Warrior escrita por Sofia Lyra


Capítulo 11
A Little Party Never Killed Nobody! - Parte Final


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas leitoras! Tenho tanta coisa pra falar que nem sei por onde começar. Mas peço a todos que leiam até o fim.
Primeiramente gostaria de dedicar este capitulo a três leitoras inestimáveis, Kathy Nogueira, Kika e Carol C .
Quero agradecer as maravilhosas Kathy Nogueira e Kika, que deixaram recomendações incríveis na minha humilde fanfic, nem sei como agradecê-las por isso. Kathy Nogueira você chegou faz tempo e desde o primeiro dia que comentou foi dedicada, fofa e carinhosa, sempre deixando elogios- mesmo não merecidos- e incentivos, me apoiou aqui e em outras fics, não abandonou Warrior nem quando eu desapareci por um tempo, e por tudo isso que você já fez e tenho certeza que continuará fazendo , dedico este capítulo a você. Espero que goste.
Kika sinceramente não sei o que lhe falar. Como descrever minha admiração por você e pelo seu trabalho? Quando li sua fic pela primeira vez, eu pensei: Quem me dera escrever assim algum dia. Então você deve imaginar como foi pra mim receber uma recomendação sua, foi como receber um elogio da tia Cassie. Mesmo não tendo palavras para lhe agradecer, dedico também a você este capitulo.
E por ultimo mas não menos importante, quero dedicar este capitulo a Carol C, que foi responsável pela belíssima capa da fic , há tempos eu desejava uma capa com o design de acordo com a história, e agora que ela está pronta, devo confessar que não paro de olhar e pensar: Nossa, agora é sério, minha fanfic tem leitores! Muito obrigada por se disponibilizar a fazê-la , nem preciso dizer o quão feliz estou com ela. Obrigada.
E a todos vocês que estão lendo, quero dedicar o próximo capítulo, é um pequeno bônus para compensar a demora. Muito obrigada a todos por lerem.



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POV SIMON

_O que acham que tem nestes DVD’s?- Isabelle perguntou a ninguém em especial. Ela apenas olhava atentamente para os filmes que estavam com Alec, olhava-os como se fossem a ultima bolsa Prada em uma liquidação ou como uma lamina serafim em uma batalha.

_Eu sinceramente não sei, pode ser qualquer coisa, desde nossas competições de quem comia mais até planos de conspiração alienígena. – eu disse enquanto olhava o velho apartamento da minha irmã. Ainda podia lembrar o dia em que ela revelou que iria se mudar, os gritos de minha mãe sem duvidas foram inesquecíveis.

_Seja o que for só veremos amanhã.-Alec disse mandando um olhar de repreensão a irmã.

_Mas podemos espiar! A Clary e o Jace vão demorar a voltar, ela nunca vai saber! -ela respondeu indignada.

_Ela tem razão. -Magnus disse apoiando a cunhada, mas ao ver a cara irritada do namorado completou- Mas não faremos isso.

_Por que não?-perguntei tomando partido de Izzy.

_Por que Clarissa já teve sua vida invadida o suficiente, não acha?

–Alec respondeu pelo namorado. Suas palavras me fizeram refletir pela primeira vez, não tinha tido a oportunidade de conversar com Clary a respeito, mas eu a conhecia o bastante para saber que ela estava confusa com tantas revelações, quem não estaria?

_Tá tudo bem você tem um ponto!- Izzy disse emburrada de braços cruzados.

_Alec tem razão Isabelle.- eu disse chamando sua atenção- Clary acabou de descobrir que tudo em sua vida era falso, não apenas sua história mas as pessoas que ela ama também. Não importa qual seja o conteúdo destes filmes, ela e unicamente ela- frisei para que minha namorada entendesse- deve assistir primeiro, é a sua vida que está em jogo e possivelmente a chave para todo este mistério.

_Eu sei é que...- Isabelle se rendeu e pela primeira vez na noite demonstrou preocupação- eu sinto que ela e Jace saíram feridos dessa história.

Isabelle mudava de estado de espírito como mudava de roupa! Poderia ser a pessoa mais corajosa e intransigente e em apenas um segundo se tornar frágil e carinhosa, tudo em um piscar de olhos. Embora sua segunda versão raramente seja visível, o amor que ela nutre pelos irmãos é nítido. Ela definitivamente é um ser complexo- complexo demais para a mim eu diria. Mas no fim das contas, é por isso que me apaixonei por ela. Nunca gostei de coisas simples.

_Eu sei Izzy.-Alec disse enquanto abraçava a irmã- Eu sinto o mesmo, mas não podemos protegê-los da verdade.

_Escute o que lhe digo cunhada, uma hora ou outra a verdade aparece, pode demorar séculos mas ela sempre aparece. Clarissa precisa enfrentar seu passado e as decisões que virão com ele sozinha, e acabe a nós apoia-la, principalmente eu.-Magnus disse em outro daqueles estranhos momentos em que sua real idade aparece.

_Não se culpe.-Alec disse se dirigindo ao namorado.-Nada disso é sua culpa.

_Não se preocupe comigo querido, eu aprendi muitas coisas nestes séculos,e uma delas é não ficar remoendo arrependimentos que não mudarão em nada minha vida. É muito gentil de sua parte dizer que não tenho culpa, mas o feitiço na cabeça de Clarissa, leva a minha assinatura e a de mais ninguém.

Pov Clary

Uma das qualidades que mais amo e odeio simultaneamente em Jace, é a sua capacidade de me fazer esquecer o resto do mundo. É sempre assim, perco a fala, o foco...fico completamente desarmada.

– Jace... Jace...temos...que ...voltar....- eu disse, ou pelo menos tentei dizer entre beijos

– Não temos não.- ele disse enquanto beijava meu pescoço.

– É... não temos... – e novamente fui sugada por aquele universo só nosso, onde existimos apenas eu e Jace, contudo logo fui arrancada de lá por uma dor aguda em minha barriga.

– Ai!- eu disse me afastando rapidamente de Jace. Assim que ergui minha blusa descobri o problema, havia uma queimadura considerável em meu quadril. Por um momento fiquei chocada com aquilo, e assim que me recuperei olhei para Jace que encarava a queimadura com uma expressão indecifrável.

– Jace... – eu comecei a dizer mas ele ignorou-me e puxou meu braço desenhando uma runa rapidamente. Após terminar a iratze com maestria, ele se afastou o máximo que a pequena sacada permitia e voltou a olhar o horizonte. – Por favor não se afaste novamente. – eu pedi, seria inútil dizer que ele não teve culpa, já tivemos essa discussão inúmeras vezes e eu sei muito bem como ela termina.

– Eu sou egoísta de mais para isso. – ele disse ainda sem olhar para mim, mas logo em seguida veio em minha direção. – Vamos, os outros nos esperam.

Saímos lado a lado, ainda sem contato corporal, no entanto quando estávamos na soleira da porta me enchi de uma súbita coragem e tomei sua mão segurando-a firmemente.

– Ótimo, porque eu sou egoísta demais para deixa-lo ir. - eu disse enquanto voltava a caminhar.

Logo chegamos à sala, e no exato momento em que adentramos todas as conversas se encerraram deixando todos em silencio. Olhei-os se forma suspeita.

– Eles já entenderam que estávamos falando deles pessoal.- Magnus disse quebrando o silencio.

– Nem quero saber qual é o assunto. – dei de ombros me sentando ao lado de Simon.

– Todo mundo fica mais calmo depois de uns amaços...Vocês deviam tentar mais vezes, estão precisando.- Magnus disse jogando os braços em torno do namorado que ficou corado rapidamente.

– Bem que gostaríamos, cunhadinho.- Jace respondeu do canto da sala. Ele parecia despojado enquanto brincava com uma sua adaga. Todavia mesmo com seu disfarce bem feito eu podia ver seu desconforto, pois vez ou outra ele olhava para mim esperando que eu gritasse de dor.

– Onde a Becca está? –perguntei desviando meus olhos dele.

– Ela saiu, disse que ainda tinha uma festa pra curtir.- Simon respondeu dando de ombros.

– Irei atrás dela avisar que iremos embora.- eu disse me levantando.

– Mas por que? –Izzy exclamou- A festa mal começou...

– Isabelle, chega de emoções por hoje.-Alec respondeu dando um olhar severo que deixou a irmã emburrada, porém calada.

– Eu não demoro. - eu respondi saindo o mais rápido possível. Senti que só assim Jace ficaria mais calmo.

Subi as escadas sem pressa, mesmo que tenha dito que não demoraria, fui vencida por meus próprios pensamentos que se perderam no caminho. A cada degrau forçava minha mente a armazenar todos os fatos que aconteceram durante a noite.

Ex- namorado esquecido que volta das cinzas para me assombrar? Definitivamente minha vida poderia ser uma novela, é claro, se excluísse vampiros, lobisomens, bruxos, anjos, demônios...

Sem me dar conta logo tinha chegado a pequena porta que ligava ao terraço, ao tentar abri-la infelizmente constatei que estava trancada, rapidamente saquei minha estela para abri-la.

– Se eu fosse você, não faria isso. – uma voz rouca disse atrás de mim. Mesmo sabendo perfeitamente a quem a voz pertencia, não contive o impulso de me virar em sua direção.

– Shane. – precisei de um pouco de concentração para me pronunciar. Minha cabeça latejava e eu lutava contra fleches que vinham em minha mente parecendo tão reais quanto à pessoa que estava diante de mim.

– Você está diferente. – ele disse ignorando minha resposta seca.

Como da última vez que o vi, estava com roupas mundanas, jeans escuros, camisa preta com gola V e um casaco negro de veludo. Ele poderia até se passar por um mundano qualquer. Mas é claro, apenas poderia... pois em sua cintura era possível enxergar uma adaga prateada incrustada com pedras azuis, e seu pescoço tatuado com runas permanentes carregava um medalão antigo com um símbolo desconhecido.

– Não posso dizer o mesmo, já que nem me recordo de você. – eu respondi ríspida.

– Eu não mudei muito se é o que quer saber. – ele disse dando um sorriso de lado. Um sorriso de escárnio devo acrescentar.

– Eu não quero saber. – eu respondi enquanto ia automaticamente em sua direção.

– Não quer?- ele disse e seu sorriso se tornou ainda maior. – Não é o que parece pequena. – Infelizmente fui traída por meu próprio corpo que ficou estático ao ouvir o apelido carinhoso. Imediatamente meu cérebro foi convulsionado de cenas passadas, imagens nossas. Beijos, abraços e declarações de amor comprometiam minha visão. E meu ato involuntário pareceu agradar meu perseguidor.

– Esta tudo bem pequena? – ele disse enquanto caminhava em minha direção. Ao notar sua aproximação reprimi todos os fleches que me atordoavam e me afastei.

– Estaria se não fosse por você. – respondi virando meu rosto, privando meus olhos de sua imagem. Mas pude sentir sua hesitação ao me escutar.

– Eu estou aqui por você Clarissa. – todo ar descontraído sumiu de seu ser e sua voz grave me obrigou a encara-lo- E não vou embora até que você se lembre de mim. – Seu olhar estava cravado em mim e seu rosto possuía a expressão mais determinada que vi na vida.

– Talvez eu não deseje lembrar. – eu disse me afastando, fugindo dele e de certa forma, de mim mesma.

– Quando o passado bate a sua porta, você não tem muitas opções a não ser abrir. – ele disse dando mais um passo em minha direção.

– Posso trancar a porta. – eu disse tentando inutilmente me afastar, entretanto não havia para onde fugir, eu já estava encostada no material metálico da porta do terraço.

Seus passos não pararam e logo estávamos face a face, tão perto que seu perfume invadia minhas narinas me deixando ainda mais confusa.

– Você já abriu. – ele me disse com sua voz rouca. Seus olhos castanhos estavam perdidos, e olhavam para mim com adoração, saudade e carinho? Sua respiração batia em meu rosto calmamente, divergindo de seus olhos que pareciam um turbilhão de emoções. Eu não precisei pensar para saber que ele estava decidindo se me beijava agora ou esperava o momento correto.

– Eu tenho namorado. – eu disse antevendo sua decisão.

– Eu sei, tecnicamente nunca terminamos. – ele disse ainda com a mesma expressão.

– Eu tenho outro namorado. – corrigi.

– Olhe na sua caixa de joias, aposto que ela discorda de você. – ele disse se afastando um pouco, mas ainda sim, continuava muito próximo.

– O que quer dizer com isso? – perguntei um pouco mais lúcida.

– Tem certeza que não sabe Clarissa? – antes que eu pudesse respondê-lo, a porta em que eu me apoiava se abriu abruptadamente me fazendo cair para trás aos pés do interruptor.

– Clarita? O que faz aí no chão? – Becca perguntou rindo. Ignorando sua risada espalhafatosa, voltei meu olhar às escadas onde estava anteriormente, no entanto não havia nenhum sinal de vida. – Parece que você viu um fantasma.

– E eu vi. – respondi me levantando. Um belo e determinado fantasma.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos por lerem! Por favor comentem :)



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