Heart By Heart escrita por Izzy Bane


Capítulo 29
Darling, don't be afraid I have loved you


Notas iniciais do capítulo

Hey, mais um capítulo para vocês.
Espero que gostem. e tem um aviso la nas notas finais...
Boa leiura.
P.s.: Afanofeverything muito obrigada pela recomendação, adorei muito. Valeu mesmo.



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Minha cabeça dói, tento abrir meus olhos e mexer meus dedos, mas não consigo nenhum dos dois. Ouço vozes ao fundo, eu quero falar algo, perguntar o que esta acontecendo, só que é em vão.

_ Mas doutora, a senhora acha que pode levar muito tempo? Ela já esta inconsciente a dois dias.

Acho que deve ser meu pai, a voz e masculina e familiar. Então espera, para ele estar falando com um doutor provavelmente eu estou no hospital. Mas por quê? Não consigo me lembrar.

_ Senhor Betcher, a pancada que ela sofreu na cabeça foi muito forte. Ela teve uma concussão e não podemos determinar quanto tempo ela continuara inconsciente. Seus sinais vitais estão normais, e os exames não apontam nada grave. Temos que esperar ela acordar. Mas preciso alerta-los que ela pode sofrer perdas de memória durante a recuperação, essas perdas costumam se estender por alguns dias após o acidente, seguidas de dores de cabeça fortes, então é preciso bastante repouso e ter paciência com a recuperação dela.
_ Obrigada doutora. Posso ficar com ela aqui no quarto?
_ É claro, qualquer coisa e só chamar a enfermeira.
Ouço a baque da porta e depois sinto uma mão sobre meu rosto, e alguma coisa molhada cai sobre ele.
_ Minha filha, acorda. Todo mundo esta com saudades. - ele da uma fungada e continua. - Principalmente Aline, ela tem estado aqui nesses dois dias e ninguém consegue a tirar daqui. Agora mesmo ela esta dormindo na sala de espera. Você escolheu bem, ela e uma garota forte, você sabe. Combina bem com você, e ela te ama demais. Volta para ela, volta para mim. Ele diz e ouço seu soluço ao.longe, tudo o que eu queria era poder abraça-lo e dizer que estava tudo bem, só que não consigo. Começo a perder a consciência aos poucos e logo não escuto mais nada.

–------*------

Abro os olhos e, devagar, o mundo vai ficando no foco. Olho para o teto branco tentando entender onde estava. Fecho os olhos com forca tentando me concentrar, só os abro quando ouço um ronronar fraco. Viro a cabeça e vejo uma menina dormindo sentada na cadeira ao meu lado, sua mão esta sobre a minha, apertando forte como se não fosse soltar por nada. Tento me lembrar dela, sinto que a conheço bem e quero saber por que não consigo me lembrar de onde. Ouço alguns bipes pelo quarto, e só então percebo as maquinas atrás de mim, vejo tubos saindo delas e que estão sobre minha pele.
Minha garganta estava seca, tento me sentar para me sentir um pouco melhor. Com o movimento, menina abre os olhos e me olha sonolenta.
_ Oi... - Ela fecha os olhos mais uma vez, e então os abre rapidamente e de uma vez só ela levanta, quase derrubando a cadeira. - Ai meu deus, Nanda. Você acordou. Quer alguma coisa?
Ela senta ao meu lado na cama e aperta um botão, depois coloca a mão novamente sobre a minha.
_ A-agua. - consigo dizer rouca. Ela coloca água em um copo e põe perto da minha boca.
_ Aqui, tome. Não posso acreditar que você finalmente acordou. Todo mundo esta preocupado com voce e...
_ Todo mundo... Quem? Guilherme e Maíra? - pergunto mais facilmente agora. - O que aconteceu?
_ Sim, eles mesmos. Eu também.
_ Me desculpe, mas quem é você? - pergunto e vejo sua expressão passar de animada para decepcionada.
_ Sou Aline, sua nam... Uma amiga. Escuta Nanda, você bateu a cabeça contra a parede durante uma prova de natação. Você ficou desacordada por quatro dias, ficamos preocupados.
_ Que prova? Não estou gostando de nada disso, cadê o Giovanni? Ou meu pai.
_ Seu pai saiu e Giovanni também esta preocupado com você. Ele mandou lembranças.
_ Por que ele não esta aqui? Ele é meu namorado, não é? - pergunto começando a ficar irritada. Os olhos da menina se encheram de lagrimas, ela olhou para longe e passou a mão pelo rosto.
Antes que ela pudesse dizer algo uma medica e duas enfermeiras entram no quarto. A menina se levanta e vai ate a janela cruzando os braços e olhando para mim.
_ Ola Fernanda, meu nome é Mirian. - a mulher chega perto de mim e começa a me examinar. - Sou sua médica, você se lembra do que aconteceu?
_ Não, ela me disse que eu bati a cabeça na parede. Não me lembro de prova nenhuma. - falo apontando para Aline. A mulher olha para ela, que sai do quarto correndo.
_ Moca, quem é ela? Por que ela estava aqui? Não me lembro dela.
_ Aquela garota era sua namorada.
_ O que? Não, eu namoro com outra pessoa. Com um garoto, Giovanni. - Falo não acreditando muito na mulher.
_ Perda de memória é comum em casos como o seu, e um efeito da concussão. Essa garota não saiu daqui desde que você deu entrada no hospital.
_ Bom se isso for verdade explica muita coisa. - falo baixinho enquanto me colocava as pernas para fora da cama. Deixo esse assunto para lá, a médica faz mais alguns testes e depois meus pais vem me ver. Eles me contam do acidente e me falam novamente daquela garota, pelo visto era verdade mesmo, no meu celular tinha fotos e mais fotos de nós duas juntas.
_ Eu não entendo. - digo depois de ver as fotos. - como eu posso ter me envolvido com uma garota? Principalmente com a ex de Guilherme.
_ Vocês duas se apaixonaram de repente, de um dia para o outro. Uma ajudou a outra em momentos difíceis. - diz meu pai se encostando na minha mãe. - E apesar de ter sido rápido foi verdadeiro. Quero dizer, ainda é. Vocês duas se completam, todo mundo vê.
_ Huum.
_ Mas deixa isso para depois, agora você tem que descansar. A médica disse que você precisa ficar mais um tempo para observação e amanha poderá voltar para casa.
_ Esta bom, boa Noite. – me ajeito na cama e eles me dão um beijo na testa. - Ei, vocês podem deixar o celular? Quero ver se consigo me lembrar de alguma coisa.
_ Claro, querida, só não se esqueça de descansar. Te amo.
Aceno para eles e eles saem, olho para o celular e vou direto para as mensagens. Pelo visto Aline e eu não conversávamos muito pelo celular. Leio as mensagens, e não posso deixar de sorrir em algumas partes, nos duas nos dávamos bem, sempre brincando e provocando uma a outra. Quando começo a ficar sonolenta, coloco o celular sobre a mesa. Depois que me ajeito, ouço um bipe vindo dele. Quando vi era uma mensagem da Aline. Eram duas palavras em latim, eu acho: Ad Aeternum.
De alguma forma, fiquei feliz em ver essa mensagem, durmo com um sorriso no rosto.

Dias se passam e aos poucos minha rotina também. Hoje é segunda feira e estava na hora de ir para a escola, tive alguns flashes de memória dos últimos seis meses da minha vida. Não recuperei tudo, mas me lembrei de algumas coisas. Ainda não conversei pessoalmente com a tal garota, a não ser por mensagem. Apesar de "não saber nada" sobre ela, ainda tínhamos assunto para não acabar mais. Ela me contou de casos engraçados, me contou que meus melhores amigos estão namorando e também me contou do que aconteceu com Anna. Conversar com ela foi bom, me ajudou a recuperar mais rápido. Recebi visitas de muitas pessoas, ate de um carinha bonito que conheci numa viagem, e que estava preocupado comigo que estendeu sua viagem por alguns dias.
Por algum motivo, estou nervosa em ir para a escola hoje, não sei exatamente o porquê deve ser que, depois que eu ver com meus próprios olhos, a ficha vai continuar caindo.
Faço a rotina que me lembrava, pego ônibus com Guilherme, e depois sento em um dos bancos da pracinha da escola junto com as meninas. Tudo parecia tão normal, mas tão novo. E enquanto estava ali sentia uma sensação de vazio, como se estivesse faltando uma parte importante.
Na sala de aula todos os meus colegas e professores vem me abraçar e perguntam como estava. Abri um sorriso um tanto forcado para a maioria deles. Só abri um sorriso de verdade quando era a vez de Aline. Ficamos uma olhando para a outra sem saber muito que fazer.
_ Oi. - eu digo enquanto ela me abraça.
_ Hey, você parece melhor hein.
_ É, estou me recuperando bem. Você também, da ultima vez que te vi parecia que estava bem cansada.
_ Era por uma boa causa. - ela fala e abre sorriso. Estou começando a entender porque me apaixonei por ela. - Aqui, toma.
_ O que é isso? Pergunto olhando dentro da sacola com alguns livros que ela me entregou.
_ Essa era sua serie predileta, ai dentro também tem um pen drive com algumas musicas novas que você gostou, e tem mais algumas surpresas. Acho que pode ajudar você a se lembrar de mais coisas.
_ Posso te perguntar uma coisa? - pergunto olhando bem para seus olhos.
_ Claro.
_ Como e que você me aguentava?
_ Você fazia valer a pena, e alem do mais... Eu adoro esse seu jeito.
Ela me abraça de novo e depois sai quando a professora começa a explicar matéria.
Sento no meu lugar e mexo na sacola que me deu. Reconheço a capa verde e os brilhos de "Cidade dos Ossos". Eu estava doida para ler esse livro, e parece que ele realmente é bom já que virou o meu favorito. O coloco ao meu lado e continuo mexendo, tinha alguns decks de CD's, as capas eram personalizadas e tinha o nome dos álbuns escritos a caneta. Atrás tinham o nome das musicas e sorrio ao ver "That you thing I do" entre elas. Abro também uma caixa de joias, ela tinha brilhos por fora, era fofa e delicada. Não consegui não pensar em Aline. Ali dentro tem uma pulseira em ouro branco. Tinha visto essa pulseira em algumas fotos recentes minhas, desde lá tenho pensado nessa pulseira e em onde ela estaria. Coloco ela no pulso e me sinto bem, ela não trouxe lembranças muito menos recordações, como se fosse mágica, mas me trouxe uma sensação de preenchimento, como se tudo estivesse voltando para os trilhos.
Já em casa, depois de ter ido no shopping com Maira e Anna, deitei na minha cama com meu notebook e coloquei para tocar os CD's que Aline me deu enquanto eu lia o livro. Quando vou colocar o ultimo, percebo que não tinha nada escrito por fora, só um desenho de um coração. Fico curiosa e o ponho para rodar, era um vídeo de Aline.

_ Ei, meu amor. Se você abriu esse vídeo é porque esta muito curiosa. Já te conheço bem. Pode ter perdido a memória, mas isso não muda nada, você continua a ser a mesma para mim.
Não sei como anda sua recuperação, estou a 3,4 dias sem te ver. Acredite eu queria muito estar com você, mas agora eu não posso. Preciso que você descubra sozinha pelo menos uma parte sobre o que ha entre nós duas, só depois eu te entrego esse vídeo, e enquanto isso eu vou aqui pensando em formas de te ajudar a passar por isso.
Já sabe como aconteceu no acidente não é? Você agiu na hora errada, se não tivesse virado a cabeça naquele instante teria conseguido ganhar, de qualquer forma. Não te culpo, a pressão foi muita e você também estava se cobrando, mas convenhamos, foi idiota. A senhorita, por favor, evite ao máximo. Se eu quase tive um ataque por você ter sofrido essa concussão, imagina se tivesse sido grave? Eu... Ah, sei lá, não gosto nem de imaginar. Soa um pouco egoísta, mas é que me acostumei com você na minha vida e não sei se consigo me desapegar de você.
Mas isso já foi, o importante e que você esta bem e segura em casa. Fiquei muito feliz quando vi que respondeu minha mensagem, isso me deu mais esperança que isso não iria nos afetar muito. Comecei a me lembrar de momentos inesquecíveis entre nós. E um desses foi você cantando para mim.
Ela para e pega um violão, apoiando na perna.
_ Não tinha te contado, mas comecei a ter aulas de violão com Henrique, queria fazer uma surpresa no seu aniversario. Resolvi adiantar esse feito, nesses dias que estava longe de você peguei uma musica que traduz boa parte do que eu sinto, e do que significou nosso tempo juntas.
Já vou avisando... Eu NÃO sei cantar, então se essa parte do vídeo cair na internet, eu te mato. E não adianta ficar com esse sorrisinho lindo na sua cara não, estou falando serio.

Ela diz isso apontando um dedo para a câmera, só abro o sorriso mais ainda. Não e que a garota me conhece mesmo?!

Vamos lá então.

Ela começa só que erra o som de alguns acordes. Ela então respira fundo e começa novamente. Dessa vez ela consegue fazer a passagem certa e a melodia suave começou.

Today I need to meet you in any way
Even if it's just to bring you home
After a normal day
Look at your eyes of easy promises
Kiss your mouth in a way that will make you laugh
Today I need to hug you
Feel your smell of clean clothes
To forget all my yearnings and sleep in peace
Today I need to hear any word from you
Any exaggerated phrase that will make me feel joy

In being alive
Today I need to drink a cup of coffee, listening to
you breathing

Telling me that I'm the cause of your insomnia
That I always do everything wrong
Today I need you
With any mood, with any smile
Today only your presence
Will make me happy
Only today

Ela para de tocar e coloca o violão atrás dela, na cama.

_ Eu sei que no fundo você se lembra de tudo, de todo o sentimento. Só precisa de um tempo para assimilar tudo. Só quero que saiba que eu...

Ela para e abaixa a cabeça, quando levanta seu rosto ele estava molhado com as lagrimas. Eu tive vontade de beija-la. Beijar suas lágrimas, seu cabelo ou qualquer parte dela. Dizer que estou junto dela, mesmo que não tenha recuperado a memória. Desde que acordei, não quis tanto uma coisa quanto quero Aline aqui.
Ela então continua a falar.

__... Que eu te espero pelo tempo que precisar. Eu te amo Fernanda Betcher. E eu nunca acreditei tanto nisso como agora.
Bom, espero que isso tenha servido para algo, nos vemos depois. Beijo.

A tela se apaga logo depois que ela sopra um beijo para mim. Começo a pesquisar coisas na internet enquanto mandava mensagem para ela.

F.B.: Você tem razão, você não sabe cantar mesmo. Kkk brincadeira

A.G.: Sei que é tudo recalque haha Minha voz é tão linda que você ouve mal.

F.B.: Eu gostei. Não só da musica, mas de tudo. Do vídeo, dos CD's, do livro. Já to no cap. 16.

A.G.: Que bom tudo aquilo que eu disse é verdade. Quero que se recupere logo.

F.B.: Eu também.

F.B.: Principalmente que agora tenho horário para dormir. Amanha a gente conversa. Beijos

A.G.: kkkk Dona. ... Ta certa, Beijos.

Guardo tudo e deito na cama, não consigo deixar de pensar no vídeo. Falei que ela cantava mal, mas foi o som mais doce que já ouvi. Pelo o que eu vi ate agora, entendo porque tinha me apaixonado por ela. Só não consegui entender o que ela viu em mim.
Tomo uma decisão, e adormeço enquanto penso em como posso fazer o que eu quero.
No outro dia, enrolo na porta da escola. Fico sentada no muro ouvindo musica, e quase cai quando senti alguém se encostando em mim.
_ Mas o quê...?
_ Calma garota, sou só eu. - diz Aline se sentando ao meu lado.
_ Estava viajando. - tiro os fones e me viro para ela. - Chegou agora?
_ Cheguei, mas quase que perdi o horário.
_ Que bom que veio. Eu precisava conversar com você.
_ Hum, pode falar.
_ E que, enquanto assistia ao vídeo ontem a noite, eu me senti um pouco culpada.
_ Por que? - seu sorriso começa a desaparecer.
_ E que você estava lá, toda linda e perfeita, se declarando para mim, e me senti culpada por não conseguir me lembrar do que rolou entre nós.
_ Nanda, não tem porque você se culpar. O que aconteceu com você foi um acidente.
_ Olha, existem casos em que o paciente não recupera a memória, ou pode levar muito tempo para isso acontecer. Eu pesquisei. - ela tenta falar algo, mas eu a interrompo. - E eu não posso te pedir para arriscar perder esse tempo todo com alguém que pode nem se lembrar de uma pessoa que ela considerava uma das mais importantes.
Ela pula do muro e olha para mim.
_ Escuta aqui. Eu NÃO vou te deixar OK. Nem que seja a ultima coisa que faca, mas eu vou te ajudar.
_ Por quê? Quer continuar comigo mesmo sabendo que posso não querer mais você? - Pulo do muro e ela se aproxima puxando minha blusa ate nossos rostos estarem bem próximos.
_ Por que eu sei que é mentira, você gosta de mim ao menos um pouco. E porque eu te amo, eu quero isso... Eu preciso disso. Quando disse que não consigo viver sem você não estava brincando, se isso e o que eu posso ter... Tudo bem, só que eu vou fazer o meu Maximo para poder te conquistar todos os dias. - ela me diz com um olhar penetrante e eu não seguro o sorriso. Ela inclina a cabeça e diz com raiva. - Você ta rindo de mim? Qual e o seu problema?
_ Nenhum. Bom, você não tem que tentar me conquistar, agora não precisa.
Ela solta minha blusa e me olha ferozmente.
_ Como não? Se você acha que vai ser fácil se livrar de mim, sinto lhe informar, mas você esta muito engan...
Coloco minhas mãos na sua cintura colando nossos corpos juntos. Ela para de falar na hora.
_ Caramba garota, você fala demais. - digo antes de me inclinar e beija-la. Parece que ela precisava desse beijo tanto quanto eu, já que me agarrou com a mesma intensidade que estava me olhando. Nos levo ate o muro e encosto ali, ainda sem me separar dela. Quando nos afastamos estávamos ofegantes, ela olha para mim sem entender muita coisa e então me abraça.
_ O que foi isso? - ela pergunta com os braços firmes em mim. - Pensei que disse que não podia me pedir para ficar com você.
_ Eu não posso te pedir para ficar, mas eu quero muito que fique. Por sorte você é cabeça dura, mas eu queria que tivesse certeza do que realmente quer.
_ Eu não preciso pensar, você é o meu caminho. Não que eu esteja reclamando, mas se você não recuperou a memória, por que me beijou?
_ Por que... - eu a afasto um pouco e coloco as mãos em seu rosto. - Eu me apaixonei novamente por você nesses dias. As mensagens que trocamos o vídeo, as coisas que você me enviou... De alguma forma elas têm algum significado para mim, mesmo que eu não me lembre. E exatamente por não me lembrar, significam mais ainda, e você... Eu sinto que e certo ficar com você, eu me sinto bem, completa. Nesses poucos dias, me mostrou o quanto eu seria idiota ao não me apaixonar por você.
Ela passa os braços pelo meu pescoço e me puxa, ela estava me beijando mais intensamente e com mais paixão do que achei que fosse possível.
Ficamos sentadas lá fora conversando por mais um tempo. Ok, nós beijamos mais do que falamos, só que não importa.
_ Mais um pouco e eu vou morrer sufocada, me deixa respirar pelo menos um pouco. - digo sorrindo sobre seus lábios.
_ Não me culpe, tinha que tirar o atraso. Agora vem, senão vamos perder o segundo horário também.
_ Não me lembro desse seu jeito nerd.
_ Não tem problema, e mais um motivo para você continuar comigo, vou te lembrar e te mostrar tudo o que você esqueceu. E quando falo tudo... E tudo mesmo. - ela se levanta sorrindo e me da uma piscadela.
_ Quer saber... Acho melhor a gente entrar mesmo. Não quero ser molestada aqui não.
Ela ri e me ajuda a levantar. Ajeito a mochila com uma mão e encaixo a outra com a mão dela. Ela levanta nossas mãos e dá um beijo nelas.
Entramos na escola e.ficamos esperando na porta da sala, a professora abre a porta e nos cumprimento enquanto sai da sala. Quando entramos somos alvo de alguns olhares, ela aperta ainda mais minha mão e me leva ate minha mesa.
_ E aqui... - ela fala lentamente batendo na mesa. - É o seu lugar. Essa aqui é a Maira e essa e a Anna. São suas amigas.
_ Haha, você e muito engraçada. É uma das suas varias facetas? - pergunto enquanto cumprimentava minhas amigas.
_ Er, mais ou menos.
As meninas riem e Aline me dá um beijo na bochecha e vai para seu lugar. Olho para ela andando e só percebo que estava encarando quando Anna me cutuca.
_ Ei boba apaixonada, recuperou a memória foi?
_ Não, e só o destino provando que ele pode nos surpreender. - digo me virando para elas.
_ Virou filosofa? - Maira pergunta me olhando por cima de seus óculos.
_ E um dos efeitos por ter passado por uma experiência traumática. Passar por algo assim me fez analisar mais a minha vida e descobri que... Tenho ainda mais fome. Tem comida ai? - pergunto rindo da cara delas.
_ Além de retardada, e comilona. - comenta Anna.
_ Ei, Line, elas estão me chamando de retardada aqui ô. - grito enquanto elas me davam tapas no braço. Aline, que estava conversando com algumas amigas dela, olhou para gente inclinando a cabeça, rindo.
_ Podem continuar, eu deixo. - ela diz e volta seu olhar para as garotas, que também estavam rindo.
_ Mas eu estou dodói... - falo fazendo uma carranca de brincadeira.
Ela apenas balança a cabeça sem olhar para mim.
_ Toma boba. - minhas amigas riem e, antes que eu pudesse falar algo, a professora entra na sala de aula. No meio da aula me sinto um pouco estranha, então peco licença para a professora e vou ao banheiro. No caminho começo a sentir tonturas e me encosto na parede esperando melhorar. Ando me apoiando, mas não vou muito longe, já que minha cabeça começa a doer. Me sento no chão com as mãos na cabeça torcendo para passar logo. Imagens aleatórias aparecem na minha cabeça, lembranças de dias passados com Aline, outros com Guilherme e tem ate mesmo, nutella e um bonito garoto de cabelos loiros e olhar penetrante. E então nada...


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Notas finais do capítulo

É isso aí amores.
Espero que tenham curtido, já sabem né... Reviews e tals.
Acho que vai dar para postar com mais rapidez agora que a faculdade acabou. ^^
Ate a próxima, Beijos.



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