Poemas Noturnos escrita por Breno
Dá-me agora um último adeus,
pois de mim não gostas mais.
Dá-me agora o que foi meu,
e que agora pouco te trás.
Dá-me um último adeus,
pois, pelos pecados meus,
pecarei contigo uma vez mais.
.
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Dá-me um último adeus,
pois meus lábios, os teus já não querem mais tocar.
Lança-me, longe, de ti
afastando-me, de ti, com teu braço,
pois qualquer distância que seja,
que nos afaste ou entre nós esteja,
é-me como o infinito.
.
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Afasta-te de mim, fica distante!
Tão longe fiquemos como duas estrelas!
Cria, entre nós, um espaço,
um vazio, um vácuo, um respeito,
Pois não quero-te também mais perto de mim!
.
.
Afasta-te também de minhas palavras
pois elas, a ti, não mais pertecem!
Pois somos estrelas e entre nós deve haver distância!
E assim será pós nosso último adeus!
E brilharemos distantes!
Pois tudo acabado; tudo entre nós já está separado,
como estrelas.
.
.
Mas sabe, disseram, também, as estrelas, adeus,
e neste, que foi último, para sempre se separaram.
E que, como nós, outra vez talvez pecaram.
Mas que, como seu brilho, junto ao último adeus,
brilha junto comigo para sempre,
pois mesmo que no separe o universo,
e que em versos dê-me teu último adeus,
brilharei para sempre com palavras
para alcançar-te para além mesmo de minha vida...
.
.
Tudo entre nós está acabado.
Dá-me agora, então, um último adeus
e que seja definitivo este último seja,
pois, além dele, por mais que não perceba,
criarei, como estrela, um brilho diário para sempre uma vez mais te alcançar.
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