Poemas Noturnos escrita por Breno


Capítulo 29
O último adeus




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414175/chapter/29

Dá-me agora um último adeus,

pois de mim não gostas mais.

Dá-me agora o que foi meu,

e que agora pouco te trás.

Dá-me um último adeus,

pois, pelos pecados meus,

pecarei contigo uma vez mais.

.

.

Dá-me um último adeus,

pois meus lábios, os teus já não querem mais tocar.

Lança-me, longe, de ti

afastando-me, de ti, com teu braço,

pois qualquer distância que seja,

que nos afaste ou entre nós esteja,

é-me como o infinito.

.

.

Afasta-te de mim, fica distante!

Tão longe fiquemos como duas estrelas!

Cria, entre nós, um espaço,

um vazio, um vácuo, um respeito,

Pois não quero-te também mais perto de mim!

.

.

Afasta-te também de minhas palavras

pois elas, a ti, não mais pertecem!

Pois somos estrelas e entre nós deve haver distância!

E assim será pós nosso último adeus!

E brilharemos distantes!

Pois tudo acabado; tudo entre nós já está separado,

como estrelas.

.

.

Mas sabe, disseram, também, as estrelas, adeus,

e neste, que foi último, para sempre se separaram.

E que, como nós, outra vez talvez pecaram.

Mas que, como seu brilho, junto ao último adeus,

brilha junto comigo para sempre,

pois mesmo que no separe o universo,

e que em versos dê-me teu último adeus,

brilharei para sempre com palavras

para alcançar-te para além mesmo de minha vida...

.

.

Tudo entre nós está acabado.

Dá-me agora, então, um último adeus

e que seja definitivo este último seja,

pois, além dele, por mais que não perceba,

criarei, como estrela, um brilho diário para sempre uma vez mais te alcançar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!