Hate Me escrita por Dark Angel


Capítulo 2
Capítulo 2 - Estilhaçado


Notas iniciais do capítulo

Não aguentei esperar até amanhã, e se esperasse sairia de noite então aqui estou eu, adiantada!
O que interpretaram pelo título? Estilhaça meu coração? Talvez sim, talvez não.
Agradecimentos há GreenTop e Thaly Matos que comentaram (E Thaly - posso abreviar? - também por favoritar)
Boa leitura



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Sabe aquele despertador chato, com um barulho irritante, que interrompe seu sono? Eu não tenho um.


Porém, tenho algo ainda pior.


Um ser irritante, que grita, pula e taca coisas em mim. Coisas como bolas de sorvete. E acredite, ser acordada com sorvete de morango não é divertido. Nem a limpeza depois.


– Sabia que sua camisola sobe até um pouco abaixo dos seios quando você está dormindo? - pergunta Natsu, sentado em minha mesa comendo sorvete tranquilamente. - É possível ver tudinho.


Me cubro na mesma hora, deixando de lado que minha coberta terá que ser deixada de molho mais tarde. Tinha sorvete de morango no meu corpo todo! Ele lambuzou desde o rosto até as pernas!


– Vai se atrasar. - cantarola. Bufo, me levantando enrolada e indo para o banheiro. Porque ele tem que morar bem na casa ao lado, com o quarto de frente para o meu? Meu pai é tão acostumado com ele, que nem se importa de ter ele no meu quarto. Na verdade, ele deu até mesmo a chave de casa para ele cuidar de mim quando o mesmo estiver fora.


Antigamente era algo legal. Ele vinha e ficávamos conversando, comendo sorvete e jogando um jogo qualquer enquanto cantava uma música estrangeira desconhecida. Assim tínhamos que nos concentrar em duas coisas, jogar e cantar algo sem saber o que está cantando.


Quer dizer, era assim até ontem. Antes do anúncio que fará de tudo para mim odiá-lo. O que é praticamente impossível.


Acontece, que ele já fez coisas muito piores e por algum motivo, nunca fiquei verdadeiramente brava com ele. Sim, as baratas fora algo sujo (literalmente), porém... Não me fez odiá-lo nem um pouco.


Ponho o uniforme dentro do banheiro mesmo, mas esqueço a gravata. Saio esquecendo a camisa aberta, por culpa de minha mente estar concentrada na porcaria da gravata, e encontro Natsu me encarando.


– Precisa de ajuda com os botões? - pergunta segurando minha grava nas mãos.


– Não! - grito, agarrando-a de sua mão e voltando correndo para o banheiro. Meu reflexo no espelho não podia estar mais constrangida. Jogo água fria no rosto, e fico ali até qualquer resquício de "vergonha" ter desaparecido.


É vergonhoso estar com vergonha, por que isso faz com que todos te olham de uma maneira estranha.


Natsu não estava mais no quarto quando sai. Então reparo que faltavam apenas dezesseis minutos para o inicio da aula. Ponho a mochila nas costas e saio correndo.


O ultimo semáforo que tinha de atravessar para chegar, estava vermelho. Porém não havia carro algum, me fazendo atravessa-lo. Erro o meu.


O som de buzinas é escutado, porém é tarde demais. Me preparo para o impacto, quando recebo outro tipo de impacto.


Braços me rondam, e minha cabeça bate no abdômen da pessoa. Então ambas caímos na calçada.


– Você está bem? - pergunta erguendo meu rosto. Imagine minha surpresa, ao perceber que meu salvador havia sido ninguém menos do que o próprio aprendiz de demônio, Natsu Dragneel. - Não aprendeu a atravessar no verde?


Uma resposta afiada estava prestes a pular, bem na ponta da minha língua. Então o rosado faz com que ela permaneça ali, com o que diz.


– Não faça mais isso, poderia ter morrido. - diz angustiado, e sinto meu rosto fervendo. Me levanto rapidamente, e saio o deixando sozinho. Sem nem ao menos agradecer.

–-

– Atenção pessoal, com o festival escolar chegando decidimos que nossa classe fara um maid-café. Alguma objeção? - anuncia o representante de classe. Havia me esquecido sobre o festival, o que é estranho, considerando que é minha época predileta do ano.


– Então, prosseguindo. - diz a garota ao lado. - Cada garota terá sua própria cor para a fantasia. Me deem um papel com suas cores antes da aula terminar. Mais alguma coisa? - pergunta para o representante.


– Os garotos se dividirão na cozinha, segurança e serão responsáveis por atrair os clientes. A partir de hoje, as aulas serão vagas, porém suas presenças são obrigatórias. Comecem as decorações.

Um grande barulho começa, todos animados e sorridentes. Eu não estava diferente. Amarro o cabelo, me listando para pintar os cartazes.


– Lu-chan, isso é incrível! - exclama Levy admirando meu desenho. Coro brevemente pelo elogio, sorrindo em resposta. Conheci Levy apenas esse ano, mas nos apegamos bem rápido.


Por causa de Natsu, nunca me importei em fazer amizades. Ele está ao meu lado desde sempre, e não imagino outra pessoa no lugar dele. Com Levy não seria diferente. Apesar de sermos grandes amigas, nosso relacionamento não se compara com o de Natsu. Deveria mudar isso?


– Aceitável. - diz Natsu, pondo o ombro envolta do meu braço. - Deveria começar a treinar mais sua pintura. - completa forçadamente, e reviro os olhos. Quando essa atuação iria parar? Prefiro o Natsu carinhoso e atencioso.


E ele aproveita minha distração para riscar meu rosto de tinta. O encaro possessa, jogando o pote todo no mesmo, que fora ensopado de tinta azul. Começo a gargalhar pela cena, chamando certa atenção.


– Pirralha! - grita, pegando outro pote de tinta, porém mergulhando o pincel, depois me pintando. Corro, porém o mesmo me segura, começando a pintar todo meu rosto de tinta preta.


O olho brava, arrancando uma enorme gargalhada do rosado, e começo a rir também. A tinta azul estava pingando de seu cabelo, me dando certa satisfação.


– Parem de pegação vocês dois! - grita Gray, tirando Natsu de cima de mim. Dou graças por ter meu rosto coberto de tinta, porque ele está realmente quente. Odeio a facilidade com que as coisas me fazem corar. - Lucy, aproveita essa sua cara e pede pro zelador mais cola? Ele se recusa a nos ajudar, mas morre de medo de assombração.


Faço uma careta com o insulto, enquanto Natsu ria que nem louco. Aceito do mesmo jeito, queria sair de perto dele. Recebia alguns olhares conforme andava, me dando vontade de por a cabeça num buraco.


O zelador realmente tinha medo de fantasmas, e pelo visto eu pareço com um deles. Então o pobre homem disse que me daria quanta cola eu desejasse. Peguei cinco potes, que foi o que consegui aguentar.


Na volta, ouço gritos de alerta, porém novamente já era tarde. O vidro da janela havia se estilhaçado completamente, e alguns cacos haviam me acertado junto. Derrubo os potes no susto, tendo de recolhe-los sobre os cacos.


Outro grito. Dessa vez havia meu nome em um deles. Ergo a cabeça, vendo um Natsu com uma rosto nada amigável. Derruba os potes da minha mão no chão, me segurando no colo e... Que diabos?


– Ficou doida? Suas pernas estão sangrando e você fica pegando cola? - grita irritado. - Fica sentada. - ordena, me pondo numa das camas da enfermaria. Porém a enfermeira não estava, o deixando ainda mais irritado. - Eu mesmo faço isso! - exclama, pegando algodão e álcool.


Primeiro limpa o sangue com uma toalha úmida, então molha o algodão no álcool e passa por cima dos ferimentos. Mordo o lábio. Tanto meu rosto quanto minha perna ardiam, com motivos completamente diferentes. Então arranco minha perna de seus cuidados.


– Quer parar? Você deve me fazer odiá-lo, não amar você! - grito, surpresa com minha próprias palavras. - E saiba que o resultado não esta bom em nenhum dos dois. - completo apressadamente, e me arrependendo na mesma hora.


Ele estava preocupado comigo, enquanto eu gritava com ele. E isso havia acontecido duas vezes num mesmo dia. Ele vai embora, e fico sozinha.


Mas como eu reagiria, ao perceber que a balança que até o momento estava neutra, começa a abaixar para o lado errado?


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Notas finais do capítulo

Esse foi necessário para fazer a balança cair de um lado. O próximo terá reconciliações ou rompimentos? Quero fazer o Natsu aprontar mais! Pular as partes fofinhas, e ir direto nos planos do Dragneel haha
Ah, eu adorei escrever o Capítulo 3, então imaginem o porque.
"- Boa noite, Luce.
E isso foi o suficiente para me calar, e fazer meu coração bater num ritmo mais acelerado que o normal, pelo resto da noite."
Até o próximo, que sai amanhã se vocês comentarem ;)



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