Sem Julgamentos escrita por AnaMM


Capítulo 6
Isso não podia ter acontecido!


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas! Eu estive envolvida com evento da faculdade, depois com a mudança e estou sem internet no PC, o que complica... Tudo isso + época de provas. Obaaaa uahshuauhsauhshu Enfi, consegui esse tempinho e aqui está. O que acharam da ceninha fofa de hoje? ALELUIA Benjamin admitindo que se acha o certinho perfeito e desconta na Sofi!! E ela? Ooooown *----* Aquele sorrisinho



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Sofia separou-se bruscamente de Ben, vestindo a blusa que havia deixado em cima da cama ao lado. Contudo, não se levantou. Ficou ali, à borda da cama, as pernas ainda nuas. Não conseguia entender como aquilo podia ter acontecido, como podia ter sido tão fraca ter-se deixado levar por Benjamin daquela maneira. Ou como ela mesma podia ter chegado a esse ponto de descontrole em relação ao que sentia por Ben. Era para ser só uma atraçãozinha, nada mais. Um capricho, uma quedinha leve pelo garoto mais velho que tanto a perseguia... Alguns beijos a mais e seu desejo por Ben estaria curado. Jamais pensou que teria que chegar a esse ponto para esqucê-lo e, deus, não o havia esquecido. Seu plano havia falhado. Mesmo depois de ter transado com Ben, desejava o corpo ao seu lado tanto quanto antes. E se...? Não, não podia estar apaixonada por ele! Não por Ben!

Benjamin tampouco acreditava no que havia acontecido. Percebendo que Sofia também estava tensa, resolveu, não podendo voltar atrás, ao menos rir da situação.

–Que foi? Dói tanto assim a primeira vez? Você tá com uma cara péssima! - Ben ironizou.

–Quem disse que foi a primeira? - Sofia questionou exaltada. E se tivesse feito algo errado? E justamente com o careta do Ben? Benjamin riu da ingenuidade que a loira tanto tentava esconder.

– Foi mal, Sofia! Me desculpa, eu esqueci que você já tem 15 anos e que já deve ter dado pro bairro inteiro nesse tempo todo de experiência! - Ben ironizou. Assim que a patricinha se deixou levar pela descontração do garoto, no entanto, Benjamin se deu conta do que havia dito. -Merda, você tem 15 anos! - Exclamou levando as mãos à cabeça.

–15 anos não é nem pedofilia, Benjamin, pode parar de drama. Quem acaba de transar com o príncipe da irmã sou eu. - Sofia argumentou, também se culpando.

–Verdade, tem a Anita também... O que a gente faz agora? - Perguntou desesperado. - Se você queria separar os nossos pais, conseguiu! Imagina quando a Vera descobrir o que eu fiz?

–Ela não vai descobrir! Você tá maluco? Ninguém pode saber! Aliás, isso não aconteceu! - Sofia exclamou, levantando-se de onde estava e vestindo sua calça com raiva.

–Pelo menos isso serviu pra alguma coisa... - Ben observou.

Sofia parou onde estava. Teria ele superado o que sentia? Seria patético correr atrás de Ben e ser desprezada outra vez... Apreensiva, a loira tentou se controlar.

–Agora eu sei que você superou aquela história de separar a Vera do meu pai. - Ben sorriu.

–Engraçadinho... Quem disse que eu desisti?

–Seria a situação perfeita, não seria? Dizer que eu abusei de você... Sofia riu sarcástica.

–Você abusou de mim?! Se enxerga, Benjamin!

–Então você admite... - Ben se divertia cada vez mais, apesar de tudo.

–Admito o que? - Sofia questionou tensa.

–Que me deseja tanto quanto eu te desejo. - Benjamin começou a se aproximar da garota. -Que queria que isso acontecesse tanto quanto eu. Você, Sofia, - Ben sussurrou em seu ouvido. - está completamente... - Aproximou os lábios da boca da patricinha. Sofia se afastou a tempo.

–No controle da situação. - A garota sorriu sarcástica. Não foi o suficiente. Tão logo se virou de costas, Ben a agarrou pelo braço.

–No controle? Quem está no controle agora? - Benjamin aproximou a loira de si novamente. Seus rostos estavam a poucos centímetros de distância.

– BEN!!

Os dois se afastaram novamente, de um pulo. Era Giovana.

– Caraca, Giovana, que susto! - Ben exclamou.

– Susto? Isso é um filme de terror! Você ainda tá sendo enrolado por essa patricinha perversa? Você esqueceu o que ela fez? Você é burro, Ben?! - Giovana protestou.

– Olha aqui, sua pirralha! - Sofia ameaçou atacar a ruiva, mas foi contida pelos braços de Benjamin. Ah, os braços de Ben... Irritada por estar sendo impedida de se defender e por estar tão mexida pela força do garoto, Sofia descontou no "irmão".

–Me larga! - A loira gritou enquanto batia em Ben.

–Chega! - Ben apertou ainda mais os braços contra o corpo de Sofia, para imobilizá-la. - Vocês duas! - Olhou para a irmã, sua face rígida. - Eu sou bem grandinho, Giovana, e faço as minhas próprias escolhas! - Sofia sorriu, vencedora. Ben percebeu. - E você, Sofia, não está conseguindo provar nenhuma melhora agindo no mesmo nível da minha irmã de 13 anos!

Giovana mostrou a língua para a loira, que se irritou ainda mais.

–Relaxa, estressadinha. - Benjamin acariciou os braços da loira, abraçando-a por trás e beijando sua cabeça em seguida. Enojada, Giovana balançou a cabeça negativamente para o irmão, decepcionada.

–Eu vim chamar essa traíra pra jantar... - A ruiva comentou, vencida, tentando ignorar a cena à sua frente.

Sentindo a agitação de Sofia novamente, Ben voltou a beijar sua cabeça e sussurrou contra seus fios dourados.

–Tá pronta pra me odiar de novo? - Ele sorriu.

–Quem disse que eu parei? - Sofia sorriu de volta, a muito custo se afastando de Benjamin.

"O que está acontecendo comigo?" suspirou triste. Cada vez que Sofia saía de vista, Ben tentava compreender por que a patricinha o enfeitiçava tanto. Como pôde chegar a tal ponto? Agora estava feito. O pior de tudo era perceber que ainda não estava curado. Que ainda a desejava, que ainda perdia chão e ar com um simples toque da loira. Passou a mão pelos cabelos. Precisaria de muito mais para que o plano de Sofia desse certo. Seria melhor começar a trancar a porta e a encontrá-la apenas em seu quarto, mais afastado. Giovana por pouco não havia entrado na hora errada. E como gostara de estar errado! Ao invés de "gastar o fogo", como esperava que acontecesse, agora queria repetir todos os dias, a toda hora. Sofia era irresistível. O que tinha de louca, de imoral e de incorreta, tinha de linda, de sedutora, de apaixonante. O que estava acontecendo? Não podia estar apaixonado por alguém como Sofia, não podia!

–x-

Ao descer as escadas com Giovana, Sofia percebeu que Anita recém chegava pela porta. Foi quando percebeu a sorte que tiveram por ninguém ter entrado no quarto. Riu da ironia. Alguns meses antes teria feito de tudo por esse momento, por poder acabar com o casamento da mãe a qualquer momento com a informação que tinha em mãos. No entanto, também há alguns meses desistira em outra situação ideal pelo que sentia por Ben. O sentimento a enfraquecia, a tirava da rota. Continuava contra o casamento, preferindo morar na barra com seus pais juntos, mas os malditos sentimentos por Ben... Era uma tola, uma estúpida romântica se deixando levar pelo filho de Ronaldo, tão pobre e brega quanto o pai. Onde estava com a cabeça? O pior de tudo era saber que podia controlá-la à vontade. O problema estava em outro lugar. Quer dizer, não estava! Não estava apaixonada por Ben! E, se algum dia havia dito que estava, era porque não tinha saída. Ainda se arrependia por ter-se aberto daquela maneira para Benjamin, na frente de Bernadete, sobre os sentimentos contra os quais relutava. Agora Ben sabia. Na época o garoto não acreditara, o que foi ótimo para sua integridade moral. Ser apaixonada por um ninguém como Ben era muito pior do que ser a filha desalmada que tentava separar os pais. Agora, em menos de 24 horas Benjamin estava quase mestre em controlá-la, em conduzi-la. Era tão fraca...

Vera observou as duas filhas sentarem-se à mesa com expressões fechadas. Detestava vê-las brigar, ainda que fosse uma rotina.

– Juízo vocês duas. - Comentou medindo as palavras.

– Esquece, mãe. A Sofia não tem juízo. - Anita condenou.

"Ah, se você soubesse como eu não tenho..." Sofia pensou. Para a irmã, no entanto, permaneceu calada. Ainda tentava entender o que havia acontecido e a chegada de Ben à mesa em nada ajudou. O garoto estava tão acostumado a se aproximar da loira naquele dia que quase sentou-se ao seu lado. A patricinha, percebendo, fez-lhe sinal para que se afastasse. Era o que Ben precisava.

– Já que você insiste, vou me sentar aqui mesmo. - Sorriu ironicamente.

Vera não pôde conter o riso. Estava aliviada por ver a rixa entre sua filha e seu enteado se tornar uma brincadeira para irritar Sofia, mais que uma demonstração de ódio. O incômodo de Anita, no entanto, não passou despercebido. Sua filha mais velha era muito correta e parecia não aceitar que Ben tivesse superado as armações de sua caçula tão rápido. Ben, no entanto, estava inafetável. O grunhido de irritação da loira apenas lhe deixou mais sorridente. Percebeu um pequeno sorriso se formar nos lábios de Sofia e sumir em seguida. Vera também sorriu. Era assim que gostava de vê-los. Percebeu Pedro notar a mesma coisa. Assim que Giovana e Anita superassem, talvez pudessem ser uma família completamente feliz, finalmente. Vitor parecia não se importar muito, o que irritava a pequena Giovana, mas acalmava a matriarca. Olhou para Ronaldo. Seu marido parecia concordar.


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Notas finais do capítulo

E então? Valeu a pena a espera? O que vocês acham que está bom, o que gostariam que fosse mudado? O que vocês esperam ver na fic? Deixem críticas e sugestões nos comentários, como sempre ;) Vou tentar não levar tanto tempo pra postar o próximo.



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