre, nunca acabaria, mas, droga, tudo tem um fim.
Eu queria agradecer á todo mundo que acompanhou ROA até aqui. Mesmo os que não comentam, eu entendo vocês, eu dificilmente comento em alguma história também hehe.
E, ás pessoas que comentaram, recomendaram e favoritaram, meu coração é de vocês.
Pausa pra mais lágrimas.
Pronto.
Então, não sei mais o que dizer. Esse é o último capítulo, então, se quiserem comentar, é a última chance de dizer o que acharam de ROA.
Boa leitura.
(Mais lágrimas)



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“— Você a odeia?

— Quase tanto quanto a amo.”

— A Fúria dos Reis.

POV Rafael:

— Acho que gosto de você.

— Acho que também gosto de você.

Rosalya sorri. E eu me flagro imitando seu sorriso. Não perco tempo e enlaço sua cintura, puxando-a pra mais perto, e por fim a beijo. E sinto o que não senti com a Payne (mesmo que tivesse esperado sentir): o frio na barriga, o formigamento nos dedos por onde eu a toco. Tudo.

Voltando pra uma hora atrás...

Decido não ir pra casa. Não tenho nada pra fazer lá, e se eu chegar minha mãe vai ficar perguntando como foi a formatura, e não estou com o menor ânimo pra responder perguntas do tipo. Então faço um pequeno desvio no meu caminho e vou para uma praça próxima dali.

Praças são legais pra pensar.

E pensar é exatamente o que eu preciso fazer. Então sento em um banquinho, de frente para os balanços. A praça está quase vazia, por isso me permito recostar a cabeça no banco e fechar os olhos.

Se eu não senti absolutamente nada ao beijar a Payne, isso significa que além de eu não estar apaixonado por ela, não tem química entre nós.

Acabo de concluir esse pensamento quando duas mãos fecham meus olhos por trás. Fico com a postura rígida, e penso em chutar que é algum dos integrantes da Insônia, mas levo as mãos até as mãos que estão sobre meus olhos, e percebo que são mãos femininas.

— Rosalya?

Ok, não sei de onde saiu isso. Eu poderia ter dito Payne que faria mais sentido. Mas alguma coisa me fez dizer Rosalya, e não é que acertei? A garota dos cabelos platinados sorri, parecendo extremamente satisfeita com minha resposta e senta do meu lado.

— Oi. — diz.

— Oi, Rosalya. A festa acabou?

— Na verdade, ainda tá começando. — ela gesticula pra um veículo, parado do outro lado da rua com som alto. — Eles pararam pra comprar gelo, estamos indo pra casa do Jade, um garoto da nossa sala. Aí eu te vi aqui e vim falar “oi”.

— Ah.

Não consigo entender direito o que tá acontecendo. Me sinto meio desconfortável, como se estivesse com vergonha ou sei lá. Descanso as mãos sobre o colo e percebo que estão um pouco trêmulas. Dou risada da situação quando acho que entendi.

— Êi, Rosa. — digo, olhando no fundo dos seus olhos. — Acho que gosto de você.

POV Rosalya:

Ai minha nossa. Finalmente, finalmente. Depois de meses tentando fazer ele me notar, meses sendo ofuscada pela Payne, enquanto tentava fazer as coisas darem certo só pra ver ele feliz. Mesmo quando eu discuti com a Payne por iludir ele.

Rafael finalmente caiu na real.

E uma buzina forte me faz cair na real. Xingo mentalmente quem está dirigindo o carro que vai nos levar a festa, enquanto separo o beijo. Olho para o rosto de Rafael, que dá uma risadinha.

— Me diz, posso ir pra essa festa? — ele pergunta, segurando meu rosto.

— Geralmente são só pessoas convidadas pelo dono da casa. — digo, provocando-o. — Mas posso fazer ele abrir uma exceção pra você.

Ele sorri e me beija de novo. Meu coração faz que nem escola de samba, e de novo o carro buzina, com mais força agora. Reviro os olhos e seguro a mão de Rafael, meio que com receio de que ele possa puxar a mão de volta. Mas ele aperta minha mão, como se dissesse “estou bem aqui, e vou continuar aqui”.

Ou quem sabe eu só seja iludida demais.

Algo me diz que não.

Nós corremos de mãos dadas até o carro, onde aguentei as provocações dos meus amigos durante todo o caminho. Rafael se divertia me vendo ficar vermelha. E eu me divertia o vendo se divertir. Então está tudo bem.

POV Lety:

Às vezes é bom fazer a coisa certa, só pra variar.

Jogo os sapatos do outro lado da cama e me jogo em cima dos lençóis, bagunçando tudo. O telefone ao meu lado, ainda com o anuncio de chamada finalizada.

Fecho os olhos e suspiro incontáveis vezes, esperando alguma coisa me tirar daquele tédio. O “alguma coisa” se dá com Ambre invadindo meu quarto e se jogando em cima da cama, quase em cima de mim.

— Êi! — protesto.

— Sai dessa vida, Letícia. Me ajuda a escolher os arranjos pro casamento, afinal, faltam só três meses! O tempo voa, querida!

Dou uma risada e me sento também, enquanto seguro o catálogo de noivas. A decoração é dividida em mil coisinhas, e eu me pergunto como ela não pira.

— Olha esse vaso de copos de leite, não é lindo? — pergunta Ambre, apontando no papel.

— Gostei. E o vestido, você já escolheu?

— Escolhi! E ele é perfeito, vou te mostrar o desenho.

Ambre sai correndo do quarto, pra pegar o rascunho do vestido. Eu fiquei olhando o catálogo. Ajudar ela a escolher as coisas do seu casamento seria legal, uma boa distração. Pra tentar esquecer Nate.

{3 meses depois...}

POV Armim:

Alguém devia dar um calmante pra Violette. De verdade. Nunca vi uma menina com os nervos tão a flor da pele como ela está agora. Correndo de um lado pro outro, e às vezes em círculos, como se quisesse abrir um buraco no chão (ou pelo menos, estava tentando com muito afinco).

— Violette, relaxa! Pelo amor de Deus, você tá me deixando louco! — exclamo, depois que a acompanho girar a sala toda mais uma vez.

— Eu não consigo! A Payne não me dá notícias!

Mas ela desiste de rodar e se joga no sofá ao meu lado. Passo o braço pela sua cintura e ela se aninha nos meus braços com cuidado pra não amarrotar o longo vestido cor-de-rosa que ela usa, como a madrinha.

Hoje é o dia em que Ambre e Viktor vão se casar. Assim como a mãe de Payne e o pai de Rafael, Cate e Learn. Violette e Payne são as madrinhas, e Payne é responsável por levar as alianças. Nate e eu somos os padrinhos.

O problema é que Payne e Nate sumiram do mapa. Violette e eu estamos a uma hora tentando fazer contato com eles e nada. Aí a minha namorada surtou e começou a andar pela sala da minha casa, impaciente.

A porta da minha sala de estar se abre e Payne e Nate entram. Violette dá um pulo do sofá e corre para os braços da Payne. Nate fica do lado, observando a cena. Antes, acena com a cabeça na minha direção. Eu retribuo o aceno.

— Sua doida! Por onde andou?! — pergunta minha namorada, suspirando ao final da última frase.

— Desculpa! A gente tava... — ela e Nate trocam um olhar apaixonado e eu me pergunto se eu pareço tão bobo assim quando olho para Violette. — Bem. Estamos aqui agora! E olha meu vestido.

— Você tá usando rosa! — Violette explode em risadas. — Achei que teria que morrer e ressuscitar pra ver essa cena. Payne Halle usando rosa. E de braços dados com Nate River. Pensar que vocês dois se odiavam...

— Ainda nos odiamos. — diz Nate, despreocupadamente. Payne olha pra ele e faz que sim com a cabeça.

— Ok, não temos tempo pra nostalgia. O casamento já deve estar acontecendo, então vamos? — interrompo-os, pegando as chaves do carro e abrindo a porta.

— Vamos, apressadinho. — diz Violette, como se não tivesse passado a última hora rodando em círculos pela sala de estar.

Ela arruma minha gravata e me dá uma piscadela enquanto passa pela porta. Nate e Payne riem e saem logo em seguida. Tranco meu apartamento e passo a mão nos cabelos, indo na direção dos três.

POV Payne:

Entro por último no banco do passageiro, no carro de Nate, ao lado do meu loiro. Violette e Armim vão atrás, e eu ligo o rádio.

Nesses três meses muita coisa aconteceu. Andrea continuou sendo nossa produtora, nós dividimos os lucros e tudo vai indo perfeito na banda. A não ser pelo fato de Alex ter saído. Ele foi internado em uma clínica pela irmã, para superar o vício em nicotina e álcool. Eu meio que agradeço à Violette e a Nate por terem me aberto os olhos sobre o álcool (por mais que eu nunca vá dizer isso pra eles).

Lysandre continua um ótimo vocalista, e suas composições passaram a melhorar desde que ele conheceu uma garota chamada Nina. E Castiel e Andrea vão ás mil maravilhas. Eles me elegeram madrinha do namoro, e finalmente Andrea parou de sentir ciúmes de mim.

Minha mãe e meu pai (acabei me acostumando a chamar Learn assim) entraram na onda e decidiram se casar junto com Ambre e Viktor, fazendo assim um casamento duplo. E eu vou levar as alianças.

E, nossa. Rafa e Rosalya! Céus. Nunca achei que entre os dois pudesse rolar algo. Mas acabou acontecendo, e afinal eu pude entender porque Rosalya ficou tão mordida e me deu um tapa quando eu estava enrolada com o Rafael. Aliás, eu e Rafa continuamos ótimos amigos. O que continua provocando ciúmes no meu loirinho, porque desde que ele soube que eu beijei o Rafa, e pensei em ficar com ele, o ciúme aumentou.

Mas, a quem queremos enganar? Nate e eu continuamos nos odiando e nos amando ao mesmo tempo. Brigamos e nos reconciliamos rapidamente. E segue o ciclo vicioso do nosso jeito de amar.

— Chegamos, madame. — diz ele, abrindo a porta do carro pra mim.

Eu sorrio e o beijo rapidamente. Violette e Armim já estão do lado de fora. Violette está arrumando a gravata do Armim incansavelmente, e eu olho pra gravata de Nate, pronta pra arrumá-la também. Mas incrivelmente o nó está perfeito, e não tem nada fora do lugar.

— Tá na hora. — anuncia meu namorado, sorrindo de lado de um jeito sexy. — Nossos pais vão se casar!

— Não esqueça de Ambre e Viktor. — lembro, rindo.

— Tudo bem aí? — questiona Violette. — As alianças...?

— Estão aqui. Vão para os seus lugares, eu vou esperar a noiva chegar. — peço, indicando a igreja.

Violette e Armin entram na igreja, e Nate me puxa pela cintura e me dá um beijo na testa antes de dizer:

— Você tá tão linda. Mal posso esperar para o nosso casamento.

Dou uma risada nervosa. Ele encosta a testa na minha e ficamos uns segundos assim. Então me dá um selinho e se vira para entrar na igreja também. Eu fico mudando o peso de uma perna para a outra enquanto espero minha mãe e Ambre.

Eu fico feliz pela minha mãe. De verdade. No começo eu fiquei chocada com a ideia de ela querer se casar, mas é um ótimo passo a se seguir, para não ficar na sombra do meu pai biológico pra sempre. Não que eu o culpe, eu só não sinto mais nada por ele.

Acho que se passaram vinte minutos até que uma limusine preta para na frente da igreja. As noivas saem, e eu posso dizer: elas estão lindas. Ambre está radiante, acho que nunca a vi menos irritante na vida. Minha mãe está feliz. E os vestidos delas são as coisas mais lindas que eu já vi.

Elas me avistam e acenam pra mim enquanto dão uma pausa para a orquestra começar a tocar a música. Eu me coloco atrás delas imediatamente quando a música começa. A caixa com as alianças nas minhas mãos me faz sentir poderosa.

Apesar de eu só ser a dama de honra e madrinha porque Rosalya negou veementemente usar "esse vestido brega", mesmo que seja para o casamento do irmão. Quando passo por ela, eu lhe dou uma piscadela.

Finalmente chegamos ao altar. Eu, um passo para trás como ensaiamos, e espero o padre dizer todo o lero-lero para entregar as alianças. Vejo Violette choramingar e Nate piscar pra mim quando os dois casais se beijam. E as pessoas aplaudem e gritam contentes. Minha mãe solta Learn e me abraça tão apertado que eu perco o fôlego, mas retribuo. Então Learn me abraça, e em seguida Viktor e Ambre, e as pessoas começam á se aproximar para parabenizá-los quando eu escapo para fora da multidão.

Alguém segura meu braço e eu me viro pronta pra escutar parabenizações quando dou de cara com Castiel. Sorrindo abertamente. O ruivo está tão feliz. Ele me abraça e eu retribuo, deitando a cabeça no seu peito.

— Você tá linda, loirinha cor-de-rosa. — fala ele.

— Você tá usando terno! — eu digo, rindo.

Pelo canto do olho eu vejo Andrea, um pouco distante, nos observando com um leve sorriso no rosto. Então eu fico na ponta dos pés e falo para Castiel:

— Vá ver sua namorada. E não suma!

Ele ri e me dá um último abraço antes de se juntar a Andrea. Então um par de braços me agarram por trás e eu sorrio para Nate. Ele se abaixa para sussurrar no meu ouvido:

— Quer sair daqui?

Lanço um olhar do tipo “no que você está pensando?”, mas Nate apenas sorri maliciosamente. Solto uma risada baixinha e me viro para lhe dar a mão. Nós passamos correndo pelas pessoas, esbarramos em algumas, gargalhando alto, e eu tenho que levantar a barra do meu vestido quando atravessamos os fundos da igreja, que é quando avisto sua moto parada, próximo á uma árvore.

— O que é isso? — pergunto, rindo.

— Rota de fuga. — responde o loiro, me ajudando a levantar a saia do vestido pra subir na moto. — Segura firme.

Não é um sacrifício. Eu agarro a cintura dele com toda a força e afundo meu rosto nas suas costas enquanto ele acelera. Nos distanciamos da igreja em minutos, e eu não presto atenção para onde estamos indo até que Nate para em frente ao fazenda de Viktor.

— Meu Deus, ele colaborou com isso? — questiono, sorrindo.

— Ele é um ótimo amigo.

Nate destranca os portões e nós entramos no fazenda. Eu já sei exatamente para onde estamos indo. Viramos á esquerda e lá está, a casa na árvore. Onde nós dormimos na vez em que tivemos a coincidência de nos esbarrar aqui, nessa fazenda. Nate afasta as folhas da árvore e tira a escada de lá. Nós subimos e quando finalmente ficamos sozinhos, na casa, eu meio que rio quando vejo o que ele fez.

Pétalas de rosas estão espalhadas pela casa. Ele armou uma mesa com um jantar, e Coca Cola. A sobremesa é um pudim. Eu o abraço, ainda rindo, porque estou feliz pra caramba.

— Idiota. — digo. — Não precisava ter feito um jantar.

— Nosso primeiro encontro! Ainda não tivemos um.

Verdade. Nate me solta e puxa a cadeira para eu sentar. Então me sento e juntos nós comemos, conversamos e por fim estamos atacando o pudim e falando de Viktor e Ambre. E do nada, passamos a conversa ao Alex.

— Eu quero ir vê-lo amanhã. — diz o loiro, enquanto levanta da cadeira para vir atrás de mim.

— Eu vou com você. — afirmo.

Nate me abraça. Eu penso em Melody, que viajou para Nova Friburgo para continuar os estudos lá. Penso que se não fosse por tudo o que ela fez, todas as provações que nos fez passar, até que nós finalmente entendêssemos que nos amamos. E nos odiamos também.

— Nossos pais devem estar sentindo nossa falta. — digo.

— Não mesmo. Eles devem estar saindo pra lua de mel.

— Você não acha que isso tá parecendo muito com novela mexicana? Todo mundo se casa e vivem felizes para sempre. — eu digo, rindo baixinho. — Acho que quero mudar isso.

Então Nate olha mais atentamente pra minha roupa. E sorri.

— Você usa esse vestido pra impressionar, loira?

Mostro um sorriso malicioso. Então puxo sua gravata e ele cola em mim.

— Não, amor, eu tiro o vestido pra impressionar.


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Notas finais do capítulo

O último capítulo tinha que fechar com uma fanart de Amor Doce, né?! Eu credito Hush Hush por algumas partes do final, eu precisava me basear em algo pra dizer o tão triste "adeus".
Obrigada, pessoal. Sério.