E eu odeio o quanto eu te amo, garota
Eu não suporto o quanto eu preciso de você
E eu odeio o quanto eu amo você, garota
Mas eu simplesmente não posso deixar você ir
Mas eu odeio te amar tanto assim

P.O.V Sam

– Então como foi sua conversa com o Brad?- Perguntei para Taylor, enquanto eu secava a lousa

Tinha chegado mais cedo em casa, não conseguia pensar em nada a não ser o Freddie. Tudo se embaralha na minha cabeça fazendo nós. Encontrei Taylor e Lucky no estacionamento do prédio, a loira queria falar com Brad mas Lucky não estava afim de ir, eu me ofereci para ficar com a criança, ela relutou um pouco mas com os pedidos do filho, ela cedeu.

– Do jeito que eu imaginava, ridícula – Respondeu tomando um gole de sua limonada.

Lucky se encontrava no sofá dormindo como um anjo, Taylor estava sentada no balcão da cozinha tinha acabado de chegar da tal conversa com Brad e eu secava a lousa.

– Eu não sei o que você foi fazer lá

– E você acha que eu sei?

– Não?

– Ah sei lá, acho que só queria chamar atenção.

– Hum

– Sabe o que foi mais ridículo?

– O que?

– O amigo dele, Freddie Benson acho que é esse o sobrenome dele. Sabe quem é?

– Freddie? Sim, sei quem é – Falei meio receosa.

O que será que Freddie fez? O que ela sabe dele?

– Ele é meio estranho né?

– Por que?

– Eu não sei. Ele queria conversar comigo, sair para almoçar e ainda queria forçar isso falando que tínhamos uma “ amizade ”, por favor eu não chego perto nem de ser colega dele.

* Crac *

A xícara que estava em minha mão, escorregou e caiu. Eu não tive mais nenhuma reação, só a encarava como uma estatua.

– Está tudo bem Sam? Está mais branca que o normal.

– Ele te chamou para... sair?

– Pareceu que sim.

Não consegui me segurara, as lagrimas simplesmente rolavam em meu rosto. Sai correndo para o meu quarto, Taylor correu atrás, tentei fechar a porta mas Taylor impediu.

– O que foi? - Perguntou se sentando ao meu lado da cama

– Nada.

– Sério? Por que não é o que está parecendo.

– Eu não quero falar.

– Foi alguma coisa que eu falei? Me desculpe.

– Não tudo bem, você só esclareceu a verdade – Falei tentando secar as lagrimas em vão já que elas não paravam de cair.

– Que verdade?

– De Freddie ser um estupido galinha.

– Você o conhece há muito tempo?

– A mais que eu realmente queria, mas está parecendo que conheci ele hoje.

– Eu...

– Eu preciso ficar sozinha.

– Tudo bem, vou acordar o Lucky até amanhã.

– Tchau.

Taylor me deu um ultimo sorriso fraco, que eu tentei devolver mas acho que saiu mais como uma careta. Deitei na cama e abracei o travesseiro.

Por que ele tem que ser assim? Por que ele teve que ir até a minha sala e falar que nunca me esqueceu? Por que ele quer me iludir novamente?

Eu odeio amá-lo tanto. Pode se passar vinte anos, e eu nunca vou me esquecer dele, ele é a minha doença que nunca a verá cura e nem vacina.

Eu nunca pensei que iria voltar a estar assim, comecei do zero graças a ele. Enfim é claro que não vou cometer os mesmos erros.

{…}

Acordei com o toque do meu despertador, me levantei e encarei o espelho. Nossa... eu não poderia estar pior.

Fiz minha higiene matinal e sai rumo ao trabalho.

Logo cheguei, dei um bom dia rápido a Rose recepcionista e a Marrie que já estava em sua mesa assenti e entrei em minha sala.

Me sentei e comecei a trabalhar, melhor terapia para tirar um certo moreno da cabeça.

Logo escuto batidas na porta, sussurrei um entra para a pessoa atrás da porta, e logo Marrie aparece com um enorme buque de flores. Tulipas Vermelhas, parece que quem mandou sabe que são as minhas preferidas, mas por que logo as vermelhas?

– Senhorita, chegaram isto aqui – Disse Marrie deixando em cima da minha mesa.

– Para mim?

– Sim.

– Obrigada.

Marie virou as costas e foi embora. O arranjo é encantador e tinha um bilhete que estava mais parecido com uma carta.

“ Sam, você não sabe como eu me sinto, deste que você se afastou, a alguma chance de você me atender ? Se eu te ligar ?

Eu estive pensando em você o dia e a noite inteira. E eu sei que não quero perder nosso amor, eu não quero ficar sem você. Então, o que eu realmente estou tentando dizer é, eu espero que você me entenda apesar de todas as imperfeiçoes que eu tenha, eu ainda quero se o seu homem.

Eu sei que conversar não foi fácil para nós, eu quero que você saiba que eu ainda te amo. E embora as estações mudem, às vezes o amor vai do sol para a chuva, eu estou sob este guarda-chuva e estou chamando pelo o seu nome.

Eu ainda credito em nosso amor.

Eu ainda acredito em nós.

Eu só espero que você ainda acredite. Eu quero conversar com você, eu quero saber se você sente o mesmo que eu sinto.

Freddie. ”

Eu juro que queria morrer agora, como ele consegue? Diz que me ama e chama outra para sair?

Mas eu sou Samantha Joy Puckett e não deixarei de graça.

P.O.V Freddie

Não consegui dormi direito essa noite, só pensando em Sam, o quanto ela mudou, como eu ainda a amo, como reconquistá-la, e como demostrar meu amor por ela.

Escrevi uma carta de madrugada, com toda a minha honestidade que eu sentia. E espero que ele me atenda. Comprei um buque de Tulipas, sua predileta, vermelhas para mostrar o significado do meu amor e pedi para mandarem o meu bilhete.

Fiquei em casa, eu não tinha que trabalhar hoje, graças por que não tenho nem cabeça para isso, era só Sam e Elly que estava com febre que invadiam meus pensamentos, as duas joias que tenho. Fiquei assistindo um filme qualquer com Elly na sala.

Ouvi a campainha tocar, quem será? Abigail foi atender.

– Freddie – Falou Abigail com um buque de flores, iguais o que eu mandei para Sam.

– Sim?

– Para você – Peguei o buque e tirei o bilhete.

– Que lindas papai e de quem? - Perguntou Elly do meu lado.

– Espera um pouco filha.

“ Freddie, eu não sei como você consegue ser tão falso. Eu não sei que tipo de amor é esse que você tanto diz, porque sinceramente esse eu desconheço.

Eu nunca me esqueci a dor que por ti eu sofri. Apesar de tudo eu nunca te esqueci.

Você não esteve satisfeito nem com todo o meu amor que te dei, agora prefiro ficar sozinha. Não me imaginou feliz sem você? Pois eu te juro eu gosto de estar assim, sem o receio de está com alguém que logo venha me abandonar.

Como é que você acha que poderei te amar de novo? Não você não merece mais nada de mim.

E antes que eu me esqueça. Eu não vou te escutar.

– Sam ”

Amacei o papel não querendo acreditar nessa ação de Sam, por que ela diz que sou falso? Não está na cara que a amo?

– Pai! - Elly chamou.

– O que?

– O que é isso? - Perguntou apontado para a bolinha de papel em minha mão.

– Lixo, nada de mais.

– E essas flores? - Por que minha filha tem que ser tão curiosa?

– Você gostou delas?

– Sim.

– São suas.

– Oh obrigada. Que flores são essas?

– Tulipas.

– São as minhas favoritas.

Elly sorriu e pegou suas flores correndo para a cozinha, aposto que é para mostrar para Abigail.

É... parece que para me aproximar da Puckettt vou ter que soar a camisa, mas se ela acha que vou desistir por causa de um bilhete está muito da enganada e vou prová-la que não estou mentido do meu amor.

Me levantei do sofá e fui até a janela, tinha um caminhão de mudança parado na porta do vizinho, quem será que vai se mudar?