Anos se passaram, já cheguei aos meus trinta e poucos anos, minha vida passou por muitas mudanças. 

Me casei com Anjou, há cinco anos atrás, tivemos uma filha chamada Akiyo, meu anjinho precioso, que protejo tanto, com apenas 4 anos de idade. Os outros acharam estranho eu demorar tanto tempo para me casar com a Naruko, mas acho que isso foi resultado, porque, mesmo depois de tanto tempo, a Menma não saia da minha cabeça. Mas meus sentimentos pela Anjou, cresciam neste meio tempo, e começei a ter mais carinho por ela. Assim, enquanto ela estava na faculdade e eu correndo feito louco fazendo cursinhos e trabalhando, começamos a namorar. E depois de tanto tempo eu finalmente tive coragem e a pedi em casamento. Logo, um ano depois, tivemos a Aki-chan.

Os outros também tiveram mudanças em suas vidas, por exemplo: Yukiatsu e Tsuruko, se tornaram um casal moderninho, vivem juntos, mais ainda não se casaram. Trabalham em uma grande empresa, só não me lembro do quê... eles estão sempre viajando e muito felizes juntos.

Poppo finalmente decidiu terminar o colégio, e hoje em dia trabalha contando as histórias de suas viajens a crianças. Só não sei o por que delas acharem tão interessantes suas histórias... não, eu sei, é porque elas tem sonhos, visam melhor o futuro do que nós os adultos.

Mas o pior ainda estava por vir.

Minha vida se resume apenas a perdas. Perdi minha mãe e a Menma quando criança e a pouco tempo meu pai também veio a falecer. Mas, agora, eu também estava prestes a perder a Anaru.

Há pouco tempo atrás, descobrimos que ela tinha Leucemia, e isto deu um grande abalo na nossas vidas. Principalmente agora que temos uma filha, que está na fase mais importante de sua vida. Ela realmente precisará da mãe.

- Papa, a mamãe ficará bem?

- Eu espero que sim Aki-chan.

-Sabe papa, ontem eu estava pedindo a Deus que mande um remédio bem bom lá do  céu, para a mamãe ficar boa logo e poder contar as histórinhas de novo para eu durmir.

Não pude aguentar, o sorriso da minha filha fazia doer ainda mais... ela realmente tinha esperanças de que a mãe dela ficaria boa. Mas, o que eu posso falar, quando éramos crianças achavamos que enviaríamos uma carta para Deus usando fogos de artifícios. A inocência dela, me dava forças para prosseguir, pois segundo os médicos, minha doce Anaru, talvez não suportasse por muito tempo por falta de sangue. Ela já estava muito fraca e debilitada, não sei quanto tempo ela iria suportar.