The Snape's Daughter. escrita por Anne Black


Capítulo 10
Capítulo 9. - Passeios.


Notas iniciais do capítulo

Opa, galera! Como estão? Enfim, aqui vai mais um cap. pra vocês e esses cap. é pra todos aqueles que, como eu, sabem que Snape nunca foi vilão coisa nenhuma hehehehe.
O cap. com Harry está chegando, fiquem atentos!
Obrigada pelos reviews ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/413929/chapter/10

Cap. 9

POV Anne

Sábado amanheceu estranhamente frio e nublado. Eu não queria sair de baixo das cobertas, pois o quarto estava muito gelado e consequentemente o resto do castelo estaria daquele jeito, por isso eu gostaria de permanecer o resto do dia embaixo dos cobertores. Porém meu desejo não se realizou e eu levantei pouco tempo depois. Fui tomar banho enquanto todas no quarto ainda dormiam.

Quando voltei, apenas Gina e uma garota loira haviam acordado e já se arrumavam. Gina me olhou como se eu fosse um extraterrestre assim que comecei a me trocar (roupa). Não entendi seu olhar, mas não me importei.

- Você só pode ser louca! Tomar banho numa manhã fria... – Ela gemeu colocando roupas quentes e eu ri. Gina era uma boa pessoa e ótima companhia, e tenho certeza que por ter puxado os irmãos ela era tão boa assim.

- Gosto de tomar banho, senhorita Weasley – Falei enquanto arrumava minha cama. Logo após coloquei uma touca preta e minhas sapatilhas. – Bem, vou tomar café da manhã e gostaria que a porquinha me acompanhasse. – Rimos enquanto saíamos do quarto.

Enquanto descíamos as escadas, Gina pediu para que fossemos à biblioteca rapidamente. Minha amiga procurava um livro que a ajudaria com dos deveres de Poções e eu retirei três: dois bruxos e um trouxa, para ler mais tarde no caso de tédio.

Finalmente estávamos entrando no Salão Principal quando umas garotas pararam Gina para dizer algo sobre Quadribol. Continuei caminhando, porém olhava pros meus livros quando eu bati contra uma muralha quente e cai de bunda no chão. Gargalhadas ecoavam por todo local.

- Me perdoe! – Uma voz grave e muito bonita, pediu, então resolvi olhar pra cima e tudo que achei foi uma estátua grega viva. Ele era forte e alto. Eu disse forte? Quis dizer que era muito forte. Tinha cabelos loiros divinamente arrumados, olhos preocupados e um sorriso extremamente fofo no rosto. – Vem cá. – Estendeu sua mão pra mim e eu a peguei, nesse momento as gargalhadas cessaram. – Eu realmente...

- Tudo bem, eu deveria estar mais atenta. A culpa é minha... – Ele deu uma leve risada e se abaixou para pegar meus livros. Pelo menos minha varinha havia ficado salva em minha mão. Ele me entregou os livros.

- Não, você não tem o que se preocupar. – Quando percebi ele me guiava até a mesa da Grifinória onde havia um espaço vago. – Hm, sou Cómarco McLaggen. – Eu quase me derreti quando ele sorriu, precisei sentar na hora.

- Anne. Anne Snape. Um prazer te conhecer, Córmaco. – Sorri de volta para ele quando Córmaco se sentou ao meu lado.

- Ah sim, você é a irmã de Harry, certo? – Assenti e peguei apenas uma torrada para comer, não estava com muita fome. – Prazer em conhece-la, Anne. Bom, gostaria de conhecer as propriedades do castelo comigo após o almoço? – Deus é pai, nesse momento eu esqueci como se fazia para respirar.

- Eu adoraria Córmaco, mas não quero te incomodar. – Córmaco deu mais uma vez aquele sorriso e bateu de leve no meu ombro. Deus, que perfume maravilhoso que ele usa! Ok, foco.

- Mas claro que não vai incomodar! Que isso... – Se levantou, porém antes de começar a andar, disse: - Será um prazer. – Piscou e se foi, acenando um breve “tchau” e sorrindo como a estátua viva de um Deus Grego que era. Suspirei.

Além desse acontecimento e dos burburinhos, o resto do meu café da manhã passou muito calma e agradavelmente. Quando me retirei da mesa da Grifinória e sai pelas portas do Grande Salão, ouvi uma voz brava me chamar em alto e bom som:

- Anne, por que você estava sentada com o babaca do McLaggen? – Girei nos meus calcanhares e me deparei com um Harry vermelho. Atrás dele se encontravam, como sempre, Rony e Hermione.

- Ele me derrubou sem querer e se desculpou, foi gentil. Só isso. – Dei um risadinha quando ele bufou e revirou os olhos.

- Deixo claro que não gostei. – Óh, terá relevância, é claro. – E que quero falar com você mais tarde no Salão Comunal ou em qualquer outro lugar que preferir. – Assenti e voltei minha caminhada em direção aos jardins quando Harry voltou para o Salão Principal.

Sentei-me embaixo de uma macieira que estava localizada muito próxima ao Lago Negro. Quando ouvia barulhos na água, tirava os olhos dos livros para poder ver a Lula Gigante exibindo seus enormes tentáculos para os muitos estudantes que ali se encontravam.

Quando dei uma pausa em minha leitura e corri os olhos pelo lugar o notei. Ele estava um pouco longe e se encontrava encostado em uma rocha observando tudo. Tudo e eu mesma. Não sabia se o garoto de cabelos platinados e corpo esbelto poderia ver, mas sorri para ele, o que foi um erro. O menino fechou a cara e voltou marchando para o castelo, estranhei. Afinal, quem era ele?

Ouvi pouco tempo depois o sinal para o almoço tocar e me levantei. De repente me senti muito faminta e extremamente sonolenta, por isso me arrastei até o Salão Principal e, para minha infelicidade eu havia chego um pouco atrasada: a mesa já estava apinhada. Corri meus olhos várias vezes pelo local e achei um lugar vago ao lado de Fred e Gegorge.

- Será que posso...? – Apontei pro lugar vago ao lado deles e mordi os lábios. Os dois se entreolharam e deram um sorriso um tanto quanto estranho e então se afastaram, apontando para mim o lugar entre eles.

- Claro! – Disseram juntos logo após eu ter me sentado. Gargalhei e os gêmeos me acompanharam.

O almoço passou tranquilo e com muitas risadas. Quando terminei de comer, percebi que estava com mais sono do que antes, porém Córmaco iria me mostrar o castelo e não poderia deixa-lo na mão, é claro.

Minutos após eu refletir sobre meu sono e quase dormir na mesa, disse tchau para os gêmeos e sai. Ao lado das portas do Salão Principal, Córmaco já me esperava. Suspirei.

- Que tal começarmos pelos jardins? – E assim fomos. Acho que McLaggen me mostrou cada morangueira ali existente. Me mostrou os verdes campos, o Campo de Quadribol, o Corujal, beiramos a orla da Floresta Proibida, fomos até a casa de Hagrid e por fim voltamos ao castelo, onde Minerva McGonagall nos esperava.

- Siga-me, senhorita Snape. – Ela pediu e eu olhei para Córmaco tentando entender se fizemos alguma coisa de errado. – Senhor McLaggen, espere pela senhorita Snape perto de meu escritório. – Córmaco assentiu e ambos a seguimos até seu escritório, onde eu já sabia muito bem onde era. McGonagall fez sinal para que eu entrasse, McLaggen ficou me esperando do lado de fora.

- Aconteceu algo, professora? – Perguntei aflita. Pois bem, não era apenas com os acontecimentos dentro de Hogwarts que eu me preocupava, mas com o fora, afinal Voldemort havia voltado.

- Na realidade, acontecerá. – Ela me olhou com pesar, porém continuou enquanto andava por sua sala. – Dumbledore viajou para Londres ontem e passará na casa da família que lhe adotou que, devo dizer, são primos de terceiro grau de seu pai. – Ergui as sobrancelhas em choque. – Senhorita Snape, quero que entenda que isso será para o bem... O diretor pediu que lhe avisasse que ele irá apagar a memória de sua antiga família. – Suspirei. Gina me alertou que isso poderia simplesmente acontecer. – Sinto muito.

- Se é para a segurança deles professora, eu concordo. Espero que sem a minha memória eles possam realizar o sono de abrir um quiosque no Hawaii. – Sorri um pouco triste. McGonagall deu um tapinha amigável em meu ombro, depois contornou sua mesa e pegou um pedaço de pergaminho que continha vários escritos.

- Leia. – Peguei e ela assentiu. – Sinto muito, senhorita Snape. – Sai da sala, Córmaco ainda me esperava. Sorri para ele e comecei a ler o papel; era a autorização para Hogsmeade e pais ou responsáveis deveriam assinar.

- Córmaco, pode me levar até as masmorras, por favor? Preciso falar com o professor Snape. – Ele franziu o cenho quando não chamei Severo de pai, porém apenas voltou a me conduzir pelo castelo. Mostrava-me, vez ou outra, quadros históricos e contava muitas lendas da escola.

Quando chegamos em frente ao escritório de meu pai, bati na porta e um grave “Entre” soou de lá de dentro. Entrei e Córmaco, mais uma vez, ficou me esperando pelo lado de fora.

- Senhorita Anne, o que te traz aqui? – Aqueles olhos negros e frios me olharam, sua expressão estava crispada e nem um pouco amigável ou agradável. – Espero que não esteja arrumando problemas...

- Ah não, professor Snape – Frisei a palavra “professor” e pude ver, mesmo que o movimento tenha sido mínimo, seus ombros se encolherem. – Preciso que assine minha autorização para Hogsmeade... Se quiser, é claro. Caso contrário, se não quiser, não há problema. – Disse sem perder a postura agressiva. Snape pegou o papel que estava em minha mão, o leu (como se ele nunca tivesse visto aquele formulário antes) e, para minha incrível surpresa, assinou e o devolveu.

- No dia da visita a Hogsmeade você entregará esse formulário para Filch que estará na saída do castelo. – Assenti. Minha postura ainda indicava que eu não havia relutado. – Apenas isso?

- Sim senhor, professor. – Dessa vez foi mais visível e seus ombros realmente se encolheram. – Obrigada. – Virei-me para sair, porém meus passos eram lentos pois o ouvi suspirar mais de uma vez.

- Anne. – Professor Snape me chamou baixo, quase sussurrava. - Você é mais parecida com sua mãe do que imagina. Lily também era irredutível quando queria. – Olhei para ele sorrindo e um leve curvar de lábios indicou que ele também sorria. – Os mesmos olhos, o mesmo sorriso... – Mais uma vez ele voltou a ficar sério e suspirou, provavelmente tendo uma luta interna com seus pensamentos. – Aqui, quando estamos apenas eu e você, sou seu pai e não seu professor, Anne. Mas da sala de aula é óbvio que exijo que me chame de professor. – E um sorriso melhor que o anterior se formou.

- Está bem, papai. – Disse em alto e bom som enquanto sorria. Coloquei a mão na maçaneta, mas antes que eu pudesse sair sua voz preencheu o local de novo.

- Senti sua falta. Você nem imagina o quanto, pequena An. – Pequena An. Aquilo fez meus olhos marejarem e eu tirar a mão da maçaneta e começar a ponderar: sim ou não, fazer ou não. Quando me virei para ele, seus olhos suplicavam por aquilo que eu estava pensando em fazer.

A coragem me preencheu e andei em passos largos até ele. Papai se levantou e sem rodeios me envolveu em seus braços. Meus braços envolveram sua cintura e eu apoiei a cabeça no seu peito e, pela primeira vez em muito tempo, uma antiga e gostosa lembrança me invadiu.

Ficamos daquele jeito por vários minutos e não pensaríamos em largar tão cedo, mas me lembrei de que Córmaco me esperava ao lado de fora e Harry me esperava no Salão Comunal para uma conversa.

- Tenho que ir papai. Córmaco me espera do lado de fora e Harry me espera no Salão Comunal. – Ele franziu o cenho porém me soltou. Voltei para a porta.

- Apareça quando quiser. – Sorri e murmurei um “até logo” e sai. Córmaco estava encostado na parede com os olhos fechados, os braços cruzado acima do peito e uma das pernas dobradas também encostando na parede.

- Desculpe a demorar. – Murmurei. Ele abriu os olhos e sorriu, parecia não estar preocupado com a minha demora. Dei de ombros e voltamos a caminhar, dessa vez em direção ao Salão Comunal da Grifinória.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijão pra vocês e até o próximo cap.
Ou até os reviews.