Like Ice And Fire escrita por Prince Salazar


Capítulo 2
No parquinho do condomínio


Notas iniciais do capítulo

Gente vou fazer de tudo para esse capítulo sair surpreendente. Sim o carro do Frost chegou na casa dele. Leiam!



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Nem ao menos tinha percebido mais acabei adormecendo com a televisão ligada. Ao acordar com meu celular caio da cama com o coração na mão. Levanto-me rapidamente e procuro meu celular em meio a blusas e cuecas sobre o criado mudo. Verifico o número que acho estranho, pois esqueci que eu e meu pai havíamos trocado os números de celular da Inglaterra para o reino unido. Logo procuro atende-lo.

–Alo pai? É você?- pergunto me sentando na cama.

–É sim filho, eu só liguei para avisar que eu vou demorar um pouco hoje, estou em um bar com alguns colegas do trabalho- disse ele em um tom grave pois havia uma musica ao fundo que atrapalhava nossa conversa.

–Tá tudo bem pai, só não bebe muito, não quero voltar para Grã-Bretanha órfã de novo. Ok?- ele riu.

–Pode deixar Jack!- e desligou o celular.

Olho para janela e depois para o relógio do meu celular, já são 07h30min. Decido tomar outro banho, pois havia suado durante o sono. Saio apenas de toalha do banheiro e procuro cuecas que não estivessem sujas. Era quase que uma agulha no palheiro.

–Até que fim- falo para o vento quando acho uma cueca Box preta.

Ponho um moletom azul marinho e uma calça marrom barro que vai até minhas canelas e ponho um sapato preto sem cadarço. Procuro mais rápido estender a toalha na cadeira da minha mesinha de estudar e ponho as roupas sujas dentro de um sexto. Vou até o banheiro e olho para o espelho apenas com uma ou duas sacudidas no meu vasto cabelo loiro embranquecido.

Desço as escadas para o segundo andar e entro na cozinha para apanhar uma fruta na fruteira sobre a mesa, preferir pegar uma maçã verde saio da cozinha entrando na garagem de onde abro a portão elétrico. Estou caminhando pela rua casas preenche a paisagens minutos sim e minutos não. Verdes, amarelas, laranjas, azul e rosas, sim senhora e senhores, uma casa rosa! Só os nortes americanos mesmos para pintarem a casa de rosa. As que mais me agradam são as azuis.

Caminho até chegar a uma pracinha localizada no centro do condomínio com um playground exuberante para criancinhas, uma quadra de basquete e um quiosque, sem falar nas inúmeras árvores que completavam a pracinha. Acho eu que vendia lanches, bebidas e “sorvete”, depois de mulheres é o que mais amo. Havia três garotinhos ruivos brincando feitos espiões nas barras do playground. E uma garota de vastos cabelos ruivos e enrolado que pareciam estar em brasas, tinha olhos tão azuis quanto os meus, ela deveria ser parente dos garotinhos estava sentada em um banco de madeira observando-os com uma cara bastante emburrada. Sério ela me assustou geral. Tomei outro rumo e fui até a quadra, não havia ninguém praticando nela a não ser uma bela garota de cabelos loiros trançados nas costas. Ela dava arremessos fantásticos.

Sentei em um banco para observa-la, essa era sem duvida mais simpática que a outra. Não sei no que me deu mais eu sem querer bati uma palminha depois que ela completou cinco arremessos seguidos. Ela me olhou com estranheza e perguntou ao se aproximar de mim:

–Hey do cabelo branco, te conheço?- ela largara a bola e vinha em minha direção.

Agora sim ela estava me assustando.

–Acho que não, garota das cestas?- falei me levantando do banco- Sou novo da cidade... vim da Inglaterra.

–Percebi pelo seu sotaque... - ela se abanara na hora. Não sei por quê?

–Eu sou Jack N. Frost, o prazer é todo meu- peguei sua mão e a beijei-a. Algo pareceu a incomodar, acho que ela se derreteu toda por dentro.

Pigarreando e retornou a falar:

–Eu sou Astrid B... Berck! Seu sotaque é...

–Engraça...

–Caloroso. Foi o que quis dizer- falou ela rapidamente- Vocês britânicos são sempre assim?

–Tentamos- me gabei, fazendo-a rir.

Então Jack já foi à cidade?

–Não tive essa oportunidade, espero ir em breve, antes das aulas!

–Ei que ano você faz?- perguntou ela.

–Segundo ano, e você Astrid?

–Coincidência, eu também. Só que não é provável que fiquemos na mesma sala.

–Sério, por quê?-perguntei incrédulo.

–Bom se você tiver obtido o mesmo horário que o meu?!- perguntou ela retoricamente.

–A entendi, na Inglaterra somos separados por turmas!

–Ei Jack sabe jogar basquete?- perguntou ela indo buscar sua bola e retornando a onde estava.

–Bom acho que sim, se erra mais que acertar for basquete!- ela riu de novo, puxa como ela tinha um sorriso lindo.

–Ok. Vem aqui, vou te mostrar como é ser um pouco americano- ela fez um gesto com a mão para que eu me aproximasse.

–Tá certo!- digo indo em sua direção.

–Fica bem aqui... - ela me leva até a frente da cesta e me posiciona uns dois metros a frente.

Ela pega na minha cintura- nossa que constrangedor- e me passa a bola para que eu segure.

–É só levantar e mirar em direção ao quadrado tá vendo, coloca um pé na frente e outro atrás. E arremessa- falou ela docemente.

Eu ergo os braços e solto a bola, percebo que ela olhou para minha barriga quando meu moletom subiu. A bola rodopiou pelo aro e caio pelo lado de fora. Ela soltou minha cintura e correu para apanhar a bola.

–Eu te falei Astrid, eu sou péssimo!

–Não é não! Você só precisa treinar... um pouquinho- falou ela voltando até onde estava.

–Se você diz!

–Ei Jack amanhã eu vou dar uma festa de aniversário, se você quiser aparecer por lá.

–Claro eu adoraria, que horas vai ser?

–As vinte. Eu convidei uma galera, aproveito para te apresentar! Até amanhã então eu já deu minha hora.

–Claro, mas você não me deu seu numero!- tirei meu celular do bolço entregando a ela.

–Verdade!- ela pegou e digitou os números e escreveu seu nome.

Salvei seus dados em quanto ela ia a uma rua com direção oposta a da minha. Voltei para casa depois de ter comprado sorvete de biscoito e creme. A garota e os três garotinhos de cabelo ruivo não estavam mais lá no playground.

Joguei-me na cama, pensando na doce Astrid. Acabei adormecendo, tive um sonho muito louco, eu e Astrid estávamos correndo em cima de uma bola de basquete fugindo chamas vermelhas que nos perseguia. Acordei pela manhã com meu pai cutucando minha costela, ele era altos, forte e tinha os cabelos grisalhos, sem falar nas tatuagens nos braços. Tudo isso lhe dava um ar de opressão.

–Pai, me deixa dormir...

–Tá mais que vai receber a entregadora, eles estão quase para chegar- ao terminar de dizer isso eu virei pro lado tentando colocar os pés no chão, só o que conseguir foi atingir minha cara pálida no piso gelado do quarto.

–Eu tenho que ir filho pro trabalho, eles ligaram dizendo vão chegar por volta das oito e meia.

–Pode deixar eu recebo eles. Vai trabalhar sossegado, pai!- falei após me levantar do chão.

–Ok. Já vou indo mesmo, e vê se não apronta viu Jack N. Frost- falou apontado o dedo para cima. Ele começou a andar em direção a saída e sair seguindo ele, pois lembrei do aniversário da Astrid.

–Tá pai, mais espera! Eu... eu conheci uma garota ontem e ela me convidou para seu aniversário, hoje as 20 horas. Posso usar o carro para ir na cidade comprar algo para ela?

–Mesmo que eu não deixasse eu sei que você iria, então vá! Mas não se esqueça de levar os documentos- falou ele quando já estávamos na garagem.

–Pode deixar!

Ele entrou em sua picape vermelha, que eu apelidei de “Trenó”. O motor emitia um barulho monstruoso, era de mais FODA escuta-lo. Ela manobrou e saiu garagem a fora. Esperei-o até sumir no fim da rua para voltar para dentro após fechar a porta da garagem.

Não demorou muito para que um guincho trouxesse uma BMW MINI azul estacionasse na frente da minha casa. Meu coração deu pulos de alegria, assinei todos os papéis necessários. Eles me puseram o carro no chão e partiram, antes avisando que a chave e os documentos estavam na porta luva. Corri então para examinar o carro que tinha acentos na frente e atrás, duas portas, nas laterais ele era azul e no teto era branco. Suas calotas eram lustrosas, entrei no carro e me sentei. Coloquei as mãos sobre o volante e aproveitei o momento.




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