Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 10
Ep 09- Haruka - Decisões, decisões...


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo contém sexo e dois pontos de narração. Vocês entenderão :v
Ficou longo, uma parte sem ação e a outra com bastante. Obrigado e até mais.

E muitoo brigado pela recomendação Time Lady, aquele final foi o que mais concordei contigo, também acho que tudo acabou caindo no modismo e até eu perdi a esperança de boas histórias. Muito obrigado novamente!



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Dia 9 de Janeiro.

Estou sentada na beirada da cama conversando com Thomas, é manhã, acabamos de acordar. Estou vestida com minhas roupas intimas e uma camisa dele por cima. Tom coça seus cabelos compridos e a barba rala que já cresceu.

–Charlie disse que precisamos de mais combustível para abastecer o gerador. – ele comenta com o rosto inchado e a voz sonolenta.

–Tem um posto aqui perto, não vai ser difícil... Você vai ir não é? – questiono em tom de preocupação, ele sabe que gosto dele.

–Talvez, quem sabe... – Thomas se levanta deixando os lençóis caírem no chão. Ele está nu e se dirigi até a cozinha abrindo a geladeira e pegando uma lata de cerveja gelada.

–Que dia é hoje?

–Dia dez, treze, não sei... – vou até a janela e a abro tirando as cortinas da frente, o sol bate forte hoje.

–Olhe Haruka... Eu confesso que estou preocupado com o nosso futuro, o de todos... – me viro em direção a Thomas confusa. Seu ombro ainda está ferido e com o curativo que Helena fez, graças a deus que ele não morreu...

–Não precisa se preocupar, eles morreram não é?

–Sim, mas... Mas mesmo assim é preocupante tudo isso sabe?

–Você está estressado, nervoso... Helena me disse para cuidar de ti.

–Cuidar como? Tem um calmante ou algo do tipo?

–Tem algo melhor, você tem que relaxar Tom... – me aproximo dele e ajoelho em frente às pernas. Ele sorri já compreendendo.

–O que vai fazer?

–Bem... Estou de frente com seu pau, o que acha que vou fazer? – sorrio abaixando suas calças. Apalpo seu membro já ereto e começo a chupa-lo. Está bem salgado e delicioso, adoro fazer isso pela manhã... Antes de Thomas eu transei com poucos homens, namorei três somente. Posso me considerar meio ninfomaníaca.

–Você tem a boca sagrada garota! – ele agarra meu rabo de cavalo e me faz abocanha-lo com mais força, quase engasgo, mas eu gosto.

Depois de dez minutos o chupando ele despeja tudo em minha boca. Engulo tudo sorrindo com malicia, ele está ofegante e se impressiona, como disse, sou bem safada.

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No pátio todos estão reunidos às três horas da tarde, Sven está ao lado de Dim, Charlie e Connor. Fico ao lado de Helena também não compreendendo o porquê da reunião.

–Eu não vou ficar enrolando, fizemos uma votação semana passada sobe o que fazer com o refém. – diz Sven a frente de todos em voz alta. Lucy está a seu lado, parece bem diferente, cabelo, olhar, roupas...

–Não pode matar um ser humano, isso é cruel! – exclama Helena a meu lado.

–Eles iriam nos matar, então é justo que morram. Além disso, foram eles que mataram o Dust e quase mataram a gente! – grita Sven irritado. Tiberius levanta a mão e começa a falar.

–Matar é a opção correta mesmo? E se o usássemos como troca ou sei lá, já pensaram nisso?

–Já! Mas ia dar merda! – diz Sven.

–Matem logo esse bosta! Tenho mais o que fazer! – se manifesta Will ao lado de sua infiel esposa Liz. A mesma flerta com Viktor bem ao lado do marido distraído.

–Cale-se Will! Você não sabe de merda alguma! – grita Helena com o homem, ele se cala a encarando irritado.

–Ei! Porra! Sem brigas! – diz Connor.

–Eu passei a noite toda refletindo sobe isso... – todos se silenciam e Emma continua a dizer olhando para todos. – Se o matarmos tudo acaba, se o mantivermos em cativeiro será nossa comida jogada fora... E se o soltarmos ele vai contar para os outros e ai tudo se acabará.

–Boa observação Emma, boa observação! E então? Decidam logo, eu não tenho o dia todo! – todos começam a falar ao mesmo tempo, discutindo sobe o que fazer ali no pátio. Converso com Thomas e Helena a respeito, confesso que no fundo eu queria que o homem fosse morto...

Após quase uma hora de discussão, Sven foi convencido a não matar o refém. Irritado ele deixou o pátio junto a Lucy e Dim, talvez foram discutir planos ou coisas do tipo.

Anoiteceu naquele dia, fiz os meus deveres como lavar as roupas e preparar a comida. Helena nos visitou junto a Mary e Charlie. Jantamos a luz de velas, pois não tínhamos lâmpadas.

–Adoro frango frito! – diz Mary devorando o pernil do frango acompanhado de um suco natural que preparei. Sorrio satisfeita comendo verduras e vinho.

–Coma as verduras também, você precisa de mais sustância e isso ai é muito colesterol. – diz Charlie com metade do frango em seu prato, ele come como se fosse um viking após vencer uma batalha no campo de guerra.

–Está bem... – Mary diz bufando revirando os olhos. Thomas estende a mão colocando o prato com verduras próximo a Mary, ela as pega sem nenhum animo.

–Como vão as coisas entre os dois? – indaga Helena entre Mary e Charlie na mesa. Ela come frango, verduras e espaguete.

–Vão bem, se quiser pode passar a noite conosco hoje... – digo para Helena, ela nega com a cabeça sorrindo.

–Porque não? Hoje é dia de filme lembra? – diz Thomas mastigando a carne. Tapo sua boca com minha mão, ele sorri.

–Adoro filme! Vamos ver um filme de que? Terror? – indaga Mary, todos ficam em silêncio a encarando com a testa franzida. Novamente a garota revira os olhos e Charlie solta uma risada baixa. Todos riem em seguida e Mary cruza os braços irritada. – Não vi graça alguma!

Todos param de rir, largo o garfo no prato já satisfeita e bebo o resto de vinho em minha taça. Helena pega mais comida na mesa.

–O estoque de comida está baixo, os homens da casa terão de fazer uma nova viagem pelo visto... – ela diz olhando para Charlie e Thomas.

–Porque só os homens? Eu sei me virar! Eu posso ajudar! – diz Mary. Charlie dá uns tapinhas de leve na cabeça da garota sorrindo.

–Eu sei que pode.

–Então porque quase nunca vou?

–Você não está pronta ainda...

–Sempre a mesma coisa!

–Você é nova Mary, pode nos ajudar em outra coisas... – digo a fitando, ela me encara séria.

–Não quero passar a vida toda vivendo nas custas dos outros. – impressionada com a resposta olho para Thomas, ele fica quieto comendo. Charlie também faz o mesmo, Helena se manifesta.

–Uau... Isso é profundo... Sabe Mary, eu queria muito conversar com você amanhã... – ela diz, Charlie olha para Mary esperando por uma resposta.

–Porque? Porque eu faria isso?

–Vá Mary, será bom para você. – ela olha para Charlie e novamente revira os olhos aceitando a proposta de Helena.

Quase onze horas da noite e nos despedimos. Cada um foi para um canto, mas eu fui para cama com Thomas. Nós transamos duas vezes por uma hora seguida. Depois adormeci olhando para o teto.

Tem alguém me ouvindo? Ou estou falando comigo mesmo... Minha mente está vazia... Tem alguém ai fora?

–---------------------------------- Do outro lado --------------------------------------------

–Munição! – grita Damon abaixado atirando com seu fuzil de assalto contra os infectados que tentam derrubar o portão da entrada. Estamos em uma estação de policia abandonada, faz pouco tempo que nosso grupo chegou e tivemos sorte lá fora.

O pátio que me encontro é bem grande, possui um gramado coberto de neve, a porta de entrada é grande e está trancada, precisamos de um cartão para abri-la. Neva e faz muito frio. Olho para Andrew, seus cabelos louros enrolados, olhos esverdeados, corpo esbelto e seios, uau! Que peitos! Ela tenta recarregar sua pistola nove milímetros abaixada perto da mochila com munições, ai dela se soubesse que a amo... Seu nome completo é Marcella Andrew, porém ela não gosta do primeiro nome e se identifica com o segundo. Katherine também é tão bela como ela, olhos azuis, cabelos louros, ela é sua irmã mais nova e está ao lado de Andie.

–A munição! – volta a gritar Damon. Katie pega um pente dentro da mochila e lança para ele que o pega e recarrega a arma. Balanço minha cabeça recuperando a consciência e vejo no portão um numero de quase vinte infectados com as mãos estendidas.

Damon não é um bom atirador e mal conseguiu matar metade com sessenta balas. O puxo pelo ombro.

–Não dá! Vamos entrar, a munição vai acabar! – ele me olha franzindo sua testa irritado. Sua barbicha rala, olhos castanhos e cabeça raspada são assustadores.

–Cala a boca seu covarde! – Andrew se levanta após conseguir efetuar o recarregamento e se aproxima. Katie vai junto à irmã.

–Não dá mesmo Damon, são muitos, melhor entrar! – diz Andrew, como ele não resiste à sedução dela, a obedece se levantando resmungando.

–Como vamos entrar? – indagou Katie.

–Pelos fundos, talvez encontremos um carro. – diz Damon despreocupado.

–Pelas janelas. – olho para o segundo andar do prédio e vejo as janelas de vidro me esperando, Andrew me encara sorrindo.

–Você entra e destranca a porta para entrarmos. Nós vamos verificar os fundos.

–Porque eu?

–Porque a ideia foi sua.

–Concordo com ela. – comenta Katie. Andrew estende a mão e me entrega a pistola. Droga...

–Cuidado. – ela diz a me dá um beijo breve no rosto.

–Não vai cagar na calça bixinha. – diz Damon se virando e indo com Andrew e Katie para os fundos da delegacia. Olho para o portão e os infectados continuam a tentar derrubar o portão, não vai demorar muito... Eu sei que não...

Consegui chegar à janela do segundo piso, escalei um cano, depois apoie meus pés em buracos nas paredes e a missão foi cumprida. Abro a janela sem olhar para baixo e lanço meu corpo para dentro da escuridão. Levanto-me ligando a lanterna e já me espanto com o zumbi ali dentro do cômodo. Aqui é a sala do chefe, possui uma mesa de madeira recheada de papeis, cigarros e embalagens de doces. O infectado é o próprio chefe, usando uma camisa de botões manchada em sangue, gravata e boina. Seu rosto está roxo e uma corda laçou seu pescoço estando presa no teto. Suicídio.

–Meu deus... – os pés estão a trinta centímetros do chão, as pernas e estomago tem várias marcas de mordidas e mutilações. Ele estende a mão mas nenhum gemido sai, seus olhos vazios me encaram e assustado acabo escorregando em seu sangue jorrado no chão. – droga! – me levanto com as mãos sujas de sangue e limpo na papelada ali na mesa. Pego a lanterna e a arma e ignoro o homem enforcado.

Ilumino o corredor do segundo piso, chão de madeira, várias portas e ruídos vindo de alguns lados. Meu coração está congelado e sei que a qualquer momento posso ser pego...

Porém nada encontro aqui no segundo piso, me dirijo à escadaria e vou descendo degrau por degrau. Chego à recepção, toda escura, ilumino cada canto, vejo portas, corredores, cadeiras, maquinas de café, sangue e dois infectados. Eles se viram soltando gemidos e partem a minha direção com velocidade.

O primeiro é careca, não tem o braço esquerdo e corre mancando. O segundo é uma mulher, cabelos compridos, roupas de policial, está quase nua de tão rasgadas que estavam suas roupas. Recebeu mordidas no pescoço, braços e peito.

Aponto a arma e lanterna e atiro contra os dois, derrubo a mulher com três tiros. O homem não consegui, atirei duas vezes contra ele mas não foi o bastante para detê-lo. Ele saltou contra mim e me derrubou no chão encostando sua boca perto de meu pescoço e mordendo com força fazendo um jato de sangue saltar seguido de um grito meu. Ele é esfomeado e morde várias e várias vezes o mesmo lugar tirando mais sangue ainda. Coloco a arma em seu queixo e atiro três vezes, ele morreu... Levanto-me, estou fraco, com tontura e lágrimas já escorrem por meu rosto, eu vou morrer, é o destino que agora irei traçar, a morte... Coloco a mão no ferimento e a encharco de sangue, caio encostado na parede e derrubo a lanterna no chão. Minha visão começa a escurecer junto com a escuridão, tenho que ser rápido...

Pego a pistola e coloco em minha cabeça pronto para disparar, pronto para deixar tudo... Tudo se foi tão... Tão...

–Socorro! Socorro! – os gritos ecoam pelos corredores da delegacia. Pego a lanterna e ilumino os cantos da recepção, vejo uma porta aberta com rastros de sangue. É onde estavam os infectados que matei...

Levanto-me com esforço e sigo até o local, é uma sala cheia de computadores, mesas e mais papelada. Os gritos de “socorro” continuam a ecoar dos fundos, dentro de um cofre... Me abaixo em frente ao objeto, ele é grande, azulado. Bato minha mão no cofre como se estivesse batendo em uma porta.

–Quem está ai? – indago com a voz tremula e fraco. Então ouço a resposta.

–M-Meu nome é Alessa, q-quem é?

–Chuck... Há quanto tempo está ai? – tudo está girando, é como se fosse desmaiar a qualquer momento.

–Dois dias... D-Dois dias...

–Aguenta... – abro o enorme cofre e lá dentro está uma garotinha de aproximadamente dez anos, cabelos negros, olhos azuis, vestindo trapos velhos e segurando um ursinho de pelúcia. Ela salta chorando e me abraça, caio no chão não aguentando. – Vai embora! Abra a porta e vai embora!

–V-Você... V-Você... – ela nota que fui mordido e que estou morrendo e se afasta suja com meu sangue.

–Vai embora! – grito mais alto, ela chora muito. – Abra a porta para os outros entrarem e diga que morri... Vai! – ela se vira com o susto e corre, somente escuto seus passos colidindo com a madeira do solo.

Eu era um homem simples, nascido no interior, cuidava de animais, trabalhei a vida toda com meus pais em nossa fazenda. Nunca namorei sério, nunca tive filhos, nunca aproveitei a vida do jeito que queria... Como eu queria transar com Andrew, como eu queria socar a cara daquele desgraçado do Damon... Como eu queria que fosse ele no meu lugar...

Boto a arma em minha cabeça e fim...


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e vejo vocês no próximo capítulo.

Comentem sobe o que acharam e até mais!