Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 8
3° condição... Amigos não se beijam!


Notas iniciais do capítulo

Voooltei! Sei que essa hora eu devia estar dormindo, mas eu resolvi postar assim mesmo! Tive uma semana meio agitada, cheia de trabalhos, então não deu para postar para vocês. Mas aqui estou eu, com um capítulo fresquinho!
MAS ASSIM, TIPO, SÉRIO? MAIS UMA RECOMENDAÇÃO? TÃO QUERENDO ME MATAR, SÓ PODE SER ISSO! OBRIGADÃO MESMO RAFAH, AMEI CADA PALAVRINHA TUA, CHOREI QUE SÓ! CAPÍTULO TODINHO DEDICADO A VOCÊ!
Bem, o titulo é bem sugestivo, não é? Espero que gostem! Enjoooy!



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P.o.v Austin

Era praticamente impossível de acreditar que aquela garota estava mesmo ao meu lado. Que ela estava próxima de mim por vontade própria, e que estava sendo gentil comigo. E eu não vou negar, eu tava adorando aquele momento.

- Depende, você acha que pode confiar? - Ela disse. Fiquei alguns segundos em silêncio. Por que ela tinha que ser tão complicada? Bastava dizer sim ou não! Parei para pensar que aquela garota era a Dawson, e que eu a conhecia o bastante para saber que ela não sairia por aí contando coisas ou segredos de pessoas, por mais que essa pessoa seja eu. Balancei minha cabeça, afirmando a sua pergunta. Ela sorriu.

- Espera um minuto, você está mesmo sorrindo para mim? Acho que eu esqueci de acordar! - Esfreguei meus olhos, brincando. Ela revirou os seus olhos e empurrou meu ombro.

- Nem pense em se acostumar!

- Pode deixar! - Nós rimos por um tempo e eu tentei chegar mais perto dela. Queria senti-la perto de mim, queria entender esse sentimento repentino e aproveita-lo se eu puder. Ela não se afastou, continuou no mesmo lugar, encarando as ondas á sua frente. - Sabe que eu não te odeio, não sabe? - Perguntei, mas ela não se virou para mim, e nem me respondeu. Bem, quem cala, consente! - Eu nunca te odiei, e eu realmente nunca quis seu mal! Eu considero a minha vida e minhas escolhas bastante complicadas, e eu não te julgarei se não entender. Só peço que me escute, está bem? - Olhei para ela, e por fim, ela também me olhou. Assentiu. - Eu nunca esqueci do dia em que eu te conheci. Eu era um novato naquela escola, um garoto desconhecido e tímido. Tinha dez anos, e nunca tive amigos de verdade. Meus pais sempre foram ricos e não se importavam comigo, não se importavam com a minha vida, nem com o que eu sentia e com o que eu pensava, ele achavam, e acredito que acham até hoje, que a ausência deles em minha vida poderia ser paga com dinheiro. E não é, e nunca foi. Eu era sozinho, e de um dia para o outro, eu resolvi mudar a minha mente. Eu guardaria para mim a imagem daquele garotinho simples, sonhador e amigável, e decidi me tornar uma pessoa "melhor". Afinal, quem daria atenção para um garoto que só pensava em música, em aprender a tocar? Que sonhava com as possibilidades de ser famoso, mas que conseguisse aquilo com o próprio esforço. Um garoto normal. As pessoas se ligam mais na parte física, material. E isso era o que eu tinha de sobra. Comecei a mostrar para todos esse 'eu' e a conquistar os outros, mesmo isso me destruindo a cada momento. - Dei uma pausa e olhei para a garota. Ela me olhava atenta, quase não piscava os olhos. Tornei a falar - Mas eu conheci uma garota. Eu a via todo dia na escola, mas quase nunca se enturmava. Costumava ficar no fundo da sala de aula, nunca foi chamada atenção. Era uma nerd. Eu enxergava ela como uma menina excluída, que não tinha amigos, de classe inferior. E decidi que era meu dever fazê-la se sentir como eu a enxergava. Cara, eu me odeio por isso! Mas eu passei a conhecê-la aos poucos, porém ela começou a demonstrar seu total desprezo por mim. O tempo foi passando, e nós continuávamos nessa, eu a irritava e ela me enchia de desaforos e xingamentos. Eu gostava daquilo, porque ela era a única pessoa que me tratava assim, que não me bajulava e não estava interessada no que eu tinha. Ela era como um refúgio para mim. Só que tinha um problema, eu estava sendo egoísta. E sabe o pior? Eu fui imbecil o suficiente para só perceber isso agora! - Segurei minhas lágrimas. Já havia chorado demais para um dia só. Olhei pra Dawson, seus olhos estavam cheios d'água. Paralisei em seus olhos e continuei - Aquelas duas palavras não foram em vão. Me desculpa. Desculpa por tudo que eu te fiz! Sei que isso não melhora e nem muda nada, mas eu realmente não sei o que eu poderia fazer para alterar todo o passado!

- Acho que isso não é possível.

- Infelizmente. Dawson, eu só te peço uma coisa. Uma chance. Apenas uma. Eu lhe prometo que eu te tratarei melhor, que não serei o idiota de sempre. Que não pensarei só em mim... - Eu estava implorando para ela. Eu precisava daquela chance. Tanto para melhorar as coisas entre nós, quanto para melhorar minha atitudes. - Uma chance de ser seu amigo. - Ela pareceu surpresa, mas aos poucos um sorriso se curvou em seus lábios.

- Está bem... - Diz. - Mas... - Comemorei por um milésimo, até vir essa palavrinha.

- Por que sempre tem um "mas"?

- Condições, pequeno gafanhoto. - Deu tapinhas em meu ombro e riu, em meio a algumas lágrimas que caiam em sua face. Tive vontade de enxuga-las, como fez comigo. Mas, do jeito que a conheço, estaria invadindo seu "espaço pessoal".

- Pode falar.

- 1° Tenta não me chamar mais de Dawson.

- Isso é quase impossível! Foram anos eu te chamando assim. E o Moon? Duvido você conseguir!

- Eu consigo tudo que eu quero, Moo... Austin! - Ri do que ela falou, e ao mesmo tempo achei estranho ouvir meu nome pronunciado por ela.

- Ah, claro! Daws... Ally!

- Progressos. - Riu. - 2° Promete não me chamar de nerd mais uma vez? - Ela mostrou uma irritação no olhar e eu rio, lembrando que a tinha chamado de nerd.

- Sim, eu prometo! É só isso?

- Não. 3° ... Ér... É só isso! - Ela sorri. Retribuo. Ficamos nos encarando por uns minutos.

- Então, essa é a parte que nos abraçamos? - Abro meus braços, tentando não parecer ansioso pela esperada proximidade.

- Sério?

- Ah qual é? É só um abraço, vem cá! - Empurro um pouco o violão que eu tinha deixado ao meu outro lado na areia, e levanto. Bato um pouco em minha calça jeans, tirando a areia e estendo minha mão para a Daw... Ally, levantar.

Ela aceita a minha mão e levanta, também retirando os vestígios de areia da roupa. Ela me olha, mas mantém uma distância considerável. Abro meus braços novamente, convidando-a a se aproximar. Ela meio relutante da um passo a frente. Chego mais perto e envolvo meus braços em sua cintura e enterro meu rosto em seus cabelos. Eles tinham um cheiro bom de melancia e morango. Sorrio com a minha incrível capacidade de ter descoberto aquele aroma. Ela envolveu seus braços em meu pescoço, e senti sua cabeça ser levemente deitada no meu ombro.

O abraço deve ter durado em torno de cinco minutos, e por mais que eu estivesse gostando e não quisesse sair dali, nós tivemos que nos afastar. Aos poucos seu corpo foi desgrudando-se do meu, e eu pude ficar cara a cara com ela.

Seus olhos vidraram aos meus, e eu viajei neles. Levantei minha mão e passei meu indicador de leve em sua bochecha, enxugando o molhado de suas lágrimas. Ela não se mexeu.

Minha mão continuou em sua bochecha, e eu não resisti ao desejo de chegar meu rosto para mais perto. Eu estava em puro êxtase, nada se passava em minha mente, apenas o desejo de ter seus lábios juntos aos meus. Cheguei ao ponto de sentir seu hálito de hortelã, vi seus olhos se fecharem e seus pés impulsionarem para cima, chegando ainda mais perto de mim. Fechei meus olhos, aproveitando aquela sensação.

Nossos lábios se encostaram, mas se separaram logo em seguida, deixando roçar-se. Abri meus olhos e vi os da Ally. Ela colou seu nariz ao meu.

- Austin... - Sussurrou. Seus lábios ainda roçando aos meus.

- Hn. - Murmurei, implorando aquele contato.

- 3° condição... Amigos não se beijam!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Curtiram? Ficou legal? Querem me matar por conta do final? Achei a ideia super da hora e não resisti, coloquei! Espero mesmo que tenham gostado!! Voltarei em breve amores. Mil beijões, e Rafah, obrigada de novo linda!!! Tchaau! :**