Que cara louco.  Só porque a peguete dele morreu vai virar gay. Mas tudo bem, ele pode não ser meu amigo, mas não vou deixar o cara manchar o filme por qualquer motivo.

-Vou lá – Eu disse para Alice.

-Não vai não – Ele me segurou pelo braço.

-Alice, desencana meu – Eu puxei meu braço, ela quase foi ao chão. Enquanto sai dali eu pude ouvir ela gritar “desgraçado”. A Alice tava andando de mais com a Bella, ela nunca falou coisas desse tipo, jah a bella, nossa, quando conheci ela, a menina só falava merda. Mas eu botei ela no lugar. Isso podia parecer impossível, mas não é. Mas agora eu tinha que me entender com ela. Mas ela vai se fazer de difícil. Mas não vai resistir ao meu jeito de galã de novela.   

Ok parei, posso não ser um galã de novela, mas sou muito gostoso. Se eu fosse uma mulher eu me pegaria. Nossa que coisa gay.

Fui até Jacob.

-O que é? Vai me bater de novo? Agora sou uma donzela indefesa, melhor nem chegar perto – Ele me avisou, nossa ele virou mesmo gay?

-Cara, não vou deixar você virar donzela peluda ok?! – Eu disse, e ri da minha afirmação.

-Hum?! – Ele disse, não entendendo o que eu tava falando.

-Vou te apresentar uma pessoa – Eu disse para ele.

-Você tem um amigo Ricardão? – Ai meu deus.

-Cala a boca – Eu disse, e o puxei  até o carro.

Entramos no carro e ele ficou me observando.

-Até que você não é de se jogar fora – Que isso? Agora uma suposto gay ta dando em cima de mim?

-Para com isso – Eu disse com nojo.

-Ta, o que você quer comigo? – Te ajudar, babaca.

-Hum... Vamos ir na casa da Bella – Sei lá, mas vamos lá, quem sabe a Bella não te enche de porrada e você acorda pra vida.

-Ta, ela tem irmão?- Claro que não.

-Não – Respondi ríspido.

-Mas eu me contento com você – Que isso mano.

-Sou espada ok?!- Cada coisa.

-Eu deixo você me cortar – Jacob pirou de vez meu. 

Nem respondi pro próprio bem dele.

Chegamos na casa da Bella, eu toquei a campainha. Toquei de novo, e de novo. Caralho ela não vai atender?

-Puta que pariu, se quebrar essa merda você vai comprar outra idiota – Disse Bella enquanto abria a porta. Tinha vontade de quebrar a campainha só pra ver o que ela ia fazer.

 

POV Bella

 

DIM DOM, DIM DOM, DIM DOM

 

- Puta que pariu, se quebrar essa merda você vai comprar outra idiota – Eu disse enquanto abria a porta.

Quando abri a porta dei de cara cm duas figuras que OMG, dois deuses, alias só porque eles são bonitos não vou perdoar por me deixarem surda com o barulho da campainha.

-O que vocês querem, fala logo que minha agenda ta lotada – Eu disse. Edward me encarou.

-Para de drama Bella – Ele disse, e foi entrando, e quase me derrubou.

-Oi bem – Jake disse com uma voz?! OMG que isso? Acho que to pirando.

-Edwardddddd – Gabi disse gritando quando ele entrou. Ela parou os olhos no Jake e suspirou.

-Então o que vocês querem? – Eu fui direto no que interessa.

-Posso falar com você a sós? – Edward me perguntou?

Fomos até meu quarto.

-Pode começar, já sei, veio me pedir desculpas?! – Eu disse me alegrando com a ideia. Ok Bella, você não poder parecer fácil.

-Não é isso -  Merda, paguei mico.

-Então o que? – Melhor eu não tentar chutar, antes que pague outro mico.

-Preciso da sua ajuda – Tenho cara do que? Não sou papai Noel para deixar as crianças felizes.

-Quem disse que eu vou ajudar? – Fui muito grossa para ele ver que eu não tava de brincadeira.

-Bella, deixa eu falar – Cruzeis os braços e esperei ele continuar a falar – A ajuda não é pra mim – Não?

-Pra quem então? – Eu pude perceber que ele tava quase pra enfiar a mão na minha cara se eu falasse de novo. 

-Cala a boca porra – O bagulho devia ser sério, ou ele tava de TMP.

-Ok – Eu deixei ele falar.

-Jacob virou gay – O que? Gay? Que Mara vamos comemorar, ele virou gay..eu cai na gargalhada.

-E você quer dar uns pegas nele? – Eu perguntei rindo com a ideia.

-Claro que não – Ele disse querendo me socar.

-E então? – Eu não conseguia para de rir.

-Quero fazer ele namorar minha prima – Hã? Coitada, namorar um gay é foda.

-Mas ele não é gay? – Eu perguntei.

-Ele só esta assim porque a namorada dele morreu, mas logo isso passa – Nossa.

-Então quer dizer que homens tem crise e virão gay, depois  voltam ao normal? – Credo, já pensou eu beijando o Edward, ai ele me da um tapa e diz que virou gay. Nossa que hilário.

-Não bella, ele só esta confuso – Ele interrompeu meus pensamentos.

-Ok então – eu disse.

-Então eu quero sua ajuda pra eles ficarem juntos – Ai, eu odeio romance.

-Tenho cara de cupido? – Que eu saiba não.

-Vai ajudar ou não? – Ele perguntou impaciente.

-Quem vai tar nessa? – Perguntei ao cupido chefe.

-Eu, você e Alice – Hum...Por falar em Alice, cadê ela?

-Cadê sua irmã? – Ele colocou a mão na cabeça. Nessa hora ouvi um trovão, e a chuva caindo.

-Esqueci ela no cemitério – No...? Nossa coitada.

-Vamos buscar ela então – Eu disse, já descendo as escadas.

-Fique ai vocês dois – Edward mandou enquanto íamos saindo.

 

POV Alice

 

O enterro acabou, e eu fiquei rodando o cemitério sozinha, procurando a bichona do Edward. Mas eu não o encontrava em nenhum lugar.

Já tava ficando com medo. Eu tava passando entre uns túmulos, derrepente apareceu um senhor do nada.

-Ahhhh – Eu dei um grito quando ele apareceu na minha frente.

-Calma minha senhora – O que ele me chamou?

 -Senhora? Por acaso tenho cara de velha? – Quem ele acha que eu era?

-Desculpe SENHORITA – Ele enfatizou senhorita.

-Como você apareceu aqui?- Quando eu tava vindo não vi ninguém aqui por perto.

-Eu sou o coveiro – O...?

-Então você saiu debaixo da terra? – Ai que medo, será que eleja morreu e veio me assombrar? Eu mato o Edward.

-Não, eu tava na minha casinha que é aqui por perto – Ele apontou para uma casa, ou melhor barraco.

-Menos mal – Eu sussurrei para mim mesma.

-O que disse ? – Velho desgraçado, ele escutou.  

-Nada não – Eu respondi com um sorriso colgate.

Derrepente ouvi um trovão

-Haaaaaaaaah – Eu gritei, quase pulei em cima do velho, ainda em que não fiz isso,senão nos dois íamos ao chão.

-Calma garota, é só um trovão – E ele ainda diz só?

-Trovão+ Cemitério= Medoo, muito medooo – Ops, isso era um pensamento, falei demais.

-Vamos na minha casa, assim não nos molharemos com a chuva – Chuva? Chuva + A casa do velho = Desmoronamento. Que medo.

-Acho melhor não – Vai que tem defunto lá dentro.

-É mais seguro do que aqui fora – Ele me informou. 

-Lá tem telefone? – Eu vou ligar para a bicha do meu irmão.

-O que? – Mano, que cara surdo. 

-LÁ TEM TELEFONE? – Eu berrei para ele entender.

-Ah, não. Aqui não tem nem energia – O que?

-Não tem...? – Eu nem terminei.

-Não – Agora que eu não vou.
Começou a chover fortemente. Com apenas um segundo eu estava extremamente molhada.

-Vem – Ele me puxou pelo braço, fazendo gritar de dor. Nossa mano, esse velho tava pedindo um tapa no meio da fuça neh?!

Entrei casa do velho, ela nem era tão assustadora como aparentava.

Ele catou e acendeu uma vela e deu para eu segurar.

-Segura – Ele me entregou.

-Por que? – Eu perguntei.

-Porque aqui não há energia – Eu sei, o pobreza mano.

-Eu sei, mas por que eu tenho que segurar? – Por acaso tenho cara de porta velas? (tudo bem que eu pago de vela, quando meu irmão e bella estão juntos na minha casa)

-Porque você é a visita – Ele me respondeu.

-Isso não vem ao caso – Eu disse jah me estressando com o velho tapado.

-Pensa um pouco, acha que é fácil ficar com uma vela na mão o dia inteiro? – Deve ser, mas agora eu vou pagar de porta vela meu.

-Eu quero ir para minha casa – Eu choraminguei.

-Sabe, posso contar uma história? – Lá vem.

-Pode – Cadê a louca da Bella numa hora dessas, se ele contar merda aposto que ela voaria no pescoço dele.

-Sabe, tinha uma garota, acho que era da sua idade. Ela tava perdida, assim como você- Eu já tava tremendo, daqui a pouco eu derrubava a vela e botava fogo no barraco – Ela ficou rodando aqui, tentando achar a saída – Nossa, essa ai devia se matar – Adivinha onde ela está agora? – Ele me perguntou

-Na casa dela – Eu respondi como se fosse obvio.

-Não – Ele respondeu

-Aonde mais então? – Eu perguntei.

-Aqui – Ele informou.

-Nessa casa ?- Eu olhei para ver se tinha mais alguém junto a nos, mas não tinha ninguém.

-Não aqui em casa, mas aqui no cemitério – Ai que medo.

-Então ela não encontrou o caminho de volta? – Eu perguntei com uma ponta de curiosidade.

-Não – Ele respondeu com um tom de desapontamento – Mas o pior de tudo é que não conseguiu sobreviver a solidão – Nesse momento senti um grande calafrio.

-Então ela...ela? – Não consegui dizer a palavra morte.

-Sim – Ele respondeu com a cabeça baixa. Calma e. Por que ela ta me contando isso?

-Então quer dizer, que eu vou ficar presa para sempre aqui? – Eu perguntei já começando a me desesperar.

-Acho que não – Ele respondeu me encarando com a cara enrugada.

-Eu quero minha mãe – Comecei a chorar.

Nesse momento eu ouvi mais um trovão monstruoso.

-Ahhhhhh- Eu gritei.

-Então o que você veio fazer aqui? – Eu?

-Vim em um enterro com meu irmão – Nesse momento tive vontade de matar Edward com uma metralhadora.

-Cadê ele? – Sei lá.

-Ele saiu com um gay e me esqueceu aqui – Eu disse.

-Ainda bem que você ficou, acho que não ia gostar de ir ver o que eles estão fazendo – Hã? Entendi.

-A, meu irmão não é gay – Pelo menos não era.

-Mas é assim que começa, primeiro pega umas mulheres, depois passa para homens depois fica com animais – Não entendi essa de animais.

-Ele não é gay tio – Será que é difícil de entender?

-Ok então – Ele não ta acreditando

-Ele já pegou a minha melhor amiga, ou melhor, ta pegando – Eu disse satisfeita.

-Que culpa tenho eu – Que cara chato.

 

POV Bella

 

Quando chegamos no cemitério (o retardado do Edward me fez vim com o meu carro, só que ele dirigiu ).

Descemos do carro, e fomos entrar no cemitério. Quando ele abriu o portão fez um barulho de estourar os tímpanos.

-Ai – Eu disse passando as mãos nos meus ouvidos.

-Sem frescura Bella – Que idiota, eu dei um chute na canela dele.

-Aii – Ele berrou.

-Quem ta com frescura agora hein?! – Eu o provoquei.

-Entra – Ele mandou.

-Entra você primeiro, se uma assombração vier ela te paga primeiro – Eu disse dando um passo para trás.

-Agora você vai amarelar? – Ele me provocou.

-Não, só quero que você vai primeiro – Eu fiz biquinho.

-Ta eu vou – Ele disse.

-Espera, mudei de idéia, eu vou primeiro- entrei na frente dele.

-Agora eu vou primeiro – Ele entrou na minha frente.

-Não – Eu entrei na frente dele.

-Se eu não for primeiro eu não vou – Ele fez chantagem.

-Então fica – Eu disse indo em frente, sabia que ele viria atrás de mim.

-Andei um pouco sem olhar para trás.

Quando me dei conta já tinha andando muito. E Edward não estava mais ao meu lado. Porra, fudeu tudo mano. Derrepende ouvi um trovão ensurdecedor.

-Aaaaaaah – Gritei, sozinha naquele cemitério, na maior chuva.

O que eu faço agora? Saio correndo e faço meu próprio enterro em uma cova que tiver espaço pra mais um? Ou fico aqui até ser atingida por um raio?

Ok, nenhuma dessas opções perece boa o suficiente para mim.

Vou andar um pouco.

Andei, andei, andei, e nada encontrei. Andei, andei, andei, e nada encontrei. Andei, andei, andei, e nada encontrei. Essa música que acabei de inventar ecoava na minha cabeça.

-Porra – Gritei pra mim mesma. –Eu sou dez, sozinha em um cemitério maior que N.Y, na chuva – Eu gritava com raiva de mim mesma. Mas parece que a vida resolveu ma dar uma chance. Atrás de uma arvore tinha uma casinha, ou melhor barraco. Vou bater ali mesmo. Ou não? E se lá for onde guardam os mortos recentes morridos?  Só vendo.

Fui até a casinha e bati na porta. Tomei cuidado, vai saber se não desmorona tudo.  

A porta foi abrindo de vagarinho, até Alice saiu de lá de dentro e pulou em cima de mim.  

Cambaleei quase caindo, ela me puxou para dentro do barraco e me apresentou um velho. E me contou tudo. Depois de meia hora escutei roídos vindo da porta. Alice foi ver outra vez. Adivinha?

Edward, isso mesmo era Edward.  

Alice fez tudo de novo. Apresentou o velho e contou a história de como foi parar ali.

 

Tomamos café com o coveiro, nos despedimos e fomos para casa no MEU carro cheio de LAMA da chuva.