Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 8
Ep 07- Thomas. - Sexo e carnificina.


Notas iniciais do capítulo

Bem como prometido aqui está, valeu e até mais.



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Dia 24 de Dezembro.

            É manhã, véspera de natal, acordo no terraço onde passei a noite anterior bebendo com meu novo amigo Charlie e Mary, mas é claro que a garotinha não bebeu. Conversamos sobe tudo, trocamos histórias, ele me contava sobe sua antiga profissão de caminhoneiro e eu lhe contava da época de ouro de quando era mecânico. No fim acabamos por dormir ali mesmo. Quando acordei desci as escadas junto aos dois, encontramos todos animados com a véspera de natal. Emma, a garota misteriosa ajudava Mikayla e Mark a enfeitarem o salão onde irá ocorrer a grande ceia. Enquanto isso os outros preparavam a comida, bebida e limpavam todo o local. Pensei que nunca mais veria o espirito natalino antes.

            Ajudei Charlie e Connor a carregarem umas caixas e ajeitar os apartamentos. No fim da tarde me deparei com Haruka no pátio, vestida com uma calça extremamente justa, cabelos negros soltos, uma camisa regata branca bem apertada dando mais volume a seus seios enormes. Fui até ela sorridente.

-Nossa como você fica diferente com a barba feita. – ela diz passando a mão em meu rosto novo. Aquela barba já estava me incomodando e resolvi fazer para agrada-la, pois hoje é uma noite especial.

-Diferente é bom ou ruim?

-É bom, ficou lindo! – sorrio segurando a mão de Haruka que ela passava por meu rosto.

-Hoje é um dia especial, já amanhã...

-Não se preocupe, eu sei que vão fazer o que é certo... Mesmo que não seja certo.

-Sabe que posso morrer não é? É questão de sobrevivência e o mais forte sobrevive.

-Você é forte...

-Isso vai ser testado amanhã, não só a minha força como minha humanidade também.

-Veremos...

-É, veremos... – ela retira a expressão de preocupação e sorri novamente.

-Vamos fazer outra coisa, estou com sede, quer beber?

-Claro. – de repente um flash surge quase nos cegando, me viro recuperando a visão e lá estão Mikayla ao lado de Tiberius, ambos sorridentes.

-É uma foto para o livro especial! Não se preocupem, ficaram lindos! – ela diz saindo junto ao namorado. Mary passa em nossa frente carregando uma caixa e seguida de Sven.

-Se deixar a caixa cair, vai ter que sair lá fora e pegar outra. – ele diz a seguindo.

-Não enche!

-Sven, espera! – exclama Lucy carregando uma caixa seguindo o sueco.

            Continuamos a caminhar pelo pátio vendo o entusiasmo de todos, até mesmo Emma que é sempre uma garota brigona estava começando a criar laços. Ela conversava com Viktor perto da escadaria, os dois fumavam e sorriam.

-Odeio cigarros. – Charlie passa retirando o cigarro da boca de Emma e arremessando no lixo, ele segura em uma das mãos uma caixa de cerveja.

-Seu desgraçado! Era o ultimo! – grita Viktor, Emma também está irritada. Ele passa a nosso lado. – Boa tarde.

-Oi Haruka. – vejo Helena se aproximando, ela está com um vestido curto, meias longas até os joelhos, uma jaqueta justa e seu belo sorriso. Está bem sexy por acaso.

-Olá, por onde andou?

-Eu estava atendendo algumas pessoas por aqui, eles precisam de ajuda sabe? E eu também estou procurando por cigarros, você viu o Sven?

-Ele foi por ali, acho que entrou no porão com Mary e Lucy. – responde Helena.

-Ótimo! E... Você vai querer o apartamento hoje? Parece ser um dia especial e dias especiais merecem “coisas” especiais. Entende? – Haruka fica toda vermelha e arregala os olhos a encarando. – Ah! Digo, tenho que ir, quando não fumo fico assim mesmo, sou meio hiperativa e até mais! Tchau! – ela segue até o porão rapidamente. Acho que “coisas” especiais deve ser algo muito bom.

-O que ela quis dizer com isso?

-Nada, ela não quis dizer nada...

-Io! Meu nome é Brad e eu manjo nos rap! Cê tá ligado que eu sou fóda e nada me incomoda! Eu sei que tu curte um negão, não adianta esconder não! Io filho da puta!

-Suas rimas são tão lindas! – diz Julie sentada num banco em frente a Brad. Seus olhos brilham e ela sorri encantada.

-Sério mesmo que ela achou bonito? – sussurra Haruka em meu ouvido, nego com a cabeça sorrindo.

            Depois de um belo final de tarde, senti como se fossemos uma família grande morando em um cômodo só. Aquele cheiro de ar novo, aquela sensação de segurança e solidariedade estava tomando o local. Eu estava mais feliz do que quando o mundo era o que foi um dia. Talvez porque agora eu tenha uma família mesmo.

            Mais tarde naquele dia tivemos a ceia especial de natal. Todos ali unidos em uma enorme mesa conversando, rindo, comendo e bebendo. Foi incrível vivenciar este momento, Emma beijou Viktor depois de ter bebido uma boa dose de vinho, Charlie carregava Mary encima da mesa enquanto o som do violão de Angelo ecoava pelo salão. Todos dançavam, brincavam e se divertiam. Quando a festa estava para acabar e todos se retiravam Haruka me levou para fora dali, subimos a escadaria rumo a seu apartamento.

-Está tudo bem? – indaguei a seguindo.

-Sim, vem, quero te dar uma coisa.

-Se for o que estou pensando eu vou adorar.

-É o que você está pensando mesmo. – ela deu um olhar de relance com seu sorriso malicioso. Sorri já desabotoando a camisa e finalmente chegamos. Ela destrancou a porta, me adentrei junto a Haruka e a porta fora trancada.

            Olhei ao redor, o apartamento estava todo arrumado, cheiroso e bem organizado. Haruka desabotoou sua jaqueta e lançou sobe o sofá perto de uma televisão velha. A segui retirando minha camisa bem devagar, ela se virou mordendo o dedo indicador e em seguida arrancou sua camisa regata e seus seios enormes quase que saltaram, sem sutiã. A lua lá fora nos dava um feixe de luz que era mais que necessário para transformar a noite em uma eternidade. Haruka me agarrou e me beijou, senti o calor de seu corpo, apertei com força seus seios e a lancei na cama, em um único movimento arranquei suas calças e ela se fez o favor de retirar a calcinha, o ultimo obstáculo já foi.

-Não precisa ter pressa, quero que a noite seja eterna hoje. – ela diz exalando desejo. Retiro o resto de minha roupa e tudo fica ali jogado no chão limpo. Puxo as pernas de Haruka com força e encaixo com delicadeza meu corpo no dela.

            Seus gemidos são baixos de inicio, faço movimentos leves indo e voltando, ela apalpa seus seios e me encara às vezes. Aumento a intensidade dos movimentos e seus gemidos sobem juntos. Mesmo sendo onze anos mais velho que ela sinto como se tivéssemos a mesma idade, ela é experiente e sabe o que fazer.

            Depois de um bom tempo faço o que ela pede e despejo o resultado daquele momento maravilhoso em seu rosto delicado e vivido. Ela está satisfeita e ao mesmo tempo insatisfeita, pois quer mais. A noite vai ser longa, mas não eterna, vou aproveitar o máximo que posso.

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            Dia 25 de Dezembro. – Natal.

           

            Sento na beira da van comendo uma barra de cereais enquanto todos se preparam. Lá no pátio estão reunidos Sven, Charlie, Dust, Lucy, Connor, Tai e Emma. Todos armados com o que tem ou com o que receberam. O sueco explica o plano para os que acabaram de chegar, os “voluntários”. Lucy não parece assustada, assim como Emma, uma garota de quatorze anos.

-Acha mesmo que ela tem que ir? Ela é uma criança. – diz Charlie encostado na van olhando para baixo, a sombra de seu boné tapa suas expressões.

-Uma criança o caralho! Eu tenho quinze anos e sei me virar! – exclama Emma aparentemente irritada.

-Ei! Os únicos que podem xingar aqui somos eu, Connor e Brad. Você é algum deles? Então fica quieta ai caralho. – diz Sven fumando seu tradicional cigarro matinal.

-E eu pedi sua opinião por acaso? Oh! Claro que não! Então calado!

-Blá! Blá! Blá! Odeio meninas metidas a irônicas, vocês fedem a absorvente usado. Se quiser vir então fica quieta e segue a porra do plano tá bem? Porra! – exclama Sven entrando na van junto a Connor. Lucy sorri segurando o riso enquanto Emma fica emburrada e vai para a caminhonete com Dust.

-E onde eu fico? – indago. Sven bota a cabeça para fora da van e aponta para a caminhonete.

-Você fica com a menina escrota e Dust, fiquem na paz que vai dar tudo certo.

-Certo. – subo na traseira da caminhonete junto com os caixotes vazios que eram para estar cheios de alimentos. Brad abre o portão e a viagem se inicia para uma estrada distante de Vineville.

            Seguimos por longos quilômetros distantes dali, Sven pegou uma estrada e foi pela floresta para preparar a emboscada. Chequei a pistola nove milímetros, tenho oito balas. A estrada é longa e bem parada, nenhum sinal de infectados. Ajeito o casaco, faz muito frio.

-Vamos mata-los? – pergunta Emma na frente. Dust entra no ferro-velho combinado para a troca, se localiza no meio da estrada um pouco distante da cidade. É perfeito.

-A intenção é outra, mas se for necessário eles vão se machucar um pouco sim. – responde Dust concentrado.

            Ele para a caminhonete a menos de sete metros do carro velho de Tommy. O homem não está só, veio junto a outro barbudo e gordo empunhando um machado de incêndio. Eles sorriem ao nos ver.

            Desço da traseira da caminhonete junto a Dust. Ele sinaliza para Emma permanecer dentro do carro.

-Vocês vieram! – diz Tommy sorrindo com os braços abertos. Aos arredores estão vários carros abandonados estirados sobe a neve. É um cemitério de veículos.

-Sim, cadê as armas? – indaga Dust parado em frente à caminhonete.

-Aqui, mostra pra eles Ryder. – seu companheiro abre o porta-malas, lá dentro estão três caixotes grandes.

-Abre.

-Não confiam na gente? Cadê a comida? – aponto para as caixas atrás da caminhonete. – quero ver.

-Certo. – Dust pega a caixa que colocamos comida e lança no chão a abrindo. Lá dentro estão vários enlatados, frios e bebidas.

-Puta merda. – comenta Ryder com a boca cheia de agua. Tommy olha para Dust acariciando as próprias mãos.

-Vieram sós?

-Sim.

-Hum... – começam a vir do céu vários flocos de neve, eles enfeitam todo o ferro-velho em menos de um minuto. Tommy parece pensativo, ele olha para Ryder que retira de dentro do casaco um revolver cromado rapidamente e dispara várias vezes.

-Merda! – grito lançando meu corpo para detrás da caminhonete, vejo o corpo de Dust cair no chão todo baleado e os gritos de Emma, pego a pistola.

-Mata ele porra! – ouço o grito de Tommy. Olho por baixo da caminhonete e Ryder está recarregando sua arma. Me levanto para disparar e Tommy atira antes com uma metralhadora semiautomática.

            Dos vários tiros um atinge meu ombro direito, abaixo novamente agora sangrando.

-Vocês são burros pra caralho! – grita Tommy. Porra, cadê Sven e os outros? 


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Notas finais do capítulo

O que acontecerá no próximo episódio? Eu não sei, flw.


Obrigado por terem lido e espero que deixem reviews opinando o que acharam, até mais.