Rivais... Ou Amantes? escrita por HeyLuce


Capítulo 34
Preparativos finais


Notas iniciais do capítulo

RECOMENDA... Não, pera...
UHEHEUEU, Tá bom, foi uma brincadeirinha. Enfim, eu sei que esse capítulo está pequeno para o gosto refinado de vocês, mas eu já estou com o próximo com mais de 1.000 palavras, então not problems.
(Eu gosto de Nescau e de paçoca)



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" O poder de preparar o coração, concentrando-nos no quanto podemos ajudar outros."

— Juliano Gonçalez.

— Vim agradecer uma grande amiga.

Castiel sorri e levanta da cadeira, e me abraça tão apertado que sinto minha respiração vacilar. Finalmente ele me solta e deixa um beijo na minha bochecha.

— Vamos matar aula. — pede.

— Não posso, eu tenho prova. Fala rápido, o resto da turma já deve estar chegando.

— Sendo assim, eu te vejo na saída, ok? Me espere no lugar de sempre.

Assim que Castiel abre a porta, ele quase é atropelado por uns alunos que entram falando alto e claramente sobre o baile e sobre o show. Me dirijo até minha cadeira, e um grupinho sentado perto de mim continua a conversar sobre isso, e eu acabo captando alguns fragmentos da conversa.

— E qual banda será que vai fazer o show?

— Não faço ideia, mas não reclamaria se fosse o Jota Quest!

— Acorda Amanda! O Jota Quest no nosso colégio?

Desvio a atenção da conversa e reviro os olhos. Algumas garotas são tão fúteis. A professora de Geografia entra na sala e as conversas cessam por completo. Eu agradeço mentalmente, até porque Geografia é uma das matérias nas quais eu me dou super bem.

—--**---

Para variar um pouco, eu sei que tirei A ou B nessa prova. E também sou uma das primeiras á terminar a prova. Com certeza Nate não deve ter terminado a sua prova ainda, então não faz sentido esperá-lo, por isso vou ao lugar de sempre, vulgo frente da escola, para ver Castiel. Ele está sentado no banco em que eu costumava sentar para esperá-lo.

— Ei ruivo! — o chamo. — Tá me agradecendo por quê?

Sim, eu pergunto isso, apesar de já saber que é pelo meu favorzinho quanto ao show.

— Porque a Insônia recebeu uma ligação com um contrato alto pra tocar no bailinho dessa escola e me disseram que foi você quem indicou nossa banda.

Acertei, ponto pra mim.

— Ah, sabe, eu sou super solidária... — brinquei, sorrindo.

— Por isso que eu te amo loira. Ah, não foi só por isso que eu vim. Preciso que você vá aos ensaios, só temos até amanhã pra nos organizar. O baile é amanhã á noite, certo?

— É. — confirmo. — Ao menos tem um repertório?

— Vai ficar sabendo no ensaio. Vamos!

Me deixo levar até o Gol de Castiel, e ele acelera. Blink-182 começa á tocar. Sorrio. É uma das nossas bandas preferidas. Logo chegamos à garagem de Alex, e quando eu entro sou recebida com palmas e assobios, e braços ao meu redor.

— Payne! Nossa grande garota! — exclama Alex.

Eles me soltam e eu consigo respirar normalmente.

— Ok, ok, de nada. Vocês ao menos ensaiaram algo? — indago.

O silêncio me dá uma breve resposta. Levo as mãos à cabeça e arregalo os olhos.

— Vocês são loucos! Ainda bem que tô aqui, pra colocar ordem na situação. Lysandre, me passa seu bloco de notas.

Lysandre fica vermelho.

— Não. Eu já selecionei umas músicas, aqui os nomes delas.

Ele pega uma folha de papel e escreve brevemente, então me entrega. O nome de umas três músicas que ele escreveu está rascunhado.

— Obrigada. — digo, e me viro para Alex. — Você é bom com a organização, então organiza a ordem em que vamos ensaiar. — com cautela, me viro para Rafael e para Castiel. — Hm, vocês dois podem me ajudar á escolher outras músicas de outras bandas.

Castiel dá de ombros e senta do meu lado, no palco. Rafael senta do meu outro lado, e eu começo á falar para evitar pensar.

— Que tal Blackbird do Alter Bridge?

— Bom. — confirma Castiel. — Love Is Dangerous do Blink-182 também é ótimo.

— E Far Away do Nickelback também. — completa Rafael.

Pelo visto essa conversa vai render bastante.

—--**---

No ensaio, finalmente tivemos algum progresso. Já temos a ordem das músicas que vamos tocar e combinamos de chegar mais cedo, antes do baile começar, para organizar as coisas. Insisti para que Castiel me deixasse ir para casa andando, e só fiz isso porque agora estou parando em frente á escola para ver o andamento dos preparativos para o baile.

Dá pra notar que amanhã não vai ser um dia de aula. Faixas em preto e branco predominam no pátio, mesas estão sendo instaladas, entre outras coisas. Continuo andando e cantarolando. Aproveito que estou á pé para parar no Café Donuts e pedir uma dúzia de donuts de Bavarian e um descafeinado com creme para acompanhar.

Meu celular toca e eu dou um pulo aleatório. Olho no visor e quase cuspo um donut que estou comendo. Tem dezoito chamadas perdidas da minha mãe, cinco do Nate e três do Learn. A tia Marcie! Já devem ser umas quatro da tarde. É hoje que eu sou enterrada.

— Alô. — gaguejo ao atender.

— Payne! Pelo amor de Deus, onde você se enfiou? Esqueceu que eu ia buscá-los para passarem o dia aqui no hospital comigo e com Learn?

— Desculpe mãe, eu fiquei ensaiando para tocar no baile da escola com a Insônia, e esqueci de avisar! Onde você tá?

— No hospital com Learn, é claro. Nate está aqui também, mas ele garantiu que amanhã vai te ver no baile. Você vem pra cá de ônibus.

Abro a boca para confirmar, mas percebo que minha mãe desliga na minha cara. Reviro os olhos e guardo o celular, mas aperto o passo e chego em casa em poucos instantes. Depois de guardar os donuts e o café, pego o celular e ligo para Violette.

— Violette falando. — diz a minha amiga, do outro lado da linha.

— Payne na escuta. Você pode me encontrar na Dress’up em... Cinco minutos? Preciso de uma roupa para o baile.

— Ótimo! Eu também preciso, chego em cinco minutos.

Caminho até a Dress’up, e lembro que a última vez em que comprei roupas foi com Rafael, e percebo que gostei de estar lá com ele, porque foi divertido. Mas a nossa situação de agora não é nada divertida. Entro na loja e agarro a primeira arara que vejo, com um vestido preto.

— Nananinanão. — reprova uma vozinha familiar, trocando o vestido preto em minhas mãos por um azul.

— Violette. — digo. – O que você tem contra vestidos pretos?

Ela me mostra a língua. O vestido azul é um tomara que caia bem delicado, com umas flores bordadas subindo desde a cauda até se concentrar totalmente na parte do busto, e ele parece ter saído de um desenho animado. Ele é a cara de Violette, e eu mostro isso á ela.

— Você acha? — questiona, insegura.

— Tenho certeza, você vai ficar linda. Anda, experimenta. Vou procurar um sapato que combine com seu vestido.

Violette se enfia no provador e eu começo a olhar as estantes de sapato. Encontro um par estilo Lolita, branco. É perfeito. Seguro-o e começo a procurar o meu vestido. Até que Violette me chama.

— Você tá tão linda! — exclamo.

Não é mentira. O vestido ficou perfeitamente bem no seu corpinho miúdo, e a deixou totalmente fofa. Mostro o sapato e ambas concordamos que ele é perfeito, então Violette tira o vestido e pega uma cesta própria da loja na qual põe o vestido e o sapato, e nós voltamos às araras para procurar o meu vestido.

— Olha esse! — grita Violette, enfiando um tecido na frente do meu rosto.

Afasto um pouco o vestido e o analiso. Ele é azul com contrastes violeta e roxo, e longo sem mangas, com três tiras pretas, uma na cintura, outra no meio da barriga e outra sustentando os seios, e tem um decote em V. Mesmo assim eu o adoro.

— Podemos pegar um sapato também. — sugere Violette.

— Não, eu tenho um sapato perfeito pra ele.

Ela me lança um olhar preocupado. Violette sabe bem que eu fujo de saltos altos, mas eu pisco para ela e então nós vamos pagar. Saímos da loja e eu lembro que tenho que ir para o hospital, e tenho uma ideia épica.

— Violette! Posso dormir na sua casa?

— Hã? Nossa, não fazemos isso desde o ano passado! Pode, claro. Mas por que isso agora?

— É que tem uma tia do Nate que tá em coma no hospital, e ele e nossos pais estão lá, mas eu não quero ir. Odeio hospitais, odeio o cheiro da maca e a comida é horrível.

Violette ri. Pego meu celular e mando uma mensagem pra minha mãe avisando que vou dormir na casa de Violette. Ela me espera na frente da minha casa e eu entro só pra para pegar o sapato pra usar no baile, um pijama, escova de dente e essas coisas essenciais, e fechar as portas e janelas da casa inteira.

Estou quase saindo de casa quando resolvo passar no quarto de Nate para fechar sua janela, e então meu olhar cai sobre um ursinho de pelúcia em cima da sua cama, com um bilhetinho preso à pata e um broche de rosa branca na frente da barriga. Eu o seguro e leio o bilhete. A data é de dois dias atrás, e está escrito meu nome. Sorrio e levo o ursinho e o broche junto, e depois de pegar os donuts, vou me encontrar com Violette para apanharmos um ônibus e irmos para sua casa.

POV Castiel:

Enquanto Lysandre fala sobre a hora em que devemos chegar e repassa a ordem das músicas conosco, meu olhar decai sobre o relógio no pulso de Alex e me levanto em um pulo, atraindo olhares dos caras.

— Tenho que ir. — digo.

— Pra onde, hein? — questiona Alex, com uma cara safada.

— Vou me encontrar com alguém, e é tudo.

Saio da garagem acompanhado de “hum”s bem altos e cheios de malícia e com a voz de Lysandre advertindo que eu não me atrase para chegar na escola de Payne amanhã. Se bem que eu não pretendo me atrasar, não sou louco.

Dirijo até um parque que tá quase vazio, e procuro por uma cabeleira ruiva, o que dificulta com a escuridão da noite. Contorno uma árvore e os balanços no qual duas criancinhas estão brincando e as mães estão vigiando, e de repente tudo fica mais escuro ainda, porque alguém tampa meus olhos com as mãos.

— Adivinha quem é. — diz a pessoa, tentando disfarçar a voz.

Sorrio e tiro as mãos dos meus olhos, me viro e beijo Andrea. Ela sorri para mim, e eu passo os olhos pelo seu macacão jeans. Deveria ser proibido alguém ser tão linda assim. Enlaço sua cintura com as mãos e fico brincando com seu cabelo.

— Você não teria adivinhado se não tivesse se virado, tenho certeza. — teima a ruiva.

— Oh, claro. Não reconheceria sua voz mesmo disfarçada, e nem essa mão direita com esse anel.

Andrea instintivamente olha para sua mão direita, com o anel dourado envolvido. Ela morde o lábio e desvia o olhar. Fico curioso.

— De quem ganhou?

— Da minha tia-avó. Foi um presente por ter passado para a faculdade...

— Ah. Eu quero te contar uma novidade. Assinamos um contrato para tocar na escola da Payne, e vamos ganhar uma grana boa com isso.

— É mesmo?! — ela bate palmas e me abraça. — Nossa, isso é muito bom, de verdade! Parabéns, Cast!

— É... Eu andei pensando, você queria ser a nossa produtora, se lembra? Então, acho que nós podemos aceitar.

Andrea quase engasga com a notícia.

— Ótimo! Podemos marcar um encontro na garagem com os garotos para saber a opinião deles!

— Não, na verdade todos eles topam, eu era o único cabeça dura. E agora não sou mais.

— Castiel, isso me deixa tão feliz! Vai ser meu primeiro patrocínio e justo agora que estou precisando, Deus.

— Pois é, e você vai aceitar ir comigo ao baile, senhorita?

— Me daria esse prazer? — brinca Andrea, mostrando os dentes em um sorriso aberto.

— Com toda a certeza. – confirmo, retribuindo o sorriso. — Mas não vamos poder ficar juntos durante muito tempo, já que vou tocar...

— Tudo bem. Só te ver tocando já vai valer a noite.


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Notas finais do capítulo

O próximo vai estar maior pra compensar, e também com mais surpresas, então... Preparem o coraçãozinho :3



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