Heart By Heart escrita por Izzy Bane


Capítulo 25
What happened was in the air


Notas iniciais do capítulo

Hey, I going back. Confesso que fiquei com saudades de vocês, pensei que o site ia fechar, nunca ficou tanto tempo fora do ar. MAS estamos de volta e com mais um capítulo.
Boa leitura amores.



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Parece que tinha acabado de fechar os olhos quando acordei mais tarde. Uma suave melodia estava tocando pelo quarto e quando abri os olhos vi Aline balançando ao ritmo da música. Parecia que tinha acabado de tomar banho, seu cabelo estava molhado e estava vestida apenas com um short azul escuro e um sutiã de renda preto, achou o que estava procurando no armário e se virou. Quando viu que eu estava observando sorriu e veio ate mim, jogando a roupa no puff ao lado, caiu e acertou Nico que saiu correndo para debaixo da cama assustado.

_ Bom dia linda. Já ia te acordar. - ela diz me dando um selinho e sentando do meu lado na cama.
_ Bom dia. Quantas horas? – digo me encostando sob a cabeceira.
_ Relaxa, esta cedo. Tem mais algumas horas ate o campeonato.
_ Huum, e o que vamos fazer enquanto isso? - digo a puxando para baixo de mim, ela ri.
_ Você eu não sei, mas eu tenho que sair com Gabe. - ela sai e senta ao meu lado.
_ Ah sério? Vai me deixar aqui sozinha? - pergunto caindo de volta no colchão e franzindo o nariz fazendo bico.
_ Sozinha nada, se quiser pode vir. A gente vai visitar a avó dela e depois vamos para o campeonato. E para de ser dramática.
_ Ver a avó dela...? Dispenso. Vou ir para casa e sair para tomar café com Guilherme e Maíra. Sei lá.
_ Bom, a escolha é sua. Tenho que correr, já estou atrasada, Gabe daqui a pouco está aqui. Acho bom você levantar.
_ Se eu levantar daqui vai ser só por livre e espontânea pressão.

Ela levanta e acaba de se arrumar. Coloca um Croc Top branco com algumas cruzes pratas e pretas, e deixa seu cabelo solto e coloca um chapéu preto. Estava colocou uma sapatilha preta e foi passa rímel e lápis.
_ Para de me encarar e vai se arrumar. - ela diz me olhando do espelho.
_ Ah ta bom! Já vou.
Me levanto e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal, quando acabo e volto para o quarto vejo Aline conversando com Gabe que esta sentada na cama.
_ Ei Gabe. - disse passando por ela e indo pegar minha calca. Quando olho para elas vejo Aline me encarando surpresa e Gabe olhando para ela.
_ Que foi? - pergunto assustada.
_ Nanda, você ta pelada. - Aline fala séria.
_ Não, tecnicamente eu ESTAVA seminua. Agora não estou mais. - eu disse abotoando a calca. - Além do mais, não é nada que ela nunca tenha visto. Gabe, vou te dizer uma coisa, é tudo do mesmo jeito...
_ Vamos logo , antes que essa conversa fique indecente. Gabe não precisa ficar sabendo desses detalhes. - Disse Aline me jogando a blusa que usei ontem a noite.
_ Então tá, mas se quiser saber mais e só perguntar viu. - digo me virando, mais por causa do olhar mortal de Aline do que a própria vergonha de trocar de blusa na frente da Gabe.
_ Só faltava essa agora, minha namorada virou uma Stifler. - Aline resmunga.
Ando e abraço ela por trás, passando os braços por sua cintura.
_ Todo e qualquer conhecimento que tenha, foi com você que aprendi. Tive a melhor professora do mundo. - digo afastando seu cabelos de perto da nuca e dou um beijo ali. Um tremor passa pelo seu corpo e ela se vira para me beijar, suas mãos vão para a minha cintura e ela da um leve apertão, tranco minhas mãos em volta do seu pescoço e a puxo para mim. Ela se afasta rápido de mais, tinha me esquecido que Gabe estava no quarto, ela estava deitada na cama mexendo no celular.
_ 45 segundos, tá na média. - ela diz sem afastar os olhos da tela no celular. - Mas agora, se vocês não se importam temos que ir ou vovó vai me matar por não ir com ela ate o parque.
_ Claro, vamos. - diz Aline pegando sua bolsa, as chaves e colocando os óculos escuros. Eu pego meu celular e vejo se tem alguma ligação, mas ele esta descarregado. Uma hora dessas, minha mãe já deve ter percebido que não estou em casa, deixei um bilhete dizendo que tinha levantado cedo para correr e espero que ela só tenha visto hoje de manha senão minha caixa de voz vai estar cheia. Saímos e me despeço delas, indo para minha bicicleta. Em meia hora estou em casa, subo rápido e vou tomar um banho. Ligo meu celular, vejo que tem três ligações da minha mãe, mando uma mensagem para ela avisando que estava em casa e que nos veríamos no campeonato. Visto meu maiô por baixo da roupa de uma vez e arrumo minha bolsa para a competição.
Em 1 hora estou pronta para sair de casa, chego ate a porta da casa de Guilherme e toco a campainha. Quem atende é Giovanni, só com uma bermuda e sem camisa, eu olho para ele vendo o quanto ele estava diferente. Tinha deixado o cabelo crescer e agora estava caindo sobre os olhos. Também estava mais malhado, sua barriga estava repleta de gominhos e seus braços tinha crescido bastante, não era atoa que estava sempre cheio de meninas ao seu redor, mesmo que ultimamente ele parecia não dar muita bola para isso. Seu olhar intenso e seu sorriso cativante continuavam os mesmos.
_ Oi. - pergunto sem saber muito que dizer. Nós não conversamos muito desde que terminamos. _ Ei. Tudo bem? - ele disse abrindo um sorriso que fazia aparecer suas covinhas. (N/A: Ah covinhas *-*)
_ Ah to bem e você?
_ Também. Cara, você esta diferente, mas continua linda como sempre.
_ Obrigada, - digo envergonhada. - Você também, parece mais maduro
_ É, digamos que sim. - ele fala bagunçando o cabelo. - E ai, preparada para hoje?
_ Bastante, treinei muito.
_ Eu vi você treinando alguns dias, você é muito rápida. Espero que ganhe.
_ Valeu e para o meu bem é melhor eu ganhar mesmo ou Aline me mata. Digo descontraída e ele ri, mas logo sua expressão muda para seria.
_ Posso te perguntar uma coisa? - eu aceno e ele prossegue. - Você é feliz com ela?
_ Muito. - respondo sem pensar duas vezes. Ele me olha no fundo dos olhos e ali posso ver algo que não consigo identificar. Ele parecia que ia dizer alguma coisa, mas e interrompido por Guilherme.
_ Cara, você viu meu meião? – ele um sorriso quando me vê abre. - Ei Nanda. O que ta rolando?
_ Nada, vim aqui te chamar para ir tomar café e depois ir para o ginásio.
_ Por mim tudo bem, bora brother? - ele pergunta para Giovanni que voltou a sorrir, ele acena com a cabeça.
_ Beleza então, só tenho que achar meu meião e podemos ir.
_ Ok! - Mando uma mensagem para Maíra falando dos nossos planos e ela diz que nos encontra depois. Ficamos por ali por mais meia hora, os meninos acabaram de se arrumar e logo fomos para o café/lanchonete que ficava ao lado de casa. O lugar era bacana, passou por algumas reformas e mudou de nome, só que ainda trazia toda a magia e a tradição que acompanhavam o lugar antigamente. Era uma espécie de Cyber Café, de um lado tinha a lanchonete e do outro tinham computadores e varias estantes de livros com diversos títulos, atuas e clássicos. Não podia levar os livros para casa, mas podia ficar ali 24 horas se quisesse. Essa ideia que vem seguindo desde o inicio do lugar, o antigo dono era americano, é um dos melhores amigos do meu pai e o homem me adorava, lembro quando era pequena e ele sempre me levava ate a parte de trás do balcão e me deixava comer o que queria, ele ficou com o lugar por 19 anos, mas problemas de saúde o fizeram vender o lugar a uns 3 anos. Chegamos lá e sentamos em uma das cadeiras que estavam do lado de fora, a garçonete, uma garota de cabelos cacheados ruivos, vem até nos para pegar os pedidos e quase baba em cima de Giovanni.
_ O que querem? - ela pergunta olhando exclusivamente para ele.
_ Eu vou querer um misto com suco de acerola. E vocês? - Giovanni nem presta atenção na
garota, na única vez que olhou para ela foi para passar o pedido, depois voltou seu olhar para a mim e Guilherme.
_ Eu vou querer um milk shake de baunilha e panqueca doce. - eu falo para ela e Guilherme pede o mesmo só que com milk shake de ovomaltine. A garçonete anota e fica mais um tempo mexendo no cabelo para ver se consegue arrancar alguma reação de Giovanni, acabou indo embora sem nada. Começo a rir e balançar a cabeça, os dois me olham sem entender nada.
_ Elas pioram cada vez mais, a menina estava quase te comendo com os olhos. - digo explicando.
_ Ah isso. Sei lá, já me acostumei, alem do mais não quero isso para mim, estou atrás de uma menina direita. Pena que perdi minha chance com você. - ele diz abrindo um sorriso e dando uma piscadela. Apenas sorrio e Guilherme percebendo minha inquietude mudou de assunto.
_ Cara, to super ansioso para hoje. Quero jogar logo e ir para a final, quero enfrentar esse time do Rio. Eles arrasaram na última vez.
_ Calma gafanhoto, guarda essa animação para quadra, a final é só amanhã, você sabe.
_ Ah gente, pensa pelo lado positivo. Vai ter um desfile de meninos bonitos com barriga de tanquinho andando por ai. - digo fingindo um ar sonhador. Eles somente me encaram. - Qual o problema?
_ Você ainda observa garotos? – Guilherme me pergunta surpreso.
_ É claro, não é só porque estou apaixonada por uma menina que deixei de ser humana e parei de notar pessoas atraentes, principalmente homens com tanquinho. É da nossa natureza.
_ Deixa a Aline saber disso ela te mata. - Eles ainda me encaram meio que sem jeito, então completo.
_ Se bem que a barriga da Aline é uma delicia...
_ Ta, ta, não quero saber de detalhes. Nanda, eu às vezes acho que você devia ter nascido homem, tu é muito tarada. A garçonete trás o nosso pedido então não preciso comentar seu comentário. Dessa vez ela nem tenta chamar a atenção de Giovanni. Pelo menos essa sabe a hora de parar.
_ Nanda como homem... - Giovanni para e finge me observar por todos os ângulos. - Seria uma Tereza Brant 2. Ia continuar gostosa.

_ Quem continua gostosa? - diz Maíra colocando sua bolsa ao meu lado.
_ Curiosa. - diz Giovanni fingindo uma tosse.
_ Oi para você também Giovanni. Nanda, ta feliz hoje.
_ Pois é, dormi igual um bebe hoje. Problema resolvido.
_ Ainda bem, já te falei que sei das coisas.
_ Ah não. - diz Guilherme batendo com a mão na testa. - Elas estão conversando em código. Alerta vermelho! Alerta vermelho! - ele e Giovanni começam a gritar.
_ Pelo amor de Deus, Maíra! Cala a boca desse moleque. - digo tampando os ouvidos e ela levanta rindo e da um selinho nele.
_ Minha vez! - diz Giovanni olhando para mim.
_ Pede para a garçonete. Ai você sai do zero.
_ Pô! Magoou. Não te dou carona também.
_ Carona no que meu filho? No seu velotrol? - digo e o casal ri, ele me olha feio. Ele procura algo no bolso e pega chacoalhando uma chave.
_ Que chique, tem até chave. O velotrol é motorizado, é? - não consigo conter o riso. A cara dele não estava muito boa, então paro. - Estou brincando, pode contar.
_ Fiz 18 semana passada e de presente meu pai me deu um carro novo.
_ Já te disse que te amo né? Se quiser te deu um beijo... Na bochecha. - levanto e dou um beijo na sua bochecha.
_ Cara, você lambeu minha bochecha, sua interesseira. - ele diz passando a mão pela bochecha. Rimos e acabamos de comer. Por algum milagre não fui expulsa do carro, convenci a todos a
ouvir The Pretty Reckless, e cantamos Going To Hell em alto e bom som. Chegamos animados no local da competição. O lugar já estava cheio, nós dividimos e fui direto atrás de Fabio, meu treinador. Encontro com Paloma e a Laís, minhas companheiras de equipe e vejo que elas já estão se aquecendo. Tiro minha roupa e começo a me aquecer junto com elas.
_ Continua do jeitinho que eu lembrava, mas ainda prefiro você de biquíni. - ouço uma voz atrás de mim e me viro.
_ Não acredito... Bernardo. - digo e vou abraçando ele. - O que você faz aqui?
_ Vim participar dos jogos, minha escola ganhou as eliminatórias do Rio. Sabe, se você tivesse me ligado eu teria te falado, eu não te dei meu numero atoa.
_ Foi mal, nem me lembrei de te ligar, aconteceram umas coisas e eu acho que perdi seu numero.
_ Hum, só vou te perdoar porque a visão que estou tendo é muito boa. - ele ri e eu dou um tapa no braço dele. - E ai, se resolveu com a menina lá?
_ Aham, estamos namorando há cinco meses já.
_ Que bom, e cadê ela? Espero que quando ela me ver não olhe para mim do jeito que me olhou na praia. Eu fiquei com medo dela.
_ Um cavalão desses com medo de uma baixinha igual à Aline?! Agora já vi de tudo. - Nós dois rimos.
_ Fazer o que? Se olhar matasse eu estaria em decomposição já. Mas vocês devem fazer um casal bonitinho, mas continuo achando que ficaria melhor comigo. Só acho. - ele me da uma piscadela e eu rio, sei que e brincadeira da parte dele. Pelo menos espero... Nós dois continuamos conversando por um tempo e tivemos que nos separar para nos juntar a equipe geral da escola, o hino brasileiro iria começar a tocar. No lugar onde minha escola estava sentada era de frente para onde a de Bernardo estava, e depois do hino ele começou a fazer gracinha e eu não conseguia não rir. Recebi alguns olhares desaprovadores e tentava me concentrar no discurso da diretora da minha escola. Guilherme, que estava ao meu lado, murmurava algo sobre eu ser doida. Ela acaba o discurso e diz qual a programação.
A competição vai durar três dias, mas só hoje eu irei participar, o time de futebol joga hoje e tenta se classificar para as finais de amanha. Saio da arquibancada e vou para perto da piscina, as provas de natação seriam as primeiras e eu estava na primeira rodada. Enquanto me preparava eu olhava para os lados procurando por Aline, eu ainda não tinha encontrado ela e estava preocupada dela não me ver nadar. Antes de voltar minha atenção a piscina, eu vejo Anna se aproximando. Seus olhos estavam vermelhos e suas mãos tremiam. Ela encontrou meu olhar e seus olhos se encheram de lagrimas. Não sabia o que fazer, ela parecia frágil e, apesar de todos os problemas, só conseguia ver a garota que me fazia rolar de rir ao telefone por horas com suas histórias. Não sabia como reagir por ver ela ali, pelo jeito ela não estava me evitando porque sustentou meu olhar com o dela por muito mais tempo do que durante todo o tempo em que estamos sem conversar.
Começo a caminhar hesitante em sua direção e ela apenas me observa, sei que devia ser o contrário, eu jurei que não iria atrás dela, mas o seu estado não era dos melhores e ela dava todos os indícios que queria conversar comigo. Dou apenas alguns passos antes de um sinal sonoro tocar e uma voz chamar os participantes para a piscina. Anna olha para mim novamente e balança a cabeça em direção à piscina, como se mandando ir para lá. Dou mais uma olhada para ela e ela abre um pequeno sorriso antes de seu rosto se contorcer numa expressão de choro. Estava abalada com tudo isso, pensei em Anna que estava ali agora e naquele estado. Jogo todos esses pensamentos para o lado e limpo minha mente, me concentrando somente na prova.
Subo no palanque, Laís estava a duas raias dali. Ela me olha e abre um sorriso, num ato de desejar boa sorte, retribuo o sorriso e espero o tiro de largada...
PIIIIIII

A imagem de Aline correndo ate a barreira de proteção foi a ultima coisa que vi antes de pular na piscina.


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Notas finais do capítulo

É isso ai gatas.
Nos vemos na próxima, Beijos.



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