But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 35
Capítulo 32: The party isn’t over yet.


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Aqui estou eu como prometido com mais um capítulo! Já começamos a contagem regressiva para o fim da fic, se querem saber um número certo posso dizer-vos que a fic vai acabar no capítulo 36, por isso espero que, apesar de já estar a acabar, as minhas queridas leitoras não deixem de apoiar-me. É graças a vocês que esta história existe :3

Boa Leitura!



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Nathaniel parou perto de mim, atirou-se para o sofá ficando sentado ao meu lado, depois encarou Alexy um olhar que eu nunca tinha visto. Toda esta situação é estranha e confusa para mim! Primeiro pensei que Nathaniel ia espetar-me um beijo e quando não o fez acho que suspirei de alívio, nós já nos tínhamos beijado (mais ou menos) duas vezes, uma terceira pode vir a ser inevitável. Uma outra teoria que eu supus foi o facto de o loiro estar receoso em beijar-me, mas tendo em conta o que já aconteceu antes, afastei rapidamente essa possibilidade, provavelmente ele simplesmente não queria beijar-me, nós nem somos um casal a sério então porque haveríamos de nos beijar. A última dedução que eu tive e, sendo esta a mais remota de todas foi logo rejeitada pelo meu cérebro, foi que Nathaniel podia estar com uma pontinha de ciúmes. O que me fez afastar esta ideia de imediato foi o facto de Alexy não estar propriamente interessado em namorar raparigas, mas, pensando melhor, apenas eu e Alexy sabemos dos seus gostos pessoais e os outros não sabem disso, então, é possível que Nathaniel esteja mesmo com ci… Não, esquece Aya, esquece, claro que ele não está com ciúmes, porque haveria de estar? Vocês nem sequer namoram a sério! Além disso a questão dos ciúmes e do beijo não se relacionam, por isso mais vale esquecer…

–Ei e então o beijo? – Perguntou Alexy num tom de resmungo que me fez esquecer os meus pensamentos e concentrar-me na realidade.

Encarei o loiro, mas este mantinha o olhar desviado do meu, de seguida encarei China na tentativa desta ajudar-me, mas a mesma também não soube o que fazer. Lysandre não foi grande auxílio pois mirava Nathaniel em silêncio e não olhou para mim. O silêncio já começava a tornar-se constrangedor e eu sem ver nenhuma luz ao fundo do túnel decidi fazer o mais correto, contar a verdade. Virei-me para o rapaz do outro lado da mesa, suspirei e disse:

–Alex… Al, há uma coisa que tens de saber. – Depois de conquistar a sua atenção e já agora a de todos os outros, inspirei e comecei a contar muito rapidamente tudo o que tinha acontecido e como é que tínhamos chegado a esta situação. Alexy ouvia-me abrindo a boca diversas vezes mas sem dizer nada; Nathaniel virou pela primeira vez o olhar para mim e escutava-me com uma expressão “fechada”; China e Lysandre também me ouviam, porém eu não consegui analisar as suas expressões, pois já tinha prendido o meu olhar aquelas lentas rosa-choque.

Quando terminei ninguém se atreveu a dizer nada, o loiro já tinha desviado novamente o olhar e acho que entretanto bebeu mais um copo.

–I-Isso quer dizer que vocês não… – Começou Alexy, mas não terminou vendo-me acenar positivamente.

De repente, cruzou os braços e fez uma cara amuada enquanto protestava:

–Vocês os dois são uns totós, em vez de aproveitarem… – Calou-se quando viu o meu olhar mortal a ser dirigido para si, mas depois com um sorriso fez algo impensável: Saltou praticamente para cima da mesa, atravessando-a em dois tempos e chagando-se bem perto de mim, mais precisamente do meu ouvido, declarou:

–Então não há problema se eu te levar daqui comigo. – Estas palavras foram ditas num tom audível para todos aqueles que estivessem atentos, no entanto as seguintes apenas eu consegui ouvir: -Ou será melhor que eu o leve comigo em vez de ti. – Sugeriu. Aquelas palavras congelaram-me, mas simultaneamente senti o meu coração a acelerar e num fôlego consegui responder:

–Tu também?

–O quê? Não me digas que já tenho concorrência? – Replicou afastando-se ligeiramente e num tom mais alto que me fez corar.

–N-Não é nada disso, é só que não és o primeiro a dizer-me essas coisas…

O resto das pessoas olhavam-nos surpresos, sem perceberem muito bem o que se tinha passado, afastei Alexy completamente e recompus-me. Depois, num tom calmo, afirmei:

–Vou buscar qualquer coisa à cozinha, China vens comigo?

A rapariga acenou levantando-se. Assim que cheguei à cozinha inclinei-me na bancada e suspirei profundamente. China ao ver a minha reação perguntou-me:

–Estás bem?

–Vou ficar, espero. – Respondi com um sorriso fraco.

–Desculpa a pergunta, mas o Alexy é…bem…

–Homossexual? – Completei. China acenou envergonhada. Soltei uma gargalhada baixa antes de continuar. -Sim é.

POV Lysandre ON

Enquanto as raparigas tinham ido novamente à cozinha, Alexy aproveitou para se sentar no lugar de Aya e Chy, eu sentei-me também no outro sofá que havia, para não ficarmos os três apertados no mesmo. O rapaz começou a analisar a expressão de Nathaniel e, como se tivesse lido os pensamentos dele, afirmou:

–Opá não precisas de ‘tar com ciúmes, eu não vou roubar-te a Ay!

Nathaniel pareceu surpreso com as palavras que tinha acabado de ouvir, eu já tinha previsto esta situação, não é preciso ser-se um génio para perceber que Nathaniel está com ciúmes e se alguém ainda não percebeu isso é porque é muito distraído.

–E o que me garante isso? – Replicou num tom desconfiado.

–Simplesmente porque não estou interessado em raparigas… Em geral.

Os olhos cor-de-mel arregalaram-se.

–Isso quer dizer que tu és…

–Gay? Yup. – Interrompeu Alexy. -E, para te mostrar que até estou do teu lado, vou-te ajudar.

POV Lysandre OFF

Quando voltámos para a sala o ambiente parecia mais alegre, os rapazes conviviam alegremente bebendo e conversando sobre coisas triviais. Agarrei o braço de China e murmurei-lhe ao ouvido:

–Mas que raio se passou aqui? Eu esperava uma aura mortuária e não isto!

–Eu também não sei, mas seja lá o que tenha sido ao menos melhorou o ambiente.

Encolhi os ombros e sentei-me (por insistência de Alexy) entre Nathaniel e o rapaz, China sentou-se ao lado do namorado. Prosseguimos com uma conversa normal, como se nada tivesse acontecido, o que inicialmente fez-me estranhar, mas com o tempo acabei por esquecer isso. Os rapazes continuavam a beber, mas eu acho que não tinham a real noção disso. Num momento Nathaniel surpreendeu-me com uma sugestão:

–Que tal irmos amanhã à praia? Ouvi dizer que vai estar bom tempo.

–Não vejo porque não, parece-me ser uma boa ideia. Que achas Chy? – Lysandre afirmou obtendo de seguida a confirmação da rapariga.

–Eu tenho de ir-me embora ou hoje à noite ou amanhã de manhã, por isso não dá para mim, mas vão vocês e divirtam-se! – Exclamou Alexy. O resto das pessoas encararam-me para saber a minha opinião, pressionada, acabei por resmungar:

–Está bem, amanhã vamos à praia.

Nathaniel, Lysandre e China começaram logo a fazer planos. Acordariam cedo de manhã para irem buscar os respetivos fatos de banho e almoçar, depois o ponto de encontro seria a minha casa por ser a mais próxima da paragem onde o autocarro em direção à praia passava. Com o tempo a passar começava-se a notar que já estávamos todos cansados, quando Alexy se levantou para ir buscar mais umas garrafas tentei impedi-lo, contudo fui barrada por Nathaniel que entretanto tinha utilizado o meu ombro como encosto, por o rapaz ser pesado não consegui mexer-me nem um centímetro. China há uns minutos tinha subido com o namorado pois ambos estavam um pouco cansados, além disso Lysandre já não estava completamente lúcido e o melhor seria mesmo dormir um pouco.

Tentei afastar um pouco Nathaniel, já que a cabeça dele não é assim muito levezinha e eu também não quero ficar com o ombro deslocado, quer dizer, dormente. Após várias tentativas falhadas consegui distanciar a cabeça do loiro do meu ombro, no entanto quando a larguei já devia ter calculado que esta acabaria por cair novamente, neste caso, no meu colo. E foi assim mesmo que aconteceu, em vez de ter a cabeça de Nathaniel no meu ombro tinha-a no meu colo, ajeitei-me um pouco evitando que o pescoço do rapaz não ficasse numa posição desconfortável.

Involuntariamente observei o seu rosto, apesar de não o conseguir ver completamente percebi que o seu semblante era sereno enquanto dormia. De seguida foquei-me nos seus cabelos loiros, pareciam ser suaves e tive de conter a minha vontade interior de afagá-los, não, eu não podia fazê-lo! Para justificar o meu receio recorri a uma frase em inglês que tinha ouvido algures: “Like he doesn’t has feelings for you, you musn’t have for him. The only person that will get hurt is you, not him.”(“Tal como ele não tem sentimentos por ti, tu não deves ter por ele. A única pessoa que vai se magoar és tu, não ele.”). Sim, era assim que devia ser.

Encarei novamente Nathaniel. Eu não podia apaixonar-me por ele, definitivamente não podia, não fazia sentido e no fim acabaria ainda mais magoada. De repente oiço o rapaz murmurar, apurei os meus ouvidos para tentar perceber o que ele dizia, no entanto apenas consegui ouvir uma parte: “Não, não me deixes, por favor…” dizia ele. Para quem seriam aquelas palavras? Para mim? Não, claro que não. Nathaniel não iria pedir-me isso, afinal nada “disto” é real.

Decidida a parar qualquer sentimento que pudesse florescer levantei-me bruscamente, fazendo a cabeça do loiro bater contra o sofá e o mesmo acordar sobressaltado. Avancei na direção da cozinha, decidida a ver o porquê da demora de Alexy, e ignorando as perguntas de Nathaniel sobre o que se passava ou tinha passado.

O rapaz de cabelos azuis estava sentado em uma das cadeiras e dormitava em cima da mesa, protegendo um lado da face com os braços e utilizando os mesmos como almofada. Sentei-me na cadeira contrária e imitei a sua posição, a sala não seria uma boa opção para dormir e lá em cima estavam China e Lysandre... Apesar de a posição não ser a mais confortável o meu cansaço superava tudo, por isso acabei por adormecer rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo - Capítulo 33: Goodbye&Can you see the sea?

Bye bye

@Marril .



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